Together escrita por Lady Holmes


Capítulo 1
Prólogo:


Notas iniciais do capítulo

Esse é só pra deixar o gostinho e fazer todo mundo chorar d+! Bom capítulo minhas lindas.



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- Não! - Gritou Jennifer Mars. Ele não faria aquilo, não a abandonaria. Não depois de tudo. Mars correu até a rua, pedindo um táxi. - Hospital São Bartolomeu. - E então o táxi voou.

Ele estava parado pronto para pular. Mas não o faria sem antes se despedir dela. No fim, Moriarty havia vencido. Ele teria que se afastar da jovem. Se afastar do único verdadeiro amor que teve na vida para protegê-la. Ligou para ela.

- Jen.

- Sher, você está bem?

- Jen, vire e volte por onde veio.  

- Mas Sherlock, eu estou entrando...

- Só faça como pedi! ... Por favor. - Jen podia escutar a frustração na voz do homem que amava, por isso fez o que ele mandou.

- Onde? - Ela disse, caminhando e o procurando.

- Pare ai. - Holmes disse. Mars o fez.

- Sher...

- Olhe para cima, no telhado. - Tais palavras fizeram o sangue de Jennifer Mars gelar.

- Deuses!  - Ela nem pode conter as odiadas lágrimas.

- Bem... Não posso descer então faremos desse jeito. - Jen continuou olhando para o namorado.

- O que está acontecendo?

- Uma desculpa.

- Desculpa... Sherlock, do que você está falando?

- É tudo verdade. - Houve, então, silêncio. - Tudo que disseram. Eu inventei Moriarty.

- Isso é totalmente improvável. Pelos Deuses, porque está dizendo isso?

- Eu sou uma fraude Jen. Não sou como você...- A voz de Sherlock, talvez pela primeira vez, estava alterada pelo choro.

- Não diga isso. NÃO MINTA PARA MIM! - Jennifer gritou. Ela mal via o homem que estava parado no telhado do hospital. Secou as lágrimas, não queria perder um momento se quer de vê-lo vivo.

- O jornal estava certo. Quero que você conte a Lestrade. Ao Jonh, Mrs. Hudson e a Molly. Diga para todos. Eu quero que todos lhe escutem minha pequena. Diga que criei Jim Moriarty para meu próprio benefício.  - Ela abafou o gemido que desejava dar. A voz de Sherlock Holmes, engasgada pelo choro era uma coisa que ela nunca quis ter que presenciar. Não pelo menos de tristeza.

- Cala a boca Sherlock. CALA ESSA MALDITA BOCA! - Jennifer não estava nada calma, sua mente não conseguia pensar em nada para salvá-lo. Não conseguia saber o que fazer.  - Quando nos conhecemos, toda a história sobre o assassinato dos meus pais... Você não pode ser uma fraude... Não pode...

- Ninguém poderia ser tão esperto, ninguém que não seja você Jen.

- Você é. Nós somos! - Ela o escutou rir. Isso fez seu coração ficar leve por meio segundo. 

- Eu pesquisei sobre você, sua família... Eu queria impressionar você. Foi tudo um truque. Apenas um truque. Quem quer que tenha matado seus pais, não foi ele. Não pode ter sido ele, porque Moriarty é apenas uma invenção. Um teatro.

- Eu sei que foi ele. Eu estava lá Sherlock. EU O VI, O ESCUTEI! PARE DE MENTIR HOLMES!Por favor... - Mars quis correr para onde o namorado estava, mas ele não o permitiu.

- Não. Fique exatamente onde está. Não se mova.

- Ok, por Merlin Sherlock, ficarei aqui. - Sher estendeu seu braço direito, sonhando em tocá-la, beijá-la, sentir sua sedosa e macia pele por uma ultima vez.

- Deixe seus olhos fixos em mim... Por favor, você faria isso por mim?

- Fazer o que?

- Esse telefone... - não diga, por favor, não diga que... - é meu bilhete. - Aquilo destruiu completamente qualquer indicio de um coração que Jennifer poderia ter. - É o que as pessoas fazem, não é? Deixam um bilhete.

- Deixam... Deixam um... Pelos Deuses... Deixam um bilhete quando? - Ela mal conseguia falar, estava engasgada nas próprias lágrimas.

 - Adeus minha pequena. Eu te amo, e sempre, para todo sempre, te amarei.

- Não... não... não... não... - Mas era tarde. Sherlock havia jogado o celular para perto do corpo desfalecido de

Jim Moriarty. - SHERLOCK! - Ele a olhou pela ultima vez, sabendo que mesmo estando vivo, teria que deixá-la para todo o sempre.

E então, deixou seu corpo cair em queda livre.

Aquela visão era como o inferno para ela. Jennifer Mars não tinha qualquer capacidade de pensar, ela apenas agiu por instinto se pondo a correr até ele. Mas o que aconteceu foi uma estúpida bicicleta a derrubar.

Ela demorou um ou dois segundos para conseguir se lembrar o que estava fazendo ali no momento. Demorou algum tempo, talvez dois ou três minutos para conseguir se levantar e correr em direção ao corpo do namorado.

- Deixe me vê-lo. - Ela dizia para os enfermeiros do hospital que a afastavam. - DEIXE ME VÊ-LO! PELOS DEUSES ELE É MEU NAMORADO. DEIXEM-ME VÊ-LO... POR FAVOR... - Havia alguém lhe segurando e quando se virou viu Jonh, igualmente chocado, com lágrimas nos olhos, mas se mantendo centrado em segurá-la.

- O ajude Jonh... Por tudo que há de mais sagrado nesse mundo, me diga que pode salvá-lo. Diga-me que ele vai acordar amanhã e ser totalmente irritante comigo... Por favor, não me diga que eu terei que viver sem ele... Não... Não diga... - Mas ela deixou ser levada pelo médico para dentro do hospital. Não demorou mais do que dez minutos para dormir depois que lhe deram sedativos.

No dia do funeral, Jennifer Mars ficou sentada na primeira cadeira, ao lado do caixão. Não havia muitas pessoas ali, os jornais haviam noticiado que Sherlock Holmes era uma farsa. Que Jim Moriarty era um ator contratado pelo falso detetive que, vendo seu teatro ganhando um fim, se suicidou.

MENTIRAS! Jim Moriarty era real, eu sei o quanto aquele insano homem era real!

Naquelas vinte e quatro horas, Jennifer apenas ficou ali sentada. Suas lágrimas caiam silenciosas. Ela não se moveu por um minuto sequer. Não se levantou nem por um segundo. Não abandonou aquele posto como se sua vida dependesse daquilo. Houve Jonh, Mary, Mac, Trinity, Madeline, Mrs. Hudson e Lestrade que se sentaram ao seu lado, tentando convencer-lhe a comer ou beber algo, a dar uma caminhada, a voltar para o 221B... Ela nem ao menos se dignava a responder.

Mycroft esteve ali. Em momento algum falou com Jennifer. Ela não sabia se porque ele a culpava, se por que ele não sabia o que dizer... Isso era indiferente.

Molly também estava. Ambas as mulheres não haviam se dado muito bem de inicio, já que Molly sempre fora apaixonada por Sherlock. Mas com o tempo as duas construíram certa afinidade até o ponto de Jen ajudar Molly com outro homem, que agora era seu noivo. Ao longe ela viu uma mulher de cabelos negros que também chorava silenciosamente.

- Jonh... - Ela disse naquele momento. - Como era o nome... O nome dela?

- De quem você está falando Jennifer? - Ele perguntou confuso.

- Da mulher... A mulher? - Ele não soube o porquê da pergunta. Que ele saiba, ela estava morta à quase três anos.

- Irene. Irene Adler. - Então esse é seu nome... Ela tinha em mãos o celular de Sherlock e, por isso, tinha acesso ao número de telefone da dominatrix. Mars esboçou um sorriso quando se lembrou do dia que descobriu sobre Adler. Foi o mesmo dia que descobriu que ela ainda estava viva e que ambos, Irene e Sherlock, trocavam mensagens.

Você deveria se despedir apropriadamente, Srta Adler. J.M

A figura ao longe recebeu a mensagem e pareceu surpresa, procurando o autor da mensagem. Viu a pequena loira a encarar e respondeu:

Então é você a sortuda. Meus pêsames. Ele me falou muito sobre você. Como você era inteligente, como você era perfeita... Isso me deixou com ciúmes. I.A

Jennifer teve que controlar o choro, entretanto a revelação de Irene também lhe deixava feliz. Ela fora capaz de deixar alguém com ciúmes.

Eu tive muito ciúmes da Srta. Mas creio que agora... Bem se precisar de ajuda, qualquer coisa que seja, qualquer coisa que pediria a ele... Eu estou aqui para isso. Vocês eram amigos... Talvez até mais que isso... Temo dizer, e sim, isso magoa meu ego, que você tenha sido seu primeiro amor... Não posso abandoná-la, por egoísmo ou por altruísmo Srta Adler, você pode contar comigo. J.M

Quando Jennifer olhou para ver a reação de Irene, ela já havia sumido.

Obrigada. Você é tudo que ele sempre me disse sobre você. I.A

Depois que Sherlock foi enterrado, Jennifer voltou para o 221B. Era sua casa no final das contas. Naquela noite, Trinity e Madeline dormiram com ela. Todas as três no quarto que ela tinha lá.

No meio da madrugada ela se levantou, cuidando para não acordar ninguém e foi em direção ao quarto que pertencia a ele. Ela se deitou na cama, lembrando-se das coisas que ocorreram ali. Desde a primeira vez que tiveram juntos, a noite mais perfeita da vida dela, até a ultima, que fora alguns dias atrás, antes de tudo que ela conhecia virasse de pernas para o ar. Ela chorou. Chorou tanto que seus olhos, sua garganta, seu corpo doíam. Ela sentia sua barriga reclamar de fome, mas ignorou. Antes de voltar a dormir ela foi até a janela, olhando para as estrelas, fez uma coisas que ela não fazia a quase dez anos:

- Por favor, que ele não esteja morto. Por favor... Por favor... - Ela olhava para uma estrela em questão. Era a direita da lua, a mais brilhante que existia no céu de Londres. Ela acreditava que aquela era a estrela de Neverland. E ela desejou como desejou quando seus pais foram mortos, que aquela pequena estrela pudesse realizar seu maior desejo: Que Sherlock Holmes estivesse vivo. E que ele voltasse para ela. 


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Notas finais do capítulo

Ficou maior do que eu imaginava. Como disse antes, acho que Irene vai ter uma participação bem maior nessa fic, ainda mais porque eu adoro ela HUAHUAUH, então. Vou postar conforme escrevo, tenho já + 6 capítulos prontos, vou tentar manter essa diferença pra nunca ficar sem ter o que postar :) Espero que gostem, quero comentários sobre a capa, o trailer - quem ainda n fez ou quiser fazer - e sobre o prólogo :D BEIJOSS :**