Pavões Albinos - Malfoy Family escrita por Taty Magnago


Capítulo 6
6. AMIZADE e CANTADAS.




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— Ei menino. Tudo ok?

— Tudo e você esta melhor?

— Sim, obrigado. E obrigado por não ter espalhado que passei mal.

— Não teria porque eu sair contando. Black né? Narcisa?

— Isso. E você é... ?

— Severo Snape.

— Hmm, obrigado Severo.

Era o primeiro ano de Severo Snape.

Tinha entrado na melhor casa de Hogwarts e em seu primeiro dia de aula viu uma pessoa passar mal. Claro que ele era inteligente o bastante para juntar os fatos e perceber que ela tinha passado mal devido ao primo.

Snape detestou que Lilian ficasse em outra casa, mesmo sabendo que seria impossível ela ir para Sonserina.

Ele odiou no primeiro momento Tiago Potter e Sirius Black, que era o primo da menina que ele tinha ajudado.

Através desse ato Snape tinha ganhado pontos com o monitor de sua casa e famoso no meio escolar.

Ele tinha arrumado também um bom grupo de colegas, pessoas mais velhas, mais inteligentes, dentre eles: Avery, Andromeda e Narcisa Black, Lucius Malfoy, Bartô Crouch, Rabastan Lestrange, Eloá Bulstrode, Ronan Goyle, John Crabbe, Walden Macnair.

Esse ultimo, era melhor amigo de Lucius.

— Esta ferrado Luc!

— Grande amigo Walden, uma cobra seria menos perigosa.

— Você devia estar agradecendo que seu pai vai te pressionar para arrumar uma esposa com sangue puro.

— Mas independente disso eu nunca me casaria com alguém sangue ruim.

— Ate que tem umas mestiças que são comestíveis.

— Porra Macnair, ate elas você esta pegando?

O rapaz moreno sorriu para o outro.

— Elas são as mais fáceis. Por falar nisso, como sou um ótimo amigo, arrumei um encontro para eu e você hoje à noite.

— Eu com você? — Lucius brincou, fazendo o amigo gargalhar.

— Esta tão na seca assim Luc? Aceitando ate macho?

— Desconjura! Meu negocio é mulher e bem gostosa. Você sabe disso.

— Sei...

Os dois estavam num banco no corredor central, cada garota que passava dava risinhos para eles, e bom... Eles não perdiam a oportunidade.

— Olha. Já pegamos quase um terço das garotas aqui em Hogwarts.

— Acho que não chegamos a pegar isso tudo.

— Fala seus víboras. — um garoto se aproximou.

— Sim, se incluir o Rookwood eu e você, com certeza pegamos um terço.

— O que? — Rookwood perguntou.

— Ah Augustus, Walden esta especulando que nós três devemos ter pegado um terço das meninas aqui em Hogwarts.

— Por ai... — concordou.

Augustus Rookwood sentou no banquinho com os outros dois.

— Minha meta agora é outra... — começou a dizer.

— A é, e qual é essa sua meta?

— Dar uns agarros na Black.

— De novo? Você não já pegou Andromeda? — Walden perguntou.

— Já. Não a Andy, a Ciça.

— O QUE? — os dois perguntaram.

— Pegar Narcisa Black. Viu como ela esta? Gostosa demais.

— Acho que você não tem chance. — disse Lucius.

— Definidamente não. — Walden completou.

— Ciça gosta de homem bonito, e graças a Merlin eu tenho essa graça. Ela namorava aquele Tom Scamander. Não vai ser difícil.

— Ela não deve querer te namorar.

— E quem esta falando em namoro? — Rookwood disse sorrindo.

— Esta louco ou o que? Vai levar a menina para cama e dispensar? Narcisa Black? — Walden disse assustado.

— Não, levar ela para cama é sonhar demais. Vou só dar uns beijinhos, como fiz com Andy.

— Pago para ver.

— Quer apostar quanto?

— Cinquenta galeões. — disse Walden.

— Eu pago cem galeões para cada um se os dois ficarem com a Narcisa. — Lucius disse.

— OS DOIS?

— Conquista é conquista.

— Eu pago quinhentos galeões para os dois se depois que eu ficar com ela, vocês dois fiquem também. — disse Rookwood.

— Então Augustus você fica, depois eu e depois Lucius? Ai você vai pagar quinhentos galeões para cada um de nós?

— Isso.

— Não ligo para o dinheiro, mas aceito a aposta.

— To dentro. — disse Macnair.

— Então esta apostado. — Rookwood disse saindo.

— Não acho que eu vá conseguir dar uns beijos em Narcisa. — Macnair disse.

— Walden, Walden meu amigo, você não faz ideia do que eu fiz no primeiro dia de aula...

— Mas é obvio que você vai contar.

— É obvio. Narcisa passou mal, e eu a levei para enfermaria. Ela desmaiou, sabe... Indefesa, no meu colo. E eu a beijei.

— Pelo veneno do Basilisco. Você o que?

— Beijei mesmo.

— Por que não disse para Augustus que passou na frente dele?

— Porque se você não prestou atenção, ela estava DESMAIADA. E isso não pode vazar.

— Sortudo demais Malfoy, para o inferno!

E Lucius sorriu pomposo.

O grupo mais unido da época, não era simplesmente unido por nada.

Seus pais foram unidos, seus avos e antecessores. Todos com o mesmo plano, todos acreditando na mesma coisa, e defendendo a causa.

Bruxos bons, são os com sangue puro.

Ninguém aceitava a mistura de raça, acreditavam que por causa do sangue puro, a magia forte ia transcorrendo por família, o que de tudo, não é mentira.

Os homens tendiam a serem semelhantes, cada um com sua beleza ou com a falta dela, por exemplo:

Augusto Rookwood era alto, pele branca com algumas pintas, cabelo castanho meio oleoso e olhos também castanhos.

Lucius Malfoy era diferente de todos, mas seguia o padrão de sua família. Alto, cabelo loiro bem claro, olhos acinzentados.

Walden Macnair era alto e musculoso, cabelos e olhos escuros, insistia num bigode que nem sempre assentava. Bonito apenas.

Rabastan parecia com seu irmão mais velho Rodolfo. Cabelos cuidados castanho escuro, rosto fino e sorriso sarcástico.

Avery parecia seu pai, também chamado de Avery. Era baixo, cabelos mais claros e olhos fundos, como se nunca dormisse bem.

Thor Rowle era um dos que mais chamava atenção junto com Lucius, por ter cabelos loiros também. A diferença é que ele era ainda mais musculoso que o Malfoy.

E Bartô tinha o cabelo claro e bastante sarda.

Já as meninas eram cada uma de um jeito, a começar pelas Black. Bellatrix e Andromeda tinham suas semelhanças. Olhos expressivos, grandes. Cabelos escuros, altas. A diferença estava no tom desse cabelo escuro, o de Bela era ainda mais forte.

Narcisa era o oposto, baixa, magra, cabelos loiros, olhos azuis.

Aleto era alta e cheinha, cabelos e olhos escuros. Eloá era da mesma forma, porem mais baixa e magra.

O mais novo no grupo: Severo Snape, era magrelo, branco. Cabelos pretos e o nariz meio grande.

Os dias foram passando, claro que Narcisa percebia uns comentários aqui e acolá de Rookwood para ela. Mas foi próximo à festa que o professor Horácio daria, que Augustus investiu suas fichas.

— E ai Narcisa, tudo bem? — ele chegou perguntando.

A loira estava sentada na mesa da Sonserina, no horário próximo ao jantar.

— Ótimo.

— Que bom, hein, você não quer me acompanhar na festa do professor Horácio?

Ela deu um sorriso. As pessoas sentadas ao redor estavam quietas. Inclusive Walden e Lucius estavam sentados logo à frente, junto com Thor Rowle.

— Não.

— Não?

— Não.

— Posso saber por quê?

— É claro. Primeiro, eu não quero. Segundo, já vou ao jantar com o Thor.

— Thor? — Augustus olhou para o colega que estava recebendo a noticia naquela agora.

— Não que eu seja melhor que o Thor, mas qualquer pessoa que enxergasse direito perceberia. — disse convencido, não aceitando perder.

— Acho que seu espelho esta quebrado, Rokwood. Além do mais, prefiro os loiros.

— Então deixa para próxima, quem sabe. — ele disse saindo de lá. Sem ouvir a resposta dela.

— Eu te falei que ele iria fazer isso. — Severo Snape disse.

A loira concordou com um aceno.

Severo escudou uma conversa de Augustus sobre dar uns beijos em Narcisa, ele não conseguiu identificar quem era o ouvinte, mas a conversa foi clara. E ele mais do que depressa, avisou a loira.

— Então Ciça, vai com Thor mesmo? — Andromeda perguntou sorrindo.

— Vou.

O loiro grandalhão deu sorriso ainda melhor.

— Tenho que escrever para minha mãe, preciso de uma roupa mais bonita, certo? — disse sem jeito, sob o olhar fixo da loira.

— Faz isso, peça a roupa mais bonita que tiver.

E Thor Rowle saiu rapidamente para a masmorra.

— Sabe Narcisa, você não precisava ter escolhido o Thor, bastava apenas dar um fora no Rookwood. — Eloá disse.

— Eu sei, mas quis assim.

— E sobre preferir os loiros? — Macnair perguntou, enquanto dava um chute em Lucius por baixo da mesa.

— É verdade. — Narcisa respondeu, tomando o ultimo gole do suco de abobora.

— É, mas ainda tinha Lucius como opção, ele é bem loiro. — Walden completou sorrindo.

Narcisa se levantou e deu um falso sorriso.

— Ainda tem o baile do dia das bruxas. — respondeu saindo da mesa.

A resposta fez com que Walden Macnair arregalasse os olhos, e Lucius desse um sorriso grande.

— Você viu Lucius, viu? — Walden disse quando os dois iam para masmorra.

— Vi.

— Só faltou ela sentar-se à mesa, abrir as pernas e dizer “vem Lucius”!

— Sem exageros!

— Ok. Mas foi quase isso, ela te deu uma cantada!

— Não deu, ela só deixou um aviso que no baile do dia das bruxas ainda estava disponível.

— Ela gosta de loiros, do nosso grupo praticamente só tem você e o Thor.

— Sei que ela gosta de loiro.

— Então?

— Então o que?

— Vai convidá-la para o baile?

— Calma Walden, ela foi muito seca com Rookwood, deve estar sacando algo.

— Não esta.

Lucius deu ombros.

E antes dormir sorriu lembrando-se do seu amigo levando um baita fora em pleno jantar, logo o conquistador Augustus Rookwood. Essa ficaria para historia.

Ate que ir ao jantar do Slughorn acompanhada de Thor não foi tão ruim, era o pensamento de Narcisa.

O rapaz basicamente só tinha tamanho, parecia conversar fluentemente com seus amigos, mas bastava à loira dizer um “A” que ele se embolava nas palavras.

Passou a maior parte do jantar ao lado do professor, recebendo todos os elogios.

— Mas a beleza dos Black ficou toda com você Narcisa.

— Ah professor, como é delicado.

— Ai d quem não concordar comigo. Do que esta rindo senhor Rookwood? Por acaso acha a senhorita Black feia?

— Não senhor, pelo contrario.

E a loira deu um sorriso seco para Augustus.

— Tenho certeza que seu encontro foi um fracasso! — Augustus a provocou, assim que o grupo entrou na masmorra da Sonserina.

— Qual é o seu problema? — ela perguntou ficando de pé com a varinha na mão.

O rapaz olhou para ela e depois para varinha antes de dar uma gargalhada.

— Que medo. — ele murmurou. — Sabe, achou que vou dar uma ideia para meu pai conversar com o seu, um casamento entre nossa família não seria nada mal.

— Não ouse, tenho nojo de você! — a loira disse com medo.

Mas antes de Narcisa tomou qualquer outra atitude, Andromeda levou a irmã para o dormitório feminino.

— Ciça, esses meninos são barra pesada, você não iria querer arrumar confusão com eles.

— Dane-se.

— São amigos de Bela, os pais deles são conhecidos mesmo de papai.

Isso bastou para Narcisa de calar, o pai de Augustus Rookwood era colega de seu pai, se a infelicidade assolasse sua vida e eles negociassem um casamento, a loira teria de aceitar o rapaz, que nesse momento, odiava com todas as forças.

Dormiu e teve um pesadelo terrível em que se casava com Augustus.

Poucos meses depois, a dia das bruxas estava chegando, e como de costume, o baile também.

— Sua irmã deve estar se descabelando, ela que enchia a boca para dizer que os Black são isso e aquilo, enquanto seu priminho foi para Grifinoria.

Aleto disse um dia durante o café da manha.

Narcisa a odiava com todas as forças.

— Se eu fosse você não ficava falando de Bellatrix por ai, é só um aviso.

A menina deu ombros, mas não ousou dizer mais nada.

— E ai, muitos pretendentes para o baile como todos os anos Narcisa? Sabe com quem eu vou? Tom Scamander.

A menina disse saindo dali saltitando.

Narcisa deu um sorriso sem humor. Aleto ia ao baile com Tom? Isso é o que ela pensava.

De tarde naquele dia Narcisa sabia que ele iria para a biblioteca após o treino de quadribol, como sempre fazia.

A loira sentou uma sessão sozinha e fungou quando ele passou.

— Narcisa? — o rapaz perguntou se aproximando.

A loira fingiu um choro.

— Ah oi Tom, você parece ótimo.

— O que houve Narcisa? Esta chorando?

— Não. Só estou preocupada, cheia de deveres sobre poções, e o baile se aproximando, sem nem um par...

— Duvido que não tenha um par.

O rapaz disse sentando-se ao lado dela. Ela desviou o olhar, ele era tão lindo.

— Tem uns caras estranhos e um menino que me persegue, tenho medo sabe.

— Te perseguem?

— É, e eu inventei que tinha par e não tenho... Você com certeza já esta acompanhado né Tom?

Ela disse encostando sugestivamente nele.

— Eu... Eu estou... Não. Não tenho par. Mas ficaria honrado em te levar ao baile.

— Que lindo, claro que aceito.

A loira ficou de pé e curvou sobre ele, depositando um beijo no rosto, bem próximo a boca.

— Narcisa? — ele chamou quando ela se afastou.

— Sim?

— Se precisar de ajuda com os exercícios me avise.

E ela concordou saindo da biblioteca.


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Notas finais do capítulo

Comentem bastante lindezas!