Let Me Taste You Tonight escrita por mamamarina


Capítulo 4
Capítulo 4




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Levantei cambaleando. Minha curiosidade acabou me fazendo ir na direção dele. Ao perceber que eu me aproximava sua expressão mudou de séria para nervosa.

- Do que esta rindo? – perguntei irritado. Ele não respondeu, apenas ficou me olhando como se eu falasse alguma língua estranha.

- Perdão? – disse.

- Perguntei do que está rindo.

- Você faz uma cara engraçada quando dorme – retrucou, dando de ombros e acendendo um cigarro.

Fechei a cara e cerrei os punhos. Quis ir embora na mesma hora, sair de casa fora uma péssima idéia.

- Espere – disse ele – não fora minha intenção aborrecê-lo...

Suspirou e virou o rosto, o olhar distante. Fiquei imaginando o que estaria pensando, porque agia como se eu não estivesse mais ali. Sentei do seu lado e acompanhei seu olhar em silêncio.

- Gerard – disse voltando o olhar pra mim.

- Como?

- Meu nome. Gerard.

- Ah sim, - sorri sem graça – Frank.

Ele não sorriu e por uns minutos não disse nada. Logo percebi que era um homem de poucas palavras. Parecia tão imerso em seus pensamentos que me senti um intruso, tentando socializar com alguém tão visívelmente longe. Mas havia algo nele que me chamava atenção e eu não sabia o que era, algo que me deixava desesperado para conhecê-lo.

- Você.. ahn... aceita tomar um café? É, pra.. ér, compensar a minha falta de educação. – falei me xingando por dentro.

O silêncio se prolongara, ele tragava seu cigarro sem olhar pra mim e cheguei a desistir até que ele se levantou, limpando o casaco.

- Vamos lá.

Enquanto andávamos eu tentei não fazer muitas perguntas. Quer dizer, eu podia ser considerado louco por chamar um cara estranho e com certeza pouco normal para tomar um café e não perguntar nada. Mas eu não queria jogar tudo em cima dele então, fui devagar. Ele sempre respondia com sim e não, mas as perguntas que precisavam de mais detalhes ele os tentava omitir o máximo possível. Seu sobrenome é Way. Gerard Way. Mora em NY há 7 anos. Trabalhaa. Gosta de café.

Me senti constrangido por ser o único que mantinha a conversa então me calei. Chateado comigo mesmo por ter feito tantas perguntas idiotas. Cheguei a achar que ele se zangara, até que virou pra mim, sorrindo.

- Eu sei que sofre Frank.


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