Hotel.

 Minha cabeça estava doendo, a viagem até o hotel não foi longa, May, Nells, Joe, Kevin e eu estávamos cada um em um quarto. 

 Deitei um minuto na cama, não conseguia entender de onde May tirara a idéia de que eu gostava de Nells, isso não tinha cabimento. Alguem bateu na porta.

 - Pode entrar- falei um pouco mais alto. Para a minha surpresa era Nells. Ela trajava um roupão de seda vermelho. Eu e Nells sempre fomos amigos, não íntimos mais sempre formos.

 - Posso? – ela perguntou

 - Claro! – me sentei na cama. Ela ficou em minha frente. Levantei a cabeça para olhá-la. Os cabelos dela estava presos em um coque. Imagino que ela acabara de sair do banho.- Olha Nick, fiquei triste com o que aconteceu. Kevin me disse que você e a May brigaram por minha causa. E eu não queria que isso acontecesse.

 - Imagina Naliye, essas coisas acontecem, e a May ainda tem na cabeça que eu gosto da Miley. Então isso não ajuda muito. – ela sentou do meu lado.

 - A May é meio insegura, mais ela gosta muito de você. – havia um sorriso doce em seu rosto.

 - É. E eu também gosto muito dela. – o que era verdade. Apesar de eu não gostar muito de comentar os meus sentimentos.

 - Bom, eu acho melhor eu ir dormi, ta tarde e você precisa descansar. – ela levantou-se e me deu um beijo no rosto, seu perfume era muito bom, era de uma marca brasileiro “O boticário”, se não me falha a memória o nome dele é “Uomini, Sport”, lembrei na hora que ela sempre gostou de perfumes masculinos. Dizia ela que era mais forte, mais intenso, mais sedutor. Dizia que esse perfume traduzia sua áurea.

 - Tudo bem. – Beijei sua bochecha. Nell’s se virou e saiu pela porta. Eu não sabia por que, mais aquela visita inesperada me deixara estranho.

 Deitei minha cabeça no travesseiro, me virava tentando achar uma posição que me deixasse confortável. Me arrumei e dormi.

  Narrador Nick Of’ / Narrador Joe On

  Todos ainda estavam dormindo. Eram exatamente três horas da madrugada. O fuso-horario me deixava cansado e confuso.

Me levantei e fui até o frigobar, minha água estava lá, graças. Senti vontade de ir ver Nell’s mais ela iria me bater. Não gostava que á pertubassem.

 Decidi ir para o Grande salão do Hotel, Coloquei o ropão. Fiquei enfrente o elevador. Apertei para baixo, ouvi o barulho dele descendo. Esperei. Ele abriu.

Para a minha surpresa May estava nele.

 - Insônia? – ela me perguntou.

 - Sim. – entrei no elevador. Fiquei olhando pra frente tomei um gole de água.

 - Que aconteceu? – ela estava encostada no metal.

 - Apenas insônia. – Ah, quando bate o cansaço nem com a minha mãe eu gosto de falar. E sem contar que estava de madrugada.

 Ficamos em silencio por um tempo.

 - E você e o Nick? Resolveram? – eu não sabia bem o que estava perguntando, só esperava que ela não ficasse com raiva. Eu apenas não queria ficar naquele silencio monótono.

 - Na verdade, a gente ainda ta tentando levar isso. Não quero falar sobre. – é acho que Nick estava encrencado.

 - Mais por que vocês brigaram? – Eu ainda não sabia o por que. Fazer o que não sou adivinho pow.

 - Aah, pensei que a Nell’s tinha te contado. – ela abaixou a cabeça. Me contar? Mas o que ela poderia me contar!?

 - Não. Ela não me falo nada. – essa historia tava me cheirando mau. – O que foi?

 - Ah é que eu achei que ela e o Nick estivessem ficando. – ah? Como assim? Do que ela tava falando?

 - Espera. Repete isso? – OO’

 - Ah nem liga. Ele já me explicou que o negocio é que ele gosta muito da Nell’s tem uma carinho muito forte.-  Que merda é essa?

 - Você acha que eles estão...? – Ergui a sombracelha.

 - Acho que não né? O Nick disse que eles são só amigos. Então é isso. – O elevador chegou no final

 A porta se abriu. Não havia ninguém no nosso Raio de visão. Deixei que ela passasse primeiro e depois a segui.

 - Pra onde você vai? – Perguntei

 - Pra Sala. E você? – Ela seguia na minha mesma direção.

 - Também. – A seguia.

 May tinha um andar calmo, movendo seu corpo devagar. Seu Roupão era vermelho que parava no meio de suas pernas, e que pernas.

  Andamos um pouco na direção do Salão. Ela me falava sobre a musica que estava ensaiando com Nah. Eu sabia bem pouco sobre ela, na verdade sabia apenas que ela era mais cantora do que atriz. Entramos no Salão, ele estava vazio, exceto pelas sofás espalhados pelo lugar.

 - May? – eu

 - Sim. – Ela virou o rosto pra mim , e apontou um jogo de sofás cor creme á um pouco mais de 5 metros de nós a direita.

 - Você e o Nick namoram? Ficam? O que? – Eu não sabia bem o por que estava perguntando.

 - Eu e o Nick somos tipo... – ela ficou um tempo pensando. – Sabe que nem eu sei – e sorriu. Mais que sorriso. Como Nick podia ser idiota de não dar atenção á ela? Ela não era como Nell’s, ela era simples, calma, serena, carinhosa. Ta Parei. Dei um sorriso.

  Deitei em um sofá grande, e ela ficou em um menor de frente pra mim. A um pouco mais de três metros de distancia de onde estávamos havia um piano preto. Notei isso por que percebi que ela não parava de olhá-lo.

 - Você toca? – quis saber.

 - Pouco. Na verdade só sei tocar uma musica. – ela sorriu.

 - Você toca pra mim? – achei uma boa idéia isso.

 Ela levantou-se e foi em direção ao Piano. Sentou-se e me olhou de um jeito gracioso.

 Me aproximei dela.

 -Posso? – indiquei o banquinho que ainda cabia umas três pessoas com ela.

 - Claro. – ela sorriu e se afastou um pouco pra que eu pudesse sentar.

  Seus dedos começaram a se mover. Da sua boca saia uma canção que eu já conhecia, mais não era a mesma na voz de May.

 “ I miss you. I miss so sad. I don’t forget you. Oh it’s so sad...”

 Era uma musica da Avril Lavigne. Da qual o Jonas Brothers já abrira os shows.

 - Por que você só sabe tocar esta? – quis saber.

 - Por que eu me identifico com ela – Ela continuava tocando baixo.

 - Alguém que você goste... morreu? – não sabia se podia perguntar. Mais perguntei

 - Sim. Meus pais – ela não pareceu se importar.

 - Meus pêsames – eu fiquei mau de ter perguntado.

 - Na verdade eles morreram quando eu era pequena. Eu morei com meus avós até os dezessete. Foi com meu avô que eu aprendi a tocar violão e a cantar.

 - Huum. Eu gosto da sua voz e bonita e calma – ela sorriu e fechou o olhos. Sua face era tão delicada,  sua pele era tão branca que eu podia jurar que ela era britânica.

 Ficamos um bom tempo ali parados. Notei que ela tremia, talvez por causa do frio. Havia uma colcha do sofá onde eu estava.

Retirei e á cobri. Ela parecia ter adormecido. Toquei seu rosto gelado. Ela suspirou. May era mesmo muito bonita. Do nada ela segurou minha mão. E á apertou firme.

 - Joe? – ela falou tão baixo que eu quase não ouvi.

 - Sim. – passei a mão na franja.

 - Estou com frio. – ele gemeu baixo.

 - Acho melhor você ir pra cama May. – comecei a puxá-la pelo braço.

 Ela levantou-se, com o rosto no meu peito. A arrastei até o elevador. Subimos em silencio.