Pavões Albinos - Malfoy Family escrita por Taty Magnago


Capítulo 5
5. UNIÃO.




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CASAMENTO.

Luxo, festa, glamour. Casamento de um Black tinha tudo isso e mais um pouco.

Bellatrix escolhera um vestido longo cinza, bruxos não se apegavam a cores, na verdade o branco num casamento de sangues puros era quase um disparate, já que trouxas aderiram essa cor para a ocasião.

Geralmente as mulheres escolhiam um vestido que combinasse com seu futuro marido.

Pelo menos o habito de manter escondido o modelo da roupa permanecia.

Bellatrix sabia que o vestido era lindo, e tinha semelhança tremenda com Rodolfo. Mas ela queria vestir um negro, e colocar fogo nesse.

Ela queria de quebra trocar de marido.

Teve uma noite turbulenta. Sonhos com morte, sonhos eróticos e em todos eles estava Lorde Voldemort.

Ela não podia ter conhecido na véspera de casamento. Tudo tinha ido por agua a baixo, sua sintonia de anos com Rodolfo, aguardando essa data... Tudo perdido.

— Como consegue ficar mais linda que a noiva? — Bela perguntou quando Narcissa entrou no quarto que ela estava.

A caçula usava um vestido justo e na cor vinho, que destacava seus cabelos.

— Impossível minha irmã. Hoje deixou você ser a mais linda! — disse num tom de brincadeira.

— Ai Ciça... — Bela murmurou abraçando a irmã.

No mesmo momento Andromeda entrava no quarto e abraçou as duas.

— O que foi hein? Isso é tudo saudade das suas irmãzinhas? — perguntou.

— Não sei o que eu quero da minha vida. — a morena admitiu.

— Como assim Bela? Seu casamento vai começar daqui a vinte minutos e me fala isso? — a loira disse.

Bellatrix suspirou.

— Estou preocupada, não sei se quero mesmo me casar com Rodolfo.

— Vocês são tão bem juntos, Bela, sabe que não pode reverter isso. — a mais nova disse.

Sabia que Rodolfo gostava de sua irmã, o amor não era necessário de primeira, isso chegaria com os dias de casada, pelo menos foi o que ela aprendeu.

— Quer que chame mamãe? Ela pode tentar conversar com papai... — Andromeda disse.

— Andromeda não seja louca! Bela namora desde sempre Rodolfo, estão planejados para casar, papai simplesmente enfartaria.

— Ciça tem razão, isso deve ser nervosismo. Vamos. Temos um casamento pela frente.

Bellatrix agradeceu a ausência de Voldemort na cerimonia, preocupava que se ele aparecesse, desistisse do casamento.

Mas ele apareceu na festa que ocorreu no salão dos Black.

— É disso que estou falando Lucius.

— Papai, combinamos não falar sobre isso por enquanto.

— Não estou mandando você se casar agora, estou apenas fazendo observação de como deve ser feito.

— Abraxas Malfoy, meu grande amigo.

— Ah Cygnus, quanto orgulho, meus parabéns.

— Sempre soube que Bellatrix iria nos orgulhar.

— E como, fico muito feliz por você meu amigo.

— Daqui a alguns anos é você Malfoy.

— Sim, sim. Mal vejo a hora de ter um neto.

Lucius revirou os olhos. Ele tentava retardar a conversa de casamento e o pai já queria um neto.

— Papai, mamãe esta te procurando. — Narcissa se aproximou com calma do pai.

Sabia o quanto Cygnus odiava ser interrompido, mas a mãe estava quase explodindo.

— Vou ver o que Druella quer, Ciça faça companhia aos Malfoy.

A loira deu um sorriso, mas Lucius sabia que era falso.

— Você ajudou na festa querida? — Abraxas perguntou.

— Na verdade fiquei responsável por boa parte da decoração, o senso de Bela não é dos melhores. — ela disse com sinceridade.

— Tem muito bom gosto.

— Obrigado senhor Malfoy.

— E você, já pensa em casar?

— PAI! — Lucius advertiu.

— O que?

— Narcisa tem treze anos.

— Ah sim, mas se bem conheço Cygnus, você já deve estar com o casamento marcado.

— Meu pai é tão previsível, só que não. Mesmo já pensando em casamento, não tenho pretendente em mente.

O sorriso de Abraxas Malfoy foi claro, Lucius queria sumir na melhor das hipóteses.

— Que coincidência, Lucius também não tem uma escolhida.

— Ah sim senhor, coincidência.

— Mas não creio em coincidências.

Abraxas Malfoy disse quando Cygnus se aproximou e Narcisa se despediu.

Homem meio doido, foi o pensamento dela a respeito de Abraxas.

Na verdade ela sabia que Lucius era muito legal e tinha vários amigos. Era isso que Andromeda e Bellatrix falavam. As duas andavam no mesmo grupo que ele. Não que Ciça ficasse de fora.

Ela sempre estava com eles, mas nunca tinha criado uma amizade com todos, ou com Lucius.

Era bem intima de Rabastan, pois além de tudo, era seu cunhado.

E ria das piadas de Bartô, mas o ignorava na maioria das vezes. Ele tinha um tipo de queda mortal pela loira, e isso enchia a paciência ate dos colegas deles.

O casamento foi um sucesso. No dia primeiro de setembro Narcisa, Andromeda e agora Sirius Black, viajavam no expresso de Hogwarts.

Sirius foi um dos primeiros a ser chamado para sentar no banquinho.

— Grifinoria!

Narcisa sentiu seu corpo amolecer.

Colocou a cabeça entre os braços e fechou os olhos.

— Esta passando bem? — um primeirista perguntou.

— Estou... Acho que não. — a loira disse.

— Vou te levar a enfermaria, com certeza tem uma aqui.

— Você não pode sair da mesa, tem que ficar ate o final. — ela murmurou, sua língua parecia estar enrolada.

— Mas você esta passando mal! Ei, você. Malfoy? — o menino perguntou ao loiro com insígnia de monitor.

— É do primeiro ano certo? Daqui a pouco levo todos ao dormitori...

— Não é isso. Acho que ela esta passando mal. — o garoto apontou para Narcisa que mantinha a cabeça baixa entre os braços.

— Ei Ciça, esta tudo bem? — Lucius perguntou levantando a cabeça dela.

— Esta. — disse, mas era visível que não estava vem.

— Vem aqui Black.

O loiro disse levantando-a e passando um braço nas costas dela, saindo para o corredor em meio a tanto falatório dos alunos retornando a aula.

— Você, qual seu nome? — Lucius perguntou ao menino que seguia os dois.

— Snape, Severo Snape.

— Snape, não dê alarde, nem comente com ninguém. Volte para mesa que vou deixa-la na enfermaria.

— Tudo bem.

O menino voltou para mesa e Lucius seguiu com Narcisa no corredor.

— O que você tem Narcisa?

— Não sei, meu corpo parece uma gelatina. Deve ter sido o desgosto.

— Claro... Um Black na Grifinoria.

Ela sentiu raiva e o empurrou, no mesmo momento tudo girava. Foi aparada pela parede nas suas costas, e logo sentiu que Lucius a abraçava de novo.

— Deixa de bobeira, não esta conseguindo ficar de pé.

Ela apenas gemeu, essa vertigem não passava.

— Pelo menos ele não foi para Lufa-Lufa. — Lucius tentou ser solidário.

Mas se arrependeu ao vê-la escorrer pelos seus braços. Narcisa tinha desmaiado.

Sem esforço pegou a menina no colo, baixinha, magra, nada muito difícil. Lucius sentiu algo formigar em sua barriga ao abaixar o rosto e sentir o perfume que vinha de seu pescoço, era forte e gostoso.

O corredor estava um breu vazio, Lucius olhou para os lados e fez algo impensável.

Encostou sua boca na dela. Fez isso uma e duas vezes.

Na terceira passou a língua também, gemeu a perceber que precisava de uma mulher. Hormônios da adolescência explodiam dentro dele.

Mas essa mulher não poderia e nunca seria Narcisa.

E ninguém além do próprio Lucius, saberia desse acontecido.

Pressão baixa.

Narcisa ficou nervosa, sua pressão abaixou e pronto, isso bastou para sucumbir. E tudo isso pelo choque em ver um membro de sua família entrando em uma casa que não fosse Sonserina.

Era como se um descendente do próprio Salazar tivesse entrado em outra casa de Hogwarts. Era como se um trouxa entrasse na Sonserina.

Assustador, impossível. Ou não.


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Notas finais do capítulo

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