I Hate, You Hate, We Hate Summer escrita por duda


Capítulo 8
I am lost, You are lost, We are lost and we talk.


Notas iniciais do capítulo

Juuh: OOOOOOOOOOOOOOOOI ~se esconde dos tomates e objetos afiados~
293784639564756198561938 de desculpas pelo atraso enorme ><
Como eu disse, eu tava com bloqueio :(
Maaaaaaaaaaas, eu voltei!
Esse cap. tá legal (eu acho)
Enjoy!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/237635/chapter/8

Catos Summer

–FICA CALMA, A GENTE NÃO TÁ PERDIDO- eu gritei depois de Clove gritar comigo me culpando por estarmos "perdidos".

–NÃO ME MANDE FICAR CALMA!- ela gritou de volta, parou para pensar por um estante e depois gritou:

–E NÃO GRITE COMIGO!

–EU TÔ GRITANDO COM VOCÊ PORQUE VOCÊ TÁ GRITANDO COMIGO!- gritei nervoso, segurando minha vontade de estrangular ela.

–ENTÃO PARE DE GRITAR COMIGO E ME DEIXE GRITAR COM VOCÊ!

Isso foi a minha discussão com Clove depois de alguns segundos andando em círculos. Foi até engraçado, porque ela estava gritando comigo e não viu o tronco no meio do caminho e, como sempre acontece quando alguém desastrada como ela se distrai, ela caiu de costas. Eu ri bastante, depois ela fingiu que estava chorando e, quando fui ajuda-la, puxou meu braço e me fez dar uma cambalhota que podia ter quebrado meu pescoço. Ela pediu desculpas depois, é claro.

Recuperamos as forças e as esperanças de que não iríamos morrer e voltamos a andar.

Andamos, andamos, andamos e nada. Nem conseguimos ver um simples pedaçinho do acampamento.

Aquilo parecia um enorme labirinto, construído esquematicamente para aprisionar crianças que se perderam do grupo e deixá-las desesperadas, procurando um saída inexistente.

Nossa, fui eu mesmo que pensei isso?

–Arg!- Clove resmungou, parando de andar .- Eu desisto, vamos morrer aqui.

–Claro que vamos, isso é uma armadilha para os campistas nos matarem e depois usarem nossos ossos para fazer os esqueletos de dinosauros que decoram as paredes do refeitório.- eu disse, sentando no chão e fazendo um gesto para que ela senta-se ao meu lado. Se vamos morrer, porque não fazer alguma coisa boa para alguém?

–Pela primeira vez concordo com você.- ela disse e sentou no lugar que havia indicado. Wow, isso é novidade.- Onde você acha que vão colocar seus ossos? Na parede ao lado da porta ou nas outras?- ela riu.

–Acho que na mais importante, sabe? Ossos como os meus devem ser tratados da melhor forma.- ri de leve.- E você? Onde acha que seus ossos vão ficar?

–Provavelmente vão pendura-los em qualquer parede e, depois de três dias, as criançinhas vão se cansar dos meus ossos e irão joga-los no rio ou dentro da privada e dar descarga.- Clove se deitou na chão, fechando os olhos e suspirando tristemente.

–Qual é, seus ossos não são tão ruins assim.- não sei porque, mas senti que minha obrigação era não deixar ela dizer uma merda daquelas.

–São sim.- ela resmungou.- Quem iria querer os ossos de uma zero à esquerda? De uma excluída sem vida social?- nossa, que lado da Clove é esse? Parece que a perceptiva de estar perdida no meio de uma floresta comigo a fez desistir de vez.

–É isso que você acha de si mesma?- eu disse, incrédulo.- Você é bem mais do que isso.

–Não sou não.- ela levantou.- E, porque eu disse isso para você?

–Você acha que eu sei?- me irritei e também levantei.- E, a propósito, você realmente é aquilo tudo que disse.

–Sou?- ela murmurou, com uma voz chorosa, mas não liguei para isso, ela já tinha me enganado um vez, não ia me enganar de novo.

–É.- disse.- Na verdade, bem pior.- acho que não devia ter dito isso, porque ela simplesmente abaixou a cabeça e saiu andando mata adentro.

Cloves Summer

–É.- Cato disse.- Na verdade, bem pior.- não sei porque, mas aquilo meio que me feriu. Apenas abaixei a cabeça e sai andando sem olhar para trás.

Não era como se eu quisesse que ele falasse para mim que eu não era nada daquilo e depois declara-se para mim, dizendo que me amava e que queria viver feliz para sempre comigo, afinal, ele é Cato, não um príncipe encantado dos contos de fadas que eu li durante o ano.

É, eu li diversos contos de fadas no ano. E sim, eu sou uma adolescente.

Continuei a andar, estava começando a ficar mais escuro do que antes e mais frio.

Droga.

Me encolhi no chão, aos pés de uma árvore e rezei para que algum instrutor do acampamento ou a professora chegassem e me levassem de volta para o acampamento. É claro que foi em vão, porque, se ninguém havia nos achado a essa hora, não iriam me achar mais. Uma enorme vontade de chorar passou pelo meu corpo e as lágrimas começaram a cair involuntariamente, molhando meu rosto. A parte boa era que, como meu rosto estava sujo por causa do percurso florestal, as lágrimas limparam um pouco da sujeira, mas não muito.

Lembrei de uma música que minha avó cantava para mim quando era pequena e estava chorando. Comecei a sussurrá-la, tentando engolir os soluços e cantar a música.

Deep in the meadow, under the willow

A bed of grass, a soft green pillow

Lay down your head, and close your sleepy eyes

And when again they open, the sun will rise

Here its safe, here its warm

Here the daisies guard you from every harm

Here your dreams are sweet and tomorrow brings them true

Here is the place where I love you .

Repeti e repeti a música, tentando me acalmar, mas, igual a minha oração para me acharem, foi em vão.

Estava tarde, frio, eu estava cansada, triste, chorando. A única coisa que me restava fazer era dormir e rezar para amanhã de manhã eu encontrar comida ou achar o acampamento.

Me encolhi mais e fechei os olhos. Em alguns minutos já estava dormindo.

Catos Summer

Depois de um tempo, achei melhor procurar Clove. Estava começando a escurecer mais e o clima esfriou.

Andei e, por fim, encontrei-a encolhida aos pés de uma árvore. Ela estava chorando e eu senti a enorme vontade de ir lá e conforta-la, mas me segurei. De repente, ela começou a murmurar algo, como um música, só que não conseguia cantar direto devido ao soluço.

Quando conseguiu cantar de forma certa, pude ouvir sua voz. Era melodiosa.

Ela repetiu a música varias vezes, como se tentasse acalmar-se. Coisa que ela não conseguiu.

Ela encolheu-se mais e fechou os olhos. Fiquei a observando enquanto ela caia no sono, logo estava dormindo.

Sentei no chão, a uns dois ou três metros de Clove e lembrei-me da música que ela havia cantado, eu conhecia essa música, só não sabia o nome.

Passei, no máximo, duas horas tentando lembrar do nome da música, mas não consegui, então desisti.

Me coloquei na posição mais confortável que achei, dei uma última olhada para Clove, ela dormia feito um criançinha assustada, fechei os olhos.

Deep in the meadow. Essa foi a última coisa que se passou pela minha cabeça e, consequentemente, esse era o nome da música.

Sorri e deixei o sono inundar meu corpo.



Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E ai? O que acharam? Alguém quer deixar um review? Recomentar a história? -nnnnnn
Ficou bem fofinho, não? Eu achei q ficou :3
Enfim, 98973133678326287 de desculpas pela demora.
Lembrem-se, eu e a Duda amamos vcs.
xx