Pokegazette Ao Resgate escrita por Teruque


Capítulo 7
Fim de Jogo


Notas iniciais do capítulo

Errata: Kyogre e Groudon aparecem sim no Red Rescue e Blue Rescue. Porém a primeira vez que joguei, não sei o que eu fiz que pulei o pokémon de água. Por isso achei que não tinha '-'



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Houndour, como prometido, guiou Kai e Ruki com segurança até o topo do Grand Canyon. E, à beira daquele grande desfiladeiro, encontrava-se apenas um único Pokémon encarando o horizonte. Acabaram por deduzir que aquele era o tal Guru, mesmo porque Houndour acabou por revelar, já na metade do caminho, que nunca havia visto aquele Pokemon, apenas conhecia as histórias.

Permaneceram parados por mais algum tempo analisando aquele Pokemon que não parecia ser tão inteligente.

– E então é isso? Esse é o tal Pokemon? – indagava Ruki irritado. – Viemos até aqui pra isso?

– Fale com ele e pergunte. – respondeu Kai também descrente com aquele Pokémon.

– O que? Chamar? Olho só pra ele! Parece estar em total transe.

Em meio à discussão nem notaram quando aquele Pokémon se aproximou assustando-os.

– Er... – Kai iniciou, recuperando-se primeiro da surpresa.

– Estava esperando por vocês. – interrompeu. – E sim. Eu sou Xatu.

– Sastifeito agora Ruki? – indagou Kai e o menor só assentiu.

– Então é realmente real... – comentou Houndour.

– Eu sou real. Assim como a lenda que ouviram.

– Então a história de Ninetails é real?! – Ruki quase gritou.

– Sim. Porém foi algo que aconteceu há muito tempo. Acalmem-se, vocês não tem nenhuma ligação com ela. A razão de estarem aqui é completamente diferente.

– Então por que então? – Kai indagou internamente mais calmo.

– Os eventos que estão acontecendo atualmente, não são naturais. E o motivo não é nada tranquilizador.

– Diga o motivo então! – Ruki perdia a calma com tamanha tranquilidade daquele Pokemon.

– Olhem para cima. – respondeu simplista

– Isso é... - Kai não consegui completar a própria frase tomado pela surpresa do que acabava de ver.

– Esse é o motivo... - concluiu Houndour igualmente surpreso.

– Essa estrela perdeu sua órbita e vem se aproximando cada dia mais de nós. Como resultado de sua influência acabamos por sofrer com o desequilíbrio natural. Devemos ter no máximo vinte quatro horas antes que ela alcance nossa superfície e desapareça com o nosso mundo.

– Como assim "devemos ter"?! - Ruki se alterou com a situação.

– O futuro é incerto. Qualquer interferência, por menor que seja, pode mudar o que ainda não foi escrito.

– E há alguma forma de evitar isso? - Kai tentava se manter calmo. Afinal, de estressado bastava Ruki.

– Existe apenas uma. - ao dizer isso, uma faísca de esperança permitiu um breve sorriso no rosto daqueles três. - Existe um Pokémon que vive além das nuvens. Possuidor de um grande poder capaz de destruir essa estrela que nos ameaça. Porém, os desastres não chegaram até seu terreno, não sendo despertado de seu sono.

– Então nós iremos até lá! - Kai se voluntariou.

– Não é tão fácil assim. Ele vive além dos limites permitidos a qualquer Pokémon voador. A única maneira de chegar até lá seria por teleporte, porém sozinho só poderei enviar um sem garantia de retorno.

– E se for apenas eu? - Kai insistia em sua decisão. - Essa é uma habilidade psíquica, certo? Posso garantir a minha volta.

– Sim... Mas sabe como usá-la? indagou Xatu.

– Sei que sou capaz de aprender em menos de vinte quatro horas. - a resposta tão decidida de Kai fez Xatu depositar toda sua confiança sobre o jovem Espeon.

– Está louco Kai? Ir sozinho? - claro que Ruki não aprovava tamanha loucura.

– Estou dizendo que dou conta. Então apenas confie em mim. - com tamanha convicção Ruki acabou por desistir de fazer com que Kai mudasse de ideia.

– Apenas volte inteiro. Ainda temos que voltar para casa. Nós cinco. - encerrou a discussão ainda não aceitando a ideia de deixa Kai seguir sozinho.

– Há mais uma coisa. – Xatu voltou a chamar a atenção dos três. – Dois de seus amigos estão presos na caverna de Magma.

– Dois? – Kai se sentiu confuso. Lembrava-me muito bem que o grupo era composto por quatro.

– Em um último terremoto, parte do interior da caverna veio a ceder. Seus amigos acabaram divididos. Dois continuam atrás de Groundon. Os outros dois retornaram para base para cuidar dos ferimentos.

– Quem se feriu? Foi grave? – dessa vez Kai acabou deixando sua preocupação falar mais alto.

– Kai, se acalme. Deixe apenas eu bancar o histérico. – comentou Ruki tentando amenizar o clima. – Houndour e eu voltaremos para ajudá-los. Você já uma missão mais importante aqui. – Kai apenas assentiu deixando Ruki e o novo membro da equipe cuidar dos problemas “menores”.

– Seus amigos ficaram bem. – garantiu Xatu.

– Eu sei que ficarão. – sorriu Kai. – Agora, por favor, me diga o que tenho que fazer.

Apesar de preocupado, Kai precisava confiar em seus amigos, assim como Ruki também estava confiando nele.

O único descanso que teria agora seria só após tudo acabado.

Em meio a caverna de Magma Reita e Uruha buscavam encontrar o caminho mais seguro por entre aquele mar de fogo que os cercavam. Queriam achar uma saída e, se possível, não darem de cara com o Pokémon que deveria estar dormindo ali.

– Parece que fica mais quente a cada passo... – reclamava Uruha e com razão.

– Está começando a ficar insuportável até para mim e nada de uma saída.

– Não pode ser só aquela a única passagem. Desmoronou tantos cantos. Como não abriu uma nova saída?!

– Poupe energia Uru. Há uma saída. Em algum lugar. E nem esbarramos com Groudon ainda.

– Reita, ali na frente! – gritou Uruha se apresando até alcançar três Pokemon desacordados em meio aquela pequena amostra do inferno.

– São Alakazan e sua equipe. – identificou Reita ao se aproximar também. – Não aguentaram as altas temperaturas daqui.

– Acho que não foi só isso.

– Não vejo nenhum sinal de Groudon.

– Isso é bom. Posso tentar abaixar um pouco a temperatura por um tempo.

– Nesse lugar até granizos serão quentes. – a voz soou divertida, mas torcia para que ainda conseguisse acordar aquela equipe.

Usando de quase toda sua força reservada aos poucos Uruha conseguia despertar aquele trio.

– Alakazan! Como se sentem? O que houve? – Reita mal deu tempo para que eles despertassem direito e já fazia várias perguntas.

–... Vocês...? – Alakazan retomava a consciencia reconhecendo seus salvadores. – Deviam estar cuidando de Kyogre...

– Já resolvemos isso. Ele já voltou a dormir. Mas e Groudon?

– Não sabemos... Tinhámos acabado de encontrá-lo furioso quando um novo terremoto nos atingiu.

– Com sorte Groundon deve ter sido soterrado junto com o tremor... – palpitou outro integrante do grupo de Alakazan.

– Precisamos sair daqui logo. – advertiu Reita. – Conseguem andar?

– Talvez... – admitiu Alakazan.

– E quanto a você, Uruha?

– Só se eu for carregado. – sorriu sem graça. – Acho que aguento mais uns passos.

– Ainda possuímos alguns medicamentos. – comentou Alakazan. – Precisamos apenas achar uma saída rápido.

– Acharemos. – Reita parecia mais determinado agora. Alguém precisava mostrar tal determinação.

Todos contando apenas com um último fio de força continuaram na esperança de ainda existir uma saída.

Na base já se encontrava Aoi e Absol preocupado e com uma ponta de culpa por terem sido forçados a abandonar a missão, deixando os companheiros para trás.

Uma preocupação que diminuiu consideravelmente quando certo Pikachu adentrou afobado a base, sendo seguido por outro Pokémon.

– Aoi! Filho da mãe! Tinha que ser você mesmo!

– Oi chibi. Também estou feliz por vê-lo bem. – respondeu ironicamente ao pequeno.

– O que aconteceu lá? Onde estão Reita e Uruha?

– Menos chibi. O que aconteceu foi que Absol se feriu para me ajudar e tivemos que retornar. Reita e Uruha continuam na caverna.

– Eu vou atrás deles!

– E faria o que chibi? Eles são fortes, confie neles.

– E pare de me chamar de chibi!

– Ta... Ta... Aliás. Onde está Kai?

– Ele... Está em uma missão solo... – sua voz saiu quase como um sussurro. – Não queria deixá-lo sozinho, mas apenas um poderia ir...

– E que missão exclussiva é essa?

– O motivo dos desastres... Estão sendo causados por uma estrela que ameaça colidir com esse mundo. Kai se canditadou a convencer o único Pokémon que poderia ajudar...

– Rayquaza. – Absol se pronunciou. – Ele é um Pokémon muito temperamental, principalmente quando invadem seu território.

– Eu não sei o nome... Mas se for o tal Pokémon que vive além das nuvens...

– E você deixou Kai ir sozinho! – agora foi a vez de Aoi se alterar.

– Eu disse que insistir para ir junto! Mas não dá! Eu também estou preocupado, mas prometi confiar nele.

– Estou cansado de ser um peso morto em tudo... – reclamou Aoi. – Mas é isso... Apenas esperar o retorno deles e rezar para voltarmos pra casa.

– Ruki-san, quem é esse com você? – indagou Absol percebendo a presença do outro.

– Ele? Esse é Houndour. Uniu-se a equipe um pouco depois que vocês saíram.

– Prazer. – respondeu simplório e tímido. Ainda meio assustado com a breve discussão que segundos atrás.

– Bem-vindo ao grupo dos que não fazem nada além de esperar por boas novas. – Aoi deu as boas-vindas a sua maneira.

As horas passavam rápidas e aflição daqueles que esperavam apenas aumentavam.

As forças daqueles que buscavam uma saída se esgotavam.

A frustração aquele que corria contra o tempo para aprender uma hablidade e evitar uma maior tragédia lhe atingia.

Horas e horas a fio até que um pequeno Pokémon adentrou a base com novas notícias.

– Venham rápido para Praça Pokémon! Eles voltaram! – foi tudo o que disse antes de voltar a correr a frente, sendo seguido pelos outros.

Ao centro da praça estavam fracos e feridos todos aqueles que haviam se aventurado na caverna de Magma.

– Reita! – Ruki correu a frente ao constatar o estado dele e de todos. No fundo feliz por terem voltado vivos. – Uruha...

– Desculpa por preocupar vocês. – Reita sorriu minimamente como resposta. – Voltamos.

– Nos preocupar foi pouco. – respondeu Aoi. – Idiotas.

– Onde está Kai? – Uruha foi o primeiro a notar a ausência do outro.

– Em uma missão solo. – Ruki respondeu simplista. – Vamos cuidar de vocês primeiro e depois passo os detalhes. – Reita e Uruha apenas assentiram aceitando a ajuda de todos aqueles que se reuniram ali.

A equipe de Alakazan também foi prontamente atendida.

E, sem ninguém saber o perigo que corriam, o tempo continuava a correr.

– Estamos ficando sem tempo. – Xatu informava a Kai. – Está se aproximando mais rápido. Temos uma hora no máximo.

– Estou pronto. – respondeu determinado.

– Boa sorte, Kai. Todos estão contando com você.

Com sucesso Xatu o teleportou até o reino além das nuvens. O território de Rayquaza.

Não teve muito tempo nem para formular o que falaria quando o encontrasse, já sendo recebido de maneira nada gentil. Apenas conseguiu diminuir os danos graças a sua habilidade de proteção.

– COMO SE ATREVE A INVADIR MEU TERRITÓRIO? – a voz grossa daquele Pokémon intimidava tanto quanto seu tamanho e aparencia.

– Sinto por isso, mas eu precisava vir.

– INTRUSO! –voltou a atacar Kai que dessa vez não desviou com sucesso.

– Por favor, me ouça.

– VOCÊ NÃO TEM O DIREITO DE ESTAR AQUI!

– Eu não estaria se isso não significasse o fim desse mundo! – gritou em resposta. Na esperança que o outro cessasse os ataques.

– COMO DISSE?

– O mundo todo. Seu precioso território. Está tudo sendo ameaçado pela queda de uma estrela. Eu vim até implorar sua ajuda se necessário para parar essa ameaça.

– TENS CORAGEM. MAS AGORA É TARDE. EU POSSO SIM SALVAR O MUNDO ABAIXO DO MEU, PORÉM NÃO GARANTO SUA SEGURANÇA.

– Já vim ciente disso.

– REALMENTE. TENS CORAGEM. AFASTE-SE. – ordenou preparando seu ataque, mirando diretamente na estrela que já se encostava à superfície daquele mundo.

Uma grande explosão logo se seguiu, extinguindo aquela estrela e qualquer ameaça que antes causava...

– E você o deixou ir sozinho?! – de volta a base dos PokeGazette, Reita brigava com Ruki por não ter dito logo onde Kai estava e ainda tê-lo deixado ir.

– E queria que eu fizesse o que?! Ele prometeu que voltaria. Apenas acreditei nele...

– Ruki... Você... Droga. Nem que ele prometesse voltar com as nossas passagens de volta. Não devia...

– Eu confiei nele, da mesma forma que confiou em todos nós.

Os outros apenas assistiam a discussão, aflitos demais após tantas informações repentinas.

– Acabo de falar com Xatu telepaticamente. – Alakazan interviu. – A estrela já não existe mais. Estamos livres da ameaça.

– E quanto a Kai...? – indagou Ruki sem esconder sua preocupação.

– Seu amigo foi atingido diretamente pela exploração, porém escapou com vida. Xatu cuidará dele até que acorde... – com essas palavras a tensão daquela praça sumia aos poucos.

Então era esse o final de tudo?

– Deveriamos comemorar. – algum Pokémon comentou.

Mas antes que a equipe PokeGazette pudéssem apoiar a ideia, já era a hora de irem.

– Ruki. O que há de errado? – apavorou-se Houndour ao vê-los sumindo.

– Então é isso? Salvamos todos e nem podemos ficar pra comemorar? – indagou Aoi em um tom divertido.

– Vão embora?! Mas... Quando eu finalmente consegui entrar em uma equipe de resgate.

– Você é um bom Pokémon e vai achar outra equipe que lhe aceite. Ainda mais depois de ter nos ajudado a salvar o mundo de vocês. – Ruki dizia.

– Mas... Isso então é um adeus?

– Acredito que sim. – sorriu desanimado. – Mas ainda seremos amigos.

– Sim! Obrigado PokeGazette! – gritou uma última vez assim que eles desapareceram.

Fora do mundo dos jogos, até estranharam os primeiros minutos ao se verem de volta a sala e o notebook desligado. No mesmo lugar que havia ficado quando aquela estranha aventura começou.

Ruki olhava para os lados com o olhar triste. – Sentirei falta dessa aventura...

– Acho que todos nós sentiremos. – admitiu Reita tentando consolar o menor.

– Okay... Agora vamos fingir que nada aconteceu e... Aproveitar nossa folga. – falou Aoi feliz por tudo ter acabado. Mesmo tendo gostado da aventura, estar de volta a sua realidade era confortante.

– Sinto te decepcionar, Aoi. – começou Reita revirando a bagunça deixada e consultando exatamente quando tempo passaram fora da realidade. – Nossas atividades já voltam amanhã.

– O que?! Kouyou esse teu maldito jogo nos fez perder nosso recesso todo!

– E... Alguém sentiu falta do Kai? – comentou Uruha fazendo com que todos percebessem que faltava alguém.

– Hey! – a voz provinda do quarto entregou a localização do covinhas. – Uruha, filho da mãe! Que mania é essa de trancar a porta do quarto?!

– Ah! – Uruha levantou em busca das chaves para abrir a porta e “salvar” o companheiro preso. – Desculpe por isso Kai.

– Por que Kai foi o único que parou em um lugar diferente quando voltou? – indagou Aoi.

– Deve ser porque ele não estava junto com a gente. – deduziu Reita. – Mas fico feliz que tenha acabado tudo bem.

– Mas o que faremos agora. – perguntou Ruki se jogando no sofá.

– Não sei vocês. Mas não quero mais saber Pokémon. – comentou Uruha.

– Te queremos bem longe do notebook de Kai também. – concordou Aoi.

– Tudo bem. – deu de ombros. – Estou indo pro quarto jogar video-game.

– Uruha! – todos gritaram juntos logo começando a rir.

Algumas coisas nunca mudam.


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Notas finais do capítulo

E assim encerramos mais essa fic após tantos imprevistos :3



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