Os Cahill... No Brasil escrita por Lua


Capítulo 6
Cap. 6 Lucas... Ou Ian?


Notas iniciais do capítulo

Para quem ficou preocupada com medo de Lucas tirar o Ian de Amy, vai amar este capítulo! *-*
Não sei se ficou muito bom, acho que já fiz melhores. Bem, sem mais delongas, iremos ao capítulo...



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Amy~

Ele era um fofo. Vivia tentando me fazer sentir bem e me tratava como uma dama... Diferente de certo priminho... AMY SE CONCENTRE! Esquece o Ian, já passara dois anos da ultima vez que vocês se viram e ele nem sequer mandou um sinal de existência. No que adiantava ficar sem namorado até os meus 17 anos esperando ele voltar?, pensei.

Lucas assim que me viu, se levantou e me tratou como uma dama. Fiquei vermelha como um tomate e não consegui falar nada, se não gaguejaria como sempre. Era esse o tal irmão de consideração da Maria Melhor Agente de Gene Forte Luiza? Quando Mary falou que ela o considerava um irmão, pensei que não fosse gostar dele. Imaginei que se ela gostasse dele, provavelmente seria outro gótico estranho que nem ela, sem ligar para a aparência, grosso e de rosto duro, mal educado...

Mas era o ao contrario disso. Ele era na verdade um fofo que se preocupava com a aparência, usava blusas claras, tinha um rosto maduro, mas com certeza menos duro e frio como a de Mary, ele irradiava alegria... Não era lindo, mas era bonitinho. Pelo menos, ele ligava para minha existência... Diferente de I... Para de comparar, Amy Cahill!, minha mente me deixava louca.

Meus pensamentos batalhavam. Um a favor do Ian e outro a favor do Lucas. Já o meu coração, parecia não ter declarações a fazer.

- Apaixonada? Duvidas do coração? – ouvi Mary dizer atrás de mim. Me virei e vi que seu rosto ainda duro parecia ser sincero... tentava me ajudar. Mas mesmo assim eu cuspi um “sai daqui!”, mas ela apenas se sentou na cama ao meu lado, onde eu olhava as fotos de Ian que escondia na mala e que no momento estavam em minhas mãos.

- Bonito. Bela escolha...

- Já não mandei você sair daqui?

- Não sou de obedecer a ordens. – isso era verdade.

Depois de ficarmos um tempo na sala de observação com Lucas, Mary nos levou até o alojamento e nos ajudou a arrumar tudo, mesmo eu ter insistido que não precisava de ajuda e mesmo depois de tê-la expulsado do alojamento. Ele não era de obedecer a ordens mesmo. Tinha a cara dela.

Dan, depois de arrumar só metade (eu e Mary fizemos o resto) da parte dele, foi com Lucas conhecer o ginásio de esportes. Ficamos lá sozinhas sem falar nada, até ela quebrar o silencio e dizer que ia arrumar seu quarto agora e se despediu com um “Falou!”. Depois de ter certeza de que ela estava longe, tranquei a porta e corri até a minha mala de onde eu tirei as fotos de Ian. Sentei em minha cama suspirando e a batalha em minha mente começou. Fiquei tentando ouvir a declaração do meu coração, mas não ouvia nem um batuque. Não tinha a visto entrando. Mas eu não tinha trancado a porta?

- Pode me dizer tudo se quiser... – estranhei da iniciativa dela.

Conhecia Mary em apenas um dia, mas já sabia que ela não era do tipo de ouvir, ou dar conselhos, ou saber sobre relacionamentos amorosos. Mas não sei o que deu em mim e senti uma lagrima descendo sobre meu olho e quando menos percebi estava contando tudo para uma menina de 13 anos que parecia só conhecer o ódio e que tinha uma visível “briguinha” comigo desde o momento que chegara. Eu chorava e contava tudo sobre o meu primo de sei lá que grau, um Lucian, um Kabra, que mexia com a minha cabeça, desde o inicio de tudo, deitada no colo da menina. Mary afagava o meu cabelo sem jeito, mas tentava me consolar.

Ela disse nada desde que comecei a falar. Quando parei, percebi o que estava fazendo e me levantei de seu colo muxoxando um pedido de desculpas.

- Não precisa se desculpar. – Mary sorriu gentilmente, mas ainda com a tristeza e ódio em seus olhos. – Confesso que não esperei você se abrir deste jeito, mas foi bom. Conheci melhor você.

Escutei ela murmurar para si mesma, olhando nos meus olhos, mas, visivelmente, com o olhar em algum lugar fora dali: “Não quero que ninguém fique triste como eu já fui... E sou.”.

- Você já sofreu por amor? – perguntei surpresa. Triste como eu já fui? Ela tem 13 anos!

- Mas é claro que não! – ela olhou para mim – Eu sei que meus olhos demonstram ódio e tristeza, já reparei nisso. Eu odeio isto em mim. Sim tive minhas tristezas, mas... – ela balançou a cabeça tentando expulsar aqueles pensamentos e continuou: - Enfim, nunca senti amor, nem sei como é isso. Nunca amei ninguém.

- Ninguém – ela assentiu. – Nem... Sua mãe? – sugeri.

O rosto de Mary escureceu assim como no carro naquele mesmo dia mais cedo.

- Ninguém! – Mary rosnou. Assenti e deixei-a falar. Ela se acalmou e depois de um tempo disse: - Mas, mesmo assim, acho que posso te ajudar. Se quiser conselho da garota que tirou o lugar de sua au pair, se não me engano, Nellie, e que é mais nova até que seu irmão...

Sorri. Ela não parecia tão ruim agora. Entendi agora o Friske, Carlos e Lucas. Ela é difícil de lidar, mas é uma boa pessoa.

- Você já pensou que você está pensando nisso sobre o Lucas por que queria receber este ato do Ian? Você disse que nunca namorou esperando por ele, e falou que agora esta confusa. Confusa como? Esta na cara! Só tá achando que gosta do Lucas por que ele foi do jeito que você esperava, e ainda espera, ser tratada pelo Ian. Sua mente esta batalhando, mas é o coração que escolhe o vencedor. E ele está gritando por todo o seu corpo: IAN! Ian é o ganhador de seu coração, só você que não ouviu. Deve estar surda pelo tempo de espera e sem respostas.

Pisquei impressionada. A Mary tinha mesmo dito aquilo? Involuntariamente levei as fotos ao meu coração. É, meu coração já deu sua declaração: Ian. Abracei Mary agradecendo-a. Ela ficou sem jeito. Parecia que nunca tinha recebido um demonstra mento de afeto antes.

Formos até o ginásio conversando e rindo. A Mary podia ser bem carismática quando queria. Chegamos lá e encontramos Dan jogando basquete com outros garotos e sendo claramente avacalhado. Não dava uma adentro, viu!

Estávamos conversando e rindo juntas enquanto sentávamos na arquibancada. Dan olhou para nossa direção e fez uma cara confusa. Ignorei o rosto confuso de Dan. Acho que também ficaria confusa, não me imaginei amiga de Mary. No mesmo dia que se conhecemos, nos tratamos como inimigas e no fim da tarde do mesmo dia já estávamos amigas. Isso deve ser confuso para a mente limitada do Dan.

Vi Mary correndo até um Dan inconsciente no chão, preocupada.

O meu irmão que já não jogava lá essas coisas, ao se distrair olhando para gente, levara uma bolada na cara o fazendo cair no chão sem consciência.

Pensei em ir ajudar o Dan, mas o meu coração mandava outra coisa: Vá falar com o Ian! Vá falar com o Ian!

Já havia ficado muito tempo sem ouvir meu coração, não iria ignora-lo de novo. Sabia que Mary cuidaria de Dan e fui para o meu alojamento, despreocupada.

Eu iria fazer uma ligação. Para ele.


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Notas finais do capítulo

Sei que meus numeros de reviews tá caindo (culpa sua, viu, Bruna Andrade! Nunca mais deu as caras!), mas continuo feliz de saber que tem gente que continua lendo. Faz meu coração de escritora bater mais forte e feliz! Não peço reviews (a não ser que for você, Bruna... Sinto falta de seus reviews! ;-;), mas adoraria saber o que estão achando XD
Até o proximo capítulo!