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Zayn’s POV

Alguém bateu na porta do quarto, Bia estava dormindo, eu não podia gritar, levantei e abrir a porta, era Liam, ela pediu para eu ir até seu quarto, então o segui.  Entramos em seu quarto, ele sentou na cama e me olhou sério, eu logo entendi.

– A Lavínia tava aqui? – perguntei.

– Sim. Elas estavam sozinhas lá embaixo. – ele assentiu.

– Você acha que elas ficaram?

– Eu não sei, mas elas estavam feliz de mais. – ele abaixou a cabeça.

– Você precisa contar pra ela.

– Não preciso.

– Então continue sofrendo.

Eu voltei para meu quarto.

Lavínia’s POV

Já estávamos voltando para casa, minha tia vinha tirando sarro de mim porque o garoto, filho do casal de amigos dela, não tirava os olhos de mim. Mas eu não conseguia parar de pensar no beijo com a Giselly, eu tinha que dizer a ela que não era certo nós duas juntas, por mais que eu quisesse.

Saí do carro, minha tia entrou e eu fui até a casa da Gi. Apertei a campainha. Harry quem veio atender, ele abriu o portão sem falar nada e apenas me mostrou a escada para subir, eu o encarei.

– Eu não sei qual é o quarto dela. – disse.

– Tem o nome dela escrito na porta. – ele nem me olhou.

– Obrigada.

Subi devagar, tremi pouco antes de bater na porta, mas logo criei coragem. Ela mandou entrar.

– Ah, oi. – ela sorriu.

– Oi. – eu a abracei. – Preciso falar com você.

– Pode f... – alguém bateu na porta. – Entra. – ela mandou.

– Gisel... Ah, Lavínia, oi. Ér... Eu volto depois. – era Liam. Ele fechou a porta.

–Pode falar. – Giselly continuou.

– Bem, é sobre... Sobre... Nosso beijo.

– Ah. Fala.

– Giselly, isso não tá certo. É que... Ah... Não tá certo. – eu estava nervosa.

– Por quê? – ela perguntou.

– Ah, é que eu não quero. Ér... Desculpa, preciso ir.

– Tudo bem.

Eu saí de lá quase correndo, desci a escada rapidamente e logo já estava em frente a minha casa.

Giselly’s POV

Eu a deixei ir, não podia obriga-la a ficar comigo, não podia dizer o que ela teria que fazer, afinal se for pra ser será. O que é verdadeiro volta.

Levantei da cama, fui até o quarto do Liam. Ele mandou entrar.

– Ah, Giselly. – ele sentou na cama.

– Então, o que você queria? – sentei ao lado dele.

– Bem, é que... Então...

– Por favor, não enrola. – pedi.

– Ta. – ele segurou minha mão e olhou nos olhos, fiquei hipnotizada com seus olhos, ele já havia começado a falar, mas eu não conseguia entender, estava vidrada em seus olhos. Apenas o senti me puxando e me beijando, eu não consegui entender o que estava acontecendo, não sabia por que ele estava me beijando, mas continuei o mesmo, afinal eu não consegui parar, não consegui me afastar. Começou a chover lá fora, pude ouvir o barulho da chuva caindo no telhado, provavelmente estava frio lá, mas aqui estava quente até demais. Ele parou e se afastou. Eu continuei de olhos fechados. Não sabia o que fazer, eu queria saber o que ele havia dito, talvez o deixasse frustrado, mas eu precisava saber.

– Liam, eu vou ser sincera. Enquanto você falava, eu estava perdida em seus olhos e não entendi nada do que você disse, pode repetir? – rimos.

– Claro. Eu disse que estou apaixonado por você e que eu quero ficar com você.

– Bem... Eu também estou apaixonada por você, mas é que eu não sei bem o que fazer porque também gosto muito da Lavínia.

– Eu te entendo. – ele desviou o olhar.

– Eu to confusa, porque agora, nesse momento, o que mais quero é você.

– Então fica comigo, eu não me importo se depois não de certo, mas fica comigo agora.

Eu não sabia o que responder, eu pensava na Lavínia, mas eu queria muito ficar com ele, eu realmente não sabia o que fazer aquele momento, então apenas meu deixei guiar pelo coração e o beijei, ele sorria entre o beijo, parecia estar surpreso. Nos afastamos, rimos um pro outro, ele me abraçou. Segurei sua mão e o puxei.

– Eu te amo! – sussurrei em seu ouvido, o que o fez sorri.

Fomos andando para a cozinha de mãos dadas. Abri a geladeira, peguei alguns ingredientes e fiz um brigadeiro.

– Brigadeiro. Que saudades que eu tava disso. – Liam disse pegando uma colherada da panela.

– Ei, ta quente. – eu briguei.

– Não tem problema, eu assopro.

Ele fez bico e soprou por um tempo. Depois pegou um pouco com o dedo, assentiu que estava frio e passou na ponta do meu nariz.

– Ei. – gritei. – É assim?

Tomei a colher da mão dele e passei em sua bochecha. Ficamos nessa “briga” por um tempo, até que caímos e eu o beijei.

– Nocaute. – eu disse e ri.