Dark Cloud escrita por Mamoru


Capítulo 8
Capitulo VIII


Notas iniciais do capítulo

Ui, esse capitulo é... Hm... O que eu ia dizer mesmo? -n
Leiam! -v-



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Olhar as estrelas sem fazer algum comentário, parecia algo impossível para Tetsuya.

- É mesmo impossível. Eu não quero esperar – resmungou para si mesmo.

- Do que você está falando? – perguntei irritado.

Fazia três minutos que ele tinha interrompido um silencio que estava durante cinco minutos. Ele tinha que aprender a arte de ficar quieto.

- Hm, nada – disse.

Olhei para ele. Nós estávamos na varanda da minha casa. Eu estava sentado no chão olhando para o horizonte e ele estava deitado, um pouco mais a frente observando o mesmo.

Dali a gente esperou o sol se por e agora apareciam as primeiras estrelas da noite. Era uma vista maravilhosa, motivo pelo qual eu escolhi aquela casa. Só estava sendo estragada por que ele não ficava quieto.

- Se não é nada, não comente – falei aborrecido.

Ele se virou para mim e me encarou. Parecia querer dizer algo, mas estava hesitante. Era obvio que aquele nada era alguma coisa, mas ele estava assim a alguns dias e eu estava cansado de perguntar qual era o problema.

- É que... – começou, mas recuou e voltou a olhar o céu – não é nada.

- Eu já disse... – falei zangado. – Dá para parar com isso?

- Parar com o que? – perguntou confuso.

Suspirei.

- O que é? – perguntei.

- O que? – ele parecia realmente confuso agora.

- O que você quer me falar – expliquei. – Diga logo.

- Eu não quero falar nada – retrucou.

- Eu sei que quer – tentei ser paciente.

- Quem disse? – perguntou irritando-se.

Não devia ser eu a começar a ficar irritado aqui?

- Fale logo, você está a uma semana querendo me dizer algo – tentei novamente.

- Não quero mais falar – murmurou.

- Mas eu quero saber! – insisti.

- Vai ficar querendo, Mana. Você não pode me mandar falar, sou eu que mando em você – falou como se aquilo fosse algo tão obvio quanto dizer que o céu é azul.

- Por favor? – pedi segurando em seu braço, que estava por baixo de sua cabeça.

Até então eu estava olhando para o céu, e vendo-o com a minha visão periférica. Só então notei que ele estava corado. Foi minha vez de ficar confuso.

- Eu não vou falar nada pra você, idiota! – disse levantando-se e entrando para a casa.

E essa agora...

- Kurokuma... – chamei.

- Não me chame assim! – gritou lá de dentro.

Mordi o lábio, droga. Tinha esquecido.

- Tetsu... Vamos lá... – pedi indo atrás dele.

- Desde quando você é tão curioso, Mana? – perguntou exasperado.

Nem mesmo eu sabia.

Fiquei seguindo ele e só encarando, esperando.

Ele foi até meu quarto e quando viu que eu estava atrás dele e entrei, encostando-me na parede com os braços cruzados, suspirou.

Ficou encarando-me de volta e eu podia sentir que ele estava decidindo se falava ou não.

- Se você rir, ficar estranho ou algo assim... Eu juro que vou te bater até sangrar – falou e eu sorri aliviado. Ele ia finalmente me falar.

- Tudo bem – disse descruzando os braços e sentando na cama.

Ele respirou fundo de olhos fechados e depois de um momento ele se aproximou de mim, olhando-me nos olhos e eu sentia o nervosismo naqueles olhos.

- Mana eu... – hesitou e depois tomou coragem para continuar. – Eu sinto muito, mas eu acabei me apaixonando por você.

Meu coração ficou cheio de algo desconhecido, acho que era tanta felicidade que eu nem reconheci o sentimento.

- Sente muito? – indaguei.

Ele estava tremendo um pouco, mas continuava a olhar-me nos olhos.

- Sim – confirmou.

- Você sente muito por estar gostando de mim? – repeti e ele assentiu.

- Gostar de mim é tão ruim assim? – eu tentei não rir, ele disse que iria me bater, afinal.

-... O que? – ele perguntou confuso.

Levantei da cama e abracei ele pela cintura carinhosamente.

- Pois eu não sinto muito por amar você, Tetsuya – sussurrei em seu ouvido.

- Você é um idiota, Mana – falou com a voz abafada pela minha camisa. – Como pode ficar tão tranquilo?

- Eu acabei de descobri que você gosta de mim, da mesma forma que eu gosto de você. Eu não estou tranquilo, estou feliz – expliquei.

- Tudo bem mesmo, em ficar com um garoto? – perguntou ainda com a voz abafada.

- Não vejo problema algum nisso – disse calmamente. – Você vê?

- Não – admitiu.

- Então não tem problema – ri.

- Você riu – acusou tirando a cabeça de meu ombro.

- Não ri de você – defendi-me.

- Então o castigo será outro – ele disse, mas estava sorrindo.

Ele me beijou lentamente e eu retribuí rapidamente. Passei minhas mãos por baixo de sua camisa lentamente e ele separou o beijo, para começar a distribuir beijos pelo meu pescoço.

Ele me derrubou na cama e começou a abrir minha camisa, fazendo caricias no meu tórax. Sua expressão era igual de uma criança quando descobria um brinquedo novo e eu estremeci ao pensar no que ele estava planejando fazer.

Eu não queria o deixar brincar assim comigo, mas eu sabia o que ele ia dizer “Sou eu que mando em você, Mana. Então fique quieto.” E assim eu acabaria perdendo, como sempre. Até naquela situação eu era submisso a ele.

Ele beijou meus lábios novamente e disse exatamente o que eu estava pensando.

- Não adianta Mana, vai ser do meu jeito – sorriu decidido.

Talvez a gente estivesse sendo um pouco precipitados, mas então eu me lembrei da frase dele.

Eu não quero esperar.

Eu também não queria esperar, nem um minuto sequer.

No outro dia, eu acordei com Tetsuya nos meus braços. Ele dormia pesadamente. O que me acordou foi a campainha da casa. Levantei, arrumei meus cabelos e coloquei uma roupa apresentável e fui atender a porta.

Eu fiquei surpreso ao ver minha mãe ali.

- Ei... Manna – cumprimentou me dando um pequeno beijo na testa.

- O que faz aqui, okaa-san? – perguntei confuso.

- Hoje é aquele dia, você se esqueceu? – acusou.

- Ah... Sinto muito, eu havia esquecido. Entre, por favor. Eu vou fazer um café para a gente – disse fazendo sinal para que entrasse.

- Que tipo de irmão é você? – perguntou, mas estava entrando. – Esquecendo-se do aniversario da sua imooto.

- Algumas coisas aconteceram, eu acabei me esquecendo – desculpei-me.

- Afinal, você vai ou não ao cemitério? – ergueu uma sobrancelha.

- Primeiro preciso falar com minha companhia.


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Notas finais do capítulo

Boom! ~le bomba explodindo na cabeça de vocês~
RIARIARIARIA Autora terrorista feelings -n