30 Dias Para Te Conquistar... escrita por Lara


Capítulo 28
Capítulo 28 - Em Perigo → Parte Final


Notas iniciais do capítulo

Hey meus amores, como vão? Bem, ai estar o capítulo prometido. Ele é enorme, mas é o capítulo que mais tem informações para absorver. Espero que gostem dele! Não sei se ficou bom, mas fiz com todo o carinho do mundo. Perdoem os erros ortográficos, mas é que ele foi escrito hoje mesmo, estive sem tempo desde o ultimo capítulo postado e podem perguntar para a Barbara o quanto eu me esforcei para conseguir escrevê-lo! Agradeço a todos os reviews que recebi e espero que aqueles que os escreveram, gostem dele, pois o fiz pensando em vocês. Boa Leitura...



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09 de Julho de 2012


POV Ranmaru Kirino


– É a mesma coisa que eu vi no meu sonho. – fala Tsurugi assustado. Eu nunca o tinha visto daquela maneira.


– Como? – pergunta Kariya tão confuso quanto eu.


– Temos que nos apressar. Tenma não tem muito tempo de vida. –explica Shindou vagamente. O que estar acontecendo?


– O que quer dizer com isso Shindou. – claro que eu havia entendido o que ele quis dizer, quer dizer, eu acho que entendi, mas não quero acredita que algo de ruim pode acontecer ao Tenma e tudo por minha causa.


– Akane vai fazer algo de terrível com Tenma. Eu tenho certeza disso. Por favor, vamos logo ao encontro de Tenma, por favor. – implora Tsurugi chorando. Eu estava cada vez mais assustado com isso tudo.


– T... Tsurugi? – fala Kariya incerto.


– Onde você o encontrou mesmo, Kariya? – pergunta Shindou seriamente.


– Em um armazém abandonado na rodovia que leva a cidade vizinha. Será que dá pra alguém explicar o que realmente está acontecendo? Eu tenho certeza que vocês sabem de algo que eu não sei. – diz Kariya irritado.


– Eu odeio admitir isso, mas Kariya tem razão. Vocês estão agindo como se estivessem escondendo algo da gente. Será que dá para vocês nos explicarem o que vocês sabem? – pergunto exasperado. O que há de errado com eles?


– Eu sonhei com a morte de Tenma. E tudo indica que será igual. Eu não posso permitir que o que eu sonhei se realize. – fala Tsurugi mostrando todo o seu desespero.


– Você sonhou com a morte dele? E como foi isso? – pergunta Kariya curioso e assustado. Afinal, se ele estava agindo daquela maneira, isso significa que coisa boa não foi.


– Não temos tempo para isso. Precisamos nos apressar. – fala Tsurugi com raiva.


– Na verdade, nós precisamos saber o que aconteceu no seu sonho, Tsurugi. – fala Shindou cautelosamente. Talvez, ele soubesse que dependendo do que ele falasse, poderia piorar a situação já delicada.


– Por quê? – pergunta Tsurugi confuso.


– Se seu sonho foi um aviso, devemos ao menos saber o que devemos fazer para evitar que aconteça o mesmo na realidade. – explica Shindou.


Após dá um longo suspiro, Tsurugi se acomoda da melhor maneira possível no sofá. Com certeza ele estava desconfortável com o rumo que a conversa estava tomando.


– Tudo bem, eu conto o que aconteceu no sonho. – responde se dando por vencido.


– Obrigado. – agradece Shindou.


– Eu estava muito nervoso e assustado. Corria o mais depressa possível para chegar ao armazém abandonado. Eu sabia de alguma maneira onde ele era e o que me esperava lá. Quando entrei naquele galpão vi algo que me deixou arrasado: Tenma estava preso a correntes, todo machucado e inconsciente. Eu tentei de todas as maneiras soltá-lo delas, mas eu não conseguia. De repente a Akane aparece com dois capangas atrás de mim. Começamos a discuti e ela me disse que havia varias bombas no armazém. – ele fecha os olhos com força, como se aquelas lembranças o machucassem profundamente. Com certeza, ele estava reunindo todas as suas forças para falar daquele pesadelo. Depois de uma pausa, ele continua: - Eu voltei a tentar tirar o Tenma de lá, mas tudo parecia inútil. A Akane começou a me apressar, informando que faltava pouco tempo para as bombas serem ativadas. Quando ela se cansou do que via, mandou que os capangas dela me levassem para fora do armazém para que visse a morte de Tenma. Tentei negociar com ela para soltá-lo e ela parecia nem ligar para o que estava por vim. Eu lhe disse que faria qualquer coisa para que ela poupasse a vida de Tenma e ela me perguntou se eu seria capaz de trocar de lugar com ele. Eu concordei e ela, por um único momento, pareceu cogitar a ideia. Algum tempo depois ela perguntou a um dos capangas dela quanto tempo ainda faltava para as bombas explodirem e ele informou que faltavam 10 minutos. Conversamos mais um pouco e no momento em que ela concordar com a troca o galpão... O galpão onde o Tenma estava... Ele... Ele explodiu.


Após contar a historia, Tsurugi começou a chorar desesperadamente. Eu podia ver o quanto ele estava assustado e fragilizado. Não só eu, como os outros não aguentamos ouvi a historia e soltamos algumas lagrimas. Até mesmo o ser mais forte da face da Terra não suportaria vê-lo daquela forma e não se sensibilizar.


Não sabíamos o que falar e nem o que pensar. Olha para Shindou e vejo que ele estava tão assustado quanto eu. Vou atrás da minha mãe para pedi que nos levasse ao galpão onde Tenma estava. Mesmo contra a sua vontade, minha mãe nos levou, dando a justificativa de que não confiava em nosso espírito adolescente.


Entramos no carro apressados e angustiados. Rogando a Deus que não fosse tarde demais quando chegássemos ao armazém onde, provavelmente, Tenma estava. Agora que sabíamos o que poderia acontecer, não restava duvidas. Nós deveríamos ser rápidos.


Enquanto minha mãe dirigia, pude ver o desespero de cada um de meus amigos dentro daquele carro. Não sabíamos o que vinha pela a frente e essa incerteza nos deixava mais aflito.


As coisas ultimamente não tem sido as melhores. Tudo o que mais temia em minha vida estar acontecendo. Meus amigos em perigo e estou cada vez mais próximo do meu pior pesadelo: Ter que me afastar de Shindou.


Olho em para a paisagem do lado de fora do vidro e me pergunto o que eu faria se estivesse na mesma situação que Tsurugi. Se Shindou estivesse no lugar de Tenma, qual seria a minha reação? Será que eu conseguiria ser o forte o bastante para suportar a situação? Duvido muito. Não sou a pessoa mais forte do mundo e a prova disso é que eu estou fugindo do segredo de Shindou, porque não sou forte o suficiente para lhe contar ou vê-lo sofrer.


Qualquer linha de pensamento que eu estava tendo foi cortada quando chegamos ao local próximo do galpão. Pedimos a minha mãe que não se aproximasse muito do armazém para que não levantasse suspeitas por parte dos sequestradores.


Eu e os outros descemos do carro em conflito com nossos próprios sentimentos. Olho para os outros e posso ver que estávamos com o mesmo pensamento: Precisamos salvar o Tenma.


– Mãe. Poderia ir à delegacia e lhes informar a localização de Tenma? – peço a minha mãe na intenção de afastá-la de lá. Qualquer ação que tivéssemos, ela não poderia estar envolvida.


– Por que eu não posso ligar? – pergunta desconfiada.


– Mãe, eles não acreditariam se ligássemos. Por favor, vá. – digo angustiado. O tempo estava passando.


– Mas...


– Por favor. – imploro a interrompendo.


– Tudo bem. Mas tome cuidado e não façam nada de perigoso enquanto isso. – alerta minha mãe preocupada.


– ‘Ta mãe. Agora vá, por favor. – falo. Ela liga o carro e parte em direção ao centro da Cidade de Inazuma. Olho para os outros mais uma vez e pergunto: - E agora?


– Bem, agora devemos ver o que podemos fazer para salvá-lo. – responde Shindou incerto.


– Ok, mas alguém tem algum plano? – pergunta Kariya.


– Sim... Quer dizer, mais ou menos. – fala Shindou se enrolando.


– Não me diga que vocês não tem nada em mente? – fala Kariya furioso. – Eu vim porque achei que vocês já tivessem um plano.


– E temos um plano. – fala Tsurugi olhando para o armazém.


– E qual seria? – questiono em duvida.


– Entraremos, tiramos Tenma de lá com vida e voltamos para casa. – responde com naturalidade.


– Como... O que? Você não pode estar falando serio... Diz que isso é brincadeira. Há, há, há. Sério, fala que é brincadeira, Tsurugi. – fala Kariya incrédulo. Vendo que o Tsurugi continuava serio sobre isso ele começa a se desesperar. – A gente vai morrer.


A cena seria cômica se não fosse drástica. A cara que Kariya fez e como falou foi hilária. Olha para Tsurugi esperando um plano mais concreto, mas ele não fala nada.


– Isso é serio? – pergunto.


– Sim. Se vocês quiserem, desistam agora. Depois não reclamem. – diz olhando para cada um de nós.


– Você sabe que eu não vou te abandonar agora. Eu devo um grande favor ao Tenma e ele é um grande amigo, não posso simplesmente dá as costas e fugir dessa maneira. – responde Shindou determinado.


– Eu também irei ajudar. Tenma sempre me ajudou e não seria justo fingi que ele não corre perigo. Conte comigo. – respondo reunindo toda a autoconfiança que existia em mim naquele momento.


– Obrigado. – agradece Tsurugi dando um sorriso verdadeiro depois de tanto tempo.


– Não precisa agradecer. – responde Shindou lhe dando um sorriso.


– Bem... Eu também vou ajudar. Tenma já me ajudou muito, por isso também quero ajudar. – diz Kariya envergonhado. Quase faço a cara do esquilinho surpreso. Que bicho mordeu o Kariya. 1º Ele resolve nos ajudar e 2º Ele corou. É. Eu acho que o mundo vai acabar a qualquer momento. – E Kirino pare de me olhar como se eu tivesse um terceiro olho no meio da testa.


– Meu Deus. Jamais imaginei que viveria até este dia para presenciar tal cena. Isso é inacreditável. – falo não aguentando fazer uma piadinha básica.


– Nossa que engraçado você. To morrendo de ri... Por dentro. Vou soltar uma risadinha só para não te deixar sem graça... Ra. – fala ironicamente.


– Muito bem. Já chega vocês dois. Agora vamos ao que interessa. – Shindou resolve corta a pequena discussão entre Kariya e eu. Resolvo, então, deixar meu momento de diversão que é zoar o Kariya e me dedicar ao Tenma. E novamente todas aquelas incertezas começam a tomar conta de mim. Será que conseguiremos salvá-lo? O que vai acontecer?


– Vamos. – diz Tsurugi se aproximando da janela do armazém, de maneira sorrateira. Não podíamos dar ao luxo de encontrarmos Akane e seus capangas.


– Droga. – exclama Kariya ao vermos Akane e seus capangas dentro do armazém.


– O que faremos agora? – pergunto.


– Kirino, Kariya e eu podemos distrai a Akane e os outros capangas, enquanto Tsurugi tenta tirar Tenma de lá. – fala Shindou.


– É uma boa ideia. – respondo.


– Eu não acho legal isso. – diz Kariya incerto.


– O que você acha disso, Tsurugi? – pergunto a Tsurugi, ignorando Kariya.


– Acho que pode dá certo. – responde.


– Alguém pode me ouvir? Oooii? Hellooo! Eu existo sabe. Alguém pode perguntar o que eu acho disso? – Kariya tenta chamar a atenção, mas é ignorado mais uma vez.


– Acha que consegue soltá-lo? – pergunta Shindou a Tsurugi.


– Eu tenho que conseguir. – responde olhando para Tenma, que naquele momento parecia desacordado.


– Será que dá para vocês pararem de me ignorar? – pergunta Kariya.


– Daremos um jeito de enrolar os outros o máximo possível, por isso, apenas se preocupe em soltá-lo. – recomendo.


– Muito bem. – responde.


– Ah, claro. Típico de vocês. O Kariya não existe. Ele é só um ninguém. Nenhum ser se importa com o Kariya. Não se importam com a opinião do Kariya. – fala Kariya dramaticamente. Confesso que estou adorando ignorá-lo.


– Então nós estamos indo. Tome cuidado Tsurugi. – fala Shindou preocupado.


– Vocês também devem tomar cuidado. – alerta Tsurugi.


– Nós iremos. – aviso. – É melhor nós irmos lá.


– Concordo. – fala Shindou.


– Será que dá para vocês pararem de me ignorar? – pergunta Kariya revoltado.


– Eu tenho um plano. – digo.


– E o que seria? – pergunta Shindou curioso.


– Kariya e eu vamos até lá primeiro e chamamos a atenção dos capangas. Depois de estarmos longe, você aparece lá e atrai a Akane para fora do armazém, assim dará para tempo de Tsurugi entrar. – explico o meu plano.


– E por que eu tenho que fazer o que você diz? – pergunta Kariya ironicamente.


– Você tem algum plano melhor Kariya? – pergunta Shindou tirando as palavras de minha boca.


– Não. – responde Kariya olhando para o lado.


– Ótimo, então nós seguiremos o plano do Kirino e não se fala mais nisso. – Shindou encerra o assunto.


Isso! Kirino dois x Kariya zero. Esse placar também conta às ignoradas que ele recebeu...


– É melhor nós irmos agora. Pegue seu celular. – falo para Kariya.


– O que você vai fazer com ele? – pergunta em duvida.


– Apenas me dá o celular. – digo sem paciência.


– Ai, ‘ta bom, toma aqui o celular. Estressadinho. – fala pegando o celular do bolso e me entregando.


Aproximamos-nos do portão do armazém e o abrimos com toda a nossa força. O alto barulho fez com que chamasse a atenção de Akane e seus capangas. Ao nos verem Akane solta uma risadinha irônica, como se esperasse nos encontrar lá. Olho em sua direção e vejo Tenma preso e inconsciente. Meu sangue ferveu no momento em que vi aquela barbaridade. Ele estava todo machucado e muito pálido. A minha vontade era de ir até Akane e quebra aquela carinha ridícula dela, mas eu não poderia mostrar minhas emoções daquela forma. Eu precisava seguir o plano com cautela. Respiro fundo na tentativa de controlar todos os meus sentimentos.


– O que fazem aqui? – pergunta Akane.


– Nós tiramos varias fotos, Akane. Entregaremos para a polícia e você vai se dá mal. – falo, já com os meus sentimentos controlados. Kariya me olha confuso, mas logo entende o que eu estava fazendo e resolve ajudar.


– Eu acho melhor você soltar o Tenma e desaparecer de nossas vidas, Akane. Ou, pode dá adeus a sua vida perfeita. – fala Kariya com aquele maldito sorriso que sempre dá quando está aprontando alguma. Bem, até que ele é bem convincente. Talvez ele não seja um inútil completo.


Akane de repente solta uma gargalhada estridente. Parecia se divertir com o que estávamos falando. Eu já disse que odeio essa garota? Não? Ok então: EU ODEIO ESSA MALDITA GAROTA!


– Ai, ai, vocês são umas comedias. Acham mesmo que eu tenho medo de vocês? Ah, tenham dó, sim? Deveriam ter um pouco mais de dignidade. É deprimente vê-los dessa maneira. – fala, enquanto se recupera de sua crise de riso assustadora.


– Pois eu acho que você deveria ter medo de nós. – respondo.


– Claro. De qualquer maneira. Vocês dois. – aponta para os capangas. – peguem aqueles dois e o maldito celular.


– Sim senhora. – respondem ao mesmo tempo.


Bingo. Primeira parte do plano completa. Olho para Kariya e o mesmo parece ter o mesmo pensamento que eu. Começamos a correr como se não esperássemos que Akane fosse fazer aquilo.


Bom, agora tudo depende de Shindou e Tsurugi. Mas eu não estou com o um bom pressentimento sobre isso. Continuo correndo com Kariya ao meu lado para o mais longe do armazém, afinal, não queremos que nada de errado aconteça.



POV Takuto Shindou


Depois de Kirino e Kariya conseguirem afastar os capangas de Akane de perto do armazém, aguardo mais algum tempo. Eu tenho que me demonstrar seguro de mim mesmo. Eu não posso bobear quando estiver cara a cara com Akane.


Sei que não vai ser fácil, mas é necessário que eu tenha controle de todos os meus sentimentos e pensamentos. Olho no relógio e vejo que já se passaram 10 minutos desde que Kariya e Kirino saíram correndo, colocando em pratica a primeira parte do plano.


Levanto e respiro fundo. Penso em Tenma e em Kirino. Mesmo nessa situação extrema, eu não conseguia evitar pensar que essa poderia ser a ultima vez que iríamos nos ver. Só de pensar nisso, meu peito dói profundamente. Balanço a cabeça na intenção de esquece esse assunto neste momento.


Caminho rapidamente a entrada do galpão e esqueço todas as minhas palavras quando vejo que Akane ia bater em Tenma com um pedaço de madeira. O garoto se encontra inconsciente e isso me entristece profundamente. Akane enlouqueceu de vez. Como um ser humano é capaz de fazer aquela maldade com o Tenma.


– Akane. – grito chamando sua atenção no momento em que ela ia dá o primeiro golpe em Tenma.


– Mais um? O que há de errado hoje? Primeiro me aparece àqueles dois idiotas dizendo que eu vou me dá mal e agora você mais uma vez Shin? Não basta você ter aparecido hoje de manhã na minha casa? Isso tudo é amor? – diz Akane que fala a ultima frase com ironia.


– O que você pensa que está fazendo Akane? – pergunto me aproximo da garota.


– O que você acha? – pergunta cinicamente.


– Você deveria se tratar. – falo descrente na pessoa que vejo em minha frente. Se alguém me dissesse que Akane era esse ser maléfico há dois meses eu teria rido da cara da pessoa e ainda a mandaria ir ao hospício mais próximo, pois com certeza estaria louca.


– E você deveria deixar de ser tão bonzinho. Sabe Shin, o mundo é muito cruel. Se eu não matar o Tenma... Bem, ele acabará comigo, com toda a certeza do mundo. Talvez até mesmo me mate e, bom, eu não quero isso. – diz sorrindo falsamente.


– Tenma jamais mataria uma pessoa. – falo convicto.


– Será mesmo? Bem, a única coisa que eu sei é que eu não quero pagar para ver. Eu preciso dá um jeito nele e essa é a única maneira. – responde olhando para Tenma com maldade.


– Eu não vou permitir Akane. Isso não vai acontecer. Você não fará mais nenhum mal a Tenma. – digo confiante.


– É mesmo? E o que vai fazer? – pergunta ironicamente.


– Bem, a sua mãe está do outro lado da linha. – falo mostrando o celular. Eu duvido muito que alguém tenha ouvido, mas eu precisava tirar Akane do serio para que a mesma cometesse erros, afinal, as pessoas tendem a errar quando estão nervosas.


– Você o que? – grita com raiva.


– Isso mesmo que você ouviu Akane. – digo caminhando em direção à porta. Ouço Akane começar a correr atrás de mim com uma faca. Ok, ela agora quer me matar, mas isso é bom. Quer dizer, não a parte de estar correndo perigo de vida, mas a parte dela ter se esquecido de Tenma por completo. Isso deveria ser o bastante para deixar o caminho livre para o Tsurugi. Pelo o menos é o que espero.


– Volte aqui Shindou. Eu vou te matar. – grita Akane enquanto corre atrás de mim. Acelero meus passos na intenção de não ser pego pela a louca e ainda conseguir nos afastar o máximo possível.


– O que você acha que vai fazer Akane? – pergunto. Ok, isso foi uma pergunta idiota. Ela está com uma faca na mão, com uma cara assassina correndo atrás de mim. O que será que ela vai fazer? Sintam o pequeno toque de ironia com sarcasmo, sim?


– O que você acha seu idiota? – fala com mais raiva ainda. Ela acelera o passo. Caramba, essa garota corre que é uma beleza. De repente estou de frente com a floresta de Inazuma, a Mori no Utsukushi-sa. Mas ela está diferente desde a última vez que fui nela, ou talvez seja apenas o local onde eu fui que seja diferente. Só a reconheci por causa da placa.


Resolvo entrar e tentar me esconder dentro dela. Se Akane quer mesmo me matar, a sua vontade em me achar deve ser o bastante para segurá-la por um bom tempo. Ou ela poderia me achar e me matar rapidamente. Resolvo não pensar muito na segunda opção.


Quanto mais adentrávamos a floresta, mais densa ela ficava o que dificultava na minha fuga e mais ainda a Akane.


– Eu acho melhor você parar de fugi, Shin. Se eu consegui te alcançar será bem pior. Eu vou lhe matar da forma mais lenta e dolorosa. – diz Akane com um tom de voz cínico.


– E se eu parar? Você não vai me matar, certo? – pergunto esperançoso. Estou cansado de correr, minhas pernas doem bastante.


– Não. Eu ainda irei matá-lo. – responde.


– Então qual a vantagem de eu parar, se você vai me matar de maneira lenta e dolorosa da mesma maneira? – respondo cansado.


– Eu não vou te matar de maneira lenta e dolorosa. – fala pesadamente. Ela também está cansada.


– Não vai me matar lenta e dolorosamente? – pergunto com esperanças novamente.


– Não. A morte será rápida. – responde.


– Mas vai doer? – pergunto por curiosidade. Ela está enganada se acha que vai consegui me matar.


– Claro que vai bobinho. Você vai sofrer muito, mas será rápida a sua morte. – mesmo não olhando para ela, pude sentir seu sorriso maldoso atrás de mim. Agora é que eu não paro mesmo.


Corro mais rápido ainda e consigo me afastar de Akane o bastante para consegui me esconder no meio daquelas árvores. Deito encostando-me ao tronco de uma grande árvore. Respiro com dificuldade. Tento normalizar todo o meu corpo, mas estava sendo difícil. Ouço passos se aproximando e fico alerta. Procuro por algo que possa ser usado como arma. Nada em vista. Até que no meio de algumas folhas encontro uma pedra média, porém, bem pesada. Não é a melhor arma, no entanto, eu não estou na melhor das situações.


Quanto mais os passos se aproximam, mais meu coração parece desaprender a bater. Quando os passos param atrás de mim, eu pulo com a pedra, pronto para bater na cabeça da pessoa, mas paro no momento em que percebo que na minha frente estão Kirino e Kariya.


– Shindou? – falam os dois juntos aparentemente assustados.


– Kariya e Kirino? – pergunto surpreso.


– Onde estão os capangas de Akane? – pergunto.


– Quando entramos na floresta, nós nos perdemos deles. – explica Kirino. - E onde está Akane?


– Enquanto eu fugi de uma morte lenta e dolorosa, eu acabei me perdendo dela. – respondo como se não fosse nada demais.


– Como assim, morte lente e dolorosa? – pergunta Kirino preocupado.


– A Akane ficou com raiva quando eu disse que a mãe dela tinha ouvido a nossa conversa e começou a correr atrás de mim com uma faca bem afiada nas mãos. Ela ficou gritando, dizendo que minha morte ia ser dolorosa e lenta. – explico.


– Acho melhor nós voltarmos. – fala Kariya.


– E por que acha isso? – pergunto.


– Bem. Se o sonho de Tsurugi estiver certo, Akane e seus capangas voltarão para o armazém e o explodiram. – responde preocupado.


– Você tem razão. É melhor corremos. – falo e os outros dois concordam. – Mas, então? Vão-me dizer como foi com os capangas?


– Se você quer saber, a experiência foi horrível. – fala Kariya.


– Sério? – pergunto.


Bem, nós estávamos correndo - feitos loucos, por sinal - a procura da saída, mas eu queria saber se a experiência deles foi pior que a minha. Qual é? É deprimente saber que uma garota corre atrás de mim com uma faca na mão prestes a me matar. Com certeza, a minha situação era bem mais vergonhosa que a deles.


– Depois de sairmos correndo, paramos em frente à floresta. A gente entrou e acabamos conseguindo enganar os idiotas, mas estávamos com medo deles desistirem de nós e voltassem para o galpão. Eles nos acharam mais uma vez e tivemos que correr mais ainda. – explica Kirino.


– Quando conseguimos despistá-los mais uma vez, começamos a procurar a saída da floresta, mas não a encontrávamos de maneira alguma. Depois de algum tempo, a gente te encontrou e aqui estamos nós correndo mais uma vez. Vocês por acaso não tem dó das minhas pernas não? – termina Kariya com a raiva evidente em seu tom de voz.


Finalmente conseguimos sair da floresta. O dia, que antes se encontrava nublado e extremamente frio por conta do inverno, agora já estava se pondo, dando lugar a uma noite escura e sem qualquer indicio de estrelas ou outro corpo celeste.


Quando chegamos perto do armazém abandonado, a cena que presenciamos nos assustou. Tsurugi estava sendo agarrados pelos os dois capangas de Akane e a garota parecia conversar animadamente com ele.


– Droga, se o sonho de Tsurugi estiver correto, em breve as bombas irão explodi. – diz Kirino tão preocupado quanto eu.


– Temos que nos apressar. – digo.


– Mas não sabemos quanto tempo resta para as bombas explodirem. Se a gente chegar perto dessa maneira, elas irão explodir com todos nós dentro. – fala Kariya.


– E o que você sugere? Quer que a gente deixe o Tenma lá para morrer com a explosão? Isso é frio até mesmo para você, Kariya. – repreende Kirino.


– Eu não estou falando para deixarmos, apenas devemos ser cuidadosos. Eu não quero morrer e muito menos deixar o Tenma morrer. – Kariya tenta se defender.


– Faça o que achar melhor, Kariya. Eu irei até lá e farei o possível para salvá-lo. – respondo e começo a correr em direção ao armazém junto com Kirino, sem ao menos esperar uma resposta do outro.


– Droga, não vai dá tempo. – fala Kirino me alertando do perigo. Bem, não tem mais jeito, temos que tentar fazer o impossível.



POV Kyosuke Tsurugi


Quando vejo Akane saindo do armazém com Shindou, resolvo agir. Sei que não resta muito tempo e Shindou e os outros não conseguirão segurar Akane e Cia para sempre.


Em passos apressados me aproximo do local que tanto ansiava chegar. Olho o enferrujado e desgastado armazém abandonado. Quanto mais perto eu chego, mais meu coração parece querer saltar pela a boca. Tenma está lá dentro e sua situação não é a das melhores.


Tento me concentrar no que estou prestes a fazer. Eu não posso ficar mais nem um minuto longe dele. Abro a porta com brutalidade e ao olhar o espaçoso armazém, acho quem eu tanto procurava. Corro ao seu encontro e parece que meu mundo vai cair. Seu estado é pior que o que eu tinha visto no sonho.


Tenma estava todo machucado e respirava com dificuldade. Um grande nó se faz presente em minha garganta. As lagrimas que há tanto tempo eu venho prendendo, já rolam soltas pelo o meu rosto.


– Tem... Tenma. – tento falar, mas o desespero parece não permitir.


Ele estar inconsciente. Pego em seu rosto e o levanto. Mesmo da maneira que se encontrava, ele ainda parecia um belo anjo. Tento soltá-lo das correntes que o prendiam, mas, por mais que eu fizesse força, eu não conseguia soltá-lo.


Olho bem para seu corpo e vejo inúmeros machucados profundos e superficiais. Mesmo inconsciente, é possível ver o quanto ele deve estar sofrendo. A febre, a palidez e o tremor demonstravam seu estado.


Meu peito dói tanto que posso afirmar que é pior que quebrar qualquer osso do corpo.


– Ora, ora, o que temos aqui? – ouço uma voz atrás de mim, que é bem conhecida por sinal.


– O que faz aqui, Akane? – pergunto com raiva.


– Oh, que bonitinho. Você está preocupado com o namoradinho é? Vejo até que está chorando por ele. Sinto muito, mas ele não vai durar muito tempo. – fala sorrindo diabolicamente.


– O que quer dizer com isso? – questiono receando sua resposta.


– Eu espalhei inúmeras bombas por esse armazém e, digamos que em breve o Tenma virará apenas pó. – responde sorrindo.


– Você é louca! – exclamo assustado.


Mais uma vez tento desprender aquelas correntes que seguravam o Tenma. Infelizmente, como da ultima vez, eu não obtive sucesso. O desespero se tornava cada vez maior. O medo que tinha de perdê-lo estava cada vez mais evidente. Meu corpo estava tremendo e minha mente estava em branco.


“O que eu faço?” “Eu tenho que tirar Tenma daqui!” – penso, mas nada me fazia conseguir tirá-lo de lá.


– Tic tac, tic tac, tic tac... O tempo está passando Tsurugi. O que você vai fazer sem seu precioso Tenma? – dizia Akane me desesperando mais ainda.


– Cale-se! – grito com raiva.


– Tsc, que coisa feia Tsurugi. Não deveria tratar uma dama dessa maneira. – fala balançando a cabeça negativamente. Ela se vira pra os capangas que estavam ao seu lado, que eu não havia notado a presença até o presente momento, e ordena: - Peguem-no! Quero que ele veja a morte de seu amado.


Sinto segurarem meus braços com força. Começo a me debater com toda a minha energia. As lagrimas, que já desciam pelo o meu rosto, agora veem com mais força.


– Soltem-me! Akane sua vadia. Solte Tenma! Deixe-me salvá-lo. Eu não posso perdê-lo! – grito desesperado. E falo mais baixo: - Eu não posso perdê-lo. Por favor. Não o deixe morrer. Eu faço qualquer coisa, mas não o deixe morrer.


– Qualquer coisa? – pergunta Akane com um sorriso perverso no rosto.


– Sim. Qualquer coisa. – respondo chorando mais intensamente.


– Até mesmo, trocar de lugar com ele? – pergunta presunçosamente.


– Sim. Eu trocaria de lugar com ele. Só não o deixe morrer. – falo sem receio.


– Bem... Interessante. Muito interessante. – diz pensativa.


– Solte-o logo! – falo desesperado. O tempo estava passando e nós nos encontrávamos fora do armazém. Eu não sabia o que iria acontecer, mas eu tinha que salvá-lo de alguma maneira.


– Em quanto tempo a bomba explodir? - pergunta para um dos seus capangas.


– 10 minutos, senhorita Akane. – responde.


– 10 minutos? Nossa, falta pouco tempo, não é, Tsurugi? – fala com aquele sorriso assustador.


– Akane, por favor. Tire o Tenma de lá de dentro. Por favor! – imploro, mesmo que isso acabe com a minha dignidade.


– Ah, que gracinha. Implorando para salvar seu amado. – fala fingindo encantamento. – É uma pena que um de vocês dois tenham que morrer.


– Akane, por favor. – peço com angustia em meu coração.


– Tudo bem, eu... – Akane é interrompida pelo o barulho da explosão do armazém. – Ops, explodiu. – diz com um sorriso maligno no rosto.


– NÃOOOO! – grito desesperado. – TENMA, NÃO. NÃO, POR FAVOR. NÃOOO!


– Não fique assim, Tsurugi.


– A CULPA É SUA AKANE! EU VOU TE MATAR, SUA PROSTITUTA. EU TE MATO AKANE. Eu te mato. – falo diminuindo o tom da minha voz. O que seria de mim agora sem o Tenma?


– Bem, ele mo... – interrompo Akane, segurando seu pescoço.


– Eu irei te matar. – falo tomado pelo o ódio.


– Fa... Façam... Al... Alguma... Co... Coisa. – tenta falar para seus capangas, enquanto eu aperto mais ainda seu pescoço.


Eles tentam me afastar da garota, no entanto, eles não obtêm sucesso. Parecia que o ódio que eu sentia me fazia liberar uma força sobrenatural. A única coisa que vinha em minha mente era me vingar de Akane.


Olho para o armazém por um tempo e vejo o fogo se propagando mais ainda. A dor em meu coração é inexplicável. Eu não posso aceitar. Com isso aperto o pescoço de Akane com mais força ainda. Choro alto e tremendo. Eu já não estou mais no controle do meu corpo.


Sinto algumas pessoas me puxando, mas nada podia me fazer soltar aquela vadia. Não pareciam os capangas de Akane. Suas vozes são familiares.


– Tsurugi, solte a Akane. – ouço a voz de Shindou.


– Nunca. Eu vou matar a Akane. Soltem-me. – grito com um ódio possesso.


– Tsurugi, eu sei da sua vontade de matá-la. Não é muito diferente de mim, mas você vai sujar suas mãos à toa. – dessa vez é Kirino.


– Não, você não entende. Eu preciso matá-la! – exclamo destacando a minha necessidade de matá-la.


– Tsu... Kyosuke... Largue-a.


– Essa voz... Essa voz é de Tenma. O meu anjo. Mas... Ele... Ele mo... Morreu. Não... Não é... Possível. – gaguejo não acreditando. Viro em direção à voz e largo o pescoço de Akane, que por muito pouco não estar inconsciente.


– Eu... Eu estou vivo, Kyosuke. – fala dando seu belo sorriso. Não aguento o que vejo e corro ao seu encontro.


Tenma estava deitado sobre Kariya. O abraço com força e choro como nunca. Parece que toda a dor e o sofrimento se foram ao vê-lo sorrir. Com uma mão ele acariciava meus cabelos e a outra ele correspondia ao abraço.


– Tenma. Oh, Tenma, não faça mais isso. – digo depois de um tempo.


– Shiiii, eu to aqui. Já passou, amor. Não chore mais, sim? – fala Tenma, mesmo estando fraco.


– Acho melhor o Tenma descansar, Tsurugi. Ele se esforçou muito. – recomenda Shindou. Olho para ele e concordo.


– Descanse meu anjo. Conversaremos mais tarde. – digo dando-lhe um casto selinho.


– Descanse você também, amor. Posso ver seu cansaço. Tudo estar bem. – diz Tenma fechando seus olhos lentamente. Algum tempo depois ele se entrega ao cansaço e começa a dormir.


Ouço o alto suspiro de Kariya, que parecia ter tirado um peso de suas costas. Olho para os três garotos com mais atenção. Todos estavam sujos, mas pareciam felizes e aliviados.


– Como conseguiram salvá-lo antes da bomba explodir? – pergunto curioso.


– Quando chegamos a frente ao armazém, nós nem fazíamos ideia de quanto tempo faltava para as bombas explodirem, por isso apressamos o passo. Kariya, por incrível que pareça mesmo relutante, nos ajudou bastante. Depois de muita luta, a gente conseguiu soltar o Tenma e depois de alguns passos, o galpão explodiu. Foi por muito pouco, mas nós conseguimos salvá-lo e nos salvar. – explica Shindou parecendo exausto.


Observo o antigo armazém que ainda pega fogo e suspiro aliviado. Akane e seus capangas estão presos em cordas que não faço a menor ideia de como elas apareceram. Parecendo ler meus pensamento, Kirino resolve explicar:


– Depois de você derrubar os dois capangas de Akane e quase a ter matado sufocada, a prendemos com as cordas que haviam por aqui. Ah, me lembre de nunca deixá-lo furioso. – brinca Kirino fazendo a todos rirem de seu comentário. – Sério. Você é bem assustador quando com raiva.


Alguns minutos depois, a polícia e os bombeiros chegam ao local. A tutora de Tenma, o treinador e sua esposa parecia aliviados. Em seguida a família de Akane aparece acompanhada de uma ambulância diferente. Talvez de um hospício?


A mãe da víbora chorava descontroladamente. Parecia desolada e completamente acabada. Acho que ela nunca havia imaginado que sua filha fosse louca ao ponto de colocar a vida de outras pessoas em perigo.


– Coitadinha. Mãe alguma merece uma filha como Akane. – fala Kirino penalizado pela a mãe de Akane.


– Mas como ela descobriu sobre a Akane? – pergunto curioso.


– Eu liguei para a mãe de Akane quando a fiz correr atrás de mim no armazém mais cedo. Não imaginei que ela fosse ouvir o que aconteceu. – explica Shindou.


Algumas horas depois, Tenma estava no quarto do hospital em observação. Eu o admirava dormi. É muito bom saber que ele estar a salvo. Pego sua mão e a beijo. Somente neste momento eu pude perceber o quanto eu o amo.


– Deveria está dormindo. – diz Tenma abrindo um belo sorriso, ainda de olhos fechados.


– Digo o mesmo. – respondo sorrindo.


– Você está bem? – pergunta preocupado, agora, olhando em meus olhos.


– Eu é que deveria estar fazendo essa pergunta. – digo brincando, mas vejo que o garoto a minha frente não pensa o mesmo. – Sim, eu estou bem. E você? Como se sente?


– Eu estou bem. Meu corpo todo está doendo, mas nada de grave. – responde sorrindo.


– Que bom. – falo olhando em seus belos olhos. – Obrigado.


– Pelo o que? – pergunta confuso.


– Por não ter morrido. – digo simplesmente. Tenma começa a ri como se eu tivesse contado a melhor piada do mundo.


– Kyosuke, eu jamais quis morrer, por isso não fale como se eu tivesse desistido de uma ideia maluca. E depois, acha mesmo que eu poderia lhe abandonar dessa maneira? Não seja tolo, querido, eu te amo e você não se livrará tão cedo de mim.


– E quem disse que eu quero me livrar? - pergunto chegando mais perto e lhe beijo com desejo e paixão. Separamos-nos quando ar se fez ausente: – Eu também te amo.


– Eu... Eu quero te contar um segredo. – fala Tenma incerto.


– Que segredo? – pergunto curioso.


– O segredo de Kirino. – fala cuidadosamente.


– Você vai mesmo me contar? – pergunto surpreso.


– Sim, mas você tem que me prometer não contar para ninguém. – responde seriamente.


– Tudo bem, eu prometo. – digo olhando em seus olhos.


– O segredo do Kirino... Na verdade é mais do Shindou do que dele. – Ele dá uma pausa, como se pensasse em quais palavras usar para me contar. – Shindou não é filho dos pais que o criaram... Ele... Bem... Ele é filho do presidente do Quinto Setor.


– O que? – pergunto surpreso. Como que isso poderia ser possível?


– Isso mesmo que você ouviu. O maior inimigo de Shindou, na verdade, também é seu pai.



"Matar o sonho é matarmo-nos. É mutilar a nossa alma. O sonho é o que temos de realmente nosso, de impenetravelmente e inexpugnavelmente nosso."

Fernando Pessoa







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Notas finais do capítulo

O que acharam do segredo? Não me matem, ok? Eu sei que ele é tosco, mas eu não queria contar algo que envolvesse doença. Eu tinha conversado com a Barbara e ela disse que esse segredo era ótimo e então eu revolvi colocá-lo na história. A imagem final ficou horrivel, eu sei, mas é que me dediquei tanto ao escrever o capítulo que não sobrou nenhuma critatividade para fazê-la, por isso a ignorem. Na verdade eu não estou no meu dia mais criativo, mas espero que me perdoem! E por favor, comentem! Quero a opinião de todos vocês!! O próximo capítulo sai até terça que vem! Beijos e até lá!!!!