Pavões Albinos - Malfoy Family escrita por Taty Magnago


Capítulo 44
44. VERGONHA ALHEIA.


Notas iniciais do capítulo

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Lucius tinha consciência do choque que criou nela.

Sabia que a menina estava passando mal no banheiro, isso era completamente desrespeitoso. Mas ele não conseguia sentir aversão.

Ele queria entrar e ver se ela estava bem. Queria abraça-la e a acalmar.

Mas sabia que qualquer reação seria inútil. Narcisa era previsível na maioria das vezes.

Sempre com aquele semblante fechado e esnobe. E com ele, só com ele, o sorriso e carisma que pareciam ganhar vida quando se juntavam.

Mas agora... O olhar dela era de descrença e nojo. Um olhar que Lucius sentia como se uma urticaria emanasse da marca negra.

E talvez, Lucius jamais conseguiria uma reação de animo da sua noiva. Talvez ele tivesse apagado a metade do amor que ela dizia sentir por ele.

Dane-se. Era seu principal pensamento. Mas sua mente entrava em conflito, pois não queria perder isso. Não queria perder o que ela sentia, o amor dela chegava nele de alguma forma. Não podia perder isso.

— Narcisa, você esta bem? — ele perguntou, batendo na porta.

Não obteve resposta.

Após poucos minutos a porta é novamente aberta.

Narcisa estava com a varinha na mão e o rosto intacto. Ele podia jurar que ela não tinha chorado e nem passado mal. Provavelmente usou algum feitiço para voltar à compostura.

Mas não tinha humor. Nem mesmo o olhou nos olhos, algo que ela fazia sempre.

— A mansão esta ótima. Obrigada pelo jantar, agora se me der licença...

A loira disse com palavras medidas.

Lucius a viu passar por ele, mas nem se moveu. Queria deixar Narcisa digerir a informação. Mas ao descer para a sala, descobriu, surpreso, que ela tinha ido embora.

Simples assim.

Narcisa não aguentaria passar um minuto a mais naquela casa. Tinha medo ate que ficasse traumatizada de entrar naquele quarto.

Foi embora. E no outro dia era apenas uma carranca emburrada.

— Ciça hoje de tarde tem mais uma prova do vestido, depois será apenas a ultima no fim do seu ano. — sua mãe disse.

— É ate bom, tenho que fazer algumas alterações no vestido. — a loira respondeu.

— Lucius veio cedo hoje aqui e lhe deixou essa carta.

Narcisa remexeu o papel sem abrir.

— Deve ser algo sobre a festa de aniversario do ministro. Algumas famílias foram convidadas. Lucius anda muito intimo do ministro.

Druella disse com orgulho do futuro genro. Mas Narcisa se arrepiava de nervoso só de lembrar-se dele.

E como sua mãe disse, a carta era mesmo sobre o aniversario do ministro da magia, que seria no outro dia.

A carta era curta e direta. Era para Narcisa ir ao local com sua família, que lá ele a encontraria.

De tarde Narcisa estava em um dos ateliês mais caros da comunidade de Londres. Guardado em um local exclusivo, o vestido de casamento dela já estava pronto. Era tão lindo e perfeito que a moça quase esqueceu o ocorrido na noite anterior.

— Ficou maravilhoso, do jeito que você queria. — a senhora Perez Malkin, irmã da popular Madame Malkin e dona do atelier, comentou.

— É mais do que maravilhoso, essa mistura do preto, verde com a prata me deixa nostálgica, lembra o salão comunal da sonserina. — Druella disse.

— Confesso que adoro o azul e bronze da minha corvinal, mas tenho que admitir que tudo da sonserina é bem luxuoso. Esse vestido é quase magico. — a senhora disse.

— Quero mudar. — Narcisa disse, dando uma volta.

— O QUE? — as duas mulheres disseram ao mesmo tempo.

— Ciça minha filha, o corte é exótico e moderno, as cores tem tudo a ver com seu futuro marido, é um vestido perfeito.

— Senhorita Black com todo respeito, fiz exatamente o que a senhorita me mandou, ate mesmo os fios são de prata.

— Quero alterar poucas coisas, como uma cor aqui e ali. — ela disse, sorrindo friamente.

Lucius teria uma surpresa bem desagradável quando a visse vestida de noiva. Ainda mais que o vestido tem que simbolizar o marido. Ah... Sim.

— E qual cor a senhorita queria alterar, acho que posso usar uma magia especial.

— Quero tirar todo o verde do vestido.

— Meu amor, você esta com febre? Querida, o verde é a parte mais especial da roupa.

— Mãe é o meu vestido de casamento! Quero tirar o verde e acrescentar branco!

— BRANCO?! — Druella gritou e a senhora Malkin deixou cair à caixa de sapatos que levava na mão.

— Senhora Malkin, será que poderia nos deixar a sós uns minutos? — Druella perguntou.

— Sim senhora Black.

Assim que a dona do recinto se retirou, Druella passou a mão no rosto da moça.

— Meu amor, minha linda, bebe da mamãe. O que esta acontecendo?

— Mãe eu apenas quero mudar isso.

— Minha filha, mas tirar o verde do vestido e acrescentar branco?

— Sim.

— Branco não tem nada a ver com Lucius, com os Malfoy. Nem mesmo tem a ver conosco.

Narcisa sabia que isso implicaria decepcionar também a sua família, mas estava disposta.

— É isso que quero.

— Lucius fez algo né? Você quer descontar, não tente mentir, sou sua mãe e conheço homens. Mas não faça isso.

— Mãe eu já decidi, você sabe que não vou voltar atrás.

— Sei que não, mas estou tentando te dizer que logo você vai ficar de bem com Lucius, e vai achar isso imaturo.

— Por mais que eu “fique de bem” com Lucius, ele precisa de um aviso que comigo não se brinca.

— Minha princesa, isso já é radical... Mudar seu vestido de noiva a esse ponto?

— Exatamente mamãe.

No outro dia, Narcisa foi acordada com os gritos de sua irmã.

A família inteira logo aparatava no Largo Grimmauld, nº12. Ao que parece estava tendo uma briga muito tensa na casa.

— Merlin! Walburga, o que esta acontecendo?

— Cygnus, estou amaldiçoada. Eu não! Todos estamos. A vergonha se assolou dessa geração.

— Por que sua irmã esta agindo assim Cygnus? — Druella perguntou.

— Walburga o que houve?

— Sirius. Sirius é meu problema. Estávamos falando sobre a festa do ministro hoje à noite e Sirius disse que não ia.

— Isso é motivo para reunir toda família e ficar tão histérica?

— Sirius esta louco! Mandei-o ir para o quarto dele, esta gritando absurdos!

— É mesmo. Sirius esta do lado dos sangue ruim. — Regulo disse, se metendo na conversa dos mais velhos.

Minutos depois, um Sirius nervoso descia as escadas, batendo o pé e xingando. Usando inclusive palavras de baixo calão.

— Eu num disse Cygnus, esse menino esta insolente e... QUE PENSA QUE VAI FAZER COM ESSA MOCHILA NAS COSTAS MOLEQUE?

Cygnus apontou para sua irmã.

— Walburga calma. Sirius, o que esta acontecendo e por que dessa mochila?

— Estão todos contra mim, eu não me importo! Vou continuar andando com meus amigos. Gosto deles, acho o sangue irrelevante.

— Sirius, você esta nervoso. Provavelmente é por conta da adolescência...

— Não. Nunca pensei como vocês.

— Olha aqui garoto, acho que esta de faltando uma boa disciplina! — Bellatrix disse.

— Serio? — ele murmurou erguendo a blusa, onde tinham varias marcas de agressão.

Narcisa sentiu um gelo no estomago. Não gostava desse tipo de coisa. Sirius era insolente, mas tudo tem limite.

— Não aguento esse menino me envergonhando. Sempre foi inferior. Desde quando foi escolhido para ir para Grifinoria, isso demonstrou o quando é uma vergonha para mim!

— Foi na Grifinoria que encontrei meus melhores amigos. Independente do sangue. Um dos meus melhores amigos, Remo, é mestiço!

— VIU, ISSO É UM ABSURDO!

— Absurda é essa diferença. Eles são tão bruxos quanto nós. Quanto vocês. Essa rivalidade é uma besteira.

— Sirius, você não esta pensando, cara... — Regulo murmurou. Ficando de pé.

Foi a primeira vez que Narcisa reparou o quando o primo mais novo estava grande. Já tinha a altura de Sirius, e olha que o menor tinha quinze anos, enquanto o outro era um ano mais velho.

— Não. Estou com a mente aberta. E se mamãe soubesse que a menina que namoro também é mestiça. Imagina os netinhos... — ele disse rindo.

Mas quase foi atingido por um feitiço de sua mãe.

— Para mim chega, vou embora dessa casa e seguir o que acredito.

— Vai sair sem dinheiro, sem onde ficar!

— Vou para casa de Tiago.

— Tiago pra lá, Tiago pra cá. Vou ter que conversar com Charlus e Dorea sobre o filho deles.

— Vai perder seu tempo, os dois fazem tudo que Tiago quer. E eu vou fazer o que eu quero, com ou sem dinheiro!

Walburga bufou.

— Sabe aquela tapeçaria? Esta olhando bem para ela? — a mulher apontou.

— Sim. E ate reparei que mesmo o nome de Andromeda apagado, foi acrescentado o de Ted e de Ninfadora Tonks. — o menino disse com ironia.

Sua ideia não era boa, mas Sirius era assim. E dessa vez o feitiço quase o acertou.

— Será o seu nome a ser apagado. Ouviu bem? Basta sair pela aquela porta Sirius, que queimo todas as letras desse nome que tanto demorei a escolher.

— Esta me ameaçando, mãe?

— Viu Druella, sempre achei que poderia te matar de inveja, esfregar na sua cara o fato de ter tido dois meninos e você três mulheres e, no entanto, um é rebelde e outro sonso.

— Não fale isso dos seus filhos! — Cygnus disse, pronto para proteger sua esposa da irá de sua irmã.

— Tenho uma ultima coisa a dizer antes de sair dessa casa: FODAM-SE TODOS!

E essa foi mesmo as ultimas palavras ditas por Sirius Black antes de passar por aquela porta. Casa que ele acreditava nunca mais entrar em toda sua vida.


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Notas finais do capítulo

E agora?
Narcisa louca WTF?!?!?!?!
Sirius chutando o pau da barraca, masoq?
=~



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