30 Dias Para Te Conquistar... escrita por Lara


Capítulo 20
Capítulo 20 - Revelações


Notas iniciais do capítulo

Hey meus amores, como prometido, ai está o capítulo 20. Bem, esse capítulo está bem tenso e eu confesso que demorei muito para conseguir escrevê-lo, já que o refiz 3 vezes. Não sei se ficou bom, mas espero que gostem. Vou aproveitar que a retardada da Bárbara está aqui do meu lado e vou dedicar o capítulo a ela. A imagem no final foi escolhida por ela, pois eu estava na duvida entre três. Se o capítulo tiver ruim, culpem a Bárbara, pois fica dizendo que o capítulo ficou legal! Espero que gostem. Boa Leitura...



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02 de Julho de 2012

POV Ranmaru Kirino

Ah, finalmente! Finalmente é sábado. E sabe o motivo da minha felicidade? Bem, além do fato de não haver aula, eu irei sair com Shindou. Existe coisa melhor?

O estranho é que ele não me disse aonde nós iríamos. Mas seu eu estiver com ele, tenho certeza que será muito divertido.

Levanto e caminho em direção ao banheiro. Olho-me no espelho e vejo um enorme sorriso no rosto – o que se tornou rotina desde que confessei meu amor por Shindou -.

Faço minha higiene matinal e desço para tomar café da manhã. Olho em volta e vejo que não há ninguém em casa. A mesa estava cheia de guloseimas matinal e um bilhete de minha mãe.

Querido, sair com seu pai para fazer compras. Tome seu café da manhã e lave as louças. Nós estaremos de volta antes da hora do almoço. Com amor, mamãe.

É, estou sozinho. Agora sim, tudo está perfeito. Tomo meu café da manhã e lavo a louça. Odeio isso, mas se eu deixar de fazer, minha mãe vai começar com aquele discurso sobre eu não fazer nada em casa e que tudo é ela e blá blá blá.

 Depois de terminar de arrumar a louça, vou para a sala para assistir um pouco de televisão. Nada de interessante. Desligo a mesma e quando estou preste a subir, ouço a campainha tocar. Droga.

- Já vai. – falo após ouvir a pessoa tocar repetidamente. Abro a porta e encontro alguém que menos queria encontrar no meu dia. Na verdade, eu nunca quero encontrá-la.

- Bom dia. – fala sorrindo.

- Fala logo o que você quer Kariya. – digo sem paciência.

- Nossa, que humor, hein? – fala irônico.

- Vamos, diga logo o que você quer para que eu possa voltar a fazer o que eu estava fazendo.

- E o que você tava fazendo de tão interessante?

- Nada, mas qualquer coisa é mais interessante que você.

- Ai, isso magoou, mas foda-se. Não estou aqui por querer. Devo um favor ao Tenma e estou fazendo isso por ele.

- Você disse Tenma? – pergunto interessado.

- Ah, então agora você está interessado né? – diz Kariya revirando os olhos. – E então? Não vai me convidar pra entrar não?

Abro o resto da porta dando passagem para o garoto entrar. O que será que Tenma pediu para Kariya fazer? Fecho a porta e vou em direção à sala.

- E então? O que Tenma disse? – vou direto ao ponto.

- Ele pediu para que eu lhe entregasse isso. – fala estendendo uma carta. Estranho. O que será que tem nessa carta?

Pego a carta, a abro e começo a ler. Após terminar de ler, tenho uma surpresa. Parece que o que eu esperava aconteceu. Termino de ler e guardo a carta.

- Obrigado. Agora já pode ir. – digo seriamente.

- Nossa. Está me expulsando? – pergunta Kariya dando uma de ofendido.

- Ainda bem que entendeu o recado. Agora vaza. – digo apontando para a porta.

- Aff, a educação passou bem longe aqui. – fala Kariya saindo de minha casa com a cara emburrada.

Subo para meu quarto pensativo. Entro a procura de meu celular, disco o número de Tenma e após o terceiro toque, o mesmo atende.

- Oi Kirino.

- Oi Tenma. Então é verdade?

- Infelizmente, sim. Não acha que deve avisar ao Shindou? Vocês estão juntos agora, ele merece saber.

- Eu sei, é só que... Ah, Tenma, eu não sei como dizer para ele. Esse assunto é delicado demais. Eu não suportaria vê-lo sofrer.

- Vocês vão sair hoje, certo?

- Sim, mas não quero estragar o passeio.

- Kirino, uma hora ou outra você vai ter que dizer. Se você não fizer isso, outra pessoa vai fazer e acho que você não quer isso.

- Não fale isso nem brincando. Se ele tiver que saber isso, será pela a minha boca.

- Ele merece saber e acho que a melhor pessoa para contar isso a ele é você.

- Eu sei. Eu vou falar, só estou esperando o momento certo.

- Tudo bem. Só não demora a contar pra ele.

Antes que eu respondesse Tenma, mais uma vez minha campainha toca.

- Tenma, a campainha está tocando aqui. Depois nós conversamos.

- Tudo bem. Até depois.

- Até.

Desligo o celular e vou em direção à porta. Abro a porta e meu dia se iluminou. Shindou estava na minha porta com um lindo sorriso.

- Oi. – fala sorrindo.

- Oi. O que faz aqui? Pensei que fossemos sair só de tarde. – digo dando passagem para ele entrar.

- É, mas é que Tenma me deu esses ingressos e eu pensei que a gente poderia ir. – fala me mostrando dois ingressos para o aquário da cidade.

- Aquário? – pergunto com os olhos brilhando.

- Sim. O que você acha? – pergunta sorrindo.

- Acho que você deve esperar cinco minutos enquanto eu ligo para avisar minha mãe que irei sair. – respondo saindo correndo para pegar meu celular. Shindou ri de minha pressa.

- Ok, ok, só não precisa de tanta pressa assim. – fala ainda rindo de mim.

Após avisar minha mãe, saímos em direção ao aquário. O dia estava lindo e a companhia também. Chegamos rápido no aquário. Olho em volta e vejo um peixe mais lindo que o outro.

Olhá-los com certeza me passava uma sensação de paz. Não sei o porquê disso, eu simplesmente sinto. Vê-los nadando e vivendo em paz me fazia perceber o tão ruim nosso mundo é. Existem várias espécies no mar, mas cada uma respeita a outra.

- Tudo bem? – pergunta Shindou me tirando de meus pensamentos.

- Tudo sim, é só que ver os peixes me deixa feliz. – falo lhe dando um sorriso.

- Que bom te trouxe aqui. – fala olhando os peixes.

- Por que diz isso?

- Porque gosto de te ver feliz. – diz Shindou me lançando um lindo sorriso. Tem como não se derreter por sorriso como aquele?

- Que casal mais lindo. – ouço uma voz irritante atrás de nós. Quando eu e Shindou nos viramos para ver quem era, me arrependi de ter virado.

- Akane? – digo eu e Shindou ao mesmo tempo.

- Oi casalzinho feliz. – diz ironicamente.

- O que faz aqui? – pergunto com raiva.

- Ui, estar com raivinha? – diz revirando os olhos.

- Está nos seguindo, Akane? – pergunta Shindou seriamente.

- Ai, amor, você acha que o mundo gira em torno de vocês? Esse lugar é público, como é que eu ia adivinhar que vocês estariam aqui? – fala falsamente e dando ênfase a palavra “amor”.

- Vamos embora Kirino. – fala Shindou pegando em minha mão e me puxando.

- Pelo visto seu plano deu certo, Shin. – diz Akane. Shindou para e olha pra ela com um olhar assassino.

- Calada Akane. – fala Shindou com muita raiva.

- Do que ela ta falando? – pergunto.

- De nada. – fala Shindou desviando o olhar.

- Você está mentindo. Do que ela ta falando? – repito a pergunta.

- Nossa, desculpa. Eu não sabia que você não tinha contado que fez um plano para conquistar o Kirino em 30 dias para fazê-lo desistir da ideia de ir embora. – diz Akane cinicamente.

- AKANE, CALA A BOCA. – grita Shindou.

- Ops. – fala Akane colocando as mãos na boca como se tivesse falado sem querer.

- O que ela diz é verdade? – pergunto seriamente. Meu coração começa a bater rapidamente.

- Kirino, me escuta. – pede Shindou.

- É verdade ou não? – pergunto sentindo minha garganta secar.

- Sim, mas...

- Por que fez isso? – falo sentindo meus olhos se encherem de lágrimas.

- Porque ele não queria que você deixasse o time. – diz Akane se intrometendo na conversa.

- Então é isso? – digo olhando para Shindou não acreditando no que ele fez.

- Kirino isso não é...

- Esquece Shindou. – falo saindo.

- Espera. – diz Shindo segurando meu braço.

- ME LARGA. – falo puxando meu braço e saio correndo. Maldito! Eu não acredito que ele teve coragem de fazer isso.

Sinto pingos caindo sobre mim. Ótimo, até o tempo resolveu me trair. Eu sou muito sortudo mesmo.

Sinto mais e mais lágrimas caindo em meu rosto. Chego em casa, passo pelos os meus pais sem dá muita atenção para o que eles dizem. Entro em meu quarto, tranco a porta e me jogo sobre a cama.

Enquanto o mundo caia lá fora através da chuva, meu coração se despedaçava dentro de mim. Eu não entendo. Por que ele simplesmente não me pediu para ficar ou, sei lá, não me contou antes? Tive que descobrir pela a boca da Akane. Droga, por que meu peito dói tanto?

Meu celular não para de tocar e eu sei que a pessoa que está me ligando é Shindou. Não quero falar com ele.

- Querido o que houve? – pergunta minha mãe batendo na porta.

- Nada mãe, nada. – digo.

- De qualquer maneira você tem um telefonema. – diz minha mãe.

- Se for o Shindou eu não estou. – aviso para minha mãe.

- Por quê?

- Por nada. Apenas não quero atender. – respondo simplesmente.

- Não é o Shindou. Acho que é um tal de Tena, não, não era isso, Como era mesmo o nome? – fala minha mãe para si mesma.

- Tenma? – pergunto surpreso.

- Isso mesmo. É um garoto chamado Tenma que quer falar com você. – explica minha mãe.

Abro a porta e vou em direção ao telefone. Talvez o Tenma me explique o motivo de Shindou ter feito isso e o porquê de até a Akane saber disso, menos eu.

- Tenma?

- Até que fim, Kirino. Shindou me ligou desesperado.

- Por que Tenma?

- Como?

- Por que ele escondeu o “tal” plano?

- Não dá pra explicar pelo o telefone.

- Então você sabia?

- Sim, Kirino, eu sabia.

- E por que não me contou?

- Eu estou indo ai. Chego em breve. Apenas me espere.

Antes que eu falasse qualquer coisa, Tenma desliga o telefone. Por que diabos o Tenma sabia e eu não? E o que é esse tal plano? Droga, minha mente está confusa. Meu coração está partido. Eu não sei por que, mas me sinto traído.

Após algum tempo, ouço a campainha tocar. Com certeza é Tenma. Talvez ele me explique tudo. Ouço minha porta ser aberta com força, olha para a entrada de meu quarto e quem eu vejo não é Matsukaze Tenma e sim, Takuto Shindou.

- O QUE ESTÁ FAZENDO AQUI? VAI EMBORA. – grito com raiva.

- EU NÃO VOU EMBORA ATÉ VOCÊ OUVIR O QUE EU TENHO A DIZER. – grita Shindou de volta.

- EU NÃO TENHO NADA PARA OUVIR. VAI EMBORA SHINDOU.

- Por favor, Kirino, me escuta. – pedi Shindou após se acalmar.

- Então explica Shindou. Por que não me disse? Por que escondeu isso de mim? Até a Akane sabia, menos eu. Por quê? Só me diz por que. – falo chorando, colocando toda a minha raiva para fora. Droga, eu odeio quando mentem para mim.

- Eu não podia te contar. Eu não faço ideia de como a Akane descobriu. Entenda Kirino, eu não tinha certeza se você me escutaria se eu te pedisse pra ficar. – Shindou tenta explicar. Ele começa a se aproximar de mim, colocando sua mão em meu rosto. Bato em sua mão e vou em direção à porta.

- Vai embora. – falo apontando para a porta após reunia todas as forças que ainda me restavam.

- Kirino.

- VAI EMBORA. VOCÊ NÃO OUVIU? VAI EMBORA! – grito para Shindou com lágrimas em meus olhos. Ele nem ao menos tentou me pedir para ficar. Querendo ou não, Shindou foi orgulhoso. Maldito, você preferiu esconder o que sentia por mim e menti, do que abandonar seu orgulho.

 Shindou vem em direção à porta e para minha surpresa ele me beija. Tento sair de seus braços, mas não consigo. Ele segura meus braços com força. Ele pede passagem com a língua e após resisti o máximo possível acabo me entregando.

Esse beijo é diferente de todos os outros que já trocamos. Ele é selvagem e desesperador. Nosso sentimentos estão presentes nele. Sinto minha razão toda evaporar com o toque de sua língua na minha. Sinto Shindou me aperta mais ainda ao seu corpo, tentando nos fazer ficar mais perto – como se isso fosse possível -. 

Lembranças de nós dois começam a passar por minha cabeça enquanto nos beijamos. Eu quero me separar de Shindou e ao mesmo tempo não. O que há comigo? Ah, foda-se a razão.

Torno nosso beijo mais urgente. Shindou corresponde com a mesma intensidade. De repente ouço um grito e o barulho de copos quebrando. Eu e Shindou nos separamos rapidamente e encontramos minha mãe nos olhando assustada.

- Mãe? – digo e a mesma continua a me olhar estática e assustada.

- Shindou e... Kirino... Vocês estavam... Não, não pode ser... Vocês estavam se... Beijando? Diz-me que isso é uma ilusão, por favor. – fala minha mãe confusa.

- Mãe fica cal...

- FALA QUE ISSO É MENTIRA, RANMARU KIRINO. – grita minha mãe.

- Mãe me escuta. Eu e o Shindou...

- O QUE HÁ DE ERRADO COM VOCÊS? AMBOS SÃO GAROTOS, ISSO NÃO ESTÁ CERTO. – grita minha mãe desesperada. – O QUE AS PESSOAS VÃO PENSAR DE VOCÊS DOIS?

- EU ESTOU POUCO ME IMPORTANDO COM O QUE AS PESSOAS VÃO DIZER. EU O AMO E ISSO NÃO VAI MU... – sou calado com um tapa de minha mãe.

- CALA A BOCA. PENSE ANTES DE FALAR ESSAS ARSNEIRAS. – grita minha mãe com raiva.

- Tia, fica calma, por fa...

- VAI EMBORA SHINDOU. VAI EMBORA ANTES QUE EU FAÇA UMA BESTEIRA. – grita minha mãe para Shindou que estava bastante assustado com a reação de minha mãe. Ela tremia e respirava pesadamente. Nunca a via dessa maneira.

Shindou olha para mim como se perguntasse “Está tudo bem eu ir embora?”. Eu apenas assento para o mesmo e ele sai após sussurra “Boa Sorte. Eu te amo.”.

- Por que está agindo assim mãe? – falo após Shindou sair.

Ela sorri ironicamente e depois me olha seriamente.

- Como assim, “por que eu estou agindo assim?”. Você está tendo um relacionamento com outro garoto e ainda pergunta o porquê dessa minha reação? – diz minha mãe seriamente.

- Por que você não pode aceita mãe? – pergunto chorando.

- CALE A BOCA. NEM PENSE EM DIZER ISSO. VOCÊ É HOMEM E SHINDOU TAMBÉM. SERÁ QUE VOCÊ NÃO ENTENDE. – grita minha mãe chorando e colocando a mão na cabeça.

- Kirino? – ouço uma voz na minha porta e olho para o dono da voz.

- Tenma? – falo chorando.

Tenma olha para mim assustado e depois para minha mãe que o olha seriamente.

- Quem é você? – pergunta minha mãe seriamente.

- Eu sou Matsukaze Tenma. Desculpa ter entrado assim, mas a porta estava aberta e ouvi gritos vindo daqui. Fiquei preocupado. Eu havia ligado mais cedo informando que iria vir visitar Kirino. – explica Tenma preocupado.

- Hum. – diz minha mãe começando a chorar mais ainda.

Tenma se assusta e sai correndo. Não faço a menor ideia de onde o garoto foi, mas ouço barulhos vindo da cozinha. Talvez ele tenha ido buscar água para minha mãe. Eu não me importo. Tento me aproxima da mulher que chora desesperadamente em minha frente, mas a mesma me olha com aquele olhar de quem está decepcionado.

- Aqui senhora. – fala Tenma entregando um copo de água para minha mãe. A mesma pega o copo de água ainda chorando e tremendo muito.

- O... Obri... Obrigada. – diz após tomar a água. Ela entrega o copo para Tenma. O mesmo lhe dá um sorriso triste e assente. Tenma pega os cacos de vidro que estavam no chão e coloca em cima da bandeja. Após catar os cacos por cima levar tudo para a cozinha.

O silêncio reina pela a casa. Aquilo estava sendo angustiante. Eu não sabia o que dizer. Eu jamais imaginei que minha mãe fosse odiar tanto a ideia de um relacionamento meu com o Shindou.

Tenma volta para o quarto e olha para mim e para minha mãe preocupado. Acho que o mesmo deve ter entendido o que se ocorria naquele cômodo.

- Vem senhora. Vamos sair do chão. É perigoso ficar ai com tantos cacos de vidro pequenos espalhados pelo o quarto. – diz Tenma estendendo a mão para minha mãe. A mesma o olha confusa e depois de um tempo pega na mão de Tenma e levanta.

- Obrigada Tenma. – agradece minha mãe ainda abalada.

- Não tem problema. Por que não me diz onde é seu quarto, para ajudar a senhora a ir para ele. Acho melhor se deitar. Não me parece muito bem. – sugere Tenma. Minha mãe assenti e sai junto com Tenma. O mesmo toma cuidado para que ela não pise em algum caco de vidro.

- O que aconteceu? – pergunta Tenma após voltar para o quarto.

- Ela descobriu tudo. – digo e Tenma não parece muito surpreso.

- Entendo. Acho melhor se sentar. Você está pálido. – fala Tenma preocupado.

- O que eu faço? Minha mãe não aceitou. E eu ainda não sei o que pensar sobre o Shindou. Está tudo tão confuso, Tenma. Tenho a sensação de que tudo isso é um pesadelo. Por que eu não posso acordar agora? – digo começando a chorar. Sinto braços aconchegantes em volta de meu corpo. Correspondo ao abraço chorando. Por que tudo isso está acontecendo comigo?

- Tome um banho, Kirino. O melhor a fazer nesse momento é não pensar muito nisso. – diz Tenma sorrindo gentilmente.

Assinto e vou tomar um banho. Minha cabeça está uma loucura e meus sentimentos estão muito confusos. Tenma tem razão. O melhor agora é não pensar nisso. Após me vestir, saio do banheiro. Encontro Tenma colocando uma bandeja com um copo de suco, uma bacia com um pedaço de bolo e outra com maçã cortada sobre o rack ao lado de minha cama.

- Me desculpa, estou mexendo na cozinha como se a casa fosse minha, mas imaginei que estivesse com fome depois dessa confusão toda. – diz Tenma coçando a cabeça sem graça. Começo a ri de sua atitude. O mais novo me olha confuso.

- Não, tudo bem. – falo após me recuperar do ataque de riso. – Eu estou mesmo com fome. Ai Tenma, só você mesmo pra me fazer ri num momento desse.

- Tudo bem, agora come. – diz Tenma sorrindo.

- Obrigado, Tenma. – agradeço após terminar de comer.

- Ora, eu apenas lhe trouxe comida. Isso não é motivo pra me agradecer.

- Não só isso. Por ter vindo me ajudar. – digo com sinceridade.

- Não se preocupe com isso. Deite e tente dormir um pouco. Você deve está cansado. Conversamos sobre isso depois, tudo bem?  - recomenda Tenma.

- Vou tentar. – falo deitando. Após algum tempo, minha pálpebras começam a pesar. Pouco depois caio em um sono profundo.

POV Matsukaze Tenma

Pouco depois de ter a certeza que Kirino está dormindo. Levanto pegando a bandeja com as louças do lanche de Kirino e levo para a cozinha. Estou preocupado com o que vai acontecer. Kirino é apegado à mãe e não ter a sua aprovação deve está o matando por dentro.

Ouço passos vindo da escada e me viro. Vejo que é a mãe de Kirino. A mesma estava bastante abatida e com os olhos vermelhos e inchados. Com certeza está muito abalada com toda essa história.

- Ah, Tenma. Você está ai? – diz a mesma desanimada.

- Oi Senhora. Desculpe por está usando sua cozinha sem permissão, mas é que Kirino estava com fome, então resolvi levar algo para o mesmo comer. – explico.

- Tudo bem. Obrigada por ter levado algo para ele comer. Ele não almoçou, apenas tomou café da manhã. – agradece a jovem senhora se sentando em uma cadeira.

- Imagina. Eu não fiz nada demais. – falo tentando dá um sorriso para a mulher abalada.

- Você sabia Tenma? – pergunta. 

- O que? – pergunto de volta lhe entregando um copo de suco.

- Obrigada. – diz pegando o copo e leva-o a boca. – Sobre o relacionamento de Shindou e Kirino?

- Pra falar a verdade, sim, eu sabia. – respondo-lhe entregando um pequeno prato com uma fatia de bolo e sento de frente para a jovem senhora.

- Não estranhou a atitude dos dois? – pergunta antes colocar um pedaço de bolo em sua boca.

- Por que estranharia? – pergunto.

- Bem, os dois são homens. Não é certo haver esse tipo de relacionamento. – fala abaixando o olhar.

- Senhora, para um amor verdadeiro, gênero é um obstáculo insignificante. – digo e a mesma me olha sem expressão alguma.

- Você não se importa nem um pouco? – pergunta ainda sem expressão definida.

- Seu eu me importasse, eu não aceitaria minha opção sexual. – respondo e vejo a mesma abrindo e fechando a boca várias vezes.

- Isso é sério? – pergunta incrédula.

- Sim senhora. Entendo que esteja assustada por Kirino gostar de outro homem, mas não deve julgá-lo. Ele a ama muito e sua opinião é muito importante para ele. Se a senhora não aceitar o relacionamento deles, Kirino irá sofrer muito, pois automaticamente a senhora estará o obrigando a fazer uma escolha impossível para ele. Tente entendê-lo. – falo olhando em seus olhos.

- Mesmo que diga isso. A sociedade irá maltratar muito o meu filho. Eu o amo e por isso mesmo prefiro que ele sinta raiva de mim do que seja maltratado por pessoas maldosas. – diz. Ela parece relutante em aceitar.

- Acho que ele vai sofrer muito mais com a sua rejeição que com a da sociedade. Vai por mim. Se a família e os amigos o apoiam, ele com certeza não dará ouvidos a sociedade. Ele precisa de você. Confie em mim. – digo colocando a mão em cima da mão da mãe de Kirino. Ela olha para mim assustada e logo em seguida começa a chorar. Ela deve estar sofrendo muito.

- Eu... Eu só quero que Kirino seja feliz. – diz e volta a chorar.

- O Kirino é feliz. Ele sempre deixa claro o quanto é grato por ter uma mãe como à senhora. Apenas o aceite do jeito que ele é. – digo.

- Obrigada Tenma. Você tem razão. Não importa se meu filho gosta de uma mulher ou de um homem, ele continuará sendo meu filho. O meu amado filho. – diz a mesma sorrindo ainda chorando.

- Mãe.

- Kirino. - Kirino corre em direção à mãe e a abraça com força. A mãe de Kirino corresponde ao abraço com a mesma intensidade. Ambos choram muito. Posso dizer que foi um belo momento mãe e filho. Com certeza eles se amam.

O caminho de Kirino e Shindou não será nada fácil, mas acredito que os dois vão conseguir superar as barreiras e armadilhas impostas no caminho de ambos.

O que me preocupa nesse momento é como Shindou vai reagir quando descobrir o segredo de Kirino. Bem, acho que em breve todas as mascaras vão cair. Espero que amor desses dois consigam superar o mais duro de todos os obstáculos.


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Notas finais do capítulo

O que acharam? O que vocês acham que é o segredo do Kirino? Bem, a Bárbara vem me ajudando a ter ideias para a história, então agradeçam a ela por eu está conseguindo postar. Ok, né, ela é a pessoa que ler primeiro o capítulo. Ela fica muito revoltada quando eu demoro a mostrar o capítulo pra ela >o< kkk'! Enfim, digam o que acharam e deem suas ideias. Beijos meus amados leitores e leitores fantasminhas se manifestem. Sério, eu posso parecer um demonio, mas eu não mordo bebê ( Bárbara pediu pra colocar, em homenagem ao namorado dela --' !!!)!!! ♥



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