Together escrita por Lady Holmes


Capítulo 2
I'll stay with you for all of time


Notas iniciais do capítulo

Quero agradecer a minhas leitoras por estarem acompanhando a fic *-* amo vocês D+!! AHUUAHUHAHU aqui está o mais novo capítulo e acreditem, se fui má com Jen na I temporada, eu serei péssima com ela na II... :x



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Um ano depois…

Todas as manhãs, Jennifer Mars levantava-se às sete da manhã. Ia até o banheiro, tomava uma ducha, voltava ao quarto e vestia a primeira roupa que suas mãos alcançassem. Depois, ela se dirigia a sala, agora vazia, do 221B. Antigamente ela dividia aquele lugar com mais duas pessoas. Um era seu grande amigo, o agora casado, Doutor Jonh Watson. O outro...

Ela segurou as lágrimas ao lembrar.

Jennifer Mars costumava dizer que morava com as memórias. Memórias de um tempo em que tudo parecia mais complicado, entretanto, mais feliz.

Daria tudo para voltar no tempo em que Moriarty estava vivo. Mas ele também.

Tomou o café que, todas as manhãs, Mrs. Hudson deixava pronto às sete e trinta. Algumas vezes, sem querer querendo, ela erguia o olhar e acabava encarando a careta que ele havia pichado.

Novamente, ela segurava as lágrimas.

Depois do café, ela se dirigia ao banheiro, fazia a higiene matinal, passava um rímel, um lápis e um corretivo para suas olheiras. Não tinha uma noite sequer que ela dormia bem e tranqüila já fazia um ano.

Depois ela descia se despedia de Mrs. Hudson, pegava um táxi e se deslocava para University of London, onde ela, junto de Madeline, cursava Direito.

Era quase o fim do segundo semestre do curso e, mesmo sendo a melhor aluna da classe, ela ainda achava tudo àquilo surreal. Em seus planos, nada disso era para estar acontecendo. Ela deveria ficar com ele, ainda vivendo no 221B, resolvendo casos, ganhando a vida com o dom que ambos receberam.

Tudo isso se Sherlock Holmes continuasse vivo.

Dentro do táxi a ultima coisa que passava em sua mente era sobre a prova que ela teria naquele dia. Ela não era a melhor aluna porque estudava, ela era porque era para ser. A prova que teria naquele dia era com o professor Greg Lestrade.

Sim, o Detetive Inspetor da Scotland Yard era seu professor na faculdade.

Diga-se de passagem, seu professor favorito.

Tinha noites em que ele a convidava para jantar. Rose, a mulher dele, e a pequena Lilian, sua filha de, agora já dez anos, já consideravam Jennifer da família. Ela, é claro, era educada, e, sabendo que seria muito ruim recusar todas às vezes, se forçava a aceitar um que outro jantar. Mas no final de absolutamente todos os dias, ela chegava em casa, depois de seu estagio na Yard como ajudante de Lestrade, tomava um banho, comia alguma coisa caso estivesse faminta, e então se dirigia ao quarto que, antigamente era de Holmes, mas que agora era o lugar que ela dormia, e chorava.

Chorava como um bebe. Chorava como se estivesse perdida, sem mãe ou pai no meio de um shopping. 

Mas era assim que ela se sentia. Perdida. Completamente, insanamente perdida. 

Entretanto, naquela noite, alguma coisa diferente aconteceu. Ela já havia deitado na cama quando seu celular tocou. Na tela, o nome de Lestrade. Deduziu que era algum caso do grau Sherlock. Isso acontecia algumas vezes, e por isso, Lestrade ligava para Jennifer. Porque ela era a única pessoa no mundo que poderia o ajudar.

E ela adorava. Isso deixava-a mais perto dele, como se fosse um meio de não permitir que ele morresse, pelo menos, não na memória de Mars.

- Lestrade? - Ela disse, atendendo ao telefone. Do outro lado da linha, a voz do amigo estava estranhamente preocupada, o que lhe deixou um pouco feliz até. Ela adorava os casos estranhos, aqueles que deixavam todos da Scotland de cabelos em pé.

- Jennifer... Só... Venha a Yard, sim? Precisamos ter uma conversa. - Aquilo não era como ele lhe convidava para um caso. Isso a preocupou. Na realidade, deixou-a apavorada. Ela então trocou o pijama por uma camisa de Sherlock e uma jeans. Pegou as chaves e o celular, correndo escada a baixo, pegando um táxi e indo em direção a Yard.

Durante todo o caminho, a única coisa que ela podia pensar era no que tinha acontecido. O que poderia ser tão horrível para Greg ficar daquela maneira.

Horas antes, na prisão de Brixton, Londres, Inglaterra, um homem de cabelos grisalhos estava prestes a fugir.

Davis estava armando tal plano a meses. Havia subornado dois ou quatro guardas. Quando chegou a hora, ele apenas precisou vestir-se como um guarda, arrumou os cabelos e fez a barba que não fazia a quase um ano.

Era um novo homem, pronto para a liberdade.

Por algumas poucas vezes ele pensou que quando conseguisse sair daquele inferno ele deveria pegar um avião e nunca mais olhar para trás. Provavelmente haveria um lugar para ele nos Estados Unidos, Canadá ou até Brasil.

Só que havia um porém: ele desejava vingança. Tinha sede de vingança. Necessitava dela.

E então qualquer pensamento racional de auto-proteção sumiu no momento em que sentiu os últimos raios de sol daquele dia na pele. Ele mataria aquela vadia. Ele a faria pagar.

Jennifer Mars era uma menina morta.

Jonh Watson estava em sua nova casa, a poucas quadras do antigo apartamento que dividiu com seu melhor amigo e a namorada dele. Ele havia se casado a um par de meses com Mary Morstan, e a mulher já esperava uma pequena garota. A principio dariam o nome de Jennifer, mas a própria disse que era melhor encontrar um nome mais bonito, pois o seu era carregado de azar e tragédia.

Naquela noite em especifico, Jonh havia chegado do hospital e Mary estava saindo já que teria o plantão noturno naquela semana. Ele deu um beijo na esposa e se deslocou até a cozinha preparando-se um sanduíche. Enquanto comia, seu celular soou e, na tela, se via o nome de Lestrade.

Fazia meses, mais meses do que ele saíra do 221B que não era requisitado pelo velho amigo e aquilo o preocupou. Lestrade só o chamaria por um único e exclusivo motivo: Jennifer Mars estava com problemas.

- Lestrade? - Disse o doutor.

- Venha para Yard urgentemente.

- Aconteceu alguma coisa com ela Greg?

- Não... Não ainda. - Watson deixou seu sanduíche pela metade, correndo até a garagem e pegando o carro que havia comprado há poucos meses. O que quer que fosse era importante. E ele havia prometido a si mesmo que tomaria conta da pequena Jen, pois ele sabia que ninguém mais o faria, nem ela própria.

E ele adoraria que Jonh o fizesse.

De longe o moreno observava toda a agitação daquela noite. Todos os dias, sem faltar um, ele se deslocava para a Baker Street com o intuito de vê-la. Queria muito se aproximar, deixar que ela visse que ele estava vivo, mas quem sabe se os assassinos de Moriarty ainda estavam ali. Por hora a melhor coisa a se fazer era brincar de se fingir de morto.

Não que ele fosse bom nisso.

Nesse pequeno ano, ele havia conseguido resolver um número incrível de quase trinta e cinco casos. Todos com sucesso. Não eram grandes casos, nem ao menos envolviam assassinatos, ou então a Yard poderia se meter e seu disfarce seria destruído. Ainda bem que era bom nisso, em se esconder e que, seu irmão mais velho estava o ajudando.

Mycroft estava com peso na consciência sempre que via ou ouvia falar da loira, porque sabia que ela estava cada vez pior e que ele poderia acabar com o sofrimento dela em apenas um segundo. Mas não poderia o fazer sem colocar a vida dela em risco e por isso, e exclusivamente por isso, mantinha a promessa que havia feito o irmão a um ano atrás: Não contar a Jennifer Mars que, seu namorado, Sherlock Holmes, estava vivo.

Jonh e Jennifer chegaram juntos a Yard. Ali se encontrava um verdadeiro mini inferno. Sargenta Donovan, que agora estava pior que nunca, depois de toda a bagunça que Moriarty havia feito, deixou que a dupla entrasse na sala de Lestrade.

- Pelos deuses Greg, o que aconteceu para você me ligar tão... Desesperado? - Jen pediu.

- Jennifer, eu preciso que você seja forte. - Ele começou a dizer. - Muito forte.

- O que... Foi Trinity não foi? O que aconteceu com ela? Eu não a vejo a quase um ano... Bem isso é tecnicamente mentira, porque nos vemos por computador... Mas não conta... O que aconteceu?

- Não, não foi Trinity.

- Nem Madeline? - Sim, as duas eram inseparáveis agora.

- Nem com a Srta Covington.

- Lestrade o que foi que aconteceu?

- Davis escapou da prisão hoje a tarde. - Jennifer perdeu o chão quando aquelas palavras foram proferidas. Ela podia ter passado por Moriarty. Mas Jim era inimigo de Sherlock. Era arquiinimigo de Holmes.

Já Davis Turner era o seu.

E agora ele havia escapado e ela sabia muito bem o que ele queria: vingança.


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