Pavões Albinos - Malfoy Family escrita por Taty Magnago


Capítulo 76
76. 05 DE JUNHO / 1980


Notas iniciais do capítulo

Opaaaa... ei gente.
Esse é um capitulo MUUUUITO especial.
1 - Porque AMANHA a fanfic faz 1 ANO! eeeeeeeeeeeee *o*

2 - Porque esta chegando nosso terceiro personagem principal ♥

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Estou sentindo MUITA falta da galera participando, poucos comentários e tal.
Em contrapartida, andei recebendo umas recomendações LINDAAAAAAAAS. Alem de aumentar o numero de leitores para (3 dígitos). Sim, passaram de 100 leitores, BORA COMENTAR GENTE!!!!



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Narcisa estava sozinha, na verdade isso estava ocorrendo com frequência.

Os comensais pareciam cada vez mais atarefados, seu marido a evitava deliberadamente. As coisas pioram desde o ataque ao Beco Diagonal, e isso já fazia mais de dois meses!

As primeiras vezes ele fingia estar dormindo.


Então um dia pegou Narcisa chorando, ela foi obrigada a desabafar que estava se sentindo gorda e indesejada.

Lucius mostrou da forma mais prazerosa que ela era desejada, mesmo com uma barriga enorme.


Mas depois desse dia, nunca mais. A verdade era que Lucius tinha medo.

Narcisa estava com praticamente nove meses de gestação e um fogo de adolescente. Ele tinha medo de machucá-la, ou trazer alguma complicação.

Mas para ele, ela continuava linda. Era a gravida mais linda que ele já viu.

O problema era que simplesmente não funcionaria. Seu pavor em que algo acontecesse era maior.


Mas hoje Lucius tinha saído logo após o chá da tarde.

Era uma noite fria de cinco de Junho, apesar de ser verão, uma grande neblina estava por todo exterior da mansão.


Narcisa tocou a barriga e respirou fundo, enquanto admirava pela janela de seu quarto, os pavões andarem com toda classe, para se aquecerem em seus ninhos. O grupo estava farto, já eram oito.

Quando se preparava para deitar e descansar antes do jantar, sentiu uma fisgada na parte inferior do abdômen.


— Ei meu amor, resolveu ficar agitado de noite? Esta com fome?


Ela murmurou alisando a barriga.

Na verdade achou estranho seu bebe não mexer durante todo o dia, mas pelo visto, a noite seria “turbulenta”.

Suas suspeitas foram confirmadas quando outra pontada forte foi sentida.


Dessa vez a intensidade foi tanta que arrancou lagrimas dos olhos dela e lhe trouxe uma falta de ar.

Ela sabia.

Era hoje.


Andou com calma, mas suas mãos tremiam quando saiu do seu quarto e foi ate o quarto ao lado. Respirou fundo, tinha que se manter calma. Tudo estava preparado, manta, roupa, fraldas, toalhas.

Dobrado, limpo e meticulosamente organizado.

Pegou o que precisaria e começou a descer as escadas.

O ar estava escasso, e as contrações pareciam estar aparecendo com menos tempo.


— Merlin... — murmurou se dobrando de dor. — Calma Ciça, calma. Respira.


— Senhora Malfoy, ouvi um... SANTO SANGUE, A SENHORA ESTA BEM?

— É obvio que não estou bem! — Narcisa murmurou, entregando as coisas para a mulher a sua frente.

— É claro que não. Esta na hora, sim?

— Esta, com certeza esta... — ela disse sentindo a respiração acelerando.


— Vou te levar ate o quarto anexo à sala, podemos...

— Não. Vou ficar na sala.

— Senhora, ajudei a senhora Malfoy trazer Lucius ao mundo, vou te ajudar.

— Vou ficar na sala só um pouquinho, ate que Lucius chegue.


A governanta ajudou Narcisa a sentar em um sofá. E olhou com pena para a pequena mulher gemendo de amargura.

Lucius só chegava tarde da noite, ela esperaria a toa e sofrendo de dor.


— Linux. Linux venha aqui. — a senhora disse.

Ao mesmo tempo em que um elfo apareceu num estalo.


— Senhora.

— A senhora Ciça esta perto de ter o bebe. Preciso que vá ao hospital e chame a curandeira. E ache o senhor Lucius.


O elfo parecia relutante em obedecer à governanta. Obedecia de BOM grado seus senhores.

— VÁ CRIATURA! — Narcisa gritou.

Ele fez uma reverencia antes de sair.


Lucius estava bebendo e conversando banalidades com seus companheiros de causa, quando um estampido foi ouvido.

Era vergonhoso ver um de seus elfos aparatando na casa dos outros.

Era o fim da picada.


— Diga agora o que veio fazer aqui, antes que eu arranque sua cabeça fora com minhas próprias mãos.

— Senhor, meu senhor, Linux vive para servir os...

— Agora elfo!

— É a senhora Malfoy, é o bebe.


Aquilo foi como se Lucius tivesse levado um choque.

— Que merda esta falando? — ele rosnou para criatura.

— Acho que ele esta tentando dizer que Narcisa vai ter o bebe, num é? — Snape, que estava ao lado de Lucius, murmurou.


O elfo fez uma careta.

— Linux não responde a mestiços imund...

— Responda-o elfo! — Lucius murmurou.

— Sim meu senhor.


Lucius ficou de pé.

— Vá atrás da curandeira que atendeu Narcisa. E a leve ate a mansão. — ele disse para o elfo.

No mesmo tempo em que a pequena criatura fazia uma reverencia e sumia.


— Aonde pensa que vai? — Bellatrix perguntou. — E você também?

— Estou indo para casa, Severo vem comigo.


Ela arfou.

— Vai acreditar no que um elfo diz? Perder a reunião com seu senhor?

— Vai te ferrar Bela!


Ele disse aparatando. Severo o acompanhou. E para surpresa dos dois, Regulo estava junto.

Quando chegou a casa, encontrou Narcisa sentada no sofá, com rosto amassado e aflito.

— Graças a Merlin você chegou.

— Por que ainda esta na sala, e o quarto anexo que preparou para esse momento?

— Estava te esperando.

— Ah Ciça...


Lucius a beijou, e auxiliou a se levantar.

— Vamos.

— Ei Sev. — ela forçou um sorriso.

— Ei Ciça, boa sorte com... Tudo isso. — ele apontou para barriga.

— Boa sorte priminha. — Regulo disse a abraçando. — Que venha mais um Black.


Eles entraram no quarto do andar de baixo, próximo a sala. Narcisa prendeu a respiração quando sentiu que viria a ter uma contração.

E na verdade o que aconteceu foi um misto de agua e sangue que escorreram quando sua bolsa estourou.

Lucius ficou completamente preocupado, não sabia ate aonde tudo aquilo era natural.

Assim que Lucius a deitou na cama, ela segurou seu braço.

— Pelo amor de todo ouro do Gringotes, não me peça para ficar no quarto e assistir. Sou capaz de cair duro. — ele disse dando um sorriso.


Ela sorriu. Já que era difícil com tantas dores.

— Tenho certeza que vê tanta gente em situações piores.

— Os outros. Não você.

— Mas não ia te pedir isso, ia perguntar sobre Bela. Ela não vem? Você a avisou?


Lucius engoliu seco, os olhos dela estavam redondos e molhados pela dor, mas ela não chorava, estava se mantendo forte.

E ele amaldiçoou Bellatrix em pensamento.

Sua esposa tinha perdido os pais e a única família que lhe restou era a irmã. Ate mesmo Regulo tinha vindo.


Ele fingiu dobrar uma coberta, algo que definitivamente não sabia fazer.

— Ela... Eu vou avisar. Vou mandar que avisem.


Narcisa fez uma careta.

— Ela sabe né? Esta tentando amenizar para mim... Ela sabe e não veio.

— Bellatrix é daquele jeito que você conhece. Odeia gritos e resmungo... — ele agitou a mão.

— Não quando ela os causa nas pessoas.

— Ela vai vim, disse que estava chegando. — ele mentiu.


Ah mas Bellatrix viria, nem que ele tivesse de buscá-la pelos cabelos.

— Que bom. — Narcisa sorriu, parecendo acreditar.


Assim que a curandeira chegou com uma auxiliar. Lucius se retirou do quarto.

Só conseguiu falar depois de beber pelo menos três copos de uísque.

— Pare de andar de um lado para o outro. — Severo disse.

— Tinha agua e sangue!

— Isso é normal, Lucius.

— Ela perguntou sobre Bela, e cadê aquela filha de uma rameira aqui?

— Eu realmente espero não ter ouvido um insulto assim sobre minha querida e finada mãe, que por sinal era sua sogra!


Lucius apontou o dedo para ela.

— Se não chegasse logo, iria te buscar.

— Que. Medo. — ela disse fazendo um bico.

— Você realmente não sabe o que são prioridades. — Lucius a acusou.

— E você... — ela começou a dizer, mas foi cortada.

— BELA!


Rodolfo disse. Ela franziu o cenho.

— Não esta na sua casa. Agora coloque um sorriso no rosto e entre por aquela porta. — ele apontou a porta em anexo.

— E não diga palavras desanimadoras para ela. Sou capaz de te matar hoje se fizer isso, e não estou brincando.


Lucius resmungou. Ela apenas ignorou e foi ter com sua irmã.


— Ei garotinha. — ela disse entrando no quarto.

— Bela, finalmente. Por um momento pensei que não viria.

— Esta louca que perderia esse momento? Esta muito ruim?

— Muito. Parece que vou explodir. Literalmente. Por baixo, devo estar ridícula.

— Não. Um pouco suada e com respiração acelerada, mas ainda é linda. — Bela disse, sorrindo.


Narcisa pediu que a curandeira se retirasse um pouco.

— Ela tem medo de você. — explicou a irmã.

— Percebi. Ei, já escolheu o nome? — Bela perguntou. Tentando distrair sua irmã.

— Hm... — Narcisa mordeu os lábios, tentando suprimir a dor. — Alya, Izar ou Sol. Isso se for menina. E Aquila, Scorpius ou Draco. Se for menino. Lucius me deu carta branca para escolher.


Bela sentou ao lado de Ciça na cama.

— Todos lindos. Acho que é um menino.

— Também acho. Lucius gosta mais de Scorpius e Draco. Mas prefere Draco.

— É a cara dele Draco. Agora vou deixar você agir, provavelmente esta morrendo de dor.

— Chame Lucius para mim.


Bellatrix concordou, antes de sair.

A porta nem chegou a fechar, quando Lucius entrou.

— Ei.

— Preciso que venha aqui, bem perto. — ela murmurou.


Tentando inutilmente sentar. Era impossível, já que sua barriga tinha baixado e estava pulsando de dor.

— Não faça esforço. Já terá que fazer muita força, logo, logo.


Lucius respondeu, sentando bem do lado dela e a abraçando.

— Preciso te pedir algo...


Ele a olhou. Pavor. Era um pouco do que Lucius sentia antes, mas olhando em seus olhos, essa sensação triplicou.

— Não pense em falar o que vai falar. — ele ameaçou.

— Por favor, Lucius.

— Não. Narcisa não vou ouvir.

— Eu te imploro.


Ele debruçou sobre ela, com todo cuidado do mundo.

E aguardou ela dizer o que ele temia, mas já esperava.

— Se acontecer algo comigo...

— Não vai acontecer! — ele a corrigiu.

— Estou falando se...

— Não vai!

— CALE A BOCA LUCIUS!


Ela gritou impaciente.

Estava sentindo dor, estava em trabalho de parto, precisava desabafar e não queria ser atrapalhada.

— Se acontecer algo, preciso que me prometa que vai cuidar do bebe, jure.

— Ciça, não gosto desse assunto.

— Jure. Apenas jure.


Ele suspirou.

— Eu vou cuidar do bebe. Em qualquer situação. Satisfeita?

— Sim. — ela gemeu de dor.

— Mas não vai haver nada. Você é forte e nasceu para isso.

— Tudo pode acontecer meu bem, a mãe de Rodolfo.


Ele se desesperou. A mãe de Rodolfo morreu exatamente no parto de Rabastan.

— Não diga essas coisas numa hora dessas. Vou chamar a medibruxa, tudo vai dar certo.

— Ok.

— E Ciça... Preciso de você viva, sim? Viva para mim. Eu te amo.


Ele disse beijando sua testa e se levantando.

Quando a porta fechou, Narcisa queria que ele voltasse. Urgente.

Eu. Te. Amo.

Ele disse que a amava.

Depois de anos suplicando um sentimento. Anos ate mesmo achando que tudo estava perdido.

Mas não.


Ele a amava. E isso era tudo que ela precisava saber para viver.


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Notas finais do capítulo

OH MEU DEUS!
MEUS DEUSES!
MEU MERLIN!
ALA!
...

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GENTEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEE, PARA O EXPRESSO QUE EU QUERO DESCER!
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Capitulo fofo e pá... se passarem de 15 COMENTARIOS ate QUARTA FEIRA. Eu posto outro capitulo, se não só domingo que vem U.U
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É isso gente... espero que tenham gostado do capitulo.