30 Dias Para Te Conquistar... escrita por Lara


Capítulo 23
Capítulo 23 - Apenas um tolo...


Notas iniciais do capítulo

Hey meus amores, desculpem a demora. Eu estou meio sem tempo para escrever algo descente, então me perdoem pelo o capítulo horrivel! Estou trabalhando todo dia e o único momento que me resta é a noite e ultimamente eu ando mega cansada por causa da falta de um bom descanço. Espero que gostem! Boa Leitura...



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/237117/chapter/23

05 de Julho de 2012

POV Takuto Shindou

Olho para o relógio pela a milésima vez. O mesmo marca 03h00min AM. Não consigo pregar os olhos desde que me deitei. Minha cabeça está um poço de confusão e meu coração dói como nunca. Antes que eu perceba, lágrimas banham meu rosto mais uma vez.

Levanto-me e enxugo meu rosto ferozmente com as costas da mão. “Não, eu não devo chorar mais.”. Suspiro e caminho em direção ao banheiro. Lavo meu rosto com a água gélida e observo-me no espelho. Eu estou horrível. Meus olhos e nariz avermelhados revelam que eu chorei.

Suspiro. Não consigo evitar pensar nele. Quero ligar para ele e pedi explicações mais concretas, mas meu orgulho não permite.

“- O QUE HÁ DE ERRADO COM VOCÊ? COMO PODE ME PEDIR PARA EU NÃO TE AMAR, NÃO DIZER O QUE EU SINTO POR VOCÊ, PARA NÃO LHE BEIJAR QUANDO ISSO JÁ SE TORNOU UM VICIO PARA MIM? EU QUERO LHE DÁ TODA A ATENÇÃO DO MUNDO, POR ISSO NÃO ME PEÇA O IMPOSSIVEL. EU JÁ LHE DISSE ISSO UMA VEZ E VOLTO A REPITIR. EU TE AMO E NADA NESSE MUNDO PODE MUDAR ISSO. NADA NEM NINGUÉM FARÃO MEU AMOR DEIXAR DE EXITIR. ENTENDA.”

Olho para a janela de meu quarto e lembro-me da promessa que fiz ao Kirino. E mais uma vez estou pensando nele. Tudo ele, sempre ele. Minha mente e meu coração estão me traindo.

A rua vazia fria e solitária da bela noite de inverno me trazem sentimentos sombrios.  A raiva e a tristeza invadem meu coração. Pareço uma criança que acabou de ser deixada pelos os pais. Sinto-me sozinho e perdido.

Mais e mais lembranças voltam a habitar meus pensamentos. Fecho meus olhos com a intenção de fazê-las desaparecerem, mas tudo é em vão. Sento-me na cama e abaixo minha cabeça.

Deito e passo a observar o teto. Suspiro mais uma vez, fechando os olhos com força sentindo as lágrimas saírem, mas, diferente da vez anterior, deixo-as rolar livremente. Maldito coração, maldito Kirino.

FlashBack

– Shindou me escuta, por favor. – pede Kirino chorando desesperadamente.

- O que você tem a dizer, Kirino? – cuspo as palavras contendo toda a raiva que sinto em minha voz.

- Eu... Eu sei que... Que eu errei por não ter te contado nada, mas... Mas eu... Eu não podia. – gagueja. O olho friamente.

- E qual o motivo de você não poder ter me contado? – falo com desprezo em minha voz.

- Shindou... Por favor, não me trate assim. – Kirino tenta se aproximar, mas eu o impeço. 

- Não me toque Kirino. Por tudo que há de mais sagrado nesse mundo, não me toque. – digo demonstrando desprezo, mas por dentro meu coração está se quebrando por inteiro.

- Shin... Dou... – Kirino tenta falar algo. Seus olhos se enchem mais ainda de lágrimas. Vê-lo dessa maneira me machuca, porém, no momento, eu já estou magoado demais para me importar muito com isso.

- Nunca mais fale comigo. Deixe-me Kirino. Se você sente pelo menos alguma coisa por mim – dou uma pausa tentando reunir todas as forças que me restam. – Não me procure. Vá para a Espanha e jogue com o “seu tão amado time”. Finja que todas as palavras que eu disse, por mais que tenham sido verdadeiras, foram apenas ilusões. Apenas acredite que eu não o amo mais.

Saio chorando fortemente. Vejo Tenma junto com Tsurugi olhando para mim preocupado. Passo pelos os dois, depois de um tempo começo a correr com todas as minhas forças.

Dizer aquelas palavras para Kirino quebrou meu coração. Nem mesmo eu, acreditei que disse tudo aquilo a ele. Por mais que mereça, eu o amo como jamais amei ou irei amar alguém.

Meu peito está vazio e me enche de buracos profundos. Eu me odeio por isso, mas sei que sem Kirino, eu não encontro descanso, eu não sei para onde ir. Posso tentar fingir que estou bem e que posso continuar sem ele, mas na verdade eu não posso.

Queria ter o coração de ferro agora. Talvez dessa maneira eu não me machucasse tanto. Eu não quero aceitar, mas sem você, Kirino, eu me sinto incompleto, sinto que falta algo de importante e essencial para mim.

Um lado de mim diz para que eu siga em frente, mas sei que é como nadar em meio ao oceano. Eu posso bater meus braços e minhas pernas fortemente, mas chegará uma hora em que eu não aguentarei e morrerei.

 Abro meus olhos doloridos. Eu posso não consegui esquecê-lo, por mais que eu tente, mas não demonstrarei. Caminharei, amargurado, mas ainda sim, segurei em frente. Rezarei para que algum dia eu consiga superar esse amor que estar gravado no fundo de meu peito.

Pego meu celular, mas sou traído pelo o aparelho. Nossa foto, tirada no acampamento, estar como papel de parede. De repente, tudo que eu imaginei que eu conseguiria fazer evaporou.

O que eu faço? Ao olhar a data percebo que faltam apenas cinco dias para ele ir embora e desaparecer para sempre de minha vida. Sinto um forte aperto no coração ao imaginar ele partindo.

Pego o celular e disco o numero de Tenma. Não sei o que estou pensando, mas preciso de um amigo nesse momento. Eu estou ao ponto de explodir. Eu sei que talvez não faça diferença o Tenma estar perto de mim, mas eu não sei mais o que fazer.

Após falar com o mais novo pelo o telefone, o mesmo me avisa que já estar chegando a minha casa. Enquanto isso, eu ando de um lado para o outro tentando me acalmar.

O que há de errado comigo? Por que não posso aceitar que não existe mais o nós entre eu e Kirino?”.

Vinte minutos depois de falar com Tenma por telefone, ouço barulho de pedras em minha janela. Caminho até lá e vejo um garoto do lado de fora de minha casa. Desço as escadas vagarosamente e abro a porta de entrada.

Tenma parecia estar com muito frio. Seus lábios estavam roxos e seu rosto pálido feito leite. Dou sinal para o garoto entrar e fecho a porta. Subimos em silencio para meu quarto.

- Desculpa Tenma. – digo tristemente. Sinto-me culpado de tê-lo acordado às três da manhã e feito ir para minha casa no frio que a madrugada se encontrava fazendo.

- Por? – pergunta confuso.

- Eu te acordei de madrugada para vir a minha casa apenas por capricho. – respondo sincero.

- Do que estar falando? Eu não estava dormindo, e nem conseguiria, pois minha mente não para se pensar sobre você e o Kirino. Não se preocupe tanto comigo. – diz sorrindo gentilmente.

- Obrigado. – respondo com um sorriso triste no rosto.

- Ora, venha aqui. Sei do que você precisa neste momento. – fala Tenma abrindo os braços com um sorriso acolhedor. Caminho até o mesmo e o abraço. Sabe aquela sensação de que seu melhor amigo te entende? Pois é, eu estou com ela nesse momento. Sinto-o acariciar minha cabeça.

 - Eu estou me sentindo tão perdido. – digo o apertando mais ainda.

- Eu sei, por isso estou aqui.

- Eu queria tanto esquecê-lo, Tenma. Juro por Deus, como eu queria. Queria não sentir essa dor que consome meu peito. É como se eu o tivesse perdido. Eu não estou entendendo mais nada. – choro desolado. O que há comigo? Por que não consigo parar de chorar?

- Eu sei querido. Está tudo bem. Eu estou aqui para o que der e vier. Você sabe disso, não é? – diz me fazendo olhar em seus olhos.

- Sim, eu sei. Obrigado, Tenma.

Afasto-me de Tenma e me sento em minha cama. Pego meu celular e coloco uma musica qualquer, mas logo me arrependo disso. Por que de todas as 300 musicas que tenho em meu celular, logo essa musica foi começar a tocar?

Another shot of whisky please bartender

Keep it coming till I don't remember at all

How bad it hurts when you're gone

Turn the music up a little bit louder

Just gotta get past the midnight hour (uh huh)

Maybe tomorrow it won't be this hard

Who am I kidding?

I know what I'm missing.

Mais uma dose de uísque, por favor, garçom.

Continue trazendo até que eu não me lembre de mais nada

Como dói quando você se vai...

Deixe a música um pouco mais alta

Só tem que passar a meia-noite (uh huh)

Talvez amanhã isso não vá ser tão difícil

Quem eu estou enganando?

Eu sei o que está me fazendo falta.

You

I had my heart set on you

But nothing else hurts like you do

Who knew that love was so cruel?

And I

Waited and waited so long

For someone to never come home

It's my fault to think you'll be true (yeah yeah)

I'm just a fool

(Yeah)

Você

Eu tive meu coração em você

Mas nada mais machuca como você

Quem saberia que o amor é tão cruel?

E eu

Esperei e esperei tanto tempo

Por alguém que jamais voltaria para casa

Foi minha culpa pensar que você seria verdadeiro

Eu sou apenas uma tola

(Yeah)

I said that I don't care

I'd walk away whatever

And I tell myself we were bad together (uh huh)

But that's just me trying to move on

Without you.

But who am I kidding

I know what I'm missing

Eu disse que não me importo

Que eu iria embora

E eu me disse que éramos péssimos juntos (uh huh)

Mas esse era apenas eu tentando seguir em frente

Sem você

Mas quem eu estou enganando?

Eu sei o que está me fazendo falta

Hey

I had my heart set on you

But nothing else hurts like you do

Who know that love was so cruel?

And I

Waited and waited so long

For someone who never comes home

It's my fault to think you'll be true (yeah yeah)

I'm just a fool

Hey

Eu tive meu coração

Mas nada mais fazer doer igual você

Quem saberia que o amor é tão cruel?

E eu

Esperei tanto tempo

Por alguém que jamais voltaria

Foi minha culpa pensar que você seria verdadeiro

Eu sou apenas um tolo

For holding on to something that

Is never ever gonna come back

I can't accept that it's lost

Por ter esperado por algo que

Jamais voltará

Eu não posso aceitar que isso está perdido

I should have let it go

Held my tongue

Keep my big mouth shut

Cause now everything's so wrong

I'm thrown

Eu deveria deixar pra lá

Segurado minha língua

Não posso lutar contra o impulso

Pois agora tudo está tão errado

Eu estou jogado

I'm just a fool

A fool for you

I'm just a fool

Eu sou apenas um tolo

Um tolo pra você

Eu sou apenas um tolo

I had my heart set on you

And nothing else hurts like you do

Who knew that love was so cruel?

And I

Waited and waited so long

For someone who never comes home

Eu tive meu coração

Mas nada mais fazer doer igual você

Quem saberia que o amor é tão cruel?

E eu

Esperei tanto tempo

Por alguém que jamais voltaria

It's my fault to think you'll be true (yeah yeah)

I'm just a fool

I'm just a fool

I'm just a fool

Foi minha culpa pensar que você seria verdadeiro

Eu sou apenas um tolo

Eu sou apenas um tolo

Eu sou apenas um tolo

It's my fault to think you'll be true

I'm just a fool

Foi minha culpa pensar que você seria verdadeiro

Eu sou apenas uma tola

Tenma corre em minha direção ao ver meu estado ao ouvir a maldita musica. Sinto os braços de Tenma me envolverem e a única coisa que me resta é corresponder ao abraço do garoto. Aquela musica idiota explicava minha situação neste momento. Eu sou um tolo por pensar que Kirino sentia por mim o mesmo que eu sentia por ele. O amor verdadeiro.

Após algumas horas eu e Tenma vamos para a escola. Por mais que Tenma tivesse insistido para que eu ficasse em casa e descansasse pela a noite mal dormida, eu acabo indo, pois sei que se ficasse em casa não pararia de pensar em Kirino.

Mas, ao ver Kirino me arrependo amargamente de não ter ouvido Tenma. A minha vontade é a de sair correndo para o mais longe possível. Olho para Tenma e saio em direção à sala, antes que Kirino viesse falar comigo e eu acabasse me envolvendo com ele mais uma vez.

POV Ranmaru Kirino

Ser ignorado e odiado por todos é basicamente isso que resume minha vida neste momento. As únicas pessoas que conversam comigo e me dão apoio são Tenma e Tsurugi – e o ultimo citado, suponho que esteja sendo obrigado.

Todos da escola olhavam para mim como se eu fosse uma aberração. A única coisa que me anima neste momento é ver Akane ser chamado de todos os nomes possíveis.

Eu posso ter caído, mas a cobra me acompanhou. Bem, o que os outros pensam ou deixam de pensar sobre mim não importa tanto assim, mas quando se trata de Takuto Shindou, a história é completamente diferente.

Ele não me olhava nos olhos quando me via, sua expressão era a de desprezo, nojo e, algumas vezes, indiferença. Toda vez que o via me olhar daquela maneira, eu me quebrava mais e mais.

Eu o perdi de uma vez só. É como se minha felicidade fosse feita de fumaça, que desapareceu após um vento soprar. Suas palavras não saem de minha mente. Não consegui dormi a noite toda. Chorei como nunca havia chorado antes.

Estou deitado em minha cama olhando para o teto relembrando todos os momentos em que passei ao lado de Shindou. Dói tanto saber que o perdi. Pego a carta que está em minhas mãos e releio mais uma vez.

Mais ameaças do Quinto Setor. Eles são seres tão desprezíveis e insensíveis. Não sei como descobriram o segredo, mas souberam como me fazer ceder as suas terríveis chantagens.

Amasso a carta e a jogo em direção à lixeira. Suspiro alto e fecho meus olhos apertando o colar que Shindou havia me dado - que se encontra em meu pescoço. Tantas lembranças em uma joia tão pequena.

Queria tanto senti os lábios de Shindou sobre os meus. Inspirar seu perfume único e encantador. Ouvi sua voz em meu ouvido me fazendo arrepiar por inteiro. Envolver-me em seus braços e jamais sair de lá. Enfim, queria estar com Shindou e nada mais que isso.

Por que as coisas não poderiam ser mais simples? Por que o amor não pode ser a única coisa necessária para ser feliz? Por que as pessoas não conseguem ver ninguém alcançando a tão sonhada felicidade?

Levanto-me e resolvo sair de minha casa. Ficar trancado em meu quarto só me dá mais vontade de chorar. Preciso esvaziar minha mente ou irei enlouquecer com tantas perguntas que invadem minha cabeça sem que eu perceba.

O sol já está se pondo. A cada passo sinto o vento gélido roçar minha pele. Caminho sem direção, sem destino, sem rumo. Após algum tempo, encontro uma praça que nunca vi antes.

Crianças brincavam e sorriam como se nada de ruim pudesse atingi-las. Sento-me no banco mais próximo e começo a observar a paisagem. O céu já alaranjado dava um toque belíssimo ao parquinho.

Coloco minhas mãos dentro de meu casaco e encosto minha cabeça no banco. Risadas, gritos e o som dos pássaros batendo suas asas em busca de um abrigo na tentativa de se proteger do frio é uma bela melodia aos meus ouvidos.

 Fecho meus olhos ao senti as lagrimas ameaçarem descer. Algum tempo depois sinto algo bater em minha perna. Abro meus olhos e vejo uma bola ao lado de meu pé. Vejo dois garotos correndo em minha direção.

- Desculpa moço. Não queríamos acertá-lo. – fala um garotinho aparentando ter uns 10 anos. Seus cabelos negros e seus olhos castanhos davam um ar de inocência àquela criança.

- Não tem problema. Pegue. – disse devolvendo a bola ao garoto.

- Obrigado. – responde o outro garotinho que se encontrava ao lado do primeiro. Seus olhos são de uma incrível cinza. Seus cabelos lisos achocolatados lhe fazia transmitir uma imagem angelical. Aparentava ser mais novo que o primeiro garotinho.

Dou um sorriso para os dois e os vejo sair correndo para continuar a brincadeira. Duas belas e inocentes crianças. Isso me fez ter um sentimento de nostalgia. Quando crianças, eu e Shindou vivíamos brincando de bola e éramos livres como essas crianças que eu vejo.

Mais lágrimas saem pelo o meu rosto. Não estou pronto para dizer adeus àquele que tanto amo. Tudo estava tão belo e calmo. Jamais havia me arrependido de me declarar para Shindou, mas agora é totalmente diferente.

Se eu soubesse que nosso amor atrairia tanta dor e sofrimento para ambos, jamais teria me arriscado. Jamais deixaria que meu coração falasse mais alto que a “razão”.

Sinto sentar ao meu lado e tocar meu ombro direito. Olho para a pessoa assustada e me assusto mais ainda por reconhecer o individuo que sentou a meu lado.

- O que você estar fazendo aqui?

- Qual o problema, filho? – pergunta olhando para as crianças que brincavam.

- Nada. – respondo secando as lagrimas.

- Sabe. Essas crianças me lembram de você e Shindou quando mais novos. Desde pequenos vocês eram apaixonados pelo o futebol. Talvez tenha sido isso que tenha aproximado tanto vocês dois. – fala meu pai com um belo sorriso estampado no rosto.

E é justamente o futebol que estar nos afastando”. – penso.

- Pai, o que estar fazendo aqui? – pergunto sem rodeios.

- Você estar sofrendo por amor, Kirino. Posso parecer bobo, mas o conheço como a minha própria mão. – diz seriamente olhando para o céu que já começava a atingi o azul escuro da noite.

- O que? – pergunto surpreso.

- Não precisa negar filho. Todos nós já sofremos por amor pelo menos uma vez na vida. Eu já passei muito por isso e sei bem que não deve estar sendo fácil para você. E então? Vai me dizer quem é a pessoa que estar fazendo seu coração se quebrar? – fala olhando em meus olhos.

- Pai, eu... Eu não sei se devo dizer. – falo incerto.

- Por acaso a pessoa que você tanto ama é o Shindou? – diz meu pai sorrindo olhando para o horizonte.

Ok, o que estar acontecendo? Como meu pai sabe que eu amo o Shindou? Minha mãe me prometeu não contar nada para ele, então tenho certeza que não foi ela. O que eu falo agora?

- Co... Como... Como você sabe? – pergunto gaguejando.

- Desde criança, Kirino, via sua reação só de estar perto de Shindou. Eu sou seu pai, o conheço bem, meu filho. – diz com um sorriso gentil no rosto. Tenma sempre lembrava meu pai. Ambos são gentis e ótimos amigos. Sempre com um sorriso no rosto para lhe animar.

- E... E você... Você não estar com raiva de mim, ou até mesmo... Até mesmo nojo? – pergunto cuidadosamente abaixando minha cabeça.  Eu sempre admirei meu pai. Um homem bondoso e sábio. O melhor conselheiro do mundo, jamais julgava as pessoas e por esse mesmo motivo tenho medo dele não aceitar.

- E por que eu teria nojo de meu próprio filho? Sangue do meu sangue, carne da minha carne, a minha maior razão de viver. Kirino, eu o amo demais para me importar com sua opção sexual. Assim como sua mãe, eu só quero que seja feliz, não importa quem você ame, contanto que esteja preparado para as dores que você pode passar.

- Pai. – falo chorando. Um enorme peso - que se encontrava em meus ombros- fora tirado. Solto um suspiro de alivio e o abraço. – Obrigado pai. Eu te amo.

- Eu te amo filho. – responde dando-me um selinho em minha testa.  

- O que eu faço pai? Eu não queria magoá-lo ou deixá-lo, mas não há o que eu possa fazer. Estou num labirinto sem saída. - digo dando um suspiro de angústia.

- Você o ama, filho? - pergunta meu pai olhando em meus olhos.

- Sim. Eu o amo muito. - respondo com sinceridade.

- Então não se preocupe tanto. Sei que você estar sofrendo e não sabe o que fazer, mas no momento certo as coisas irão se resolver. Shindou o ama muito. Não importa o que tenha feito, ele te perdoará, com toda a certeza. - diz dando um sorriso encorajador.

- Acho que você pode estar certo, pai. - digo pensativo.

- "Ser feliz é encontrar força no perdão, esperanças nas batalhas, segurança no palco do medo, amor nos desencontros. É agradecer a Deus a cada minuto pelo milagre da vida." - diz meu pai. 

- O que? - pergunto confuso.

- Essa frase é de Fernando Pessoa. - para de falar e olha para o horizonte mais uma vez. - E eu concordo com ele. Filho, a vida é feito de vários sentimentos intensos. Não tenha medo de viver. Por mais que a situação esteja difícil, apenas você pode construir seu destino. Suas ações refletirão no seu futuro, por isso arrisque, pois a felicidade não é fácil de conseguir, mas é muito fácil de perder. Shindou te ama e isso é apenas o que você precisa ter certeza. Como eu disse: no momento certo tudo irá se resolver.

Dou um sorriso ao meu pai e olho para o horizonte. A noite já havia caído por completo. Uma noite sem lua e sem estrelas. Olhar o céu quando estamos despedaçados não é, de longe, a melhor sensação do mundo.

Não sei o que fazer. Meu futuro ainda é incerto para mim. É como se uma névoa cobrisse meus olhos. Faltam apenas cinco dias para meu destino mudar drasticamente - se é que isso o que estar acontecendo já não é chamado de mudança drástica - e a única coisa que me resta neste momento é acreditar que eu ainda posso ter um final feliz. 

"A esperança é o único bem comum a todos os homens; aqueles que nada mais têm - ainda a possuem.

Tales de Mileto


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Então? O que acharam disso que chamo de capítulo? O que acharam da imagem final? Eu não sei se ficou boa, mas estou sem temp para meu lado perfeccionista falr mais alto =/! Não sei se perceberam, mas o fim da história estar muito próximo, mas muita coisa ainda vai rolar. Qual final vocês acham que a fic vai ter? Deem a opinião de vocês, pois isso pode me ajudar a fazer um bom final para essa história! Obrigada por lerem e comentem por favor! Beijos e até semana que vem!!! :* x3



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "30 Dias Para Te Conquistar..." morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.