I Hate, You Hate, We Hate Summer escrita por duda


Capítulo 7
I take a dip, You take a dip, We give dipped


Notas iniciais do capítulo

Angellina (ou Duuh, como preferir):Oi de novo, depois de o que pareceu uma era! Abaixem as facas, espadas e todos os objetos pontiagudos, por favor. Quero pedir desculpa pela demora. É que nem eu nem a Juuh estávamos conseguindo fazer o capítulo, e tivemos as provas que eu tô precisando de nota, então o tempo estava mesmo pequeno. Mais espero que gostem do capítulo. O Summer de Clove ficou pequeno, mil desculpas. Enjoy!



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Clove’s Summer

Bem, quando falam em tirolesa em um acampamento infantil, o que passa na cabeça das pessoas vai de “nem três metros de altura deve ter essa coisa!” a “as crianças não sabem o que é tirolesa de verdade”. Se você está incluído nessas pessoa, você tá errado. Completamente errado.

– Quero que se dividam em duas filas, a de garotos na esquerda e garotas na direita! – gritava a instrutor. Fizemos as filas– Cada um vai com quem está ao seu lado!

Olhei para Cato. Por que justo ele?

– Hum... Tia da tirolesa? – percebi que ela não gostou do apelido que Cato a deu– O que custa mudar as duplas?

– Custa a um certo garoto aprender que não se deve chamar de tia uma pessoa com menos de 45 anos.

Dessa eu ri.

Foram colocando as crianças na tirolesa, e as crianças foram gritando de felicidade até chegar ao outro lado. Que merda. Era pra eu estar em casa, vendo maratonas de seriados. Não aqui, numa droga de acampamento indo descer numa droga de tirolesa.

Quanto mais ia chegando nossa vez de descer, mais eu via que a tirolesa era alta, muito alta. Eu hesitava antes de dar cada passo para perto desse troço. O lago ali embaixo também não parece muito amigável.

– Próximos da fila– a... mulher da tirolesa chamou eu e Cato– Ou vocês estão com medo?

Ela estava rindo da minha cara, com certeza. Eu estava pálida, da cor das nuvens. Essa porra é muito, muito alta mesmo.

Eu e Cato nos sentamos nos banquinhos.

– Prontos? – ela perguntou.

– Não– eu falei querendo sair.

– Tarde demais– vaca. Ela apertou nossos cintos – Como vocês são os últimos, e os mais velhos do acampamento, creio que conseguirão sair dessa tirolesa e ir até o refeitório. Passar bem– ela nos empurrou.

A tirolesa começou a descer, eu ia ficando cada vez mais trêmula. “Não, não vou olhar para o lago”, eu pensava.

Cato’s Summer

Estávamos eu e Clove sentados naquele troço que chamam de tirolesa e eu podia jurar que ela estava tremendo.

– Com medinho de cair?- sussurrei perto de seu ouvido.

– Vá a merda- ela sussurrou de volta.

O banco se mecheu fazendo um barulho estranho, e Clove abafou um grito. Eu ri.

– Calado, seu miserável.- ela disse, com raiva. Muita raiva.

A tirolesa deslizava pela corda, mas, ás vezes, pude sentir que ela travava. Clove estava murmurando algumas orações e estava com os olhos fechados. Ela parecia...frágil. Como um criança de 3 anos que tem medo de altura e é obrigada a subir no telhado de um prédio enorme.

– Clove, dá pra se acalmar?- eu disse, mantendo a voz calma enquanto me curvava para ficar mais perto dela.- Não vai acontecer nada de ruim.

– Cale-se.- ela me cortou.

Só de sacanagem, a tirolesa emperrou. É, simplismente parou.

– Ótimo, era só o que faltava– Clove resmungou mal-humorada como sempre. Mais não tem como estar de bom humor numa situação dessas– Socorro! Socorrooooooo! – ela começou a gritar.

– Não é assim que se pede socorro– a cortei.

– Então como é, senhor fodão? – ela me desafiou.

–Assim: –dei de ombros antes de continuar– SOCORRO CARALHOOOOOOO! ALGUÉM TIRA A GENTE DESSA PORRA!

A tirolesa deve ter ouvido minhas preces, por que começou a deslizar de novo.

Passávamos por cima do pequeno (sentiu a ironia no ar?) lago quando a coisa, uma corda eu acho, que prendia o banco simplesmente partiu. Clove gritou enquando nós estávamos caindo.

A nossa sorte era que não estávamos muito no alto.

Mas, quando “espatifamos” na água, só conseguia ouvir Clove gritando enquanto tentava ficar na superfície da água.

Clove não sabe nadar.

Foi a minha vez de entrar em desespero. Eu tentava a segurar, mais ela não ajudava muito nisso.

– Me largue, idiota– ela falava em meio de mergulho e engolia água.

– A não ser que você queira ter uma morte trágica e nem um pouco lenta, eu vou te tirar daqui– eu. Falando isso para ela. Cadê a minha vontade de matar aquela garota?

Eu a segurei pela cintura e fui nadando até a margem do rio. Quando a coloquei deitada na terra, a garota que parecia estar morrendo a um segundo me surpreendeu. Ela me deu um soco na barriga. Clove sabe muito bem como transformar o punho num instrumento de tortura.

– Puta. Merda. Você é forte– dessa vez quem caiu para trás sou eu.

– Você devia ter me deixado morrer. É melhor que ter que olhar pra sua cara– ela já estava melhor, depois de tossir um monte de água.

– Eu ia cobrar um “obrigada’, mais pelo visto, isso não foi um favor pra você. Muito menos pra mim.

– Então por que me salvou? – ela me olhava com ironia.

– Ah , esquece– quando eu disse isso, ela já estava se levantando. Como acontece esse negócio de estar se afogando e voltar ao normal menos de dez minutos depois?

Mais me espantei mesmo ao ver o nível que estava a blusa dela. Colada no corpo. Bem colada. E quase transparente. Infelizmente quase.

– O que você está olhando? – ela ia me dar um tapa.

– Hum... Nada– desviei o assunto quando a vi corar. Era muito engraçado vê-la assim, só que minha necessidade é ir para o acampamento.

–Agora, como vamos voltar? – ela tirou as palavras da minha boca.

– Hum... Não sei. Que tal tentar atravessar o lago? – não pensei duas vezes antes de falar uma merda que ia gerar em meus olhos roxos– E... Han... Belo sutiã.

Me arrependi de ter dito isso, porque no segundo seguinte, ela já estava vermelha de vergonha, e novamente com o punho em minha barriga. Ah, ela deve amar demais meu abdômen.

Andamos por mais ou menos um quilômetro, morrendo de sede e com os All-Stars cobertos de lama. Minhas esperanças não estavam lá em cima.

– CARALHO! CADÊ A DROGA DO ACAMPAMENTO? ELES ARRANJARAM UM JEITO DE COLOCAR ESSA PORRA LÁ NA LUA SÓ PRA A GENTE NÃO CONSEGUIR CHEGAR? – Parece que as de Clove não estavam muito acima das minhas.

– FICA CALMA, A GENTE NÃO TÁ PERDIDO! – Gritei de volta.

– NÃO ME MANDE FICAR CALMA!... E NÃO GRITE COMIGO!

– EU TÔ GRITANDO COM VOCÊ PORQUE VOCÊ TÁ GRITANDO COMIGO!

– ENTÃO PARE DE GRITAR COMIGO E ME DEIXE GRITAR COM VOCÊ!

– AH, NÃO MESMO! VOCÊ ACHA QUE EU TÔ FELIZ?

– Já pedi pra calar a boca.

– Já que pediu educadamente...

A caminhada provavelmente não vai ser muito curta. Não consigo ver acampamento nenhum em um raio de cem metros, e ainda estamos nas margens do lago.


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Notas finais do capítulo

E aí? O que acharam? Comentem, xingem, elogiem, joguem tomates e etc nos reviews. Mellarkisses, Angellina Horan