Niall POV

Subi para meu quarto, e acabei dormindo, pensando nela. Acordei, deveria ser de madrugada, estava escuro lá fora, e todo mundo em casa estava dormindo, fiquei olhando pela minha janela, e dava para ver a casa dela daqui. Peguei meu violão, fiquei tocando umas músicas me lembrava dela. Quando eu acordava de madrugada podia ter certeza que eu não ia voltar a dormir tão cedo. Então, fiquei acordado, tocando violão e cantando e claro, comendo.

Decidi tentar dormir, me deitei, e liguei meu rádio bem baixo, só para se eu não dormisse ficar escutando música. Como eu já imaginava nada de sono. Parecia mais frio que o normal, e eu daria tudo para estar abraçado com ela agora, olhando ela dormir, mexendo no cabelo dela, ou, ficar olhando ela acordada mesmo, cantar perto do ouvido dela, e depois a fazer dormir.

Já estava claro lá fora, e o sono chegou e dormi sem perceber. Acordei não muito depois, e já estavam todos acordados em casa, minha mãe fazia o almoço, e meu irmão arrumava a sala. Resolvi arrumar o meu quarto, que realmente estava precisando. Achei uma foto da Gi a da Tay quando elas deviam ter uns 12 anos, e confesso que sempre dou risada, como as duas mudaram, quero dizer, eram a mesma cara, apenas cresceram, eram fofas, agora elas eram lindas.

Terminei de arrumar meu quarto, e fiquei tocando violão por um tempo, até achar algo para fazer.

Depois de almoçar, resolvi visitar minha menina. Toquei a campainha, e quando ela abriu o portão, deu aquele sorriso lindo demais. Os pais dela haviam saído e só estava Isabela lá, Nos sentamos no sofá, e ela ligou no Bob Esponja, como sempre, à abracei, e ela deitou no meu peito e fiquei mexendo no cabelo dela. Ás vezes fazia cocegas nela, e ela brigava comigo rindo, e eu amava aquilo, mas só agora ela sabia. E depois ficamos abraçados, conversando.

Giovana POV

Estava dormindo, tranquilamente, devia ser 13h da tarde, mas todo final de semana era assim, estava bem frio, e estava muito bem lá na minha cama, quando minha mãe começa:

– Giovana, acorda! Vamos à casa do Harry, preciso conversar com a Anne. – a acendeu a queria luz na minha cara e tirou minha coberta.

– Ah mãe, vai lá e me deixa dormindo. – botei o travesseiro na minha cara.

– Não, você vai junto, porque é sobre você.

– O que? Então o que você tem pra conversar com ela?

– Bom, como seu pai está de férias, eu e ele vamos viajar, só por uma semana, e como você não gosta muito de viajar com a gente mais, você vai ficar na casa dele, se a Anne concordar. E seu irmão, bom, você conhece, ele quase não vai ficar em casa, e não quero você sozinha.

– Mas e a Taylla, não posso ficar lá?

– Na verdade não.

– Por quê?

– Não sei depois você conversa com a Taylla, agora vamos logo. – bufei e me joguei na cama.

Levantei, e fui ao banheiro igual uma tartaruga, escovei os dentes, fiquei arrumando meu cabelo, só para demorar, e no fim, fiz uma trança, voltei pro meu quarto, tirei meu pijama, coloquei uma calça jeans, uma blusinha de manga comprida, um moletom e meu all star. Fiquei olhando para a minha cara de sono no espelho, e desci. Mina mãe já estava perdendo a paciência, e fomos a pé mesmo, até porque, não ia dar nem graça ir de carro. Chegamos, toquei a campainha e fiquei esperando.

Harry POV

Estava jogado no sofá sem fazer nada, quase dormindo, quando a campainha tocou, fui ver quem era e era Gi e a mãe dela:

– Oi Harry, tudo bem? – disse a mãe dela, e Gi acenou com cara de sono, com certeza ela devia estar dormindo.

– Tudo e você Adriana?

– Tudo bem, sua mãe ta em casa?

– Ta sim, ta na cozinha, pode ir lá. – ela sorriu e foi até lá. – Então, você tava dormindo não é?

– O que você acha? – ela disse se jogando no sofá. – Eu só queria estar dormindo, fui dormir muito tarde.

– Me deixa ver, tava com insônia.

– Como sempre. – ergueu as sobrancelhas.

Minha mãe nos chamou na cozinha e fomos até lá. E ela me explicou tudo, eu olhei para da Gi:

– Ótimo, mas tempo pra encher a paciência dela. – ela me deu um tapa, e depois fomos jogar vídeo game. E como sempre ela ganhou de mim no guitar hero, ela era tão viciada que ganhava de todo mundo. Mas sem contar do sorriso que ela dava, lindo.

Um pouco depois, ela foi embora, amanhã ela já viria para cá, e ia voltar só sexta para a casa dela. E em pleno sábado, minha mãe começa a arrumar a casa, e adivinha, me pede para ajudar. Terminamos, tomei um banho, e fiquei no computador, depois toquei violão, e acabei dormindo.

Acordei, devia ser umas 11h, e logo Gi estava vindo pra cá, arrumei o que tinha pra arrumar no meu quarto, e fiquei deitado escutando música, até que ela chegou.

Ficamos no meu quarto conversando, ela estava sentada no chão, com seu caderno de texto sobre a cama, escrevendo.

– Eu queria saber escrever também. – me sentei do lado dela.

– Não é saber escrever, é saber se expressar.

– Pioro. Me de uma dica.

– Bom, primeiro, pense em algo que você gostaria de escrever, algo que te faça bem. Ela vai ser sua inspiração. Agora, você escreve, sei lá, isso é a sua inspiração, então ela vai te causar muitos pensamentos, e você vai saber o que escrever. – sorri a vendo explicar meia atrapalhada.

– Então quando você escreveu aquele texto, eu fui sua inspiração?

– É. Estranho isso, mas por um momento foi.

– Ok, vou tentar escrever, e minha inspiração vai ser...

– Não precisa me falar.

– você. – ela ficou me olhando.

– Essa eu quero ver. – ela se sentou na cadeira do meu computador, e pegou o notebook dela para entrar na internet.

Escrevi só uma frase e comecei a rir com aquilo, e ela ficou me olhando com cara de “ta ficando louco?”:

– Cara, esquece, deixa esse dom só pra você mesmo. – disse amassando o papel e jogando no lixo.

E ficamos conversando, cantando como loucos, tocando violão, e eu tentando ensinar violão para ela, mas ela com aquela unha comprida não conseguia nada quase. Depois ficamos assistindo desenho, como de costume sempre que ela estava aqui, depois fiquei tentando desenhar ela:

– Para de se mexer.

– Harry, você sabe que não é nada talentoso pra isso, da pra parar, vou ficar com cãibra no pescoço.

– Pronto. – comecei a rir, ela pegou o desenho.

– Agora você vai ver. – e saiu correndo atrás de mim, parecia que tínhamos voltado a 5 anos atrás, quando eu pegava as bonecas dela, e saia correndo, e ela corria atrás, pra pegar, mas agora, ela queria me bater.

– Para cara, eu to ficando cansado. – me deitei na grama.

– Ta parei, cansei também. – e deitou do meu lado e começou a sorrir olhando para o céu.

– O que foi?

– Nada.

– Ta apaixonada? – olhei para ela e sorri de leve.

– Não. – ela riu. – Só pelo céu.

– Ai você sempre foi. – ficamos por um tempo lá, só conversando coisas bobas, como antes, porque por algum motivo, não tínhamos mais aquilo sempre, era rara as vezes.