My New Family escrita por eu


Capítulo 11
Resfriado


Notas iniciais do capítulo

Um suuper gomen pela demora!! >.<' É que até quarta eu fiquei sem internet...
Mas o que importa é que o cap ta ai!!
Espero que gostem e boa leitura *w*



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Um dia já havia se passado depois do final de semana agitado. Miya, sem nem mesmo ter certeza do por que, andava evitando Koichi o máximo que podia. Aquele súbito beijo havia deixado-a confusa. De vez em quando ela se pegava pensando em Koichi, mas não tinha certeza do que estava acontecendo consigo.


Hanabi havia chamado Ringo e Miya para a acompanharem em uma viagem de negócios no dia seguinte para que elas a ajudassem. Ficaram muito animadas com o convite e Ringo acabou chamando Satsuki para acompanhá-la também. Seria uma breve viagem, só passariam uma noite e logo voltariam para casa, mas mesmo assim seria bom dar uma volta. Só quem não ficou muito animado foram Shou e Koichi, que haviam ficado de fora.


Ainda estava de manhã quando Miya escolhia algumas roupas em seu closet e colocava em uma mala. Ringo bate na porta, entrando logo em seguida.


– Miya-chan, o almoço está pronto.

– Ah, que bom, eu já estava ficando com fome. – Ela diz jogando algumas peças de roupa em cima da cama e saindo do quarto.


Durante o almoço Koichi reparou que Miya estava evitando contato visual. Percebera que ela o evitava desde o final de semana e sinceramente não sabia o porque. Já havia pensado na possibilidade de ser por causa do beijo, mas Miya era tão cabeça de vento que chegava a ser difícil pensar que ela estava incomodada por isso. Resolveu perguntá-la mais tarde.


Depois do almoço Koichi tentou falar com ela, mas para tentar lhe evitar, ela chamou todos para irem na sala de TV ver um filme.


Passaram a tarde vendo filmes de comedia e quando perceberam que já estava ficando de noite, Ringo e Satsuki subiram para terminarem de arrumar suas malas. Miya ficou conversando com Shou na sala de estar e com um Koichi um tanto entediado e mergulhado em seus próprios pensamentos ao lado deles. Ele ainda queria falar com Miya, mas ela e Shou não paravam de tagarelar. Já estava ficando com sono quando Shou resolveu ir para seu quarto.


– Bom, acho que eu também vou. – Miya disse se levantando rapidamente, mas foi parada por Koichi.

– Mi-chan, espera! – Ele segura a sua mão. – Eu quero conversar com você.

– Conversar sobre o que? Nos não temos nada para conversar. – Ela dizia sem jeito, tentando se afastar dele.

– É claro que temos! Por que está me evitando?

– Kou-kun, pare com isso, eu não estou te evitando! – Ela se solta e sem pensar, vai em direção a varanda dos fundos.

– Aonde você está indo? – Ele dizia indo atrás dela.


Ela não respondeu. Não sabia o por que, mas não estava a fim de ter aquela conversa com Koichi. Certamente não queria sair de perto dele, mas também não queria ter que explicar coisas que nem mesmo ela entendia direito. “Tudo isso não pode ser por causa do beijo! Afinal, o Koichi é meu melhor amigo e tenho certeza de que ele não sente nada de mais por mim.” Ela pensava ainda correndo e quando olhou para trás pode ouvir Koichi gritando:


– Mi-chan, cuidado!


Ela ficou confusa, mas quando olhou para frente novamente, já estava caindo dentro da piscina. Demorou um tempo em baixo d’água até se tocar de sua situação, então se levantou respirando ofegante e quando viu que Koichi já estava chegando perto da piscina ela logo nada até a borda e sai correndo novamente.


Já estava de noite e o vento batia forte. Como já estava escuro Koichi não conseguiu ver para onde ela havia ido.


– Mi-chan! – Ele a chamava enquanto andava pelo jardim.


Enquanto isso, Miya tentava se esconder atrás de uma arvore. Estava toda molhada e morrendo de frio. Quando olhou para o lado viu a porta dos fundos que dava na cozinha e resolveu entrar por lá. Pelo menos assim Koichi não iria vê-la daquele jeito.


Passou o olho pelo jardim, mas não viu Koichi. Só ouvia ele chamá-la ao longe. Passando as mãos pelos braços em uma tentativa de se aquecer, ela foi correndo em direção a porta, mas quando ia colocar a mão na maçaneta a porta é aberta subitamente.


– Miya-chan, o que está fazendo aqui fora? – Era Seiji que a observava confuso.

– Er... e...eu acabei c...caindo na piscina. – Ela dizia tremendo de frio.

– Então entre logo, senão você pode acabar pegando um resfriado! – Ele disse a puxando para dentro e fechando a porta.


Ela se sentou na bancada e Seiji foi pegar uma toalha. Quando voltou enxugou o rosto e os braços de Miya com a toalha e depois a cobriu. Ele pegou uma cadeira e se sentou de frente para ela.


– A...arigato Seiji-kun. – Ela diz ainda tremendo por causa do frio.

– Não foi nada. – Ele sorri. – Agora posso saber por que você caiu na piscina? – Ele arqueia uma sobrancelha.

– É que... – Ela começa a falar sem jeito. – Eu estava correndo do Kou-kun...

– Você não acha que estão meio velhos para brincar de pique e pega não? – Ele ri, também arrancando uma risada dela.

– Um pouco...


Ela encerra o assunto por ali. Seiji percebeu que ela não queria falar sobre o assunto, então resolveu deixar para lá. Ele viu que ela não parava de tremer de frio, então se levantou e a puxou pela mão fazendo-a se levantar e a abraçou.


– S...Seiji-kun, eu estou toda molhada. – Ela diz sem jeito.

– E eu estou te esquentando, então não reclame! – Ele diz passando a mão pelos cabelos molhados dela.


Ela sorriu e se aconchegou aos braços dele. O seu corpo era quente e confortável. “Quase tão aconchegante quanto o abraço do Kou-kun.” Ela fica surpresa com seu próprio pensamento e pisca forte com os olhos tentando parar de pensar em Koichi. Afinal, o que estava acontecendo com ela?


– Acho melhor você ir tomar um banho quente. – Seiji quebra o silencio.

– É, você tem razão. – Ela sorri se afastando dele.


Miya sai andando pela casa enquanto tentava enxugar mais as suas roupas. Subiu as escadas e encontrou Ringo no corredor.


– O que aconteceu Miya? – Ringo pergunta precupada.

– Nem pergunte. – Ela passa de cabeça baixa e vai direto para o banheiro.


Após fechar a porta, ela tirou suas roupas, fez um coque com o cabelo e entrou debaixo do chuveiro. A água morna caindo em seu corpo a relaxava tanto que a vontade era de ficar ali o resto da noite. Ao sair do banho se enxugou e se enrolou na toalha. Antes de sair, seu nariz começa a coçar e ela solta um espirro.


– Não me diga que eu peguei um resfriado... – Ela murmura para si mesma.


Saiu do banheiro e foi em direção ao seu quarto. Quando chegou em frente a porta viu Koichi vindo no começo do corredor e rapidamente entrou no quarto. Ela se encostou na porta e soltou um suspiro. Foi até o closet e pegou um pijama de manga comprida, já que estava começando a ficar com frio. Jogou as roupas que estavam em cima da cama no chão e se deitou toda encolhida. Estava se sentindo cansada, então se cobriu e logo o sono foi chegando e ela acabou dormindo.


Enquanto isso, Koichi encontra Ringo no corredor.


– Você viu a Mi-chan? – Ele pergunta.

– Hai! Ela tinha ido tomar banho e agora já deve estar no quarto. Posso saber por que ela estava toda molhada?


Ele suspira.


– Eu fui tentar conversar com ela mais cedo, mas ela saiu correndo e acabou caindo na piscina.

– E você não a ajudou?

– Eu ia ajudar, mas ela saiu da piscina e correu de mim de novo.

– Pois é, ela deve ter alergia a você! – Ela solta uma gargalhada.

– Não tem graça Rin-chan. – Ele revira os olhos.

– Gomen, gomen. – Ela limpa um lágrima que escorria de seu olho de tanto rir. – Bem que eu percebi que ela estava de evitando ontem.

– E para falar a verdade, eu nem sei o por que.

– Deixe de ser tapado! – Ela bate na cabeça dele. – Está óbvio que é por causa do beijo de domingo!

– Não precisava me bater! – Ele passa a mão na cabeça. – E eu não acho que seja por isso. Ela é muito desligada para essas coisas, normalmente não se importaria com isso.

– Como você sabe? Já tinha beijado ela antes? – Ela lhe lança um sorriso sacana.

– Infelizmente não. – Ele diz sem jeito, coçando a nuca.

– Então pronto! – Ela suspira. – Eu vou para meu quarto. Oyasumi! – Ela diz indo para seu quarto.

– Oyasumi! – Ele responde sem muito animo.


Será que ela está assim por causa do beijo? Nah, ela não se importaria tanto assim com um beijo.” Ele ficou um tempo ali em pé pensando até que resolveu ir tomar seu banho para depois dormir.


...


Naquela manhã Satsuki e Ringo acordaram cedo como sempre, mas dessa vez foi por que iriam viajar logo depois do almoço e precisam terminar de arrumar suas coisas. Miya por outro lado não acordou até que Ringo foi chamá-la. Quando entrou no quarto viu Miya enrolada em duas cobertas toda encolhida. Ringo se sentou ao lado dela na cama.


– Miya-chan, você precisa acordar. – Ela a cutucava devagar.


A única resposta que obteve foi um gemido enfraquecido. Colocou a mão na testa de Miya e viu que ela estava mais quente que o normal. Foi pegar um termômetro e quando voltou o colocou em Miya. Quando o termômetro apitou ela viu que Miya realmente estava com febre.


Saiu do quarto e foi até a sala conversar com os outros.


– O que? Ela está com febre? – Koichi pergunta preocupado.

– Hai! E é tudo culpa sua. – Ringo diz apontando para Koichi. – Agora você vai ter que cuidar dela.

– A culpa não foi minha, ela caiu sem querer na piscina. Mas... eu não ligo de cuidar dela. – Ele diz um pouco corado e coçando a nuca.

– Baixinho tarado. – Shou diz revirando os olhos.

– O que você disse? – Koichi já ia levantando, mas Satsuki o puxou de volta para o sofá.

– Bom, é uma pena, mas eu acho que ela não vai poder ir conosco. – Hanabi diz. – Tem certeza de que não é nada grave?

– Tenho, a febre não está muito alta. Acho que ela vai melhorar logo, mas acho melhor deixá-la em casa descansando. – Ringo diz.

– Hum, eu vou lá vê-la. Terminem logo de arrumar suas coisas que daqui a pouco estaremos saindo. – Hanabi diz indo em direção as escadas.

– Hai! – Satsuki e Ringo dizem.


Depois do almoço, foram ver se Miya estava bem, já que até aquela hora ela só havia saído da cama para comer um pouco. Quando tiveram certeza de que ela não estava muito ruim eles se despediram e saíram. Shou também aproveitou e foi dar uma rápida volta e logo voltaria para casa.


Sobraram somente Miya e Koichi na casa. Ele resolveu ir ficar com ela no quarto. Quando chegou lá pegou uma cadeira e se sentou ao lado da cama. Observou Miya dormindo serenamente e se pegou com um sorriso bobo nos lábios. Levou a mão até a testa dela. A febre não estava abaixando, então resolveu ir pegar um pano úmido para tentar abaixá-la. Desceu as escadas e pegou uma bacia com água e depois a levou para o quarto, colocando-a no chão ao lado da cama.


Desceu as escadas novamente para pegar um pano e beber um copo d’água. Depois de pegar o pano ele foi até a cozinha, encheu um copo e começou a beber. Ele estava de frente para a bancada, fitando a parede quando sentiu alguém lhe abraçar pelas costas. Na hora ele tomou um susto, mas quando olhou por cima do ombro viu Miya lhe abraçando com os olhos fechados.


– Mi-chan, v-você devia estar deitada.

– Eu estou com frio. – Ela diz com a voz um pouco rouca.


Nesse momento Miya leva suas mãos para debaixo da camisa de Koichi fazendo-o arrepiar. As mãos dela estavam quentes e agora passavam pelo abdômen dele. Seu coração estava acelerado. O que Miya estava fazendo? Aquilo estava estranho.


– M-Mi-chan, o que...


Ele recobra a consciência tirando as mãos de Miya de seu abdômen e virando para encará-la. Ela estava com uma expressão sonolenta e parecia uma criança carente, chegando cada vez mais perto, querendo um abraço. Koichi estranhava cada vez mais os gestos de Miya e percebeu que seu rosto estava vermelho. Ele colocou a mão na testa dela.


– Mi-chan, você esta ardendo em febre! – Ele arregala os olhos.

– Eu estou com frio.


Parecia que ela nem o ouvia. Ele então a pegou no colo e carregou-a escada acima. Ela enlaçou o pescoço de Koichi com os braços e se aconchegou em seu colo, colocando o rosto no pescoço dele. Koichi podia sentir a respiração dela e mordia o lábio inferior, tentando desviar seus pensamentos impuros.


Quando entrou no quarto colocou-a deitada na cama, mas para a sua surpresa, Miya se sentou sonolenta e começou a levantar a blusa, fazendo menção de tirá-la.


– O-o que e-está fazendo? – Ele segura as mãos dela.

– Eu preciso trocar de roupa.

– Para que trocar de roupa?

– Por que eu vou viajar! – Ela o empurra com dificuldade e tira a blusa, ficando somente de sutiã e short.


Koichi cora ao vê-la sem blusa. Miya já ia levantando da cama, mas Koichi a para deitando-a na cama novamente e ficando por cima dela prendendo suas mãos.


– N-não Mi-chan, você não vai mais viajar! – Ele eleva um pouco a voz.

– Então ta. – Ela facilmente se rende e fecha os olhos.


Koichi suspira e fita a garota que agora dormia em baixo de si. “Isso é tortura!” Ele pensava observando Miya de cima a baixo. Apoiou a cabeça ao lado da de Miya e cheirou seu pescoço. O perfume dela era tão doce e suave.


– Mi-chan, você sempre dorme na hora errada. – Ele diz com um sorriso de canto.


Relutante, ele saiu de cima dela e a ajeitou na cama. Cobriu-a com a coberta e se sentou na cadeira que estava ali ao lado.


Enquanto isso, Shou andava pela calçada distraído com seus próprios pensamentos. Estava preocupado com Miya, mas também não conseguia deixar de pensar em Haruna. Não podia negar que aquela morena mexia com ele.


Ele andava com as mãos no bolso, olhando para o céu e de repente acabou esbarrando em alguém.


– Ah, gomen... – Ele para ao ver em quem havia esbarrado.

– Shou-kun? Que surpresa te encontrar aqui.


Haruna o olhava com um pequeno sorriso no rosto. Ela carregava uma sacola de supermercado e estava linda como sempre, com seus cabelos amarrados em um rabo de cavalo, uma blusinha um pouco decotada e um short jeans. Um sorriso bobo começou a crescer nos lábios de Shou.


– Você quer dizer “sorte” não é mesmo? – Ele ri e olha para a sacola na mão dela. – Você estava fazendo compras?

– Hai! É que minha mãe vai fazer uma torta para comermos a tarde e pediu para eu comprar alguns ingredientes.

– Ah, entendi.

– Você tem alguma coisa para fazer hoje?

– Para falar a verdade não, por que? – Ele arqueia uma sobrancelha.

– V-você não quer ir p-passar a tarde lá em casa? – Ela diz sem jeito fazendo Shou abrir um sorriso malicioso.

– Conhecer a sua casa? É claro que eu quero. – Ele passa a mão no rosto de Haruna deixando-a corada.

– E-então vamos!


Ela sai andando, sendo seguida por Shou. Ele passa a ficar ao lado dela e devagar levou sua mão até a dela. Haruna o olha um pouco corada e rapidamente desvia o olhar, mas mesmo assim não puxou a mão de volta, o que deixou o loiro feliz.


Eles foram caminhando até a casa de Haruna e quando chegaram, adentraram o grande lugar. Logo de cara encontraram a mãe dela sentada no sofá da sala.


– Tadaima. – Haruna diz soltando a mão de Shou.

– Okaeri! – A mãe responde com um sorriso. – E você é...? – Ela levanta e vai na direção de Shou.

– Ah, prazer! Eu me chamo Jinguuji Shou – Ele se curva.

– Prazer! – Ela retribui o gesto. – E você pode me chamar de Saya, eu sou a mãe da Haru-chan.

– Hai! – Ele sorri.

– Você vai passar a tarde aqui não é mesmo? – Ela pergunta pegando a sacola da mão de Haruna.

– Er... a Haru-chan me convidou, então eu vim. Espero não estar incomodando. – Ele coça a nuca.

– Que isso, é claro que você não esta incomodando. O namorado da Haru-chan é sempre bem-vindo! – Ela pisca para Shou.

– L-lie! E-ele não é meu n-namorado! – Haruna a repreende corada, fazendo os outros dois rirem.

– Não precisa tentar esconder de mim Haru-chan, eu entendo. Bom, eu vou lá começar a fazer a torta. Fique a vontade Shou-kun. – Ela diz indo em direção a cozinha.

– Hai. – Ele responde e depois se vira para Haruna. – Sua mãe é bem legal!

– E-ela é muito exagerada. – Ela desvia o olhar. – O que quer fazer agora?

– Eu? Não sei se você concordaria com o que eu quero fazer. – Ele lhe lança um olhar sedutor e leva a mão até o queixo dela, fazendo-a olhar para ele.

– N-nani?


Ela fecha os olhos ao perceber que ele chegava o rosto cada vez mais perto do dela. Quando seus lábios estavam quase se encostando, Eichi, o irmãozinho pentelho de Haruna aparece na sala fazendo barulho com um carrinho de controle remoto e batendo-o no pé de Shou.


– O que vocês estão fazendo? – Ele arqueia uma sobrancelha.

– Não é da sua conta pirralho! – Haruna pega uma almofada e taca em Eichi, mas ele desvia.

– Sei... se quiserem fazer sacanagens pelo menos vão para o quarto. – Ele cruza os bracinhos.


Ela revira os olhos e pega Shou pela mãos, levando-o em direção ao seu quarto.


– Vamos Shou-kun, senão esse pirralho vai ficar enchendo meu saco!


Quando eles entraram no quarto, Haruna fechou a porta dando um suspiro e Shou se sentou na cama.


– Aquele era seu irmão? – Shou pergunta.

– Hai. – Ela diz sem muito animo.

– Hum... – Ele olha o quarto e se levanta, indo até o guarda-roupa de Haruna e o abrindo.

– Ei! O que está fazendo? – Ela corre até ele, fechando o guarda-roupa.

– Só estava vendo o guarda-roupa da minha namorada. Não posso? – Ele abre um sorriso de canto.

– É claro que não! Você não deve sair fuçando o quarto dos outros. E desde quando eu sou sua namorada?

– E não é? Sua mãe até já deu a bênção dela.

– Mas isso não quer dizer que eu seja!


Shou a fita de cima a baixo e a encosta no guarda-roupa, prendendo suas mãos. Seus rostos estavam a centímetros novamente e o coração de Haruna batia cada vez mais forte.


– Você está se fazendo de difícil, mas eu sei que na verdade está caidinha por mim.

– A-até parece... – Ela desvia o olhar. – Q-que tal nós vermos um filme?


Ela o empurra e vai até a TV que estava pregada na parede. Liga ela e coloca um filme qualquer. Shou suspira e se senta no chão encostado na cama, ao lado de Haruna. Durante o filme Shou tentava colocar o braço sobre os ombros dela, mas ela sempre tirava e se afastava.


Havia passado mais da metade do filme e os dois já estavam entediados. Foi então que Shou resolveu encher o saco de Haruna mais uma vez. Ela se irritou e se levantou. Já ia sair andando quando sem querer ela tropeçou no tapete que havia ali e acabou caindo em cima de Shou. Haruna engoliu em seco e corou quando se viu com o rosto a centímetros do rosto do loiro.


– G-gomen! – Ela já ia se levantando, mas Shou foi mais rápido e a puxou de volta, levando sua mão a nuca dela.

– Por que está se desculpando? Vai me dizer que não queria isso? – Ele abre um sorriso malicioso.


Shou ia chegando cada vez mais perto. Haruna estava corada e não falava nada, somente fechou os olhos. Ele olhou para ela de olhos fechados e sorriu, para logo depois selar seus lábios com um beijo calmo. Haruna se entrega ao beijo depositando uma mão no peitoral de Shou. Logo ela pede passagem com a língua para aprofundar o beijo, que se torna mais urgente e carinhoso. Suas línguas se entrelaçavam explorando cada vez mais a boca um do outro enquanto Shou apertava de leve a coxa de Haruna.


Assim que perderam o fôlego, os dois pararam, respirando ofegantes. Shou estava com um sorriso satisfeito no rosto e Haruna também abriu um leve sorriso para depois aconchegar seu rosto ao peito de Shou. Ele então afagou os cabelos dela.


– Até que enfim. – Shou diz, quebrando o silencio.

– Até que enfim o que? – Ela o olhou confusa.

– Você me beijou. Eu estava esperando por isso a um bom tempo e agora não tem mais volta, você é minha. – Um sorriso malicioso se forma seus lábios.

– Mas... – Ela desvia o olhar.

– Mas nada. – Ele a interrompe e lhe da um beijo na testa.


Nesse momento alguém bate na porta. Os dois tomam um susto e Haruna rapidamente se levanta indo até a porta. Ao abri-la, ela vê sua mãe parada ali.


– Haru-chan, o café está na mesa.

– Ah, claro. Nós já estamos descendo.


Quando ela ia fechar a porta, a mãe dela a para.


– Vocês não estavam fazendo sacanagem aqui no quarto não né?! – Ela sussurra.

– Okaa-san! É claro que não! – Haruna cora, fazendo sua mãe rir.

– Sei... – Ela abre um sorriso sacana. – Bom, não demorem para descer.


Assim ela sai da porta e desce as escadas, indo em direção a cozinha. Haruna suspira e se vira para Shou, que agora estava sentado na cama.


– Está com fome? – Ela pergunta indo até ele.

– Um pouco. – Ele diz puxando-a pela cintura para que ela ficasse entre suas pernas.

– Então vamos lá comer. – Ela lhe da um beijo na testa.

– Eu prefiro ficar aqui com você. – Ele faz biquinho.

– Vamos logo. – Ela diz lhe dando um selinho e puxando-o para fora do quarto.


Quando desceram, se sentaram na mesa, onde já estavam sentados a mãe e o irmãozinho de Haruna.


Eles ficaram ali comendo e conversando um bom tempo. Com exceção de que as vezes Eichi chutava a canela de Shou para provocá-lo, mas fora isso tudo correu normal. O loiro acabou gostando muito da mãe de Haruna, ela era bem divertida, compreensiva e sem contar que também era muito bonita.

Quando se levantaram da mesa e Shou resolveu ir embora, viram que uma chuva forte caia.


– Shou-kun, você tem um guarda-chuva? – Haruna pergunta.

– Er... Não.

– Então por que não passa a noite aqui? – Saya se interrompe na conversa.

– Nani? – Os dois perguntam.

– Isso mesmo, você pode dormir aqui. – Ela sorri. – Mas no quarto de hospedes, é claro. – Ela coloca a mão na cintura.

– V-você tem certeza? – Haruna pergunta.

– Claro, por que não? Eu não me importo de ele dormir aqui e seu pai está viajando, não tem problema nenhum.

– Bom, acho que é melhor do que tomar chuva não é mesmo? – Shou diz coçando a nuca.

– Hai. – Saya responde com um sorriso.


Haruna suspira e acaba concordando com a idéia. Depois que a mãe dela arrumou o quarto de hospedes e foi colocar Eichi para dormir, Haruna e Shou ainda ficaram um tempo na sala conversando e loiro tentando agarrá-la. Mas logo foram dormir também.


Nesse momento, na mansão...


Miya ainda dormia e Koichi havia caído no sono sentado na cadeira ao lado da cama de Miya, coberto com um lençol.

Ele acordou devagar ao ouvir alguns gemidos de Miya, que também estava acordando. Ele se levanta, vai até a beirada da cama e abaixa-se para falar com ela.


– Mi-chan, você está se sentindo melhor? – Ele disse tirando o pano úmido que havia colocado na testa dela um tempo atrás.

– Hun...? Eu... acho que sim. – Ela dizia esfregando os olhos. – Ainda me sinto um pouco fraca. – Ela o olhou e segurou a mão dele, que estava em cima da cama . – E estou com sede. – Murmura.

– Ok, eu vou pegar um copo de água para você. – Ele diz dando um beijo na mão dela e se levantando.


Quando se virou sentiu sua camisa ser puxada por Miya. Ela a segurava com força. Bom, pelo menos com o pouco de força que ela tinha.


– Não, fique aqui comigo, onegai. – Ela diz com a voz fraca.

– Mas eu preciso pegar a sua água. – Ele fala com uma voz suave.

– Promete que não vai demorar?

– Prometo. – Ele diz com um sorriso no rosto.


Koichi se curva e dá um beijo na testa de Miya, depois sai do quarto e vai para a cozinha. Enquanto pegava a água ele percebeu que estava com um sorriso bobo nos lábios, mas logo o desfez. A Miya estava passando mal, ele não deveria ficar sorrindo daquele jeito. Mas ouvi-la dizendo para que ficasse com ela acabou alegrando-o mais do que o esperado.


Ele terminou de pegar a água e rapidamente subiu para o quarto dela. Miya se sentou na cama quando o viu entrar pela porta.


– Aqui está. – Ele diz lhe entregando o copo.

– Arigato. – Ela sorri ao pegar o copo e começa a beber a água.


Como pode? Até doente ela insiste em dar esse sorriso. É... ela fica linda de qualquer jeito.” Ele se senta na cadeira observando Miya. Ela coloca o copo no chão assim que termina de beber e abaixa a cabeça.


– Kou-kun, gomen... – Ela começar a dizer deixando Koichi surpreso. – Eu fiquei te evitando esses dias, mas mesmo assim você está aqui cuidando de mim. Eu sou uma péssima amiga, só tenho sorte por ter você ao meu lado. Gomen por ter agido como uma idiota. – Ela dizia fitando sua coberta.

– Mi-chan, eu...

– Se quiser ficar com raiva de mim, pode ficar, eu mereço.

– Como eu poderia ficar com raiva de você? – Ele se senta ao lado dela na cama. – Nem se eu quisesse eu conseguiria. Eu sei que você tem um motivo para ter me evitado, mas eu não ligo. Eu nunca poderia ficar só assistindo enquanto você passa mal. Não se preocupe, sempre que precisar eu vou estar aqui com você. – Ele abre um sorriso confortador e sincero, fazendo Miya sorrir também.

– Arigato! – Os olhos dela brilhavam. - Agora me esquenta, que eu estou com frio. – Ela ri abraçando Koichi e escondendo o rosto em seu peito.


Ele retribui o abraço e afagou os cabelos dela. Devagar os dois vão deitando na cama. Koichi fazia cafuné em seus cabelos enquanto ela enlaçava suas pernas nas dele. “Como da outra vez em que dormimos juntos.” Ele pensa com um sorriso nos lábios.


– Mi-chan, você sempre enlaça as pernas assim quando se deita com alguém? – Ele ri.

– Na verdade não... Eu fazia isso com minha mãe quando eu era pequena, mas recentemente você foi o único com quem fiz isso.

– Sério?

– Hai. De algum jeito isso me conforta, então não reclame!

– Eu não estou reclamando. Eu gosto de ficar assim com você.

– Eu também. – Ela sorri fechando os olhos.

– Você não vai dormir, vai?

– Por que? – Ela faz biquinho. – Você não quer que eu durma abraçada com você? -

– É-é claro que eu quero mas...

– Tudo bem, eu não vou dormir agora, já dormi bastante hoje. – Ela o interrompeu se aconchegando mais.


Koichi mordeu o lábio inferior e continuou a fazer carinho nela. Ela não tinha noção do quanto Koichi se segurava quando estava tão perto assim dela, mas preferia não dizer nada por enquanto. Só queria aproveitar aquele momento, alem de que não seria bom dizer alguma coisa enquanto ela estava passando mal.


Ainda ficaram um bom tempo conversando e rindo até que Koichi caiu no sono. Miya o olhou com um pequeno sorriso nos lábios, se esticou e beijou a bochecha dele. Ela realmente tinha que agradecer por ter um garoto daqueles ao seu lado. Ainda com o sorriso ela sussura:


– Kou-kun, eu sei que isso é egoísmo meu mas... onegai, nunca saia do meu lado.



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Notas finais do capítulo

E ai, comò foi? Bem safadinho esse Shou nao? kkk'
O que acharam do cap? Mandem reviews!! o/
~kissus *3*