Sweet Girl escrita por Nina0207


Capítulo 4
Capítulo 3 - Louvado seja Dave


Notas iniciais do capítulo

Koé galerinha, cadê os reviews? Vamos ver se com esse capitulo vocês animam.



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Vamos agora a Matheus.

O dia em que o conheci, estava cumprindo detenção por ter, "acidentalmente", mandado Dave tomar no c* mais alto do que deveria. Mas não era para menos, apesar dele fazer exatamente isso e gostar, ele provocou. Apenas revidei. O professor não gostou muito e me mandou para detenção. Duas horas após a aula enfiada numa sala cheia de alunos manés que não fazem nada além de dormir, mascar chiclete, e tacar bolinha de papel uns nos outros. Por que, é claro, são muito maduros para a idade.

Assim que entrei na sala, fui atingida por uma bolinha de papel, olhei para o chão, onde ela se encontrava e depois para a pessoa que arremessou. Apenas um garoto espinhento que ria de mim com o dedo enfiado no nariz. Que agradável.

Fui para a ultima carteira, coloquei o skate no chão e olhei em volta. Nada do que eu já imaginava. Os caras marrentos que batem nos nerds; os espinhentos estranhos que só sabem meter o dedo no nariz; as patricinhas que acham que fazem merda só para ficar perto dos caras fortes e sem nada na cabeça, a procura de uma foda certa; e os rebeldes, que comparecem mais a detenção do que uma aula de anatomia.

Eu brincava com meu skate quando Matheus entrou na sala. Usava uma camiseta branca e por cima um casaco de couro, com calças jeans e um sapa-tênis, aquele que homens usam. O cabelo arrepiado e sua pele clara faziam-no ter uma beleza exótica. Ele caminhou até o fundo da sala e sentou-se na ultima carteira, a que dava para ter uma bela visão de mim e eu, dele.

Sentado de lado, sacou um celular do bolso e já ia colocar os fones no ouvido, quando seus olhos pararam em mim. Coloquei o boné para frente, o que fazia meus cabelos curtos achatarem-se ao lado do meu rosto. Eu ainda brincava com o skate sob meus pés, o celular em cima da mesa vibrava, olhei de relance para ele, e seus olhos penetrantes estavam fixos em mim. O celular vibrou novamente em cima da mesa, fui ver e era uma mensagem de Dave. “Onde se encontra a gostosa?” – revirei os olhos a sua referencia à gostosa.

Respondi: “A gostosa que vos fala está presa na detenção por sua causa”.

Dois minutos depois veio a resposta: “Minha culpa? Você me manda fazer uma coisa que já costumo fazer e a culpa é minha? Oras, arrume outros xingamentos! E por que não sai logo dessa detenção?”

Retruquei: “Tenho que ficar aqui duas horas. Se bem que, com o Deus dos Badboys presente, sair daqui vai ser difícil”. – sua resposta demorou mais do que eu esperava. E pra variar, ele não me respondeu por que já adentrava a sala de detenção segurando a calça cor de magenta com uma das mãos e sua mochila com a outra. Sorria ao vir sentar-se perto de mim.

– O que você faz aqui? – perguntei baixinho, olhando pra ele com cara de choque. Olhei ao redor e o garoto olhava-nos com um sorriso de “que idiotas” estampado no rosto. As patricinhas olhavam com certo desgosto para Dave, levantei a mão e lhes lancei um dedo do meio, o que as fez soltar um gritinho de reprovação e voltarem a fazer o que sabem: fingir um choro. Os espinhentos fizeram um “yeah” a minha manifestação, ainda com o dedo no nariz. O que tanto eles cavucam ali, meu deus? Já os marmanjos do futebol nem prestavam atenção, desenhavam na mesa.

– Simples: quero saber do Deus dos Badboys, então arriei as calças no meio do pátio! – exclamou dando de ombros. – E não faça essa cara de surpresa, você fala de um Deus para um mortal que ama Deuses e não quer que ele venha conferir o conteúdo? Quanta ousadia!

– Você é um idiota! E fala baixo, por favor!

– Vamos deixar esses xingamentos para depois. O Deus é aquele de casaco de couro? – ele olhava para o Badboy (resolvi chama-lo assim até saber seu nome), como quem analisava um pedaço de carne. – E vamos, ele tá com fone no ouvido, não vai ouvir nada.

– Pare de olhar para ele assim, parece que você tá escolhendo um pedaço de carne.

– Ah, minha querida, com um filé mignon desses... fico com o lombinho! – ele agitava a mão na frente do rosto como se abanasse.

– Será que você ao menos pode fechar essa calça? – ele olhou para mim, depois para a calça que estava aberta e sua cueca de fadinhas aparecia pedindo, provavelmente ao Badboy dos Deuses, que voasse com elas. Ele se levantou e fechou a calça, voltando a se sentar, disse:

– Vendo uma coisa dessas, ela se abre voluntariamente. – o garoto nos olhou e fixou novamente seus olhos em mim, encarei-o por breves segundos, mas, como se os céus estivessem do meu lado, o sinal tocou e nossos olhares se desviaram. Todos pegaram suas mochilas e encaminharam-se para fora daquela sala insuportável. Peguei o skate e Dave ia à minha frente, quando o garoto parou no meio da porta e virando-se para mim, disse:

– Vou deixar que me chame de Badboy por mais alguns dias, acho que te ver assim será curioso. – ele sorriu e foi andando de costas. Abri e fechei a boca, mas já se foi minha chance de retrucar.





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Notas finais do capítulo

curtiram?



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