Assassins Creed: Legion escrita por Light Angel


Capítulo 13
Capítulo 13


Notas iniciais do capítulo

Heey, Assassinos! Aqui vai mais um capítulo para vocês, espero que gostem. Estamos caminhando com a fic e desde já eu queria agradecer a todos os que estão lendo, principalmente ao meu bicho predileto, conhecida como minha (só minha KKKKKKKK!) melhor amiga, Enid Black. Queria agradecer por toda a sua força e indicar para os Assassinos de plantão, a sua nova e incrível história The Fear. Para quem gosta de terror, jogo psicológico, ficção científica e muita ação deve ler essa fic. Eu recomendo, pois ela é realmente uma escritora incrível que proporciona grandes emoções. Eu recomendo, e estou dizendo que se vocês não lerem, mando os Templários atrás de vocês pessoalmente... KKKKKKKKKKKKKK, brincadeira! Mas boa leitura, para as duas fics!!



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Depois de toda aquela claustrofobia, Ezio sugeriu que ele e Bianca não fossem para um lugar mais reservado, já que eles precisavam muito conversar.

Andando pela constante e imaculada Ordem, ele a levou para um dos elevadores. As portas eram automáticas, e se abriam apenas com um pequeno sinal de presença. O grande elevador de vidro era amplo e muito arejado, e ela via que a Ordem possuía muitos andares. Mas todos... subterrâneos. Ou seja, ele só descia. A Base Central era o andar mais alto que a Ordem possuía, era o andar neutro.

Ezio estava conduzindo Bianca até o andar Sub-29, onde estavam os apartamentos. Era lá que os membros da Ordem viviam e também poderiam dar continuidade a seus trabalhos, se assim desejassem.

- Mas eles nunca saíram daqui? – Bianca perguntou enquanto faziam o trajeto.

- Sim, já saíram. Mas, vamos combinar. Com todo esse mundo tecnológico presente aqui em baixo, você iria querer sair? – Ele deu uma leve risada de lado.

Bianca refletiu um pouco. Depois, respirando fundo, resolveu perguntar.

- O que é exatamente tudo isso, Ezio?

- Tudo a seu tempo, Bianca. Primeiro, nós precisamos tratar de assuntos mais importantes. – A expressão de Ezio mudou drasticamente. Estava mais sombria. – Há algo importante que você precisa saber... sobre sua amiga.

Bianca cerrou os punhos. Kayla. Kayla. Kayla.

- O que aconteceu com ela?

Ezio nada mais disse. Apenas conduziu Bianca até a Área de Elite do andar Sub-29, onde ficavam os apartamentos dos membros mais importantes da Ordem.

Bianca percebeu que aquilo era uma cidade mesmo. Mas uma cidade, mil anos avançada no futuro. As ruas eram todas de vidro e eram azuis, ao mesmo tempo que luzes vermelhas e prateadas surgiam em intervalos constantes.

Prédios, casas, e mansões surgiam ao longo do perímetro. Ezio explicou que o andar Sub-29 era intitulado como moradia. Todas as possíveis moradias eram encontradas lá, e era para todos os membros da Ordem.

Ela tinha andares e cada um era característico de uma situação. Por exemplo, o andar Sub-29 era moradia. O Sub-30 era intitulado como lazer. Então, todos os tipos de diversão eram encontrados lá. E, por aí vai. O Sub-11 era o hospital. Um andar inteiro de um grande hospital tecnológico que deixariam os hospitais da Nasa parecendo um posto de saúde.

Chegaram ao maior edifício do andar. No último andar do edifício, estava o Apartamento Mentore. Ou seja, o apartamento do Líder, a maior moradia encontrada no Sub-29.

Quando chegaram ao andar, grandes portas duplas foram abertas e um grande palácio (se é que palácio poderia estar em um edifício) apareceu a sua frente.

A decoração era ricamente italiana, mas com um detalhe acrescentado: A tecnologia.

A grande sala de cinema de Ezio era composta pelos melhores sons e pela melhor qualidade de imagem, onde possuía tanto assentos qualificados em couro quanto sofás ricamente bordados e em couro profissional.

Bianca arregalou os olhos e pensou: Meu Deus, isso aqui deixa a casa de Ezio em Las Vegas parecendo um barraco na Rocinha.

Passaram pela sala de estar, aonde parecia uma sala do trono de um palácio, só que sem o trono. Sentaram-se em um amplo conjunto de sofás de veludo vermelho, enquanto uma pequena plataforma surgia oferecendo a Ezio e Bianca o que eles quisessem. Ezio pediu uma excelente taça de vinho tinto, com um suave toque italiano e Bianca pediu apenas um refrigerante.

Mas de tão nervosa que estava, a bebida ficou intocada.

- Acho que depois de tudo o que você passou, muitas perguntas ficaram sem respostas, não é mesmo? – Ezio começou sem rodeios.

A menina assentiu.

- Bom, Ezio, fiz tudo o que me ensinaram e me pediram para fazer. Sei que foi de minha escolha, mas ainda assim, tudo me deixa confusa demais.

- Eu entendo, Bianca. – Ele sorriu pacientemente. – E estou disposto a responder todas as perguntas que quiser.

Ela assentiu. Havia muito o que perguntar, e mal sabia por onde começar. Decidiu pela qual estava mais te preocupando no momento.

- Kevin e Kayla. – Foi direto ao ponto.

Ezio suspirou.

- Bem, você fez um trabalho brilhante ao salvar seus amigos. E Kevin e Kayla chegaram aqui em segurança, mas não precisaram passar pelos testes. A situação deles estava crítica demais para poderem pensar com clareza. E, como eles eram reféns de Henrique, saberíamos que não tinham nada a esconder.

- Kevin está bem, se recuperou de seus ferimentos com precisão, mas está seriamente perturbado. Cheguei a conhecê-lo, conversei com ele, mas ele se limita a respostas. Tudo o que quer saber é porque isso está acontecendo com ele e se a irmã está bem.

Lágrimas inundaram o rosto de Bianca e ela cobriu o rosto com as mãos. Era por sua causa que Kevin estava assim. Se ela tivesse salvado Kayla antes...

Ezio a abraçou delicadamente.

- Quer que eu continue?

Ela assentiu a cabeça duramente, incapaz de falar.

- Bem, - Ele continuou relutantemente, preocupado com o estado da menina. – Kayla chegou com muitos ossos quebrados e perdeu muito sangue. A situação dela, Bianca, é bem crítica.

- Eu quero vê-la. – Ela disse entredentes.

- Querida, você irá vê-la. Mas tudo a seu tempo, tudo bem?

Tremendo, Bianca concordou. Mas algo veio em sua mente, e ela não queria ser desonesta com Ezio. Portanto, decidiu falar o que estava martelando na sua cabeça.

- Ezio... Olhe, eu concordei em fazer tudo isso, ser treinada e conseguir cumprir a missão na Fortaleza 43, por um único motivo: a morte de minha mãe. Agora, que tudo está resolvido, eu quero voltar para casa e viver a minha vida. Quero a minha escola de volta e meus amigos de volta, eu quero minha vida de volta! Ser uma Assassina não fazia parte de meus planos; Eu tenho sonhos... Eu quero crescer, quero fazer faculdade, quero me casar, ter filhos e ser uma pessoa feliz.

Ezio olhou para Bianca com compaixão, mas também com um pequeno olhar de culpa.

- Eu sei que você quer tudo isso. Até porque todos que seguem essa carreira, normalmente não querem seguir isto, é responsabilidade e dever demais. Mas acredite, mia cara, não escolhemos nosso próprio destino. É ele quem nos escolhe.

Bianca abriu a boca para responder, mas Ezio levantou a mão em um gesto de paciência.

- Querida, - Ele disse delicadamente - Mesmo que você queira a sua vida de volta, você acha mesmo que depois de toda essa guerra, você vai conseguir?

Ela arregalou os olhos, seu coração começou a palpitar mais rápido, mas de algum modo ela já sabia da resposta.

- Não, não é mesmo? – Ezio respondeu por ela – Você sabe o que está acontecendo no mundo real, lá fora? Aqui é o único lugar onde você estará segura. Todos os Templários estão atrás de sua cabeça, não percebe? Se sair lá fora, não sei se dessa vez você conseguirá sobreviver a eles.

Ela abaixou a cabeça. Depois de tudo isso, ainda tinha que ficar presa debaixo da terra – Literalmente.

Sua vida virara de cabeça para baixo do dia para a noite... Mas ela não se arrependera totalmente do que fizera. Henrique de’Pazzi ainda era um perigo para toda a sua família. Ele matara a sua mãe por sua causa. Ela faria de tudo de novo por Katherine. Isso não duvidava. Mas não queria ter aberto mão de sua vida, de todos os seus sonhos. Mas no fundo, ela sabia que ao fazer essa escolha, não tinha volta. Pelo menos, não por inteiro.

- Você não é obrigada a fazer nada, você sabe não é mesmo? A única coisa que queremos é que esteja segura, aqui conosco. Veja bem, Bianca. Aqui é outro mundo. Temos um mundo inteiro a nosso favor, bem melhor do que o de fora. Sem violências, nem guerras (aqui dentro, pelo menos) e com tudo a seu dispor.

Ela olhou para cima, direto nos olhos de Ezio, com um fundo de esperança. Mas lá não era a sua casa, não era sua vida. Sua vida era em Las Vegas, em Summerlin High e no Cassino Auditore. Sua vida era com Nico, sendo ele um Assassino aposentado ou não, com Kevin e Kayla e principalmente... com Jason. Queria construir uma vida com ele.

Mas agora, um assunto mais importante, martelava em sua cabeça. Kayla e Kevin.

- Ezio, acho que já conversamos o suficiente por enquanto. – Ela suspirou. – Posso ver meus amigos agora? – Ela queria que a sua voz saísse forte e decidida, mas saiu um choramingo com uma forte nota de desespero.

Ezio acariciou mais uma vez os cabelos de Bianca delicadamente.

- Não podemos mais adiar este assunto, não é mesmo querida?

Ela nada disse, apenas esperou.

- Bem, vamos então. – Ele segurou na mão de Bianca, como se pensasse que ela precisava de uma força. Juntos, caminharam para as grandes portas duplas receptivas e andaram no Sub-29 até os elevadores.

Lá, eles seguiram até o Sub-11, onde era instalado o Hospital da Ordem.

Bianca quase caiu dura quando o viu. O Hospital era um grande andar, totalmente equipado por médicos e enfermeiros competentes trabalhando a todo o vapor. No saguão principal, um grande balcão central estava posicionado para dar informações e diagnósticos a qualquer momento.

A sala de espera era tão grande, com conjuntos de sofás de couro para recepcionar parentes e conhecidos de pacientes. Inúmeras escadas rolantes, rampas eletrônicas e elevadores levavam a inúmeros andares, cada um com um nível qualificado de gravidade.

Havia alguns para o pronto atendimento, e deste partiam para os níveis da causa da doença, seja acidental ou provocada por algum vírus.

Havia também os apartamentos, com acomodações confortáveis tanto para pacientes quanto para os acompanhantes. Outros níveis eram de causas mais graves, com diferentes posições de grau de qualificação dos casos.

E havia também as áreas cirúrgicas, onde dezenas de médicos realizavam operações a cada segundo. Um painel no saguão indicava a situação de todos os pacientes, bastava você dizer o nome em um pequeno sensor de reconhecimento de voz, e a situação saía rapidamente.

Ezio caminhou firme e rapidamente até o painel e Bianca foi atrás, ainda pasma com o monstro tecnológico que a Ordem representava.

- Kayla Colleman. – Ele disse sensatamente.

O painel processou rapidamente, e este informou que Kayla estava no nível de terapia intensiva, seu caso considerado como caso 11, ou seja, de gravidade extrema.

Bianca quase chorou ao ler essas palavras, mas engoliu as lágrimas rapidamente. Precisava ser forte por Kayla. Ela sentia que a menina era forte, que iria sobreviver.

Ezio e Bianca caminharam até um dos elevadores e o Assassino simplesmente disse para o aparelho que queriam ir para o NTI (ela estranhou, mas ele explicou que igual a UTI, só muda uma letra por ser mais que uma unidade, era um nível imenso).

Chegaram ao Nível de Terapia Intensiva silenciosamente. Portas de vidro duplas os saudaram, e eles entraram em um grande corredor gelado com várias portas duplas, indicando o caso dos pacientes. Kayla estava na ala de gravidades extremas, ou seja no final do corredor.

As grandes portas da Ala 11 se abriram para eles, e eles entraram no Nível de Kayla. No meio de um grande quarto, uma cama estava posicionada com grades fortemente atadas, com aparelhos que ela nem sabia descrever.

Kayla estava sobre essa cama, com uma aparência que fez o coração de Bianca parar.

Seu corpo todo estava inchado, devido a quebra de ossos e a cirurgia para poderem recolocá-los no lugar. Sua cabeça estava totalmente raspada e enfaixada, devido a cirurgia para cuidar do traumatismo de Kayla.

Seu rosto estava todo roxo, e seus lábios, todos em carne viva. Ou seja, uma obra completa de Henrique de’Pazzi.

Ela respirava totalmente por aparelhos, com grande dificuldade. Ou seja, seu estado era totalmente terminal.

Bianca tremia tanto diante daquela cena, que Ezio teve que segurá-la em seus braços para ela não desmoronar. Seus soluços eram tão fortes que arrancava cada pedaço de seu coração destroçado. Aquilo não era Kayla... Não era a menina alegre que sempre ria de tudo o que acontecia, que muitas vezes ajudara Bianca em seus problemas, que junto com Kevin e Jason fizera de seus dias os melhores.

Aquilo não era Kayla... Era o que sobrara dela.

- Acho melhor irmos, querida – Ezio beijou seus cabelos delicadamente. – Você já sofreu o bastante para toda a vida.

- Não. – Ela rosnou. – Eu quero ficar. Eu quero ficar com Kayla.

E, dizendo isso, se aproximou do leito da menina. Colocou a mão delicadamente na cabeça devastada dela, quando um dia tivera cabelos cor de mel finos e lustrosos.

Kayla abriu delicadamente os olhos. Seu respiração era muito rouca e fraca.

- Bia... Bianca? – Ela falou com dificuldade.

- Ei, garota. Eu disse que voltaríamos a nos ver, não disse?

Kayla abriu um sorriso lentamente, com sua boca devastada. Bianca percebeu que faltavam alguns dentes.

- Si...Sim. Você disse. Eu... Eu queria ver você, antes de...

Ela tossiu feio. Bianca apoiou a sua cabeça enquanto ela vomitava um jorro de sangue.

- Ezio! – Ela gritou

- N...Nao há tempo! – Kayla grunhiu. – Esperei por você tempo demais. Preciso que me escute!

- Ouça, Bianca. Eu sei o que você fez, o que você é, de quem você descende. Eu...Eu te idolatro. Você é a menina mais corajosa que eu conheci e eu tenho orgulho de ser sua amiga. Você sabe, né Bia?

Bianca mordeu os lábios para não gritar. A dor estava te consumindo por inteiro.

- Bianca... Você é uma heroína. Você é uma escolhida do universo para nos salvar. Não estrague tudo se culpando! Minha hora chegou, minha amiga. Mas a sua está longe e você pode vencer. Só me prometa uma coisa.

- Não Kayla! – Ela berrou – Você não vai morrer! Eu não vou deixar, ouviu bem?

Kayla vomitou outro jorro de sangue. Estava tendo uma hemorragia. Tinha se esforçado muito.

- MEU DEUS, EU PRECISO DE UM MÉDICO! EZIO? ALGUÉM?

Ela viu que Ezio não estava lá, mas um ecoar de passos surgia no corredor.

- Bianca! – Kayla falava e vomitava ao mesmo tempo. – Prometa!

- O que? O que você quer, Kay?

- Prometa que vai cuidar de meu irmão. Prometa que vai fazê-lo entender. Ele precisa de você e é tão seu amigo quanto eu. Por favor.

Ela vomitou um jorro de sangue violentamente e seu colchão se inundou de vermelho.

- Kayla, eu...

- Bianca!

- Eu prometo! Eu prometo, Kayla.

Ela guspiu uma baforada de sangue no lençol e Bianca segurava a sua cabeça com força, para ela não engasgar. Passos apressados ecoavam cada vez mais perto e os médicos estavam vindo.

- Ob...Obri...Obrigada, minha amiga. – Com um último jorro de sangue, ela virou e fitou os olhos castanhos leitosos no rosto de Bianca. – Eu... te... amo.

Com um último suspiro, Kayla não falou mais. Seus olhos olhavam além do rosto de Bianca, olhavam para um mundo diferente da Ordem e da própria Terra.

Bianca ouviu os médicos invadindo o quarto, viu os gritos de alerta e sentiu braços fortes a tirando da cama.

Mas ela não conseguia processar nada disso. Seu olhar estava no eletrocardiograma.

Ele estava nulo. Kayla estava morta.


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Notas finais do capítulo

Então foi isso, galera!! Espero que tenham gostado e deixem reviews, porque eles me fazem feliz. Quem não fica feliz, né? KKKKKKKKK, e aee? Enquanto vocês esperam eu lançar o próximo, que tal lerem The Fear? Aposto que irão adorar, assim como estou amando esta incrível história. Entrem lá no perfil da Enid Black e viaje com essa incrível escritora e suas histórias maravilhosas! Um abraço, Assassinos. Até a próxima! Paz e desligo.