Pavões Albinos - Malfoy Family escrita por Taty Magnago


Capítulo 84
84. AMBIÇÕES.


Notas iniciais do capítulo

Vishhh, mais um capítulo um tanto tenso. O próximo eu vou tentar postar domingo que vem e JURO será mais "tranquilo" na medida do possível.

Vamos ler?



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Após o desaparecimento de Regulo Black, a família Black parecia estar passando por um período de tensão, talvez um tipo de mal pressagio, afinal ate mesmo algumas lendas sobre uma maldição envolto a família era espalhada.

Visto que Druella e Cygnus tinham falecido há um ano. Sirius e Andromeda tinham renegado suas origens. E o jovem Regulo estava sumido.

Restavam apenas Walburga e Orion. Narcisa e Bellatrix.

Sim, sem duvida era uma maldição assolando a dinástica família.

Lucius agia para que toda essa fofoca não chegasse aos ouvidos de sua esposa, o que de fato era impossível visto que sua própria irmã fazia o favor de deixar explicito isso.

Narcisa era sensível, o que antes o irritava de uma forma profunda. Hoje em dia a entendia. Fora criada para se preocupar com a família.

E deixava a fraqueza do coração a cegar.

Era apenas uma mulher.

Mulheres são vulneráveis e prontas para serem protegidas e Lucius sentia algo animalesco e primitivo apenas em ter certeza que dela, ele quem cuidava. Era sua propriedade.

Idiota.

Sabia que não adiantava se enganar. Não tinha porra nenhuma a ver com propriedade e posses. Ele se preocupava apenas por ser ela e ponto.

O homem não fazia ideia de que hora era. Rodava o liquido cor de âmbar de seu uísque, seria o décimo ou mais?

A varinha pousava na sua frente. E os dedos da mão vazia batiam insistentemente no assoalho da mesa.

Todas as noites por varias semanas isso era repetitivo, chegou ao ponto de dormir no sofá da biblioteca.

Estava virando um tipo de inferi?

Só pode.

Na verdade ele estava temendo. Pela primeira vez na vida achou um problema a altura. Um problema que não conseguiria resolver.

Que seu status, fama e ouro de nada valiam.

Quando a porta foi aberta ele levou um susto ao ponto do copo derramar um pouco do liquido. E afundou na cadeira ao ver sua esposa com o semblante fechado.

Narcisa em maior parte do tempo era compreensiva. Mas Lucius não só estava faltando com suas obrigações na casa, como também faltava nas paternas e ate como marido.

Nas primeiras semanas ela aceitou, afinal nem mesmo tinha clima para divertimento ou coisa do tipo.

Mas ate agora?

Isso remetia sua mente a apenas uma coisa: TRAIÇÃO.

Por mais que sua mente insistia em expulsar essa ideia, afinal ele mesmo jurou que não faria.

Ainda mais que tinham um filho perfeito no auge de seus seis meses.

Mas qual outra razão faria Lucius não procurá-la na cama? Ou evitar ate mesmo estar ali com ela?

Quando entrou na biblioteca ele levou um susto. E ao olhar no rosto que anos atrás a conquistou, qualquer ideia de traição caiu por terra.

Lucius estava devastado, era alguém que tinha olhos arregalados e despertos por uma insônia, injetados de álcool e desespero.

Alguém atormentado por algo, e ela já sabia sem esforço nenhum o motivo.

— Lucius? Querido o que esta acontecendo?

Ele virou o copo cheio numa golada só e ficou de pé. Ah sim, trocando uma perna ou outra, seguiu ate enche-lo novamente.

Ela sabia que o advertir sobre sua atividade noturna de encher a cara não era inteligente. O ruim que daqui a pouco teria de lidar com um alcoólico.

Ele virou o copo novamente, parecendo ainda mais nervoso com a presença dela ali.

A mulher puxou o braço dele o fazendo sentar no sofá confortável do canto, pegando o copo da sua mão e indo ate o bar enchê-lo. Sabia que se estivesse vazio, só o deixaria inquieto.

Posou o copo em sua mão e sentou ao seu lado, o mais próxima que conseguiu ate finalmente apoiar a perna sobre a dele. Ao ponto de sentir o braço vazio dele passar por seus joelhos.

— Draco tem sentido sua falta, sabe como ele gosta de dormir no seu colo.

Ela disse com delicadeza, tocando a ponta do cabelo dele.

Lucius olhava para frente e só para ali.

— Também sinto sua falta Malfoy. Em nossa cama. E não estou falando sobre dormir.

Disse com cautela, mas sem se preocupar em estar sendo abusada. Ele era seu marido.

E ao que parecia, tinha causado alguma reação, já que a olhou por alguns segundos, antes de encostar suas costas no sofá e respirar fundo.

Em que momento da sua vida tinha se tornado um inútil?

Estava mesmo ouvindo sua mulher falar que sentia falta de uma foda?

Sua mente esforçava para lembrar a ultima vez que estiveram juntos, inutilmente. Fosse pelo álcool ou pelo excesso de dias. A verdade é que ele estava mesmo faltando com seus compromissos.

Tanto como marido, quanto como pai.

— Se afastar da gente não vai deixar tudo mais fácil meu amor. Pelo contrario.

— Cale-se.

— Estou preocupada. Vamos Lucius, pense um pouco.

— Não sabe o que esta falando, tenho tudo sobre controle. Como sempre tive.

— Posso te ajudar.

Ele riu em desdém.

— Já entendi. Agora deu para contar piada? — ele a olhou, então outro sorriso se apossou de seu rosto, algo bem malicioso. — Ceeerto...

Ele murmurou apertando a mão que pousava no joelho dela, e subindo ela calmamente pela coxa. Talvez sua mulher estivesse mesmo querendo uma transa, e tentando chamar sua atenção. OK.

Quando a mão estava no quadril feminino, ele debruçou seu corpo no dela. Então deu outra risada, droga, tinha bebido demais.

Afundou o rosto no pescoço de Narcisa sentindo seu perfume forte que o cegava, sua mão subiu ate os seios dela.

Lucius emitiu um som que lembrava um rosnado já que seu corpo parecia ter finalmente despertado e percebido todo esse tempo de abstinência.

Queria sua mulher agora. Aqui e não seria paciente.

Narcisa queria raciocinar, de repente ao sentir o homem que tanto amava e desejava a espremendo como uma fruta prestes a ser devorada, da forma mais quente possível, era difícil. Quisá impossível.

— Lucius. Lucius calma.

Ela segurou o rosto dele, o forçando a encará-la.

— Posso te ajudar com o lorde das trevas.

Foi como se o clima tivesse reduzido a metade. Ele percebeu que ela não tinha brincado quando murmurou que o podia ajudar. Mas nunca seria capaz disso.

— Não pode Ciça.

— Ele não manda em você!

— Por favor, não trás esse assunto a tona.

— Esse assunto esta te matando. Esse assunto esta te afastando de nós. Não percebe?

— Vou resolver.

— Lucius ele não tem autonomia para mandar em você. Chega para ele e diz que esta fora. É simples. Tem outros que dariam tudo para estar no seu lugar.

— Não sonha. Pessoas morrem por ele por bem menos. Isso é completamente insano.

— Apenas tente.

— Eu sei os podres, to lá dentro. Não seja ingênua se acha que ele vai apertar minha mão e desejar boa sorte.

— Não disse que...

— ELE VAI ME MATAR! Entende? Não posso pular do barco. Não tem a porra de solução nenhuma para mim!

Ela tinha olhos arregalados de susto, já que ele tinha se alterado bastante.

— Quer saber o pior? Se eu tivesse dito não... Dito não antes.

— Não tem por que revirar o passado.

— Você pediu para não me envolver com Tom Riddle. Estávamos noivos. Eu nunca te ouviria naquela época. Agora estou fodido.

Ela passou a mão no rosto dele.

Sempre soube que Tom Riddle não era de confiança, implorou para que Lucius não se tornasse um comensal, sabia que não era apenas por uma comunidade sem sujeira e sangues ruins. Sabia que homens como Voldemort tinham suas próprias ambições.

Homens como Voldemort eram semelhantes a homens como Lucius.

E ao que parecia, seu marido tinha percebido isso.

Que Voldemort era recluso e autossuficiente, que ele tinha sua própria meta. E que ele eliminaria qualquer pedra no caminho.

— Se o pegasse sozinho, talvez sairia vitorioso. — Lucius murmurou.

— Do que esta falando?

— Em duelo. Isso é obvio.

— Não seja um completo idiota Lucius!

— Tem tanta pouca fé em mim? Argh, isso é vergonhoso. Sempre fui um dos melhores duelando, saiba disso garota irritante!

— Sei que é o melhor. Não duvido da sua capacidade, Merlin, claro que não. Mas Lucius, acha mesmo que Voldemort não já eliminou opções plausíveis de alguém o abordar num duelo?

Ele a encarou.

— Com certeza ele já criou algo para que não seja eliminado tão facilmente. Lucius magia das trevas ali é algo sem tamanho...

— Magia das trevas nunca foi algo ruim. — ele a advertiu.

Narcisa revirou os olhos.

— Você entendeu o que eu disse. Fora que terá muitos comensais a enfrentar ate chegar nele.

— Sua irmã é uma. — ele alfinetou.

— Eu sei.

— Eu a mataria sem problema algum.

— LUCIUS!

O homem deu ombros, deixando claro que não ligaria em matar sua cunhada.

— De qualquer forma é algo impensável. Acho que você deva... Agir. Por sua própria ambição.

— Como assim Ciça?

— Simples. Deve agir como Voldemort. Na frente dele, vai agir e fazer seu trabalho. E internamente, terá seus próprios planos. Vamos conseguir. Talvez apareça alguém que o elimine. Então suas mãos vão estar limpas.

Ele deu um sorriso, ate que não era má ideia. E se tudo desse certo...

— Peste, não é que você é inteligente!

A mulher sorriu.

— Eu amo você. — murmurou.

E para confirmar, puxou o rosto dele.

Afinal estava há tempos distante, e agora com uma nova meta, só restava agir.

E eles precisavam um do outro.

O corpo gritando por alivio, necessitando um do outro.


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Notas finais do capítulo

Nossa, parece que Lucius demorou, mas esta sacando o lorde das trevas, agora é inevitavel, digamos que a guerra já esta ocorrendo...

Galera vamos responder algumas perguntas que recebo por mensagem e comentário::

NÃO. EU NÃO PERMITO: que repostem minha fanfic, que mudem personagem, que façam homenagem e/ou fanfic baseada nela. É minha. MINHA. Podem ler e reler. Só isso.

SIM. Eu tenho Twitter e Facebook. PODEM adicionar, VOU aceitar, certo? Olha os links:
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NÃO ABANDONEI A FANFIC! Nem vou. Temos uma relação de quase três anos, e só postando tem mais de um ano. Posso atrasar, mas nunca abandonar.

Acho que é tudo, obrigada por lerem e acompanhar, não deixem de comentar e repito: PODEM ME ADICIONAR A VONTADE!