I Hate, You Hate, We Hate Summer escrita por duda


Capítulo 9
I paint, you paint and we paint


Notas iniciais do capítulo

Oi gente, estou aqui pedindo 1000000 desculpas por ter deixado a fic meio que em hiatus. É que a Ju saiu da fic (ela não estava conseguindo escrever nada), e eu não sabia o que fazer com a fic sem ela. Pensei em excluir, mas isso seria sacanagem com vocês. Eu estou de castigo, mas entrei no pc escondida pra postar esse capítulo que eu começei a escrever em um guardanapo de um restaurante. É isso, enjoy!



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Clove's Summer


Fui acordada por um barulho distante de auto-falante. Me sentei encostada numa árvore tentando ouvir o que o auto-falante dizia. Era impossível ouvir, eu estava muito longe. Será que era do acampamento que vinha esse som? Muito provavelmente.


–Cato! Acorde! Acho que estamos perto do acampamento!– começei a balançar ele para ver se ele acordava. Nada.

–Me deixa dormir mais mãe, hoje é sábado.– ele resmungou ainda dormindo.

–Porra.– falei não sabendo se ria ou se chorava–ACORDA!

Dessa vez ele se levantou com um pulo e acabou batendo a cabeça numa árvore ao seu lado. Seria engraçado se eu não estivesse tão desesperada pra voltar ao Acampamento.

–O que foi?– ele falou sonolento, mas acordado.

–Acho que ouvi o acampamento, vamos andar rápido por que eu tô morrendo de fome.

–Somos dois.– ele falou enquanto me seguia.

Andamos por uns cinco minutos e (graças a Deus) vimos os chalés de madeira do acampamento. Corremos pra o refeitório, onde estavam reunidos os campistas e a sra. McWaren falava no auto-falante.

–...E eles provavelmente fugiram do acampamento. Vamos nos comunicar com a polícia para procurarem esses adolescentes rebeldes...– ela nos viu lá no fundo do refeitório chegando sujos, arregalou os olhos e veio correndo até nós.

Pensei que ela fosse nos abraçar ou algo parecido e dizer "que bom que vocês estão bem crianças, estava preocupada!". Só que a reação dela foi bem ao contrário do que eu imaginava.

–VOCÊS SÃO LOUCOS? APOSTO QUE TENTARAM FUGIR DO ACAMPAMENTO E IR PARA UM MOTEL DE BEIRA DE ESTRADA COMO A MAIORIA DOS ADOLESCENTES FAZEM!– ela gritava com uma louca e as crianças pareciam estar segurando o riso.

Eu e Cato nos olhamos e começamos a rir. As crianças logo nos acompanharam nas gargalhadas. Por mais crítica que a situação estava, eu não pude evitar de rir da sra. McWaren nervosa.

–Estão rindo, é? Quero ouvir as risadas hoje a noite, quando vocês estiverem no CASTIGO!

Perdeu a graça na hora.

–Castigo? Como assim? Você que inventou de nos colocar naquela droga de tirolesa e nos largar lá!

–Não estou gostando do seu tom.– ela respondeu secamente– Vocês vão ter até as seis horas da manhã para pintar o nosso salão de jogos por fora e por dentro. Começando as dezoito horas.

–Mas...– tentei argumentar.

–Mas nada. E ponto final.– ela falou. Vaca.

Depois dela sair do refeitório, as crianças começaram a cochichar e eu e Cato fomos pegar nossa comida e se sentar na nossa mesa. Julliete e Dylan nos olharam com caras estranhas. Os ignoramos e comemos como nunca tínhamos comido em nossas vidas. É difícil passar horas sem comer.

O dia passou com atividades idiotas de acampamento como decorar cestinhas e escalar paredes 40 centímetros mais altas que eu.


Cato's Summer



17:40. Não estou nem um pouco a fim de pintar o salão de jogos nenhum. Estava com meus fones de ouvido sentado em uma cadeira do quarto quando Clove saiu do banheiro.


–Entre logo nesse banheiro e tome banho– ela falou com uma cara de defunto.

–Sem chances. Eu não vou pintar o salão de jogos e não vou passar mais 12 horas com você.

–Nossa, você sabe contar!– ela falou sarcástica. Revirei os olhos e continuei a ouvir música. –Se você colaborar, vai ser muito mais fácil de sairmos dessa merda.

–E quem disse que quero sua ajuda?– perguntei.

–Você tem algum plano?

–Não– admiti.

–Então pronto. Levanta daí.

Entrei no banheiro, tomei um banho e fomos ao encontro da sra. McWaren no salão de jogos.

–Vocês irão pintar de verde as paredes interiores e de azul as exteriores, entenderam?– ela falou e eu assenti com a cabeça apesar de não estar ouvindo porra nenhuma. Só prestei atenção quando ela falou de comida.

–Usem a máquina de café para tomarem café– não diga, professora– e ficarem acordados a noite inteira. Deixarei donuts para vocês comerem. Aqui as tintas e os rolos– ela nos entregou materiais para pintar as paredes.

–Senhora, como iremos fazer as atividades de amanhã se não vamos dormir?– Clove perguntou.

–Se fizerem um trabalho bem feito, irei dá-los o dia de folga. E vocês vão pintar. P-I-N-T-A-R. Não se distraiam ao falar isso, ela saiu pisando fundo.

–Pega– Clove jogou um pincel enorme pra mim.

Começamos a pintar. Eu fazia alguns rabiscos e Clove passava o pincel dela em cima cobrindo.

–Você é surdo ou se finge? É pra pintar, não desenhar.

–Você também não é nenhuma pintora– apontei com o pincel para a parede.

Sem querer voou tinta do meu pincel nela.

–Filho de uma égua– ela disse também jogando tinta em mim.

–Ei! Eu só joguei umas gotas!– essa garota não tem noção do perigo, não é?

Começamos uma guerra de tinta, que deve ter durado até meia noite aproximadamente.

–Nós temos que pintar paredes!– Clove lembrou.

Voltamos a pintar e estávamos terminando a segunda parede.

–Que droga.

–O que foi?– perguntou ela.

–Eu não consigo alcançar ali em cima.

–Pega uma cadeira, seu idiota.

–Se tivesse uma cadeira aqui eu pegaria.

Ela parou o que estava fazendo e eu achei que ela viesse me ajudar, só que ela foi até a mesa e pegou um donut.

–Não vai dar uma forcinha aqui não?–perguntei.

–Se você que é mais alto que eu não tá conseguindo...

–Ah é, esqueci que você é baixinha– provoquei.

–Eu não sou baixinha!– ela se virou pra mim com um olhar mortal– Eu tenho 1,65!

–Eu não vou nem dizer quanto eu meço pra não humilhar. Ela revirou os olhos e continuou comendo.

–Você não vai me ajudar mesmo né?

–Não– ela respondeu satisfeita– A não ser que o gênio aí tenha alguma ideia. Ela voltou a pintar.

–Vou subir na mesa– falei.

–E eu vou rir muito se a mesa quebrar ou a sra. McWaren chegar aí.

A ignorei e fui até a mesa.

–Me levanta– Clove disse.

–Hã?– perguntei.

–Você me levanta e eu pinto ali– ela apontou para onde eu não alcançava.

A coloquei no meu ombro e ela começou a pincelar. Percebi que o chão estava meio escorregadio. Droga. Por que logo agora?

–Cato, pare de se balançar– ela disse.

–A culpa é desse chã...– escorreguei. Clove caiu em cima de mim.

–Seu energúmen...– ela parou de falar quando percebeu que nossos rostos estavam a poucos centímetros de distancia.

Não sei quem tomou iniciativa, mas quando me dei conta, estávamos nos beijando. Se foi ela que me beijou, eu estava correspondendo. Se fui eu que a beijei, ela estava correspondendo. Nos separamos quase sem fôlego quando ouvimos o grito da sra. McWaren.

–O QUE DIABOS ESTÁ ACONTECENDO AQUI?


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Notas finais do capítulo

Eu ia botar o título do capítulo como 'I kiss, you kiss and we kiss' só que ia ficar muito óbvio e ia perder a graça. Seus dedos não irão cair se deixarem reviews (pode ser me xingando) ou recomendações :)
E não se esquecam que sem reviews = sem capítulos
Bjos, Duuh