Pokegazette Ao Resgate escrita por Teruque


Capítulo 6
Caverna Magma




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Amanhã seguinte já começou agitada.

Um novo tremor colocou em alerta todos. Se as coisas continuassem daquela maneira, logo não restaria nada alem de destroços de um mundo virtual.

– Precisamos deter Groudon antes que novos tremores ocorram. - todos já estavam reunidos aguardando as instruções de Reita para finalmente iniciar a ultima missão.


– Antes de irmos. - interrompeu Aoi - Uma aula rápida sobre essa nova forma rosada de Kai.


– Esse é um Espeon. - respondeu tentando conter um riso da expressão ameaçadora que Kai lançava sobre Aoi. - Na verdade fiquei surpreso ao ver sua sorte Kai. Um tipo psíquico será bem útil nessa nossa missão.


– Psíquico então? - indagou Kai sorrindo. - Acho que estou começando a gostar disso. Mesmo sendo... Rosa...

– Não sei se servirá de consolo, mas... – começou Uruha. – Isso é lilás e ainda assim não chama tanta atenção quanto o pomposo do Aoi. – um comentário que acabou fazendo todos rirem, menos a “vítima” em questão.

– Não é justo. - protestou Ruki após cessar o riso. - Todos evoluíram e tomaram formas legais menos eu.


– Mas você é um Pikachu chibi. – dizia Reita. – É perfeito pra você. Não tem o que mudar.

– Continue me chamando de baixinho e irritadinho que eu vou apagar teu fogo. – ameaçou.

– Pode vir então chibi. – continuava a provocar.

– Deixe para se matarem depois. – interferiu Kai. – Foco na droga dessa missão. – Ruki bufou e Reita riu. - Eu sou do tipo psíquico, certo? – dirigiu a pergunta direto para Reita.

– Sim. Suas habilidades são similares com as daquela Alakazan que não curtiu o fato de sermos uma equipe “iniciante” melhor que a dele.

– Certo... E eu sou realmente necessário para missão de agora?

– Bom... Não.

– Ótimo. Então ficarei aqui com Ruki aprendendo mais sobre minha forma.

– Como assim “ficarei aqui com o Ruki”?! – ralhou o menor. – Eu quero ir também. Ainda quero evoluir.

– Não chibi. É melhor que fique. – aconselhou Uruha se enturmando na conversa. – Nosso inimigo agora é do tipo terrestre. Você estaria em total desvantagem. Também precisamos economizar ao máximo nossos itens. Está se tornando cada vez mais difícil encontrá-los.

– E você, seu pato? Irá nessa?

– Sim... Sou do tipo aquático e posso aprender habilidades de gelo... Isso nos dá uma pequena vantagem.

– Ruki, eu sei que você também quer evoluir, mas não podemos nos arriscar. Graças a você conseguimos acalmar Kyogre... – Kai explicava. - “Ainda me pergunto como” – completou mentalmente. – Então não queria se obrigar a fazer mais do que pode. Eu também não irei porque desconheço minhas novas habilidades. Podemos usar esse tempo para treinarmos.

– Escute-o Ruki-san. – alertou Absol que ainda residia na base PokeGazette. – Esse ainda não é o fim.

– Espera... Tem mais coisa após esse tal de Groudon?! – a voz de Aoi se fez presente.

– Precisam descobrir a origem dos desastres naturais e pará-los. – explicava-se. – Kyogre era responsável pelos maremotos que ocorreram em algumas partes do mundo. Groudon, pelos terremotos. Mas isso não é tudo. Todos perceberam como está quase impossível evoluir. Apenas lugares extremamente perigosos possuem um “ponto” para mudar. Entre outros pequenos inoportunos.

– Nos concentraremos primeiro em Groundon então. – ditou Reita. – Dessa vez iremos eu, Uruha e Aoi. – não houve protestos, apenas os reclamar costumeiros de Aoi.

– Eu irei também. – pronunciou-se Absol.

– Ficaremos aguardando a volta de vocês. – ditou Kai.

– E tentaremos descobrir as outras pontas soltas desses desastres. – completou Ruki.

A caça ao Groundon finalmente iniciou-se.

– Agora que eles se foram, como podemos aproveitar o nosso dia. – indagava Kai para Ruki. – Talvez pegar alguma missão leve apenas para adquirir experiência, talvez... Com esse novo tremor logo de manhã não seria surpresa nenhuma alguém ter ficado preso ou se perdido.

– Me surpreenderia se nada tivesse acontecido. – o menor suspirou. – Vamos logo então. A praça deve estar uma loucura.

– Por favor! Alguém! – uma voz vinha de fora da base chamando a atenção daqueles dois. – Preciso de ajuda.

– Mas você... – Kai seguiu até a porta, sendo seguido por Ruki. – É aquele Caterpie que ajudamos.

– O filhote daquela Butterfree que encontramos em nossa primeira missão? – indagou Ruki e Kai afirmou.

– Kai-san, o senhor evoluiu. – os olhinhos do pequeno Pokémon brilhavam.

– Bom... Sim... Mas o que aconteceu? Por que todo esse alvoroço?

– Ah! – se recordando do porque estava ali. – O meu amigo... Metapod... Estamos brincando próximo ao Bosque Sombrio e... Com o tremor... Separamos-nos... Acredito que se perdeu... Dentro do bosque.

– Olha também a onde as crianças vão brincar. – Ruki murmurou. – E então Kai? Somos apenas nós dois.

– Por favor... Ajudem-me. – pedia.

– Damos conta disso. Já passamos por coisas piores, não?

– Vão me ajudar então?

– Traremos seu amigo de volta. – afirmou Kai.

– Muito obrigado. – os olhinhos daquele Pokémon brilhavam novamente.

– Fique esperando aqui até voltarmos. – pediu Ruki e o pequeno assentiu. – E temos uma missão em mãos.

Deixando o pequeno Pokémon em segurança na base, os dois seguiram para o Bosque Sombrio para resgatar o amigo desaparecido.

– Então Kai. Aqui estamos nós. Numa floresta com o nome super "convidativo" e nem sabemos com é o Pokémon que procuramos.

– Levando em conta que não lembramos nem de perguntar nada de como é esse amigo do Cartepie, estamos largados a sorte.

– Sem Reita fica um pouco complicado. - admitiu com um meio sorriso.

– Com certeza ele deve estar no final do bosque, como tem sido nas outras missões não específicas...

– Possivelmente. – concordou. – Então é só seguir até o fundo desse bosque e resgatar o pequeno mais assustado. Bem simples. – sorriu irônico.

O caminho seguiu calmo e estranhamente silencioso. O tremor de instantes atrás parecia ter assustado qualquer Pokémon que pudesse estar ali.

A fraca luz do sol que ultrapassava aquelas vastas arvore eram a única iluminação com qual contavam. Dificultando consideravelmente o trajeto.

E, após todo o longo percurso, estavam de frente a uma “parede” de arvores que indicavam o fim do bosque para eles. Era impossível ir além daquele ponto.

– Tudo bem... Deveria ter alguém aqui, certo? – Ruki indagava começando a duvidar daquele Carterpie que os convenceu a ir até aquele lugar.

– Ele deve estar escondido. – Kai tentou pensar racionalmente. – E no mínimo muito assustado.

– Me avise se encontrar algo então. – a voz de Ruki soou irônica, enquanto encostava-se a uma arvore qualquer.

– Nada de querer folgar Ruki.

– Não estou folgando, apenas esperando algo surpreendente acontecer.

Não deu nem tempo de se acomodar, um som cortou o silêncio. Um Pokémon surgiu do meio daquelas arvores. Porém não assustado, sua intenção era atacar se necessário para proteger alguma coisa.

– Com certeza você não é o tal de Metapod. – Ruki deduziu o óbvio. – E eu achando que esse resgate seria fácil. – suspirou olhando para aquele Pokémon que lembrava um cachorro.

– Resgate? – aquele Pokémon pareceu abaixar a guarda por uns instantes. – Vocês são uma equipe de resgate?

– Sim. – confirmou Kai. – Somos... Os PokeGazettes... – citou o nome do grupo da maneira mais normal que conseguiu. Mesmo com tanto tempo dentro daquele jogo ainda não conseguia assimilar aquele nome.

– PokeGazette? A equipe que foi até o fundo do Mar Tormentoso e acalmou Kyogre?

– Bem... Sim. – Kai afirmou com certo receio.

– Sério? – seu ar agora era de empolgação. – Eu... Eu sou um fã da equipe de vocês!

– Temos fãs até aqui. – Ruki comentou entre um riso.

– Desculpa... Nem me apresentei... – falou sem graça. – Sou Houndour.

– A maioria dos Pokémon usa o próprio nome. – comentou Ruki.

– Somos Kai e Ruki. – Kai ignorava o menor. – Não tínhamos intenção de causar nenhum problema. Estávamos procurando por Metapod.

– Oh sim... Desculpe por isso... Eu... Quase ataquei vocês... Metapod está comigo... Pretendia guiá-lo para fora daqui. – confessou revelando a onde o pequeno Pokémon estava se escondendo.

– Já que está tudo resolvido... Podemos voltar pra casa então. Caterpie ficou nos esperando.

– Hã?! Es... Espere. – Houndour chamou. – Posso ir com vocês? Eu... Eu posso ajudar. Ainda sou primeira evolução, mas posso ajudar com missões simples. Quero fazer parte da equipe.

– Kai?

– Seria de grande ajuda. – concordou deixando um Pokémon feliz.

O caminho de volta foi mais animado e logo Metapod estava seguro e de volta ao lado do amigo.

Caterpie agradeceu mais uma vez pelo resgate bem realizado e Kai os fez prometerem que não brincariam mais perto daquele bosque.

– Eu pensei que... Houvesse mais recrutados... – comentou Houndour ao adentrar a base onde ficaria.

– Há mais. Porém estão em outra missão. – respondeu Kai se ajeitando sobre o “puff”

– Foram atrás da equipe de Alakazan na Caverna de Magma. – complementou Ruki.

– Foram atrás de Groudon? – o novato pareceu se surpreender.

– Depois de acalmar Kyogre e parar com os maremotos, precisamos parar Groudon e os terremotos, certo? – indagou Ruki.

– Sim... Mas isso... Parece loucura...

– Eu confio na força de nossa equipe. Eles vão voltar. – garantiu Kai.

– Esses desastres que vem ocorrendo. Não são naturais. Despertou os dois Pokemons mais temíveis, agravando ainda mais nossos problemas. Não podemos evoluir. Não podemos viver em tranqüilidade.

– Espera. As coisas já estavam ruins antes daqueles dois acordarem? – indagou Kai apenas para confirmar. E o novato assentiu.

– Alguns dizem que isso tem a ver com uma lenda antiga.

– Sabe detalhes sobre essa tal lenda? – Kai se mostrou curioso.

– Sim. A lenda de Ninetales.

– Ninetales? – interrompeu Ruki. – Nosso Aoi é um Ninetales.

– Te garanto que te especial nosso Aoi só tem o temperamento. – respondeu Kai fazendo Ruki rir. – Mas continue com a história.

– Bom... Essa Ninetales era um Pokemon místico e ninguém se atrevia a tocar em nenhuma de suas nove caudas. Porém houve um humano que ignorou os alertas e se atreveu a tocar em uma das caudas. Sendo fadado a uma maldição. – passou. – No momento que Ninetales iria lançar sua maldição, o fiel Pokémon daquele humano entrou na frente, sendo ele o amaldiçoado. Ninetales perguntou para o humano o que ele faria perante o sacrifício de seu amigo. Esse humano apenas fugiu, abandonando-o a sorte. Como punição esse humano um dia renasceria como um Pokémon e o mundo entraria em colapso.

Houndour finalizou a história analisando as expressões daqueles dois.

– Mas... Isso é só uma história contada para os jovens. – riu tentando descontrair. – Não precisam levar a sério. Mesmo que alguns ainda insistam em sua veracidade duvidosa.

– Em todo caso seria bom tirar essa historia a limpo. – Kai tentava pensar sensatamente. – Houndour, por acaso não conhece nenhum Pokémon que possa nos ajudar? A historia tem que ter começado por alguém.

– Poderiam falar com Xatu... Ele... É tipo um Guru... Dedica a vida apenas para estudos e desvendar o futuro.

– Sabe onde encontrá-lo?

– Sim... No topo do Grand Canyon...

– Pode nos levar até lá?

– Sim... Sem problemas.

– E quanto ao nosso descanso pós missão? – indagou Ruki sem a menor vontade de sair novamente.

– Quer acabar logo com esses boatos? – indagou quase que ameaçando Ruki. Pois, caso essa tal lenda chegasse a ser considerada real, seria uma questão de tempo até que eles serem culpados.

– Então vamos sair novamente. – suspirou. – Será que voltamos antes dos outros?

Em busca de respostas concretas Kai e Ruki se deixaram guiar por Houndour até o lugar onde poderiam encontrar o Pokemon conhecido como Xatu.

Enquanto isso Reita, Uruha, Aoi e Absol enfrentavam as dificuldades na escaldante Caverna de Magma.

– Nesse momento que agradeço por ser do tipo fogo senão estaria derretendo nesse lugar. – Aoi reclamava como de costume.

– Diga por você. – bufou Uruha. – Sinto-me como água entrando em ebulição, daqui a pouco desapareço no meio desse mar de lava que nos cerca.

– Está tudo bem Absol? – Reita parecia ser o único focado na situação de cada um. Principalmente do Pokémon menos favorecido naquele local.

– Eu ficarei bem... Só precisamos chegar logo ao fim desse inferno. – Absol se mostrava firme mesmo estando se esforçando ao máximo para se manter acordado.

– Apenas agüente. Não deve faltar muito agora. – Reita tentava encorajar como podia.

Quando pensavam que a situação não podia piorar, um novo tremor se iniciou, levando parte daquela caverna abaixo e separando a equipe.

– Aoi! Absol! – Reita gritava em frente a parede de pedra que se formara entre eles. – Vocês estão bem?

– Parece que sim... – confirmou Aoi ao outro lado. – Eu pelo menos... Absol se feriu tentando me salvar, mas não parece ter sido tão grave. Apenas não poderemos continuar. Mas e quanto a Uruha?

– Ele está bem. Está aqui comigo se recuperando do susto.

– E o que faremos agora?

– Fomos separados e Absol está ferido. Uruha e eu não temos como voltar. Apenas seguir em frente.

– Mas... Sozinhos?! Já seria arriscado nós quatro.

– Ficaremos bem Aoi. – a voz de Reita soou mais séria e segura possível. – Leve Absol de volta para base. Nós continuaremos. Com esse tremor deve ter aberto alguma nova passagem para compensar as fechadas.

– Sinto muito Reita-san... Eu...

– Não se desculpe Absol, fomos pegos desprevenidos. Agora se preocupe com você ao menos um pouco.

– Tudo bem...

– Tentem não morrer até que eu volte com ajuda.

– Aoi... Até você voltar com o resgate já estaremos de volta e com a missão cumprida. – a voz de Uruha soou provocante fazendo Aoi sorrir.

– É isso que espero...


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