Pavões Albinos - Malfoy Family escrita por Taty Magnago


Capítulo 77
77. DRACO LUCIUS MALFOY.


Notas iniciais do capítulo

OPAAAAAAAAAA, prometi e cumpri. Post hoje!!!



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Amor.

Algo que para uns pode ser tão banal, para Narcisa era extremamente importante.

Foi criada num lar onde seus pais se amavam, e amavam suas filhas.

Era a mais nova de outras duas irmãs. O trio mais diferente que podia existir, vivendo durante quinze anos debaixo do mesmo teto, por vezes, se suportava apenas na base do amor.

Claro que ela não era inocente ao ponto de esperar isso de seu marido. Ate porque se casaram mediante a circunstancias litigiosas. Mas ela amava.

Talvez sempre amou Lucius, quando o viu na mesa da Sonserina, com onze anos, já o conhecia de tantos outros eventos.

Ou talvez quando descobriu que ele seria seu noivo. Devotou-se ao ver que tinha se safado de Augustus Rookwood.

Mas ele era imune a sentimentos. Frio, duro.

Talvez não tivesse diferença alguma de Augustus.

Mas ali estava, as palavras se repetiam tantas vezes em sua cabeça, como se fosse para firmá-las. “Viva para mim. Eu te amo”.

Dor.

Dor.

Dor.

Narcisa Malfoy só conseguia resumir seu estado atual em dor.

Era como se estivesse sentindo cólica, num nível mais alto possível.

E contrações tão fortes que a faziam arrepiar.

Isso sem contar no fato da pressão entre suas pernas.

A força do seu bebê querendo liberdade. Sua respiração estava agitada, isso quando ela conseguia respirar.

— Senhora Malfoy, respire. Só faça força quando a contração vier. Sim?

A medibruxa disse. Narcisa concordou, mas... Era tanta dor. Não tinha como reprimir seus gritos. Toda sua classe tinha ido embora.

Lucius bebia sem parar quando Severo segurou seu braço.

— Me deixe, Snape! — rosnou.

— Vai se embebedar no dia do nascimento de sua criança?

— Vai se foder!

— Lucius, eu também estou preocupado com ela. Mas encher a cara não vai resolver. Se ela precisar de você, estará bêbado.

— Se componha meu filho.

Abraxas, que tinha chegado a um tempinho murmurou.

Lucius pousou o copo na mesinha. Começou a andar de um lado para o outro.

Mas quando os gritos foram ficando fortes e estarrecedores. Ele se desesperou.

Tirou o terno e desabotoou os primeiros botões da camisa branca. Os cabelos estavam presos, mas volta e meia ele os soltava, só para prender novamente.

Bellatrix bufou e passou a andar pela sala. Narcisa estava mais calma, ou era o que parecia. Já que escutava apenas gemidos.

Então, a fazendo saltar de susto, sua irmã voltou a gritar.

— Parece que esta sendo torturada. — ela disse.

— Não diga isso Bela. — Rabastan murmurou.

— Deve ser quase a mesma dor. — Rodolfo respondeu. Já que o trio conhecia bem os sintomas que causavam nas pessoas durante uma boa tortura.

Lucius ia se pronunciar, quando os gritos histéricos de sua esposa, foram substituídos por um choro de bebe.

Estridente, alto e doloroso. Todos na sala se encaravam. A criança tinha nascido.

Narcisa ainda estava anestesiada de tanta dor, se é que isso era possível.

Seu bebê chorava violentamente.

E quando a curandeira se aproximou com intenção de mostra-la sua cria. Foi como se o mundo desdobrasse em mil pedaços.

Como se mudasse literalmente o foco.

Era um bebê pequeno, sujo de sangue e tudo mais. A boca estava aberta, numa reclamação eterna. E pelo visto, o pulmão era bem potente.

— Quero pegar. — ela exigiu.

— Vamos dar banho, enquanto isso a senhora também pode se banhar. Logo estarão juntos. E, é um menino.

A mulher disse, carregando o bebe — que agora ela sabia que era um rapaz —, e levando seu choro junto.

— Senhora Ciça, eu sabia que conseguiria, meus parabéns. — Poli disse.

— Um menino. Ainda não acredito na minha sorte. — Narcisa resmungou, com olhos cheios de lagrimas.

— Posso te ajudar no banho, e o nome?

— Hm... Draco. Draco é mais forte do que Scorpius. — ela explicou, como se fosse necessário. Como se alguém entendesse ou fosse interferir nisso.

A governanta ajudou-a levantar com todo cuidado do mundo. E a enfermeira se colocou no auxilio.

Enquanto se banhava com a enfermeira por perto, ela pensava que tinha finalmente conseguido.

Seu corpo estava moído. Entre suas pernas parecia que nunca mais voltaria ao normal.

A água lava o sangue e lagrimas.

Quando deitou na cama, a curandeira retornava com o bebe ainda chorando.

Estava envolto de uma manta verde escuríssimo, que na barra tinha escrito em letras perfeitas e prateadas: Draco Malfoy.

Seu coração disparou quando ela pousava o pequeno barulhento no seu colo.

Narcisa teve que piscar varias vezes para que as lágrimas descessem mais depressa, não queria um empecilho.

Lagrimas a impediam de ver o quão perfeito era seu filho.

Suas mãos foram diretamente para roupa, e desabotoou a frente do vestido. O bebê parecia apto ao que tinha que fazer, e sem delongas, passou a se alimentar.

Narcisa chorava.

Não de dor.

Chorava de maravilha, chorava de alivio. De gratificação.

Passaria por tudo novamente. Passaria por tudo mil vezes, só para poder sentir o que sentia nesse instante.

Só para poder tocar seu filho.

O bebe era branquíssimo e tinha os cabelos loiros. Não loiros. Mais claros que isso. Iguais aos de Lucius e muito cabelo.

Os olhos também eram claros, azuis? Cinzas? Ainda não conseguia identificar. Pois o mesmo não parecia saber se queria manter eles abertos ou fechados.

— Vamos chamar o senhor Malfoy. — a curandeira disse.

Então todos saíram. Deixando Narcisa com o bebê.

— Te amo tanto, eu estou apaixonada... Você é lindo, é tudo pra mim, todo meu. — ela murmurou. Querendo chorar novamente.

No mesmo instante que a porta era aberta e Lucius entrava. Ele parou por um instante na beira da cama. Narcisa o olhou e sorriu.

— Draco Malfoy? — ele perguntou, com uma voz estranha. Lendo a manta que cobria o bebe.

— Sim, Draco. Draco... — ela ouvia a própria voz pronunciar. — Draco Lucius Malfoy.

— Ciça? — ele perguntou com voz embargada.

Afinal. Seu filho levaria seu nome, isso era...

— Ah Lucius... — ela disse, agora chorando.

Ele sentou com todo cuidado, ao seu lado.

O bebe agora dormia. Ele era tão pequeno que Lucius se assustou.

E ao mesmo tempo era tão perfeito. Tudo detalhadamente feito, dedos, cílios e sobrancelhas, lábios. Os cabelos pareciam os dele.

E agora ele era pai.

E pai de um homem.

Ele tinha seu filho. Seu herdeiro.

E era lindo.

Lucius beijou o cabelo do pequeno Malfoy, então beijou também o de sua esposa.

— Obrigado por ele. — agradeceu.

Ela sorriu.

— Eu pensei que não conseguiria. Pensei que... É tão lindo.

— É sim.

— Ele se parece tanto com você. E franze o cenho, igual a você. — ela disse rindo e chorando ao mesmo tempo.

Ele a beijou.

— Você é fantástica. E eu nunca duvidei que conseguisse.

— Te amo. — ela murmurou.

E quando a curandeira retornou para explicar Narcisa como seria a partir de agora. Lucius teve que se retirar.

Chegou à sala mole. Ainda abalado com o que tinha visto.

— E ai? — Regulo perguntou.

Lucius sorriu para um “nada” particular. Fazendo todos se entreolharem.

— Ele é assim... — suas mãos estipularam uma distancia aproximada.

Então continuou a falar.

— É loirinho, e cabeludo. Tem um rosto... Lindo. E é um menino. Draco. Draco Lucius Malfoy.

— Serio que vai colocar seu nome na pobre criança? — Bellatrix perguntou.

Ele nem se deu ao trabalho de fazer careta.

— A palavra “pobre” é totalmente deslocada numa frase em que esteja falando sobre minha família.

— O nome é bonito. Gostei. — Rodolfo disse.

— E não é novidade o bebe nascer loiro. — Regulo completou.

— Ele se parece comigo. E é um menino. Vocês não entendem...

Lucius disse lembrando-se do bebe.

O tinha visto há uns dez minutos, mas já estava sentindo falta.

Queria estar perto dele e perto de Narcisa. Sua mulher estava muito eufórica e emocionada.

Lucius nunca pensou que a veria assim. Feliz, completa. Era sempre uma surpresa.

O que não sabia era que ele mesmo estava assim.

Pomposo, resplandecente.

Os amigos trocavam olhares curiosos cada vez que Lucius contava outro traço sobre Draco, que se lembrava.

As vezes ele repetia mil vezes alguns, como se parecer com ele e ser um menino.

Estava de fato orgulhoso por ter feito um filho em sua esposa.

— E Ciça? — Bela perguntou.

— Ciça? Ah... Ela parece estar em outro mundo.

— Com certeza sim. — Severo disse.

Era bom.

Sua amiga estava realizada, ele ajudou. Mas nunca se gabaria por isso.

Era a única razão que o deixava feliz.

Já que seu maior amor também estava grávida, e também teria um bebê logo. Talvez ate hoje mesmo.

Talvez daqui a um mês.

Então Narcisa era de fato a única razão para ele estar feliz.

E uma hora depois eles tinham autorização de visitá-la.

O quarto parecia já ter adquirido cheiro de bebe. Narcisa estava sentada na cama e mal olhou para as pessoas ali.

Estava focada demais no bebe que tinha em seus braços.

— E não é que o pequeno Malfoy é mesmo a cara de Lucius! — Rabastan disse.

Lucius estufou o peito de orgulho.

— Então esse pequeno que foi responsável por fazer você gritar por umas três horas inteiras? — Bela disse tocando a cabecinha dele.

Narcisa se remexeu um pouco, e Lucius se aproximou.

Bellatrix podia ser sua cunhada, mas parecia ultimamente estar ficando meio fora de si. E qualquer proteção a mais com seu filho, era bem vinda.

— Nem me lembro da dor. Draco é tudo que eu poderia querer.

— Parabéns Ciça! — Severo disse. Ela o encarou.

— Obrigada Sev, você sabe... Por tudo.

E os convidados, após tomarem um ultimo brinde, foram embora.

Lucius estava ansioso. Na verdade ele estava muito.

Foi ate o maior quarto da mansão, o seu. Após tomar um banho, ele desceu ate o quarto que Narcisa estava com seu filho.

O choro era ouvido desde a sala. Mas não impediu que ele continuasse.


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Notas finais do capítulo

Bom... como podemos ver, a fanfic esta num período de fofura (ounnnnn) (aannnnn) e por ai vai.

Não deixem de comentar, já vi que quando vocês querem, podem muito bem soltar os dedos (?).

Enfim, espero que tenham gostado, ate domingo com o próximo capitulo e nossa programação normal (1bjTVpavões).