Pokegazette Ao Resgate escrita por Teruque
Amanhã seguinte já começou agitada.
Um novo tremor colocou em alerta todos. Se as coisas continuassem daquela maneira, logo não restaria nada alem de destroços de um mundo virtual.
– Precisamos deter Groudon antes que novos tremores ocorram. - todos já estavam reunidos aguardando as instruções de Reita para finalmente iniciar a ultima missão.
– Antes de irmos. - interrompeu Aoi - Uma aula rápida sobre essa nova forma rosada de Kai.
– Esse é um Espeon. - respondeu tentando conter um riso da expressão ameaçadora que Kai lançava sobre Aoi. - Na verdade fiquei surpreso ao ver sua sorte Kai. Um tipo psíquico será bem útil nessa nossa missão.
– Psíquico então? - indagou Kai sorrindo. - Acho que estou começando a gostar disso. Mesmo sendo... Rosa...
– Não sei se servirá de consolo, mas... – começou Uruha. – Isso é lilás e ainda assim não chama tanta atenção quanto o pomposo do Aoi. – um comentário que acabou fazendo todos rirem, menos a “vítima” em questão.
– Não é justo. - protestou Ruki após cessar o riso. - Todos evoluíram e tomaram formas legais menos eu.
– Mas você é um Pikachu chibi. – dizia Reita. – É perfeito pra você. Não tem o que mudar.
– Continue me chamando de baixinho e irritadinho que eu vou apagar teu fogo. – ameaçou.
– Pode vir então chibi. – continuava a provocar.
– Deixe para se matarem depois. – interferiu Kai. – Foco na droga dessa missão. – Ruki bufou e Reita riu. - Eu sou do tipo psíquico, certo? – dirigiu a pergunta direto para Reita.
– Sim. Suas habilidades são similares com as daquela Alakazan que não curtiu o fato de sermos uma equipe “iniciante” melhor que a dele.
– Certo... E eu sou realmente necessário para missão de agora?
– Bom... Não.
– Ótimo. Então ficarei aqui com Ruki aprendendo mais sobre minha forma.
– Como assim “ficarei aqui com o Ruki”?! – ralhou o menor. – Eu quero ir também. Ainda quero evoluir.
– Não chibi. É melhor que fique. – aconselhou Uruha se enturmando na conversa. – Nosso inimigo agora é do tipo terrestre. Você estaria em total desvantagem. Também precisamos economizar ao máximo nossos itens. Está se tornando cada vez mais difícil encontrá-los.
– E você, seu pato? Irá nessa?
– Sim... Sou do tipo aquático e posso aprender habilidades de gelo... Isso nos dá uma pequena vantagem.
– Ruki, eu sei que você também quer evoluir, mas não podemos nos arriscar. Graças a você conseguimos acalmar Kyogre... – Kai explicava. - “Ainda me pergunto como” – completou mentalmente. – Então não queria se obrigar a fazer mais do que pode. Eu também não irei porque desconheço minhas novas habilidades. Podemos usar esse tempo para treinarmos.
– Escute-o Ruki-san. – alertou Absol que ainda residia na base PokeGazette. – Esse ainda não é o fim.
– Espera... Tem mais coisa após esse tal de Groudon?! – a voz de Aoi se fez presente.
– Precisam descobrir a origem dos desastres naturais e pará-los. – explicava-se. – Kyogre era responsável pelos maremotos que ocorreram em algumas partes do mundo. Groudon, pelos terremotos. Mas isso não é tudo. Todos perceberam como está quase impossível evoluir. Apenas lugares extremamente perigosos possuem um “ponto” para mudar. Entre outros pequenos inoportunos.
– Nos concentraremos primeiro em Groundon então. – ditou Reita. – Dessa vez iremos eu, Uruha e Aoi. – não houve protestos, apenas os reclamar costumeiros de Aoi.
– Eu irei também. – pronunciou-se Absol.
– Ficaremos aguardando a volta de vocês. – ditou Kai.
– E tentaremos descobrir as outras pontas soltas desses desastres. – completou Ruki.
A caça ao Groundon finalmente iniciou-se.
– Agora que eles se foram, como podemos aproveitar o nosso dia. – indagava Kai para Ruki. – Talvez pegar alguma missão leve apenas para adquirir experiência, talvez... Com esse novo tremor logo de manhã não seria surpresa nenhuma alguém ter ficado preso ou se perdido.
– Me surpreenderia se nada tivesse acontecido. – o menor suspirou. – Vamos logo então. A praça deve estar uma loucura.
– Por favor! Alguém! – uma voz vinha de fora da base chamando a atenção daqueles dois. – Preciso de ajuda.
– Mas você... – Kai seguiu até a porta, sendo seguido por Ruki. – É aquele Caterpie que ajudamos.
– O filhote daquela Butterfree que encontramos em nossa primeira missão? – indagou Ruki e Kai afirmou.
– Kai-san, o senhor evoluiu. – os olhinhos do pequeno Pokémon brilhavam.
– Bom... Sim... Mas o que aconteceu? Por que todo esse alvoroço?
– Ah! – se recordando do porque estava ali. – O meu amigo... Metapod... Estamos brincando próximo ao Bosque Sombrio e... Com o tremor... Separamos-nos... Acredito que se perdeu... Dentro do bosque.
– Olha também a onde as crianças vão brincar. – Ruki murmurou. – E então Kai? Somos apenas nós dois.
– Por favor... Ajudem-me. – pedia.
– Damos conta disso. Já passamos por coisas piores, não?
– Vão me ajudar então?
– Traremos seu amigo de volta. – afirmou Kai.
– Muito obrigado. – os olhinhos daquele Pokémon brilhavam novamente.
– Fique esperando aqui até voltarmos. – pediu Ruki e o pequeno assentiu. – E temos uma missão em mãos.
Deixando o pequeno Pokémon em segurança na base, os dois seguiram para o Bosque Sombrio para resgatar o amigo desaparecido.
– Então Kai. Aqui estamos nós. Numa floresta com o nome super "convidativo" e nem sabemos com é o Pokémon que procuramos.
– Levando em conta que não lembramos nem de perguntar nada de como é esse amigo do Cartepie, estamos largados a sorte.
– Sem Reita fica um pouco complicado. - admitiu com um meio sorriso.
– Com certeza ele deve estar no final do bosque, como tem sido nas outras missões não específicas...
– Possivelmente. – concordou. – Então é só seguir até o fundo desse bosque e resgatar o pequeno mais assustado. Bem simples. – sorriu irônico.
O caminho seguiu calmo e estranhamente silencioso. O tremor de instantes atrás parecia ter assustado qualquer Pokémon que pudesse estar ali.
A fraca luz do sol que ultrapassava aquelas vastas arvore eram a única iluminação com qual contavam. Dificultando consideravelmente o trajeto.
E, após todo o longo percurso, estavam de frente a uma “parede” de arvores que indicavam o fim do bosque para eles. Era impossível ir além daquele ponto.
– Tudo bem... Deveria ter alguém aqui, certo? – Ruki indagava começando a duvidar daquele Carterpie que os convenceu a ir até aquele lugar.
– Ele deve estar escondido. – Kai tentou pensar racionalmente. – E no mínimo muito assustado.
– Me avise se encontrar algo então. – a voz de Ruki soou irônica, enquanto encostava-se a uma arvore qualquer.
– Nada de querer folgar Ruki.
– Não estou folgando, apenas esperando algo surpreendente acontecer.
Não deu nem tempo de se acomodar, um som cortou o silêncio. Um Pokémon surgiu do meio daquelas arvores. Porém não assustado, sua intenção era atacar se necessário para proteger alguma coisa.
– Com certeza você não é o tal de Metapod. – Ruki deduziu o óbvio. – E eu achando que esse resgate seria fácil. – suspirou olhando para aquele Pokémon que lembrava um cachorro.
– Resgate? – aquele Pokémon pareceu abaixar a guarda por uns instantes. – Vocês são uma equipe de resgate?
– Sim. – confirmou Kai. – Somos... Os PokeGazettes... – citou o nome do grupo da maneira mais normal que conseguiu. Mesmo com tanto tempo dentro daquele jogo ainda não conseguia assimilar aquele nome.
– PokeGazette? A equipe que foi até o fundo do Mar Tormentoso e acalmou Kyogre?
– Bem... Sim. – Kai afirmou com certo receio.
– Sério? – seu ar agora era de empolgação. – Eu... Eu sou um fã da equipe de vocês!
– Temos fãs até aqui. – Ruki comentou entre um riso.
– Desculpa... Nem me apresentei... – falou sem graça. – Sou Houndour.
– A maioria dos Pokémon usa o próprio nome. – comentou Ruki.
– Somos Kai e Ruki. – Kai ignorava o menor. – Não tínhamos intenção de causar nenhum problema. Estávamos procurando por Metapod.
– Oh sim... Desculpe por isso... Eu... Quase ataquei vocês... Metapod está comigo... Pretendia guiá-lo para fora daqui. – confessou revelando a onde o pequeno Pokémon estava se escondendo.
– Já que está tudo resolvido... Podemos voltar pra casa então. Caterpie ficou nos esperando.
– Hã?! Es... Espere. – Houndour chamou. – Posso ir com vocês? Eu... Eu posso ajudar. Ainda sou primeira evolução, mas posso ajudar com missões simples. Quero fazer parte da equipe.
– Kai?
– Seria de grande ajuda. – concordou deixando um Pokémon feliz.
O caminho de volta foi mais animado e logo Metapod estava seguro e de volta ao lado do amigo.
Caterpie agradeceu mais uma vez pelo resgate bem realizado e Kai os fez prometerem que não brincariam mais perto daquele bosque.
– Eu pensei que... Houvesse mais recrutados... – comentou Houndour ao adentrar a base onde ficaria.
– Há mais. Porém estão em outra missão. – respondeu Kai se ajeitando sobre o “puff”
– Foram atrás da equipe de Alakazan na Caverna de Magma. – complementou Ruki.
– Foram atrás de Groudon? – o novato pareceu se surpreender.
– Depois de acalmar Kyogre e parar com os maremotos, precisamos parar Groudon e os terremotos, certo? – indagou Ruki.
– Sim... Mas isso... Parece loucura...
– Eu confio na força de nossa equipe. Eles vão voltar. – garantiu Kai.
– Esses desastres que vem ocorrendo. Não são naturais. Despertou os dois Pokemons mais temíveis, agravando ainda mais nossos problemas. Não podemos evoluir. Não podemos viver em tranqüilidade.
– Espera. As coisas já estavam ruins antes daqueles dois acordarem? – indagou Kai apenas para confirmar. E o novato assentiu.
– Alguns dizem que isso tem a ver com uma lenda antiga.
– Sabe detalhes sobre essa tal lenda? – Kai se mostrou curioso.
– Sim. A lenda de Ninetales.
– Ninetales? – interrompeu Ruki. – Nosso Aoi é um Ninetales.
– Te garanto que te especial nosso Aoi só tem o temperamento. – respondeu Kai fazendo Ruki rir. – Mas continue com a história.
– Bom... Essa Ninetales era um Pokemon místico e ninguém se atrevia a tocar em nenhuma de suas nove caudas. Porém houve um humano que ignorou os alertas e se atreveu a tocar em uma das caudas. Sendo fadado a uma maldição. – passou. – No momento que Ninetales iria lançar sua maldição, o fiel Pokémon daquele humano entrou na frente, sendo ele o amaldiçoado. Ninetales perguntou para o humano o que ele faria perante o sacrifício de seu amigo. Esse humano apenas fugiu, abandonando-o a sorte. Como punição esse humano um dia renasceria como um Pokémon e o mundo entraria em colapso.
Houndour finalizou a história analisando as expressões daqueles dois.
– Mas... Isso é só uma história contada para os jovens. – riu tentando descontrair. – Não precisam levar a sério. Mesmo que alguns ainda insistam em sua veracidade duvidosa.
– Em todo caso seria bom tirar essa historia a limpo. – Kai tentava pensar sensatamente. – Houndour, por acaso não conhece nenhum Pokémon que possa nos ajudar? A historia tem que ter começado por alguém.
– Poderiam falar com Xatu... Ele... É tipo um Guru... Dedica a vida apenas para estudos e desvendar o futuro.
– Sabe onde encontrá-lo?
– Sim... No topo do Grand Canyon...
– Pode nos levar até lá?
– Sim... Sem problemas.
– E quanto ao nosso descanso pós missão? – indagou Ruki sem a menor vontade de sair novamente.
– Quer acabar logo com esses boatos? – indagou quase que ameaçando Ruki. Pois, caso essa tal lenda chegasse a ser considerada real, seria uma questão de tempo até que eles serem culpados.
– Então vamos sair novamente. – suspirou. – Será que voltamos antes dos outros?
Em busca de respostas concretas Kai e Ruki se deixaram guiar por Houndour até o lugar onde poderiam encontrar o Pokemon conhecido como Xatu.
Enquanto isso Reita, Uruha, Aoi e Absol enfrentavam as dificuldades na escaldante Caverna de Magma.
– Nesse momento que agradeço por ser do tipo fogo senão estaria derretendo nesse lugar. – Aoi reclamava como de costume.
– Diga por você. – bufou Uruha. – Sinto-me como água entrando em ebulição, daqui a pouco desapareço no meio desse mar de lava que nos cerca.
– Está tudo bem Absol? – Reita parecia ser o único focado na situação de cada um. Principalmente do Pokémon menos favorecido naquele local.
– Eu ficarei bem... Só precisamos chegar logo ao fim desse inferno. – Absol se mostrava firme mesmo estando se esforçando ao máximo para se manter acordado.
– Apenas agüente. Não deve faltar muito agora. – Reita tentava encorajar como podia.
Quando pensavam que a situação não podia piorar, um novo tremor se iniciou, levando parte daquela caverna abaixo e separando a equipe.
– Aoi! Absol! – Reita gritava em frente a parede de pedra que se formara entre eles. – Vocês estão bem?
– Parece que sim... – confirmou Aoi ao outro lado. – Eu pelo menos... Absol se feriu tentando me salvar, mas não parece ter sido tão grave. Apenas não poderemos continuar. Mas e quanto a Uruha?
– Ele está bem. Está aqui comigo se recuperando do susto.
– E o que faremos agora?
– Fomos separados e Absol está ferido. Uruha e eu não temos como voltar. Apenas seguir em frente.
– Mas... Sozinhos?! Já seria arriscado nós quatro.
– Ficaremos bem Aoi. – a voz de Reita soou mais séria e segura possível. – Leve Absol de volta para base. Nós continuaremos. Com esse tremor deve ter aberto alguma nova passagem para compensar as fechadas.
– Sinto muito Reita-san... Eu...
– Não se desculpe Absol, fomos pegos desprevenidos. Agora se preocupe com você ao menos um pouco.
– Tudo bem...
– Tentem não morrer até que eu volte com ajuda.
– Aoi... Até você voltar com o resgate já estaremos de volta e com a missão cumprida. – a voz de Uruha soou provocante fazendo Aoi sorrir.
– É isso que espero...
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