Pavões Albinos - Malfoy Family escrita por Taty Magnago


Capítulo 43
43. QUEDA DO DRAGÃO.


Notas iniciais do capítulo

Nossa quanto tempo hein... Estava viajando eeeeeeeee. Mas voltei... EEEEEEEEEEEEEE.
Espero que comentem bastanteeee, agora os posts voltam ao normal, a cada três dias dependendo do numero de comentarios.
Então... voi la::::



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Narcisa estava doida para que o natal chegasse, e quando a data finalmente apareceu, ela já tinha as malas prontas.

Queria ir para casa, teria uma semana para ver o que fizeram com sua futura mansão.

Estava também com muitas saudades de Lucius, conversas apenas por carta a deixava nervosa.

Fora que Lucius andava meio superficial em suas linhas escritas.

E ela não podia deixar isso acontecer. Tinha como meta fazer o homem gostar realmente dela como mulher, e a ultima coisa que permitiria é que o que eles iam mantendo, esfriasse.

Lucius tinha ido um dia antes a mansão.

E trazido suas coisas. O trabalho deles ali tinha sido fantástico, era a imagem clara do que Narcisa queria.

Naquela ultima noite, ele tinha dormido muito mal.

Não era nada relacionado com o fato de estar saindo para reuniões e ate mesmo tendo que agir com o grupo do lorde das trevas, aonde chegava sempre tarde em casa.

O problema era outro.

Ele simplesmente não conseguiria fazer como Voldemort sugeriu: declarar o que tinha feito para Narcisa, e ela que se ferrasse.

Ele não era assim. E se preocupava com ela. Preocupava-se com o fato de decepcioná-la.

No outro dia, estava aguardando a moça na estão.

— Que saudades! — ela disse o abraçando.

Lucius correspondeu ao abraço, mas Narcisa notava com clareza que algo estava acontecendo.

Os dois foram juntos ate a casa da menina, chegando lá Lucius avisou que tinha algumas coisas para resolver e de noite passaria ali para busca-la e levar ate a mansão.

Saiu dali sem ao menos um abraço.

Claro que estavam na frente dos pais de Narcisa e Lucius respeitava bastante os dois. Mas dai ser completamente frio era demais.

A cabeça da menina começou a criar possíveis motivos para esse afastamento. Talvez Lucius estava com outra mulher, ele nunca jurou fidelidade a moça enquanto namorassem.

Mas disse que se esforçaria para evitar fazê-lo.

De qualquer forma, hoje à noite Narcisa tentaria descobrir as razões do noivo.

Narcisa passou o resto dia decidindo com sua mãe todo cardápio do casamento, junto com algumas decorações exclusivas.

Ela queria ter tudo.

Como era um costume no mundo bruxo, o casamento era feito pelo lado mais interessado na união.

Os trouxas tem um costume de apenas a família da noiva arcar com os gastos maiores.

Mas nesse caso, os Malfoy já tinha deixado claro o desejo por “bancar” toda cerimonia, juntamente com a decoração e claro, a lua de mel.

Os Black se responsabilizaram pelos convidados, devida a grande influencia e família igualmente grande. E pela refeição.

De qualquer forma, a ultima palavra era sempre de Narcisa. E com isso, a moça estava fazendo questão de gastar o máximo possível.

Quando a noite chegou, trazendo Lucius ate a casa dos Black. Narcisa já não estava tão feliz. Bastava olhar para a cara do noivo, que seu humor desandasse.

Estava temerosa.

Quando aparataram frente à mansão, a diferença já era vista.

Os campos estavam bem mais limpos e com pequenas arvores redonda e com flores de uni cor.

Quando a porta principal foi aberta, ela tinha certeza que estava entrando em outro lugar.

Os quatros voltaram aos seus postos, mas com molduras diferentes combinando com todo resto.

A mansão mantinha seu estilo rustico e melancólico. Mas estava combinada e linda.

— Merlin... — ela murmurou.

— Ficou lindo né? — Lucius perguntou.

— Ficou ótimo.

Eles sentaram-se à mesa de jantar, aguardando a refeição.

Não tinha assunto, Lucius olhava para o anel em sua mão direita, anel semelhante ao da moça a sua frente.

Narcisa por sua vez olhava Lucius.

Que em momento algum tinha se preocupado em dar-lhe atenção na mesa.

O jantar foi silencioso, Narcisa se quer tocou no prato.

— Não vai comer? Sabe, não estou a fim de me casar com um saco de ossos.

— Estou sem fome.

— Pensei que estaria feliz ao ver que a mansão ficou do jeito que você queria, desse jeito fica difícil te agradar Narcisa.

— Esta divagando Lucius, sabe que eu te conheço? Vejo-te desde que me entendo por gente, ando com você desde meus onze anos. Estamos juntos desde meus treze... Te conheço. E sei que esta acontecendo algo.

Ela disse sem mais delongas.

Lucius afastou a vasilha de sobremesa.

— Não sei nada sobre o que esta falando. — disse a olhando.

Era um tipo doloroso de arrependimento. Não, não arrependimento. Apenas um remorso. Afinal servir ao lorde das trevas era prazeroso, mas olhar as esferas azuis e sinceras que eram os olhos da sua noiva e saber que a enganara o fazia sentir-se mal.

— Acha que sou uma idiota? Pensa que pode simplesmente me enganar? Esta nítido sua mudança, ate mesmo nas cartas. Hoje a me ver. Agora no jantar... Esta me traindo Lucius?

Ele deu uma risada sem humor.

— Não estou te traindo, ok? Pode respirar aliviada. Ainda estou paciente e daqui alguns meses vamos nos casar.

Narcisa respirou mesmo aliviada. Lucius nunca mentiria sobre isso, se a tivesse traindo, falaria e pronto.

— Então o que é?

— Nada.

— Malfoy sei que algo aconteceu, sabia que a pessoa fica muito mais aliviada depois que desabafa?

O rapaz passou as mãos no rosto, fechando os olhos.

— Faltou ver o quarto que será nosso. — ele disse com voz cansada.

Ao abrir os olhos, Narcisa já estava de pé.

— Vamos então. — disse com voz fina e seca.

O quarto estava excedendo as expectativas. Narcisa pensou que o decorador seguiria suas regras e como o resto da casa, tudo ficaria a seu jeito. Mas esse local tinha algo diferente, especial.

Era um dos maiores cômodos da casa. A cama era enorme, numa madeira enegrecida e pilares que caiam um tecido verde escuro e luxuoso.

Além de alguns depósitos, tinha uma grande poltrona frente a um tapete magnifico, ambos combinando com uma lareira.

Além de duas portas, uma para o closet, outra para o banheiro.

Ficar com Lucius nesse local a deixava encabulada.

Como se estivessem fazendo algo improprio, como se fosse proibido. O que de fato era, pelo menos ate o casamento.

— Você já dorme aqui? — ela perguntou.

— Não. Estava com meu pai, vim esses dias para cá. Estou num quarto de hospedes. Vou ficar ali ate o casamento.

A loira se sentiu muito contente ao saber que ele aguardaria sua companhia para dormir naquele quarto. Isso era mais importante do que poderia dizer.

Narcisa o abraçou, sem se preocupar em lhe demonstrar afeição.

Ambos sabiam dos sentimentos de amor dela por ele.

Quando ergueu o rosto, Lucius a encarava solenemente. Sem pensar e sem aguentar mais esses seis meses que ficou longe, a loira o beijou.

Era tão bom fazer isso. Dava tão certo. O gosto era ótimo. O amor fazia seu coração pulsar.

Quando terminou, a respiração dos dois estava violenta, ela sabia que ele tinha aprovado, que ele também sentiu falta.

— Gostou da mansão? — Lucius perguntou sem soltar seu abraço. Sem afastar os lábios dos dela.

— Perfeita, talvez acrescentasse algo no exterior, mas tudo esta lindo.

— Tenho que te mostrar uma ultima coisa. — ele disse com tristeza.

Para tristeza de Narcisa, o rapaz se afastou e para sua completa surpresa, tirou o terno que vestia.

Quando ele disse sobre mostrar a ultima coisa, ela imaginou algum cômodo surpresa, algo assim. Sabia muito bem que essa mansão provavelmente teria algo do tipo.

Mas os dedos dele desabotoavam o botão da manga esquerda e erguiam sem se preocupar em amarrotar o tecido.

Imaginou-se sendo lavada com o feitiço “Queda do Ladrão” que protege Gringotes.

Como se toda felicidade tivesse sido sugada da sua alma, toda empolgação. Toda alegria. Tudo foi embora com a simples visão do crânio e da serpente no braço do seu noivo.

A tatuagem se movia levemente como se tivesse viva. Era assustador.

Medonho. Narcisa sentiu-se traída da pior maneira. A decepção era tanta que conseguiu com muito custo, correr ate a porta anexa e indo de encontro ao banheiro.

Despejando no vaso todo seu nojo. Toda sua tristeza.

Claro que passar mal assim na frente de alguém era inaceitável. Mas não dava para segurar.

A bile veio com toda pressão.

Lucius a enganou, a traiu. Mentiu. E fez algo que ela mais temia: se associou ao lorde das trevas.


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Notas finais do capítulo

Tadinha... morri de pena escrevendo *sou dessas*... mas tenho ainda mais pena dos proximos acontecimentos =X
COMENTEM LINDOOOOOS!