All That Drugs - Sugar Coma escrita por AbyssinWonderdead
Notas iniciais do capítulo
----- curtoooooo! muito curto, e chato...
----- mas ainda assim, espero que gostem...
ALL THAT DRUGS
CAPITULO 9: Venha Como Você É
“Come as you are, as you were,
As I want you to be, as a friend,
As a friend, as an old enemy”
- Come As You Are - Nirvana
Frances continuou uma grande parte da viagem em silencio, Tommen continuava com o falatório, misturado com pedidos aos berros dizendo que estava com fome, que queria parar para comer alguma coisa, ele pulava no banco e ficava se mexendo para todos os lados, grunhindo, rosnando e gritando.
- CALA A DROGDA DA BOCA, TOMMEN! ESTAMOS QUASE CHEGANDO! – aquele berro de Frances fez Tommen se calar, ficando vermelho como um tomate, e ela não soube dizer se era de vergonha ou de raiva.
Se enterrou no canto do carro, e ficou ouvindo música enquanto a vegetação da estrada passava rapidamente pelo vidro, como um eterno vulto verde-musgo, o carro diminuiu a velocidade quando passaram por um quebra-mola e ela pode ver infelizmente a enorme placa verde-musgo com contorno e as letras em um tom de branco meio amarelado, escrito em letras gigantes: Bem Vindo a Aberdeen, mas o que a chamou mais a atenção foi a outra placa que tinha embaixo dessa, escrita também em letras do tom de branco meio amarelado: Come As You Are, uma das músicas do Nirvana, feita em homenagem ao Kurt Cobain, instalado pelo Comitê Memorial Kurt Cobain.
Aquela foi a única coisa que fez Frances não achar que seria um terrível porre viver naquela cidade.
Duas horas de viagem com seu irmãozinho adorável, lhe enchendo o saco de cinco em cinco minutos, e os pais apenas se importando em seguir caminho e não perder o caminhão de vista. Saber que ali nasceu um dos maiores ícones do Rock Grunge aliviou um pouco o tormento em suas costas.
- Oi Kurt... – murmurou como se estivesse falando realmente com o Kurt Cobain, e não dizendo “oi” para a placa da cidade com o nome de uma música da banda dele.
- Ei, Frances! Agora a gente chegou? – perguntou Tommen.
- Já, Tommen, já chegamos.
Bran ficou andando de um lado para o outro dentro da caixa, estava tão inquieto quanto ela. Aquele carro, com todo mundo dentro a estava sufocando, embora o carro fosse grande... Ela só não suportava mais nem um pouco ficar no mesmo lugar com todos a família dentro.
- Onde vamos ficar? – perguntou Frances, depois de tanto tempo sem dirigir a palavra aos pais.
- Pode não se lembrar, era muito pequena quando saiu dessa cidade... – pronto, tinha começado o falatório de que: ‘quando ela era bem pequena, com apenas um ano e meio... seu pai, sua mãe e ela viviam em uma casa que ficava de costas para um lago...” daquele ponto para a frente, ela começou a falar sem parar, e Frances não ouviu uma única palavra que ela disse.
Enquanto seu pai dirigia pelas ruas de Aberdeen, Frances via as pessoas que andavam na rua olharem um pouco estranhamente para o carro e para as pessoas dentro dele. As casas não eram tão diferentes das casas de algumas ruas de Seattle, só eram um pouco menores que as de lá.
Olhou para o celular, a foto de Travis e ela estava no papel de parede da tela bloqueada, desbloqueou o mais rápido possível, sem olhar para a foto, olhou para os aplicativos, depois para o ícone das músicas, trocou várias vezes até tocas Aneurysm do Nirvana, não passou nem de um minuto e meio e ela trocou, novamente passando por várias músicas, e todas lhe lembravam Travis, já que todas eram dos discos de Nirvana, e Kurt Cobain lhe lembrava o Travis. Desligou o celular, frustrada e ficou olhando entediada para as ruas que passavam do lado de fora do carro.
Sua mãe voltou a falar super entusiasmada sobre a cidade, de como era a vida na cidade na época que ela ainda morava em Aberdeen, e adicionava comentários, dizendo o quanto a cidade parecia diferente desde a última vez que estivera em Aberdeen.
“It’s better to burn out than to fade away” uma voz familiar disse em sua mente.
Balançou a cabeça, uma risada alegre e que Frances gostava de ouvir surgiu em seus pensamentos. Trincou os dentes, e envolveu o rosto com as mãos, “amor, amor, amor... para que isso serve mesmo? Absolutamente nada... Nada além de te fazer sofrer” Seus ossos tremiam, e pareciam ranger, causando-lhe arrepios na nuca, o que era que ela tinha?
- Ei, mãe! A Frances ta chorando! – Tommen exclamou cutucando o braço de Frances.
- Cala a boca peste! – ela gritou para ele, abafado pelas mãos.
- Frances, está tudo bem? – Tommen perguntou;
- Eu estou bem, só me deixa em paz.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
---- espero que tenham gostado