Pavões Albinos - Malfoy Family escrita por Taty Magnago


Capítulo 51
51. ULTIMATO.


Notas iniciais do capítulo

Não consigo ficar sem postar aqui. Nem deixar vocês de greve.
Também não vou ficar implorando comentários, recomendação ou coisa do tipo.
Cada um faz o que achar mais digno. [:(]
Agora vamos ler?
AVISO: Se preparem pois o capitulo esta FORTE. (e não no bom sentido).



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A mulher era bem mais alta que ela. Tinha um vestido longo e rodado, nos cabelos levava um tipo de véu. Olhava com firmeza para baixo, bem para os olhos de Narcisa.

— Solte-me.

Ela ordenou, com medo.

A mulher apertou sua mão.

— Deixe-me ler sua mão.

— Não.

Ela tentou puxar o braço, mas foi em vão.

Narcisa queria gritar para a mulher a sua frente, queria avisar que ela era uma grande charlatona, que mesmo sem sua varinha, era mil vezes mais poderosa que uma trouxa nojenta.

Lucius tinha se distraído por segundos, quando percebeu que Narcisa não estava ao seu lado.

Algo amargou sua boca, Narcisa odiava tudo relacionado aos trouxas, não gostava de se envolver. Tinha medo.

Merlin, sua esposa devia estar desesperada.

Com o coração a mil, ele voltou o pequeno trajeto e logo a viu.

Uma mulher, Lucius conhecia esse tipo. Era como ilusionistas trouxas, essa era cigana. E estava agarrada na mão de sua esposa.

— Me solte. Não quero que leia minha mão. Não acredito em você.

— Será rápido. — ela puxou a mão esquerda.

Lucius tocou o braço de sua esposa.

— Senhora, pode soltar minha mulher? Agora.

— Ela não larga, ei, nem tente tirar meu anel e minha aliança! — a loira disse, ao perceber como a mulher alisava seus dedos.

Teria que desinfetar o local, com certeza.

— Eu vejo que algo que deseja muito. Sim, deseja muito... Não vai ter.

— É uma palhaçada.

— Solte a minha mulher, ou eu mesmo vou arrancar seus braços do corpo.— Lucius disse com frieza.

A cigana a frente pareceu vacilar.

— Seu maior desejo não vai se concretizar. — disse olhando Narcisa. E soltando sua mão.

O olhar dela fazia Narcisa estremecer de pavor.

— Esta vendo esse anel que tentou roubar? Na mão que diz ter lido? Pois bem, meu maior desejo era me casar, e aqui estou, em lua de mel. Sua tremenda ladra mentirosa!

A mulher deu passos atrás, ao ver Lucius sacar com disfarce, sua varinha.

Era como se ela entendesse com quem estava mexendo.

Sumiu com rapidez entre as pessoas, Lucius sentou Narcisa num banquinho e foi atrás da mulher.

Estava tudo errado.

Dois minutos depois ele voltou. Sem trocarem palavras, voltaram para o chalé.

— Vou tomar banho, preciso ficar pelo menos duas horas com a mão debaixo d’água. — ela disse, indo para o quarto. Ele a seguiu.

— Por que esta toda estranha comigo? Já esta tudo bem.

— Tudo bem? TUDO BEM? Lucius, você me deixou sozinha no meio de vários trouxas enquanto eu estava num estado de choque.

— Tinha que dar aquela mulher o que merecia.

Narcisa respirou fundo.

— O que merecia? Fez o que com a senhora louca? A matou? — ela não esperou ele responder, pela hesitação, devia ter feito mesmo isso.

— Ela te forçou a ouvir, te aborreceu, não ia permitir isso. Fiz por você. — ele disse como se fosse obvio.

A mulher ficou um pouco mais calma. Razões corretas, ações erradas. Só que era Lucius e podia se esperar tudo.

— Eu estava arrasada. Só queria que você tivesse ficado ao meu lado, valeria mais do que ter ido atrás daquela alucinada.

Ele a abraçou.

— Estou do seu lado agora. Quer que te ajude a tomar banho? Seria um prazer, de verdade.

— É constrangedor.

— Não é nada. Constrangedor é somente a primeira vez, já conhecemos um ao outro.

— Não sei...

— Vou preparar a banheira. — ele falou sem esperar sua resposta. Saiu dando um sorriso malicioso.

Narcisa sentou na cama e riu. Então a alegria se esvaziou ao lembrar-se do olhar da cigana esquisita. Sua frase ecoava na mente de Narcisa.

Mas era verdade, ela estava casada, esse era seu sonho. Com certeza era coisa da sua cabeça.

Os dias que se passaram serviram para que os dois se conhecessem melhor. Evitaram sair para as refeições, preferiam fazê-las no conforto do chalé.

Lucius também a procurava todos os dias, o que era bom. Bom em todos os sentidos, já que ela estava aprendendo como agradá-lo e demonstrava que ele tinha gostado de estar com ela. Alem do fato de estarem bem mais... Amistosos.

Lucius não via porque ser cruel. Narcisa era legal. Ou estava. Mesmo mantendo a pose seria, dizia algumas coisas engraçadas.

E Narcisa percebia que Lucius gostava de sorrir, de falar dos outros, de falar alguns palavrões, ate de fazer piada. Ela sabia que ele com seus amigos, era assim. Mas nunca pensou que alcançaria esse patamar.

Olhando bem, ele tinha muitas responsabilidades, mas não passava de um garoto com dezoito anos. E vendo dessa forma, imaginava como “todos”, e isso incluíam principalmente Abraxas, massacravam e exigiam dele.

Talvez fosse essa a razão para tanta arrogância.

Ela tocou os cabelos loiros a sua frente. Lucius dormia tranquilamente, com a varinha ao seu lado.

Os cabelos eram tão macios e hidratados que ela soltou uma injuria, afinal, por que um homem tinha que ter um cabelo tão lindo e invejado?

Depois ela riu de suas idiotices.

Ele era seu marido. E era tão lindo.

Ela suspirou apaixonada. Merlin parecia que cada dia o amava mais. Ele podia estar sendo legal por esses dias, mas era nítido que a paz morria aí. Não tinha sentimento da parte dele.

— Estou acordado, sabe... — ele disse com olhos fechados ainda.

Era de madrugada, Narcisa não conseguia dormir, e mesmo com uma vela, podia vê-lo tranquilamente.

— Não quis te acordar.

— Quis sim, esta mexendo com meu cabelo. E com o corpo debruçado no meu.

— Você é lindo. Seus olhos são tão...

— Cinzas? — ele disse, tentando desviar a atenção do elogio.

— Eu ia dizer brilhoso. E nem tem tanta luz aqui.

Ele a encarou, para ver se estava brincando ou algo do tipo. Ela falava serio.

— Tudo em você é perfeito. O rosto, nariz, corpo.

— Corpo consiste em todas as partes? — ele disse com malicia. Ela concordou num aceno.

— Todas as partes. É tão perfeito.

— Para com isso Narcisa. — Lucius respondeu, mais serio.

— Não posso te elogiar? Merlin, você é tudo que eu sempre quis.

Lucius sentou na cama.

— Não gosto de trocar figurinhas desse jeito. Esta falando algo, porque quer ouvir outra coisa em resposta.

— Não. Não mesmo Lucius.

— Todas são assim.

— Ficou com tantas mulheres assim? E ainda me compara a elas?

— Já falei que não vou falar sobre as mulheres que peguei, com você.

— Tem medo de falar, medo de parecer fraco por isso.

Ele a olhou com frieza.

— Serio que pensa que sou assim? Pois bem... Vejamos, já fiquei com muitas mulheres, já fiquei com uma cada dia da semana em Hogwarts. Já fiquei com duas ao mesmo tempo. Elas tinham um corpo mais bonito que o seu, é muito magra. E faziam coisas com a boca, essas coisas que você julga serem constrangedoras demais, elas me chupavam. Era muito bom. E montavam em mim. Outra coisa que você não faz. Quer mais algum detalhe, querida esposa?

Narcisa estava tremendo demais. Na verdade a cama parecia tremer junto com ela. Se Lucius se sentisse intimado, ele se armava ate os dentes e atacava. Justamente como uma serpente. Ela o acusou de ter medo ou medo da fraqueza. Ele a bombardeou. Era doloroso.

— Acho que não preciso de mais detalhes. — ela disse com calma, olhando para o teto. Olhar para o teto ajudava a se segurar para não desmoronar.

— Que bom, mas quando quiser basta me falar. Tenho uma lista.

— Não precisava de me elogiar, nem mesmo de fazer o que acabou de fazer. Só queria te dizer anteriormente, que não sou como as outras. Que não faço as coisas por interesse. Elogiei-te por que... Porque amo você.

— Essa é a nossa diferença Narcisa, e eu não te amo.

Ela tocou o próprio rosto que parecia estar tremendo. Ia chorar.

Não podia mostrar-se tão fraca. Não na frente dele.

Ficou rapidamente sentada e quando seu corpo se movia para ficar de pé, algumas lagrimas já saiam.

Lucius puxou seu braço.

— Onde pensa que v...

Ele parou de falar ao ver que ela estava chorando. Caramba, isso não fazia bem pra ele. Não agüentava choro.

— Pare de chorar, sabia que chorar demonstra toda sua fraq...

— FODA-SE. — ela gritou, fazendo com que ele arregalasse os olhos. — Não me importo. Não estou no meio da comunidade bruxa. Estou sozinha com você aqui, faço o que bem entender.

— Não faz nada, é minha esposa. Faz o que eu quiser.

Ela chorava e nem se importou se isso o incomodava.

— Não se engane Lucius. A partir de agora faço o que eu quiser. Entende?

— É guerra? Achei que você tinha aprendido que não deve tentar competir comigo, é fraca demais. Temos um acordo, obediência. Esqueceu?

— O acordo foi feito, você cumpriu sua parte nos unindo e limpando o nome da minha família. E eu simplesmente estou propensa e declinar minha parte do acordo.

— O que quer dizer? Ficou louca?

— Quer dizer que não vou ser uma boneca que você manda e desmanda. As coisas vão seguir sobre seu rumo, mas pode apostar que vão seguir tão sobre o seu como sobre o meu rumo. Vou mandar. Sou ótima nisso.

Ele riu tão falso que ela quase amoleceu de medo.

— Que pena se acha que pode quebrar uma promessa comigo. E mais, pode ate estar com raivinha por ter ouvido o que não queria. Mas sua insolência de agora não vai ser esquecida por mim.

— A promessa de obediência já esta quebrada. Viu? Muito simples. Da mesma forma que me prometeu não se tornar um deles, e quebrou. Mudo minha palavra. Sou sua esposa e não sua filha e não vai mandar em mim.

Ele se moveu tão rápido que ela ate tentou correr, mas foi em vão. Quando as mãos dele apertaram os braços, ela parecia diminuir de tamanho.

— Você não vai querer jogar esse jogo. É em tudo inferior a mim e pelo visto, sem respeito algum.

— Não vou ser um fantoche, não tenho medo de você. Nem dessas suas ameaças. Quero que se ferre.

Lucius ergueu a mão. Ia lhe bater, ela sabia. E pelo rosto vermelho de raiva que ele tinha, ia doer demais.

Narcisa nunca tinha apanhado de seu pai. Suas irmãs sim, talvez agora realmente merecesse.

E foi tão forte que ela sentiu gosto de sangue na boca.

O rosto impactou para o outro lado, queimando bastante. Queimando de dor. Queimando de vergonha. E medo dele continuar.

Narcisa saiu correndo pela grande porta de vidro que dava para praia. Precisava sumir.


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Notas finais do capítulo

Capitulo refletiu meu humor... Espero qeu tenham gostado, não percam a esperança com Lucius, no fundo ele é bom... ou não.
Comentem.