Sweet Girl escrita por Nina0207


Capítulo 5
Capítulo 4 - Se a porta se fecha, arrombe a janela




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– Certo, você tem dois caras e não sabe o que fazer – Dave repassava meus problemas, mas, até agora, nenhuma solução saia da boca dessa moça. – Ryan é romântico e sabe falar as coisas certas, o que me faria arrancar a roupa dele e taca-lo na cama, por que ele deve gostar... mas deve ir com calma. – estávamos em meu quarto, eu deitada na cama com a cabeça pendurada e Dave andava de um lado para o outro, com um bloquinho na mão. Estávamos ali há uma hora e ele não anotara nada. – Já o Matheus, deve ser uma coisa selvagem na cama, de morder e arranhar. Ele tem cara que fode bem!

– Por que você só olha pra eles e vê que devem transar bem? Parece que tá na seca e só sabe falar disso. Muita coisa tá em jogo, não é só o sexo. – falei, virando-me de barriga para baixo e olhando para ele.

– Você está falando como uma menininha de quinze anos, virgem, que ainda brinca de boneca e nem sabe como é bom brincar de casinha! – ele sacudia o bloquinho na minha cara, bati no bloquinho, o que fez voar da mão de Dave. – E eu não estou na seca, minha noite foi ótima – deu um sorriso de lado e deitou-se ao meu lado na cama.

– Eu fico cada vez mais impressionada com suas comparações. E me explica melhor essa sua noite – virei-me de lado apoiando a cabeça em minha mão e o fitei com uma cara suspeita.

– Pois não devia! E minhas comparações são as melhores, fazem todo sentido! – disse ele, fazendo careta para minha ofensa. – Minha noite não interessa, pelo menos não agora. Me diz sua situação com os gatos.

– Estou há duas semanas sem falar com Ryan, ele tá me ligando e eu não retorno suas ligações. - Dave bufou e revirou os olhos pra mim. - Enquanto isso, Matheus aparece na pista de skate e fica lá, parado, me olhando. Ele viu até minha queda! – escondi meu rosto em minhas mãos e bati com os pés na cama, minha forma de demonstrar irritação.

– Sente falta do Ryan? – perguntou.

– Sinto. Mas eu não sei lidar com a Grace que aparece quando estou com ele, não sou eu. É alguém superficial, que mostra pra ele o que quer que ele veja, eu fico ali com ele, conversamos sobre várias coisas, mas depois que falei com a avó dele... eu senti uma coisa que nunca havia sentido na minha vida.

– O que?

– Uma sensação de perda. Eu me pus no lugar dele, e o que eu senti não foi legal. Eu gosto dele, bastante, mas ele só tá lá, no hospital, com a avó. Uma parte de mim quer vê-lo, estar com ele, outra parte quer dar esse espaço. Pra mim, parece que estou invadindo uma coisa que não é minha, uma área que não é minha. Como estar lá com ele, ao lado da avó. É um momento dele, só dele.

– E quanto ao Badboy? – Dave me mostrou uma postura mais seria, prestava o máximo de atenção em minhas palavras. Quando a coisa complicava, ele se tornava outro Dave. Um Dave mais sério e atencioso, um Dave sem piadinhas e sem exageros.

– Ele... eu não sei! É como um desafio, sabe? Ele é um desafio. É misterioso, tem um charme fora do normal, me sinto atraída por ele de um jeito que... não dá pra explicar!

– Tudo bem, eu também me sinto atraído por ele! – brincou colocando a mão em minha cabeça. Revirei os olhos. – Continue.

– É basicamente isso, eu necessito desvendar esse mistério. Ele fica apenas me olhando, com aquela cara, aqueles olhos me penetrando...

– Se talvez outra coisa te penetrasse, eu entenderia.

– Ah, Dave, cala a boca!! – dei-lhe um tapa e comecei a rir. Rimos por um tempo até as risadas não fazerem mais sentido. – Outra coisa que preciso saber é o nome dele.

– Bom, isso não é mais um problema por que, seu melhor amigo aqui, perfeito, maravilhoso e espetacular Dave, descobriu o nome dele. – Dave levantou-se da cama e me olhou, com um ar de mistério que às vezes, vindo dele, me irritava.

– Tá, fala logo!!

– Descobri na secretaria, fui lá pra pegar meus horários novos, por que você sabe, né? Estar na banda não é comigo...

– Dave, o nome! – interrompi.

– Ah, sim, o nome! Certo, o nome dele é Matheus.

– Matheus. – repeti. Levantei-me da cama e fui até a janela. – Preciso fazer uma coisa, fica aqui e não deixa minha mãe entrar. – abri a janela e já ia colocando uma perna pra fora quando meu celular tocou. Era Ryan.

– Grace, aonde você vai? – suspirei e olhei para Dave.

– Vou resolver uma coisa. – e sai.



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Notas finais do capítulo

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