Memórias escrita por Não sou eu


Capítulo 9
Luce


Notas iniciais do capítulo

Desculpe a demora, estava meio ocupada esses dias. Espero que gostem.



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— Diretor, oi, o que faz aqui? — Luce queria poder esconder o quão assustada estava, e não por ter se surpreendido com a inesperada visita, mas pela conversa que ouviu do diretor na noite passada. Se tudo o que ele havia dito a Jorge, tivesse alguma coerência, ela podia saber que ele não gostava dela nem um pouco.

— Hã, eu queria conversar com você. Em primeiro lugar, você poderia me convidar para entrar. — Ele sorriu para Luce, o que fez com que ela soubesse que definitivamente não gostava dele, mas não se recusou e abriu mais a porta para que ele entrasse. Ele se acomodou em uma cadeira de frente para a cama, e Luce se sentou, esperando que ele continuasse. — Em segundo lugar quero lhe falar que é muito inconveniente da sua parte, ficar escutando a conversa dos outros pela janela, sem que ninguém chamasse a senhorita para participar.

Ele olhou para Luce com um sorriso ameaçar que a fazia sentir calafrios. Como ele sabia que ela estava lá, ouvindo tudo o que diziam? Isso era impossível, ele não notara que ele estava lá, ou pelo menos não demonstrou que havia percebido. Luce tentava manter a calma, mas ele parecia se divertir com a sua agitação interior.

— Há coisas que você não pode interferir, eu percebi que estava lá nos escutando, e se as coisas tinham que acontecer assim, eu não iria interferir. Mas saiba que não vou tolerar isso novamente. Quer me fazer alguma pergunta senhorita Price?

— Do que se tratava tudo aquilo? Porque o senhor estava falando de mim, não pode negar isso. De onde o senhor me conhece para me odiar assim?

— Sabe Luce, eu não sou a melhor pessoa para te contar tudo, e muita das respostas você terá que encontrar sozinha, e não te odeio menina. Não poderia te odiar de qualquer maneira.

— Do que está falando? — Luce se sentia confusa, pensara que ele a odiasse. — Eu ouvi muito bem quando disse a Jorge que eu não iria trazer nada de bom, e que ele devia se afastar de mim. O que significa isso então?

— Não quero que ele se machuque por sua causa, o pobre homem não nada a ver com isso. Sabe Luce, há algo que eu tenho que te contar. Você me conhece apenas como seu diretor, mas não sou só isso, não para você. Não adianta mentir para mim, porque sei que você teve sonhos estranhos, como se houvesse outras Luces de outras vidas.

Luce prendeu o fôlego no momento em que disse isso. Nunca contara a ninguém sobre seus sonhos, e como ele sabia disso, a deixou com um pressentimento, de que algo vinha por ai. Quem era ele realmente?

— Você vai me explicar de uma vez o que significa tudo isso?

— Vou lhe contar uma história, é melhor prestar atenção. Há muitas eras atrás, nos céus bem acima da nossa capacidade de enxergar viviam os anjos, que por sua vez caíram, pois sentiam inveja dos humanos e queriam ter o livre arbítrio que eles tinham. Sentiam repulsa pelo criador amar tanto aquelas seres tão insignificante. E assim aconteceu a queda dos anjos, que esses foram condenados a vagar pela terra até seus últimos dias. Alguns tempos depois, ainda nos céus se espalhou a noticia de que os anjos que caíram conseguiram ser tornar humanos, outros diziam que eles ficaram condenados como dizia a lenda, não sabia-se no que realmente acreditar. Um arcanjo temido por muitos e verdadeiramente poderoso tanto de espírito como de força, sentia revolta em seu coração. Lá dos céus ele via os humanos a cada dia, evoluírem, construírem famílias, se apaixonarem. E por mais que tentasse afastar essa vontade de seu coração, ele sabia que lá no fundo tudo o que realmente queria era sentir isso. Então deixou que esses sentimentos de querer ser livre aflorassem, fazendo com que se rebelasse contra seu povo e caísse dos céus. Ele vagou pela terra, sem saber ao certo o que estava fazendo ali, por anos andou sem destino. Tudo o que viu lá de cima, estava diferente, as pessoas não era exatamente o que imaginou e odiava a cada dia mais por ter caído. Não existia amor, tudo era uma grande mentira. Ele sempre fora tão majestoso, e agora se sentia imundo perante aquela raça que não se dava valor. Então...

Luce ouviu abrir a porta. Estava tão entorpecida na história que se esquecera completamente de tudo, até perceber que Marcus adentrara o quarto. O diretor se levantou e sorriu para Luce, que por sua vez se manteve séria, nada havia mudado em relação a não gostar nem um pouco dele.

— O que está fazendo aqui, senhor Malik? — O diretor estava de pé, um passo a frente de Luce.

— Me desculpe, eu vim chamar Luce para nossa próxima aula, como ela não atendia resolvi entrar.

— Oh céus, tem toda razão. Você tem aula agora Luce, melhor se apressar. Só desta vez vou deixar que isso aconteça senhor Mallik, mas da próxima ficará de detenção por entrar no quarto das garotas. Até mais. — Ele estava a caminho da porta quando ela o chamou. Queria saber o final da história, sentia uma curiosidade imensa sobre aquilo, e agora que parecia estar conseguindo algo, ele estava indo embora. — Todas as respostas que precisa, está nesse livro Luce. — Ele apontou o livro e depois saiu porta a fora.

— O que ele estava fazendo aqui Luce? — Marcus parecia intrigado, mas qualquer um ficaria, até Luce ainda tentava decifrar quem realmente era aquele cara.

 — Me contando uma história. — Era uma meia verdade, mas não era só isso. Não podia contar tudo o que ouvira para Marcus, ele não entenderia, e Luce sabia que havia algo mais sério que ainda não conseguira descobrir. — Vamos para aula, sim?

— Vamos lá.

À noite, assim que saiu do refeitório Luce voltou para seu quarto a fim de continuar ler aquele livro tão misterioso, que todos pareciam gostar muito. Depois de algumas paginas encontrou uma história muito parecida com que o diretor contara. No livro dizia:

O Arcanjo, já sem esperanças conhece uma linda jovem camponesa e logo percebe que está apaixonado por ela. A garota de cabelos da cor do fogo, com uma expressão forte e com alma de guerreira, o impressiona por ser diferente de todos os humanos que já havia conhecido. Ela se apaixona por ele, quase que instantaneamente quando seus olhares se cruzam pela primeira vez [...]”

Luce tenta procurar a continuação, mas não há nada ali. As folhas parecem ter sido rasgadas, o que não parece ser uma coisa normal. Frutada, ela sai do quarto em busca de Matt. Depois de andar alguns minutos finalmente o encontra na biblioteca com um grupo de amigos, e dentre eles estava Daniel e a suposta namorada. Antes que Luce saísse de lá despercebida ouviu Matt chamar seu nome. Ela se virou e sorriu para ele, de modo convidativo para que viesse falar com ela.

— Ei Matt. Queria te perguntar se você sabe o porquê das folhas terem sido arrancadas daquele livro que você me recomendou?

— Não sei não Luce, nossa que pena, é um livro tão bom. — Luce quase podia sentir que ele estava mentindo para ela, mas deixou essa passar.

— Tudo bem então. Vou voltar pro meu quarto.

— Ei Luce, não quer se juntar a nós? — Luce olhou para a mesa novamente, não que gostasse de fazer essas coisas, mas resolveu aceitar. Daniel teria que agüentá-la mais um pouco, ele parecia disperso fazendo a cabeça de Luce girar ao se perguntar porque em um dia ele a mostra um lugar tão maravilhoso como a cachoeira, e depois diz que não queria que ela se aproximasse dele. Certo, estava decidido, ela não aceitaria isso tão fácil, não iria ficar sozinha em um quarto quando tinha oportunidade de conhecer pessoas diferentes, não iria se esconder só para deixar Daniel feliz.

—Okay então. Mas eles não vão se importar?

— Não claro que não, sou eu que estou te convidando, relaxa.

Ele segurou sua mão, o que fez Luce enrijecer. Mas logo depois Matt a soltou como se nada tivesse acontecido. Enquanto seguiam para junto com os outros alunos, ela ficou pensando em como se tornara tão próxima de Matt, não havia previsto isso. Pensando bem, ela não se arrependia disso. Quando se sentaram todos cumprimentaram Luce com sorrisos, e logo vozes irromperam por todo o refeitório. Luce ficou em silencio por algum tempo se arrependendo de não ter voltado para seu quarto, algumas coisas eram difíceis de mudar.

— Ei Luce, o que você fez de tão grave para estudar aqui? — Luce procurou de onde vinha a pergunta e percebeu que se tratava da suposta namorada de Daniel.

— Hã, nada muito grave. — Mesmo se sentindo mal por estar conversando com ela, Luce sabia que não podia deixar se afetar por isso.

—Entendi, você não quer falar. Mas de qualquer jeito você não tem jeito de ser uma assassina ou qualquer coisa assim, aposto que no máximo teve alguma briguinha com uma amiga e seus pais acharam que você fosse problemática e te mandaram para cá, estou certa?

Luce engoliu em seco, ela não sabia o que falar, a única pessoa que comentara sobre aquela noite com alguém fora Daniel, que agora permanecia com a cabeça baixa. Não era raiva que sentia pela pergunta, mas sim uma dor no peito, que lhe rasgava por dentro. Tinha medo de tudo que se tratava sobre aquela noite, e por um lado ela estava certa, seus pais só à mandaram para aquele lugar para se livrar dela por ser um problema. Ela se levantou e não encarou ninguém, simplesmente saiu andando em direção a seu dormitório.

Não percebeu que estava chorando até sentir alguém segurar seu braço e vira-la. Ela o encarou sem ter forças para protestar, só deixou que as lágrimas caíssem. Inesperadamente ele a abraçou e Luce sentiu o sangue esquentar, e seu coração bater mais forte. Ela queria poder ficar assim, em seus braços para sempre.

— Não chore anjo. — Suas palavras eram suaves e seus lábios roçavam em sua orelha. — Sei que disse que era para você se afastar de mim, mas percebo que quem não consegue se afastar de você é eu. — Ele sorriu e Luce libertou-se do abraço. Ele segurou seu rosto e neste momento ela sabia o que queria. As palavras gritavam dentro da sua mente, desesperadamente para que ele ouvisse. ME BEIJE POR FAVOR DANIEL, ME BEIJE.

Luce sorriu tentando mandar para longe todos esses pensamentos, alem do mais ele agora tinha uma namorada. Sentiu raiva de si mesmo por ter caído no seu charme, ele simplesmente estava brincando com ela.

— Não acho que sua namorada vai gostar de você falando isso para mim. — Tentou não demonstrar o que estava sentindo, mas era péssima mentirosa.

— É você tem razão. — Sua expressão tornou-se séria novamente e sem dizer mais nenhuma palavra deixou Luce sozinha no corredor.

No outro dia o dia passou normalmente, e Luce pensou que seria um bom dia para visitar Jorge. À noite desceu até o jardim que levava para sua casa. Ele parecia bem e também não tocou no assunto sobre a conversa que teve com o diretor, Luce achou que seria melhor não insistir. Antes das dez ela achou que seria melhor ir embora. Antes de chegar à porta que levava aos corredores da escola, Luce viu uma sombra se aproximar, ela ficou a observando enquanto se movimentava. Decidiu que não iria dar atenção àquilo. Foi para a biblioteca e ficou lá olhando alguns livros, e novamente viu as sombras se aproximarem e ficar toda arrepiada. Não havia muitas pessoas na biblioteca, no máximo 5 alunos e todos pareciam não estar notando nada de estranho.

Sem saber de onde veio uma telha caiu perto de Luce, sobressaltando-a. Ela olhou ao redor e a sala ardia em chamas, que segundos antes não estavam ali. Todos correram em direção as portas da biblioteca que estavam trancadas, o que deixou Luce mais em pânico. Todos gritavam e se debatiam com a fumaça se apoderando do lugar. Luce correu até a porta de emergência fazendo o máximo de esforço que conseguia para tentar abrir, e algumas pessoas vieram ajudá-la. Finalmente conseguiram abri-la, Luce já estava correndo para fora quando ouviu alguém gritar por ajuda. Ela parou e sem antes pensar correu de volta à biblioteca, procurando quem gritava. Perto das portas trancadas da biblioteca ela avistou uma menina caída no chão tentando respirar. Ela foi até ela, ajudou-a a se levantar e a segurou pelo braço. As chamas estavam mais altas, o que dificultava ainda mais a passagem de Luce. O teto estava repleto de sombras e de alguma maneira estavam muito agitadas. Quase não havia mais como respirar, mas Luce se conteve ao máximo para conseguir sair dali. Finalmente nos jardins deixou-se cair no chão, assim como a menina que estava desmaiada ao seu lado. Luce não conseguia respirar e se contorcendo no chão, ouviu alguém se aproximando. Mesmo com a visão embaçada ela pode ver uma pessoa ali, com um sorriso estampado em seu rosto.

Quando recuperou a consciência estava deitada em uma cama diferente. Alguém estava sentada ao seu lado, e quando tentou virar a cabeça para ver quem era, sentiu uma dor alucinante. Um gemido de dor saiu involuntariamente acordando quem quer que seja que estava ao seu lado.

— Oh querida você acordou finalmente, como está se sentindo?

— Mãe o que está fazendo aqui? — Luce tentou se levantar mais sentiu uma dor lacerante por seu corpo, e desistiu de tentar se mover.

— Há três dias me ligaram dizendo que você havia sofrido um acidente, mas não parecia ser tão sério, você sabe como eu sou não é? Vim imediatamente para cá, quer dizer, seu pai e eu. Senti tanta sua falta filha.

— Também senti mãe. Espera um pouco, estou desacordada ha três dias? — Luce se sentiu atordoada, não parecia que já havia passado tanto tempo assim, além do mais, suas lembranças estavam confusas, não se lembrava como tudo havia começado e não se lembrava de como havia saído daquele incêndio, queria poder conseguir lembrar, algo dizia que ela precisa se lembrar.

— Você não teve nada sério, mas sofreu algumas queimaduras. Nada explicou o motivo do seu sono tão profundo, nada a acordava e algumas vezes, dizia coisas sem sentido e também começava a gritar o nome... Da Penn.

Luce abaixou a cabeça, devia ter ditos muitas coisas e será que havia chamado por Daniel também?

— Mãe, naquela noite havia uma garota desmaiada, ela está bem também não é?

— Luce, eu sei que é difícil de ouvir isso, mas ela não estava mais respirando quando a encontraram. Sinto muito querida. — Ela sentiu o aperto de solidariedade da sua mãe, mas era tão frio que não conseguia reconfortá-la. Luce não queria poder acreditar, ela sabia que na hora que desmaiou a garota ainda continuava respirando ao seu lado. Sentindo as lágrimas escorrer pelo seu rosto, ela virou a cabeça em um modo de tentar esconder, mas o choro estava preso em sua garganta, e por mais que não a conhecesse, tentara salvá-la mesmo assim.

— Pode me deixar um pouco sozinha? — Ela não se virou e sua mãe pareceu entender, saindo sem nem olhar para ela. Luce tirou o lençol de cima de seu corpo e percebeu quantas marcas de queimadura estava pelo seu corpo. Engoliu em seco, não tinha a mente sempre ligada à estética, mas vendo seu corpo assim todo marcado, sentiu medo por essas cicatrizes não desaparecerem, pois apesar de tudo, aquilo não era nada bonito de se ver.

O quarto que estava não era nada fora do comum, parede branca com algumas camas vazias e um grande vazo com uma planta que Luce nunca havia visto antes. A porta do quarto se abriu e Luce rapidamente se cobriu, envergonhada.

— Como está, anjo? — Daniel se aproximara da cama e depois sentara na cadeira ao seu lado. Ela o olhou sentindo-se ligeiramente tonta.

— Viva, mas o que está fazendo aqui?

— Calma Luce, só vim ver se estava bem. Tudo bem, eu vou embora.

— Não, foi mal. Por favor, não vá. — Ele sorriu e segurou a mão de Luce. Em pensamento agradeceu por isso, ela podia sentir todo o medo e angustia desaparecerem, seu toque quente e eletrizante lhe lembrava coisas boas. — Você sabe me dizer onde eu estou?

— Hã, em um hospital do qual não sei o nome, mas não estamos muito longe da escola e quase me esqueci, tem algumas pessoas lá fora que querem te ver, mas os médicos não deixam ninguém entrar.

— E como você está aqui?

— Ah, segredo. — Sorriu e então sua expressão tornou-se séria novamente. — Luce, do que exatamente você se lembra daquela noite?

Luce pensou um momento se seria uma boa idéia contar a ele sobre tudo, até mesmo da pessoa que vira sorrindo para ela. Daniel esperava e por mais que quisesse esquecer tudo aquilo, começou a contar a ele, até os pequenos detalhes, quando terminou ele segurava firme sua mão deixando Luce com um mau pressentimento.

— Daniel, por que você não me conta de uma vez o que está acontecendo? Sabe, tudo está uma bagunça na minha vida, sinceramente não agüento mais ficar no escuro. E tenho essa sensação que você sabe mais do que aparenta. Por que conhece tanto sobre a minha vida? Acho que mereço alguma explicação.

Ele não demonstrou nada, um rosto inexpressível. Então com grande leveza pousou seus dedos sobre sua marca de nascença. Depois ele se apoiou e beijou Luce na testa, depois sua bochecha, o que a deixava sem reação. Ela ansiava por isso, ela queria mais e mais, mas ele não parecia ter pressa. Quando parou encarou Luce com certo sorriso, depois ele sentou-se de novo ao seu lado.

— Você não respondeu nenhuma das minhas perguntas. — Ele não disse nada novamente o que fazia com que Luce se sentisse mais nervosa diante dessa situação. — Tudo bem, eu vou descobrir sozinha.

— É assim que se faz.

— Pare com esses jogos comigo.

— Não faço jogos com você Luce. — Havia um sorriso sínico em seu rosto, e por mais que estivesse entrando em conflito consigo mesmo neste instante, Luce precisava lhe dizer tudo de uma vez só. — Acho que está na hora de eu ir, você está muito cansada.

— Não vai ainda, você não entende. Daniel, eu estou confusa com tudo que está acontecendo, minha vida parece estar de pernas pro ar, e ainda tem você.

— O que tem eu, Luce?

— Eu queria poder entender também, para mim você é o maior mistério.

Ele se levantou e dirigiu-se a porta, antes de sair sorriu e disse algo do qual Luce não entendeu muito bem o significado.

— Você sabe muito bem quem sou, está bem ai dentro de você, só precisa deixar seu coração entrar em ação, o escute, ele nunca erra.

E assim saiu do quarto, deixando Luce extremamente nervosa com suas palavras. Aquilo queria dizer o que exatamente?

No outro dia, acordou bem cedinho sentindo sua cabeça doer um pouco. Tivera um sonho estranho, com Daniel e se perguntou o porquê de ter sido tão real? Poderia ser só sua mente lhe pregando peças novamente. 


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