Dark Cloud escrita por Mamoru


Capítulo 2
Capitulo II


Notas iniciais do capítulo

^^~ let's go!!



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De alguma forma... Eu fui arrastado para a casa dele no final daquele dia.

Estava eu... Tomando banho de Sol – pois estava realmente frio – e ele surgiu no meio, fazendo sombra.

Estranhei a sombra. Abri os olhos para ver o que era e em menos de segundos fui arrastado pelo Tetsuya escola a fora – lembrando que eu estava no terraço.

Eu já sabia que era mais fraco que ele e uma hora ele ia fazer isso, mas não pude resistir à tentativa de fazê-lo esquecer dessa ideia.

- Eu não estaria fazendo isso se não fosse necessário – disse enquanto me arrastava. – Minha mãe não vai ficar feliz quando ver meus amigos e ela está começando a me encher perguntando deles. E... Eu só posso confiar em um cabeça-de-vento como você para dar uma melhor impressão pra ela.

- Eu não tenho nada haver com isso – resmunguei e ele me seu um soco na barriga, forte para doer, mas não para me deixar totalmente sem ar.

- Logico que tem, você me deve a vida – disse irritado.

- Desde quando? – perguntei massageando a barriga.

- Desde que – enfatizou – EU te tirei da frente daquele maldito carro, enquanto você ficava viajando olhando pras nuvens.

- Não me lembro disso – disse dando de ombros.

Ele suspirou e me encarou.

- É claro que lembra cara, isso foi no primeiro dia de aula do fundamental – disse com a voz controlada.

- Isso faz tempo... Minha memória não é boa – disse, mas deixei ele me levar.

É claro que eu lembrava, mas eu marquei isso como “quando Kurokumo começou a me encher”.

- Eu nunca te pedi nada, retardado. Agora é sua vez de me pagar, e depois você fica livre de mim, tudo bem? – disse exasperado.

Pensei bem, duvidava que ele deixasse, mas assenti. Poderia pelo menos tentar.

- Não posso fazer nada, não é?

- Claro que não – sorriu satisfeito. – Se ela perguntar algo... Deixa que eu respondo – acrescentou advertindo-me.

- Não iria fazer de outra forma – confirmei.

Ele olhou para mim incrédulo.

- Você meio inútil, sabia? – ele perguntou.

- Sempre soube – concordei.

Ele me encarou intrigado. Sempre ficava assim quando falava comigo, ele não aceitava minha falta de vontade de fazer as coisas e não conseguia suportar isso quieto.

Mordeu os lábios e continuou me puxando.

Quando chegamos até sua casa, mal registrei que era uma casa grande, mas de alguma forma modesta. Uma família de classe média.

Ele me encarou com ar de aviso e eu assenti concordando e depois bocejei, aquilo seria chato.

Entramos e logo sua mãe veio nos encontrar ao ouvi-lo falar “tadaima”. Estranhamente, a mulher era um doce de pessoa. Nada tinha haver com seu filho bruto... Espera, filho bruto?

O garoto tinha assumido uma postura totalmente diferente próximo a mãe. Era gentil ao conversar com ela e me apresentar. Tentei esconder meu olhar surpreso, isso sim era algo que me chamaria atenção de volta para a Terra.

Ele disse que eu era tímido e que ela tivesse paciência e passou o braço pelo meu pescoço como se fossemos grandes amigos. A senhora sorriu para mim compreensiva. Mandou que nós dois subíssemos e quando entramos no seu quarto ele me pegou pelo pescoço e prendeu na parede.

- Você pretende dizer algo sobre isso com alguém? – perguntou sério e aliviou um pouco minha garganta para que pudesse falar.

- Falar para quem? – indaguei, sem medo daquelas mãos. Ele não poderia me machucar na própria casa, com a mãe dele ali.

Ele pensou um pouco e concordou.

- Só quero ter certeza – advertiu.

- Não pretendo e não falarei – disse e ele assentiu contente e me largou.

- Faça o que quiser, eu vou tomar um banho... Daqui a três horas você pode ir – olhou para o relógio confirmando as horas. – Se minha mãe aparecer, deixa tudo comigo. – repetiu.

Saiu e eu fui até a janela para observar as nuvens, a esse ponto você deve ter percebido que era meu hobbie preferido.

Quando ele saiu do banheiro e me encontrou lá suspirou.

- Você não quer jogar alguma coisa, Mana? – perguntou apontando para o vídeo game.

- Não gosto de jogos, essas coisas viciam – disse dando de ombros.

- Se você não souber controlar é claro que vicia, mas ficar sem jogar só por causa disso é besteira – franziu o cenho.

- Porque está sendo legal comigo? – perguntei incrédulo.

- Porque não tenho nada para fazer – foi sua vez de dar de ombros. – Se eu não for legal com você, irá tentar fugir.

- É claro que não, como eu faria isso? – disse olhando para baixo da janela, era o primeiro andar.

- Sei lá, o louco aqui é você – disse olhando para mim com certo interesse.

E essa conversa continuou por um tempo, mudando o assunto quando Tetsuya me convenceu a jogar – insistindo muito – para como eram os jogos, até que sua mãe entrou no quarto com alguma coisa para nós comermos e sorriu para a gente contente.

Quando ela saiu, olhei para Tetsuya e ele me encarava incrédulo como se só naquele momento percebesse o que estava fazendo. Deu de ombros e continuou a explicar como jogava.


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