30 Dias Para Te Conquistar... escrita por Lara


Capítulo 25
Capítulo 25 - Essa é a dor do Adeus?


Notas iniciais do capítulo

Oie meus amores. Bom, eu ia postar o capítulo sexta, mas eu não sei se vou consegui fazer isso, por isso resolvi postar hoje sem revisar do que deixar mais uma semana sem capítulo novo. Perdão pelos os erros! Quero agradecer aos reviews do capítulo anterior! Estou sentindo falta de alguns leitores =/! Ah, tem um detalhe que eu esqueci de avisar no capítulo passado. Eu sei que a neve lá no Japão só cai de Dezembro a Fevereiro, mas eu tive que mudar aqui na história. Imaginem que o inverno deles é em Julho, ok? Eu achei que o clima ia ficar mais depressivo se eu colocasse a neve no meio. Boa Leitura...



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07 de Julho de 2012


POV Ranmaru Kirino


Acordo com o barulho de meu celular. Olho as horas e vejo que há muito tempo o horário de entrada da escola se passou. Levanto e vou ao banheiro. Após a minha higiene matinal ser realizada, desço as escadas para tomar meu café da manhã. Obviamente, eu não iria à aula hoje e, sinceramente, fico aliviado por isso.


– Bom dia. – fala minha mãe a me ver na entrada da copa.


– Dia. – respondo sem animo. Não estou com vontade de conversar, apenas quero tomar meu café da manhã e me jogar na minha cama.


– O que houve querido? – pergunta minha mãe preocupada. – Por que essa carinha tão tristonha?


– Nada mãe. Não aconteceu nada. – falo forçando um sorriso, o que não convenceu minha mãe.


– Você está pensativo demais Kirino. Não vem dormindo direito, não come direito, vive chorando pelos os cantos e está se isolando cada vez mais. Não minta para mim, por favor. Diga-me o que houve. Deixe-me ao menos tentar ajudá-lo. – diz minha mãe me olhando de maneira desesperada. Eu odeio deixar minha mãe preocupada, mas o que eu posso fazer?


– Apenas alguns problemas com Shindou. – respondo dando o sorriso mais falso do mundo. Afinal, do que adiantaria dizer o real motivo da minha atual situação? Esses problemas apenas eu posso resolver.


– Não quer me contar? – pergunta minha mãe ainda preocupada.


– Não precisa. – falo e resolvo mudar de assunto. – Mas, mudando de assunto, com quem você conversava ontem ao telefone?


– Ah, claro. Eu já ia me esquecendo. O Senhor Fullbuster me ligou ontem à noite. Ele queria confirmar se teria a resposta da proposta até o dia 10. – responde animada.


– E o que a senhora respondeu? – pergunto receoso.


– Disse que com toda a certeza do mundo você daria a resposta no sábado. Não é possível que você já não tenha se decidido. Não é mesmo?


“Na verdade eu estou sendo obrigado a dá apenas uma resposta. Não tem acordo entre os dois lados.” – penso, mas é obvio que não irei dizer isso a minha mãe.


– Sim, tem razão. Darei minha resposta no sábado. – respondo olhando para a janela.


– E qual será sua resposta? Sei que ama o Shindou, mas pense em você também. Se vocês foram feitos para ficarem juntos, tenho certeza que a história de vocês não terá fim. – fala minha mãe tentando me animar, em vão.


– Eu aceitarei a proposta de jogar fora do país. Como a senhora disse, essa é uma oportunidade única. Não posso simplesmente jogar fora. – falo terminando meu café. É lógico que a minha verdadeira resposta seria não, mas ter escolhas justas é privilégios para poucos e eu, com certeza, não estou no meio dos sortudos.


– Ótimo. Eu irei arrumar suas coisas amanhã. Hoje irei comprar roupas, calçados e tudo o que for necessário para a sua viagem. – fala animada. – Eu não acredito que o meu bebê irá jogar na Espanha. Isso parece um sonho. Eu estou tão feliz, Kirino.


“Pelo menos a senhora está feliz.” – penso sarcasticamente. Como eu poderia ficar feliz? Minha situação não é a das melhores. Perdi todos os meus amigos, sou ignorado por todos da escola e, o pior de tudo, eu perdi meu amado.


Levanto da mesa e retorno para meu quarto apenas para pegar agasalhos. Resolvo dá uma volta pela a cidade. Meus dias em Inazuma estão contados, por isso preciso aproveitar cada minuto.


Caminha pela a rua deserta é relaxante. Por um único momento esqueço-me de tudo o que vem me afetando nos últimos dias. Eu queria gritar, fazer um escândalo e colocar tudo o que eu sinto para fora, mas sei que nada do que eu fizer vai mudar.


Aperto o guarda chuva que se encontra em minha mão. Não faço noção do que acontecerá comigo quando eu for para a Espanha. Sem amigos, sem a família, sem amor, carinho, afeto, sem alguém para me apoiar. Como suportarei viver nas mãos do Quinto Setor?


Sinto um aperto em meu coração. Nem mesmo chorar eu consigo. Acho que as lágrimas estão se secando e agradeço por isso. Agi como uma menininha não irá resolver minha situação. Não posso recuar neste momento. Preciso ser forte e enfrentar todos os meus problemas, já que meu destino é terminar ao teu lado, Shindou, não hesitarei em sofrer apenas para te proteger.



A vida é difícil e não há o que se possa fazer. Lutar, vencer, cair, levantar e seguir em frente. Um ciclo constante da vida de um ser humano. Não podemos fugir deste ciclo, por mais que tentemos.


Paro em frente ao píer da cidade. Observo o horizonte. O sol se encontra escondido entre as inúmeras nuvens que cobrem o belo céu de Inazuma. Sento-me em um banco próximo ao mar e passo a encarar aquela paisagem monotoma e de completa harmonia e tranquilidade.


Para mim, o píer é um paraíso, neste momento. Poder aproveitar o silencio e a calmaria instalada sobre este local, com certeza, é reconfortante. Imaginar que, possivelmente, não terei a oportunidade de ter instantes como este chega a ser deprimente.


Agarro o colar que estar em meu pescoço e o abro. Observo as fotos que nele se encontra. Sem perceber, sorrio. Como não sorri? As lembranças que tenho com Shindou são tão belas e puras.


A felicidade é mesmo passageira. Eu vivi um sonho tão belo perto dele e agora estou no meio de um pesadelo. É tão triste depender de algo incerto. Eu não posso contar a Shindou o segredo que o envolve, pois isso o machucaria profundamente.


Levanto e volto a caminhar. A única coisa que me resta é rezar para que Shindou me perdoe. Minha sanidade estar acabando a cada segundo que se passa. O que farei se Shindou não me perdoar?


Balanço a cabeça na tentativa de afastar tal pensamento. Eu preciso confiar em Shindou. Ter pensamentos negativos não me levará a lugar algum. Afinal, o que é o amor sem a confiança?



POV Takuto Shindou


Chego da escola e entro em meu quarto sem falar com ninguém. Jogo minha mochila em um canto qualquer do quarto e me deito em minha cama. Fecho os olhos e suspiro.


Meu corpo estar cansado, mas minha mente consegue superar qualquer cansaço físico. Não sei o porquê de tanta preocupação. Por que não posso simplesmente agi como se nada tivesse acontecido?


Kirino não foi para a escola hoje e isso só me fez ficar mais depressivo que do que já estava. Só de não receber noticias dele eu não consigo me concentrar em nada. E isso chega a ser irritante.


Decido tomar um banho para me acalmar. Ao entrar no banheiro, olho-me no espelho. Observo o meu rosto cansado e pálido. Olhos inchados, expressão de quem não dormi há muito tempo. Pareço um ser sem alma. Uma casca vazia e sem cor. Afinal de contas, o que eu me tornei?


Não paro de pensar que em breve não terei Kirino aqui. O que eu faço para diminuir a dor que consome meu peito? Eu conseguirei dizer adeus? Será esse o fim de tudo?


Balanço a cabeça negativamente na tentativa de afastar os milhares de pensamentos que invadem minha mente. O amor, sem sombra de duvidas, é a pior arma da humanidade. Ele é como uma faca com dois gumes que consegue ferir grave e profundamente.


Sentimentos ao mesmo tempo em que nos tornam fortes, podem nos transforma em seres fracos. Eles conseguem nos levar ao céu e sentir o sabor doce e excitante da paixão, mas em menos de segundos podem nos levar para o inferno e senti o gosto amargo e triste da solidão.


Tomo meu banho com certa demora. Preciso relaxar, ao menos por um tempo. Depois de uns dez minutos em baixo do chuveiro, eu resolvo sair do banho. O choque térmico que sinto ao sair do banho quente e experimentar o ambiente frio de meu quarto é bem lôbrego.


Eu me visto lentamente. Mesmo sentindo frio, a pressa não é algo que me importa muito. Após está bem agasalhado me deito mais uma vez. Cubro-me por completo. Encolho-me debaixo do grosso coberto que está sobre mim.


Ouço meu celular e vejo que é Tenma que estar me ligando. Resolvo não atender. Por mais que seja Tenma do outro lado da linha, eu não sinto vontade de conversa com ninguém.


Ausculto batidas em minha porta. Não respondo. Estou naquele momento em que não sinto ânimo nem mesmo para pedi para quem quer que esteja batendo na porta se retire.


– Shindou, filho. Estou entrando. – ouço a voz de minha mãe do outro lado da porta. Ela abre a porta vagarosamente. Não me mexo na intenção de fazê-la acreditar que estou dormindo. – Eu sei que está acordado.


– O que você quer mãe? – pergunto de maneira quase inaudível.


– Quero saber o que aconteceu entre você e Kirino. – diz a mulher mais velha sentando em minha cama. Retiro o coberto de minha cabeça e a encaro. Diferente da família de Kirino, minha mãe sempre apoiou meus sentimentos por Kirino. Meu pai não fala muito sobre o assunto, mas sabe que sou completamente apaixonado por Kirino. Ele apenas respeita minhas decisões e me aconselha a correr atrás do que for preciso para eu ter minha felicidade.


– Não aconteceu nada mãe. – digo olhando para meu coberto.


– Não mente para mim, filho. Por favor. – fala colocando a mão em meu ombro.


– Kirino mentiu para mim, mãe. Esse é o problema. Eu me dediquei de corpo e alma para que eu e ele pudéssemos ficar juntos. Lutei para que nada pudesse nos atingi. Clamei aos céus que me dessem forças para resisti a tudo que viesse pela frente, mas não fui atendido. Eu esperava traição de qualquer pessoa do mundo, mas não de Kirino. – falo exasperado. A revolta me envolve novamente.


– Shindou, o que exatamente aconteceu? – pergunta preocupada.


– Ele está indo embora de Inazuma, mãe. E o que mais me magoa é que ele lutará ao lado do inimigo. Ele está do lado do Quinto Setor. Ele me iludiu esse tempo todo. Sem eu perceber ele se tornou meu inimigo. Meu amado inimigo. Isso dói tanto mãe, que chega ao ponto de me entregar a essa guerra. – digo sentindo um gosto de fel em minha boca.


– Filho, você tem certeza disso tudo? Digo, essa história está muito estranha. Kirino sempre foi um garoto tão puro com seus sentimentos. É muito difícil acreditar que ele esteja enganando você dessa maneira. – diz minha mãe pensativa.


– Está do lado dele também? – pergunto amargamente.


– Do que está falando? Sou sua mãe. Eu sempre fico do seu lado. – fala minha mãe me repreendendo. - Eu só estou estranhando essa mudança de personalidade tão radical de Kirino. Não acha que existe alguma peça faltando neste quebra-cabeça?


– Eu não sei mãe. Ele mesmo confessou que o time que o chamou para jogar fora foi o Quinto Setor. – digo pensativo. Suspiro irritado. – Ah, eu não sei mais é de nada. Não sei o que pensar, como reagi. Eu só quero ficar sozinho.


– Tudo bem, Shindou. Mas, pensa um pouco mais sobre essa história, sim? Vocês se conhecem desde crianças. O amor de vocês é puro e belo. Não deixe que um mal entendido acabe com tudo que existe entre vocês. Pense bem, filho. Por qual razão Kirino mentiria sobre o que sente por você? – diz minha mãe.


Depois disso, a mulher sai de meu quarto. No fundo eu sei que ela está certa. Existe algo que impede essa história se bater. Acho que apenas duas pessoas sabem dessa história. A primeira, logicamente, é Kirino e a segunda e ultima pessoa é Tenma.


Bom, do jeito que as coisas estão indo, tenho certeza que de Kirino eu não arrancarei nada, até porque estamos mais brigando do que conversando. Tenho que falar com Tenma. Não é possível que ele não me conte o que está acontecendo. Eu preciso saber dessa história direito.


Levanto rapidamente e visto uma blusa de frio grossa, coloco um cachecol, luvas, toca e calço minhas botas. Corro para a sala de minha casa e me despido de minha mãe.


Corro pelas as ruas desertas e frias. O branco tomou conta de toda a cidade. É uma bela vista. Diminuo os passos para apreciar a paisagem. Após um tempo olho em meu celular e vejo que já está começando a ficar tarde. Açodo meus passos. Em alguns minutos estou em frente à casa de Tenma. Percebo que as luzes da casa estão acesas.


Toco a campainha e escuto passos se aproximarem da porta. Logo a mesma é aberta por uma melhor de aparência jovem. Vejo que é a tutora de Tenma, Aki Kino.


– AH, Shindou, olá. Entre por favor. – fala Aki gentilmente. Aceito a oferta, pois já estava congelando devido o tempo frio. Entro e vejo que a casa está bem aquecida.


– O Tenma está Aki? – pergunto.


– Infelizmente não, Shindou. Ele saiu tem um tempinho, mas não faço ideia que horas ele irá voltar. Não quer sentar e esperar? – pergunta.


– Não. Agradeço a oferta, mas eu realmente preciso falar com Tenma. Bem, ligarei para ele enquanto volto para casa. – respondo.


– Tudo bem. Tchau e tenha cuidado em sua volta. – fala amavelmente.


– Até mais. – falo saindo de sua casa.


Pego o telefone e tento ligar para Tenma, mas parece que seu celular está desligado. Ligo mais três vezes e nada do moreno atender. Possivelmente está com Tsurugi e por esse motivo desligou o maldito celular. Começo a procurá-lo por todos os lugares possíveis e nada de encontrá-lo.


Amaldiçoou até sua ultima geração por ter desaparecido quando mais preciso de você! Para que você tem celular se não o atende em casos de emergência?


Escute


Quando dou por mim, estou perto do píer da cidade. Aproximo-me mais do lugar que foi testemunha de momentos felizes. Lembranças começam a ocupar minha mente.


Após observar bem o lugar, percebo que não estou sozinho. De longe, vejo alguém bem conhecido. Ranmaru Kirino. O rosado se vira em minha direção e começamos a nos encarar.


Parecia que, assim como eu, ele estava tentando acreditar que isso é apenas uma ilusão. Viajando em pensamentos, nos aproximamos vagarosamente. Olho pra seu rosto e sua expressão é indecifrável.


Antes que eu dissesse alguma coisa, ele parece despertar de seus pensamentos, pois para repentinamente. Kirino olha para o horizonte mais uma vez e começa a andar em direção contrária. Ele para de andar e começa a dizer de costas para mim:


– Shindou, não importa o que aconteça ou o que as pessoas te digam, eu quero que saiba que todos os momentos que passamos juntos foram verdadeiros e intensos. As lembranças estão marcadas em minha mente e em meu coração e isso não vai mudar.


– O que quer dizer com isso?


– Estou apenas me desculpando por não ter conseguido lhe convencer de meus verdadeiros sentimentos. Sei que está sofrendo. Posso ver isso através de seus olhos. Você está guardando uma grande magoa dentro de si. Perdoe-me. Se quiser saber, eu estou me odiando por está te maltratando. Mas não se preocupe. No sábado eu partirei. Não voltarei mais para Inazuma. Sumirei de sua vida e das outras pessoas que magoei.


–... – fico sem palavras ao ouvi tais palavras sendo ditas por Kirino.


– Eu... Eu só quero me despedi de você sem brigas ou discusões desnecessárias. Nós dois já nos machucamos demais. Eu... – ouço ele suspira. É como se ele tivesse tomando toda a coragem que existia dentro de si. – Engraçado. Jamais imaginei que nos despediríamos no mesmo lugar que nos encontramos pela a primeira vez. Bom, acho que isso é um... Adeus. Obrigado por tudo, Shindou. Eu... Eu te amo.


Após dizer isso, ela se vira rapidamente para mim, mas logo volta a andar no sentido contrário do meu. No pequeno instante em que vi seu rosto, percebi que a pessoa que eu amo estava chorando. E sem perceber eu começo a chorar novamente.


– Então... Isso Foi um Adeus? Por que está doendo tanto o meu peito? – falo para mim mesmo sentindo lagrimas banharem meu rosto. Aperto meu peito com a intenção de fazê-lo parar de doer, mas isso não resolve nada.


– Shindou? – ouço a voz de Tenma. Olho para o mesmo, que estava acompanhado de Tsurugi, e volto a chorar, sem me importar com o casal.


Sinto minhas pernas perderem as forças e caio. Coloco minhas mãos sobre o rosto e choro com mais intensidade.


– O que houve? – pergunta preocupado me abraçando. Não consigo dizer nada. As palavras estavam presas em minha garganta. Meu corpo todo tremia e minha boca estava seca. Queria gritar, mas não tenho forças.


Estou caindo em pedaços. Eu mal consigo respirar. Minha mente e meu corpo imploram pela a presença de Kirino. A solidão começa a querer me consumir. Então, essa é a verdadeira dor de dizer Adeus?


É sufocante e ao mesmo tempo inexplicável. O que será de mim sem Kirino? O que será de mim sem a minha vida, meu anjo, meu verdadeiro amor? Qual é o real objetivo de viver?


– Acalme-se, por favor. – pede Tenma preocupado. – Venha, levante-se e vamos para minha casa.


Sou levado por Tenma. Não consigo pensar em nada. O desespero me consome e eu não consigo me mexer. Parece que alguma força – ordinária, por sinal. – me impede de fazer qualquer coisa. Só consigo chorar.


Pouco depois chegamos à casa de Tenma. Vejo Aki se aproximar de nós preocupada. Ela e Tenma conversam por um tempo. Não sei ao certo o que ambos estão falando. Aparentemente, minha mente não consegue juntar as palavras que são soltas por eles.


Subimos para o quarto do garoto acompanhado de Tsurugi que não disse uma única palavra desde que nos encontramos. Sento na cama de Tenma e o moreno sai do quarto me deixando a sós com Tsurugi.


– Pelo o jeito as coisas estão piorando casa vez mais. – comenta Tsurugi olhando para a janela do quarto de seu amado.


Olho para ele sem dizer nada. De repente Tenma entra no quarto e me entrega uma xícara de chocolate quente.


– Tome um pouco de chocolate quente para se aquecer. – diz o rapaz preocupado.


Bebo devagar o liquido quente. Consigo me acalmar um pouco mais. Minha sanidade começa a voltar. E a tristeza aumenta mais ainda.


– Eu não estava preparado para ouvir o Adeus dele, Tenma. – digo tristemente. Seguro o choro.


– Então ele disse Adeus para você? Eu sinto muito. – fala Tenma após suspirar. Ele me abraça mais uma vez tomando cuidado para não derramar o chocolate. Dessa vez, correspondo ao abraço.


– E então? O que vai fazer? – pergunta Tsurugi olhando para mim.


– Eu não sei. O que devo fazer? – pergunto de volta.


– Ele irá partir em breve. Se não tomar uma decisão ou uma atitude tudo irá por água abaixo. Ficar parado chorando pelos os cantos não irá resolver nada. – fala Tsurugi seriamente.


– Tsurugi, chega. – pede Tenma repreendendo o namorado.


– Não Tenma. Tsurugi está certo. Chorar não irá resolver nada. – falo e suspiro em seguida. – O problema é que não sei o que fazer. Ele não me contou o que realmente está acontecendo. Tenma, você sabe o que está acontecendo. Por favor, me diga.


Tenma se levanta e pega a xícara que se encontra vazia em minhas mãos e sai do quarto.


– Tsurugi, você sabe a verdade? – pergunto, vendo que não obterei respostas de Tenma.


– Não, eu não sei. Já perguntei para Tenma, mas ele não me diz nada. Aparentemente isso é algo que ele prometeu não contar a você ou a qualquer pessoa. – diz parecendo estar com raiva. – Tsc, aquela cabeça dura vivi guardando as coisas apenas para ele. Eu odeio isso nele.


– Somos dois. – falo olhando para o chão.


– Bem, o que quer que seja o segredo, eu acho melhor você o descobri o mais rápido possível. O tempo não está ao seu favor. Restam menos de três dias para ele ir embora. Se ele partir não voltará mais e você o perderá de vez. – fala Tsurugi.


– Eu sei. – respondo andando para a janela do quarto. – E mais uma vez o tempo é meu pior inimigo.


Eu já não estou mais me importando com a história do Kirino ir jogar no Quinto Setor. Eu preciso descobrir o mais rápido possível o motivo de tanto segredo. Agora vejo claramente que eu não posso viver sem Kirino.


Arrependo-me de todas as palavras duras que disse ao Kirino. Minha mãe e o Tenma têm razão. Sempre esteve na cara que tem algo de errado nesta história. Eu, agora, vejo claramente que ele esconde um segredo que o machuca de uma forma grandiosa.


Sua reação ao se despedi de mim foi a maior prova de todas. Vi em seus olhos a dor de dizer adeus. Suas mãos trêmulas e sua voz saindo com dificuldade estão cravadas em minha mente.


Longe de Kirino, sinto como se algo faltasse. Sua presença é fundamental para mim. Desespero e dor inundam minha vida sem tê-lo. A escuridão se instala pelo o meu caminho. Quando estou perto dele, a minha vontade é de tomá-lo em meus braços e jamais deixá-lo. Um desejo possessivo de mantê-lo para sempre perto de mim.


Eu sou totalmente dependente de Kirino. A distância é o meu pior pesadelo. Kirino é meu anjo. Quando estou longe dele, é como se eu me afastasse cada vez mais do paraíso.


Tornei-me um ser deplorável. Jamais imaginei que uma pessoa pudesse ser o significado da minha vida.


Pensando bem, sem eu perceber, Kirino conseguiu me mudar. Ao lado dele enfrentei todos os medos que me consumiam. Todas as vezes que eu pensei em me entregar, ele me incentivou a continuar em frente. E agora, como um tolo, na primeira oportunidade penso em desistir dele. O que diabos eu estou fazendo? Como posso ao menos pensar na hipótese de deixá-lo partir?


Eu não posso e nem vou deixá-lo escapar de minhas mãos. Seus braços e seus beijos são a minha inspiração. Não existe sentido na vida se não o tiver ao meu lado. O amor de Kirino sempre foi o meu maior desejo e agora que o conquistei não posso perdê-lo.


Kirino me fez aprender o que é amor. Em cada beijo eu me perdia. Seu toque é algo único. Eu faço de tudo apenas para ver teu lindo sorriso. Se Kirino está feliz, eu também estou. Acho que amar é saber ceder nas horas certas.


Por que eu o amo tanto? Às vezes me pergunto isso. Será que foi porque me encantei pelo o seu jeito de ser? Ou talvez por sua sinceridade e inocência? Acho que poderia ser por seus olhos tão azuis quanto o céu. A intensidade que eles transmitem em apenas um olhar é inexplicável. Possivelmente foi por todas as alternativas anteriores.


Suas qualidades e seus defeitos me interessam de uma maneira assustadora. Ele é meu ponto de equilibro, minha força. Ele é um idiota teimoso. Não é de desisti facilmente. Se for preciso, ele irá até o final para consegui o que quer. Tão encantador.


Bem, eu acho que não existe um motivo exato. Podemos dizer várias coisas, mas se apaixonar é algo totalmente irracional e tão surreal. Quando nos damos por nós, o amor e o desejo já tomaram conta de tudo.


Quando estamos amando, o mundo é tão colorido e belo. Vemos as coisas de maneira tão diferente do convencional. As estrelas e a lua é a mais bela visão dos apaixonados. Tudo nos lembra daquela pessoa. Até mesmo uma palavra é motivo para lembrar um momento qualquer com a pessoa amada.


Agora digo com toda a certeza do mundo: Kirino ficará ao me lado para sempre. Não importa o que aconteça, eu jamais permitirei que ele vá para longe de mim, pois qual é a graça da vida sem tê-lo perto de mim?


“Ser amado é consumir-se na chama. Amar é luzir com uma luz inesgotável. Ser amado é passar; amar é durar.”Rainer Rilke.



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Notas finais do capítulo

E então? O que acharam do capítulo? Sinto muito pelos os erros, mas é que eu estou mesmo sem tempo para escrever algo descente! Se houver algum erro é só falar que eu arrumo, ok? Comentem por favor! Espero reviews! Beijos meus lindos ♥3♥



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