Wunsch escrita por Tsuki no Taiga, Alexia Jo


Capítulo 28
Explicações


Notas iniciais do capítulo

Capitulo 28 on



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Tom e Alexia subiam as escadas com rapidez, tinham pressa em chegar a um lugar seguro para poderem conversar.

- Então, sobre aquilo da Jeanne, o que… - Tom começou, mas foi interrompido.

- Então, Kirian conseguiu…

- Kirian? – interrompeu.

- Sim... Não o conhece, não é? – lançou uma parte do cabelo para trás do ombro. – É um vampiro com quase 1000 anos que…

- 1000 anos? – Tom parecia surpreso.

-  Sim, 1000 anos, foi transformado aos 21 anos. Selene o conheceu num dia que ele acompanhava Amélia a La Rochelle. Com estes anos todos, Kirian tornou-se muito habilidoso e poderoso, e é muito hábil quanto o assunto é infiltração. – Alexia sorriu. – É um dos seus maiores orgulhos. Amélia é membro primário do Conselho, pertence ao primeiro círculo. É a que tem maior influência, ainda mais do que Emmus.

- Tem assim tanta influencia?

- A sua palavra é lei, Tom. E sabe? Acho que ninguém está descontente com a forma que ela usa a sua influencia. É uma vampira cheia de experiência, transformada aos 20 anos e tem 1654 anos. – parou. – Mas isso agora não é importante. Temos que falar sobre o que Selene descobriu.

- As fotos!

- Shhh! – pediu. – Temos que ter muito cuidado ao falar disto. É perigoso.

- Perigoso? – Alexia fez sinal a Tom para que ele a seguisse por uma direção diferente.

- Sim… - sussurrou. – Este caso não é tão normal e inofensivo como você pensa.

- Inofensivo! – exclamou Tom recebendo um olhar furioso por parte da ruiva, por não estar a ser discreto também. Sussurrando também: - Inofensivo? Alexia, eu tenho uma garota gritando aos quatro ventos que está esperando um filho meu e você chama isso de inofensivo?

- Se fosse só isso seria muito mais fácil de encerrar o caso. – começaram a subir as escadas para dentro do edifício.

- Se fosse só isso? Como assim se fosse só isso? – Tom parecia embaralhado atrasando-se em alguns passos em comparação com a vampira. – Há mais?

- Falamos disso depois.

- Alexia, me explica! – exigiu, calando-se quando a vampira acenou com a cabeça a um outro vampiro de vestes caras e exageradas, em sinal de cumprimento.

- Não é seguro! – finalizou a vampira em tom autoritário.

Durante todo caminho, o único som que se ouvia eram os passos leves de Alexia e os apressados de Tom que se esforçava para acompanhar o seu ritmo.

Não houve tempo para apreciar os quadros luxuosos que desapareciam pelas suas costas, nem tempo para se alertarem com os movimentos das cortinas provocados pelo vento.

Subiram até ao terceiro piso, passando por inúmeros corredores que iriam dar a outros corredores. As pessoas e vampiros que se iam encontrando pelo caminho foram diminuindo acabando por não se ver ninguém. No entanto, Alexia nunca deixara de estar em alerta, confiando na sua audição, visão e reflexos. O olfato iria ajudar muito mais, mas não poderia arriscar tendo o guitarrista perto de si.

Por fim, chegaram a uma alta e robusta porta de madeira.

- Onde é que estamos? – perguntou Tom olhando para o fundo do corredor que ia finalizar com uma porta ainda maior e mais majestosa.

- Este aqui é o escritório de Vincent e ali… - apontou para a porta que o guitarrista olhava. - É o de Emmus. Se há lugar mais seguro para falar, é aqui.


Cluj Napoca, Transilvânia, noroeste da Romênia...

Selene estava no quarto de Kirian vendo o material que Andrew juntou durante sua estada na mansão, mas o que mais lhe chamou a atenção foi um vídeo em especial, parecia que era do primeiro dia em que Jeanne entrou em contato com Markus.

No vídeo, a modelo pedia ajuda para o vampiro. Disse que tinha visto um Puro e que queria ser responsável por ele. Markus riu e respondeu que era impossível e que Puros não existiam mais, mas Jeanne insistiu tanto que por fim o vampiro disse que a ajudaria caso ela conseguisse provar.

- Será? – ela disse após ver o vídeo inteiro.

- Tem algo errado... está fácil demais. – Kirian disse.

- Concordo. Jeanne conhece a história dos Puros de alguma forma, isso me preocupa – a vampira continuou. – E faz sentido... Tom tem a marca dos Puros, quando ela dormiu com ele, ela viu, naturalmente.

- Markus é inteligente demais para dar tudo de mão beijada para nós. Provavelmente ele desconfiava que Amélia colocaria alguém na cola dele.

- A não ser...

- Que ele quisesse que descobríssemos sobre a Jeanne! – os vampiros disseram em uníssono.

- Assim ele se livraria da humana depois que conseguisse o que era de seu interesse. – disse a vampira – Ele quer o Tom porque acha que ele é Puro! Vai apagar a Jeanne depois que conseguir e vai tentar manipular as habilidades do Puro para seus objetivos. Mas por que a Jeanne?

- Eu acho que tenho ideia... – a voz de Kirian saiu meio que paralisada – Tomara que eu esteja errado.

- Que foi?

Ele apontou para uma foto com zoom e viu. Claramente ali, um anel com um V e um H entrelaçados.

- Quais são as chances de isso ter acontecido? – Kirian perguntou.

- Eu diria que as mesmas de uma família de Puros ter sobrevivido. – Selene respondeu em pânico. – Mas pode ser que ela não seja uma boa caçadora.

- Provavelmente ela foi sim treinada. Senão não chegaria tão tranquilamente para falar com um vampiro como Markus.

- Preciso avisar a Alexia.

 

La Rochelle, França...

Alexia espalhava as diversas fotos de Jeanne Du Pont sob o olhar atento do guitarrista. Decidiu colocar mediante o crescimento da barriga, optando por uma conversa simples e precisa.

Tom aproximara-se mais da mesa, de modo a observar as imagens ao mesmo tempo que controlava uma mistura de raiva dentro de si ao reconhecer o rosto da modelo.

A ruiva sentou-se na cadeira de Vincent adquirindo o seu porte de advogada.

- O que você vê? – perguntou aproximando-se mais da mesa com a ajuda das pequenas rodinhas do pé da cadeira. Tom cerrou o maxilar.

- Este filho não é meu. Eu tenho a certeza.

- O fato não é esse. Iremos provar isso. – relembrou passando a mão pelo cabelo.

- Teste de DNA? – ele perguntou, fazendo a vampira sorrir.

- Não há necessidade. – declarou ligando a luz do candeeiro da mesa, juntando-se com a escassa luz do sol que tentava passar pelas várias árvores que se encontravam quase tampando a janela. Com o olhar, incentivou Tom, a observar de novo as fotografias esperando que reparasse no que realmente interessava.

- Não entendo. O que tem estas fotos? – perguntou segurando numa em que a modelo vestia um vestido um pouco curto, digno para uma saída noturna a um bar ou discoteca. A barriga não se notava, dando a entender que aquilo era no inicio da gravidez.

- Pense melhor. – insistiu. Tom concentrou-se plenamente na foto enquanto a advogada via a sua expressão de confusão transformar-se em impaciência.

- Como isto vai ajudar? – olhou paras as outras fotos. – Só temos fotografias dos seus dias idiotas. Tem a noção que isto não prova nada?

A sua voz encontrava-se elevada e revoltada. Sentia-se desesperado e toda a frustração que tinha acumulado desde que a sua vida mudara tinha agora explodido. Se aquela era a forma que Alexia tinha para livrá-lo daquela situação, então estaria perdido.

Alexia mantinha os olhos cerrados controlando a sua raiva. Como é que um humano se atreveria a gritar assim com ela? Era algo inadmissível, algo que não suportava, algo que levaria aquela pessoa a assinar a sua sentença.

Mas não fez nada. Manteve-se quieta com o seu porte orgulhoso controlando os seus instintos violentos. O pé batia freneticamente no chão e as unhas encontravam-se cravadas no estofo preto da cadeira.

- ESTOU FARTO! -  gritou batendo com a mão sobre a mesa.

- Tom, controle-se. – avisou de modo ríspido. – Se esforce mais e pense.

Obrigava-se a relembrar ao seu subconsciente quem era a pessoa que estava à sua frente e as razões para que a levava a agir assim.

“Está encurralado, em problemas e sente-se sob pressão, não exagera, Alexia. Controle-se. Ele não teve intenção de falar assim. Controla-se!” dizia para si mesma como se isso fizesse eu auto-controle ter algum sucesso.

- Pensar em quê? No que isso vai ajudar? – olhou de novo para as fotos segurando duas com as mãos a tremer. – Uma foto de uma mulher grávida que conseguiu dar o golpe perfeito. Como é que isto ajuda?

- Se você for inteligente e observar melhor as fotografias irá perceber tudo. – respondeu elevado um pouco a voz.

- Como? – parecia perto do desespero. Olhou de novo para uma fotografia onde mostrava Jeanne com uns jeans claros e uma blusa verde conseguindo-se ver a elevação da barriga. Engoliu em seco. – Não era melhor dar-lhe o que ela quer? – sugeriu. – É dinheiro que ela quer, não é? Então é isso que ela vai ter.

Alexia não conseguiu esconder a sua expressão aterrorizada. Desistir. Dar o que os outros queriam sem lutar. Para ela, tal ideia era uma completa estupidez e digno de se chamar de covardia.

- Não olhe assim para mim, Alexia. É o melhor, não há volta a dar.

Covardia e fracasso.

- O que está dizendo? – levantou-se precipitadamente da cadeira.

Covardia, fracasso e idiotice.

- Você tem as provas na sua frente. Olhe para a data.

- Nós não conseguiremos vencer isto. – afirmou empurrando com dois dedos a fotografia na direção da vampira.

- Olhe para a data. – voltou a dizer, já alterada.

Tom deteve-se.

 – A data? – retirou o dedo indicador do canto da foto enquanto Alexia apanhava do chão a primeira fotografia colocando perto dos dedos de Tom. Bateu duas vezes com o dedo sobre a data desta. Depois, com uma expressão cansada, a vampira, atira-se para a cadeira colocando os dedos nas têmporas.

- Entendeu agora? – a sua voz não conseguiu disfarçara frustração que a ruiva sentia, mas o guitarrista nem notou. A sua expressão transmitia incredulidade anulando qualquer vestígio do desespero que sentira.

- Como isto é possível?

- Ainda não acredita?

- É demasiado fácil… - soltou uma gargalhada seca. – Fácil demais. Como é que isto é possível?

- Tudo é possível.

- As datas devem estar trocadas, só podem estar.

- Não viaja Tom. As datas estão corretas.

- Impossivel. Numa a barriga bem notável e na outra… - apontou para uma das fotografias. – que supostamente foi tirada tempos depois daquela, a barriga nem se nota. Como é que…

- Barriga de enchimento. – interrompeu a advogada. – Conhece?

- Isso é coisa de louco.

- Coisa de louco e de filme, mas isso não interessa. Está ocorrendo na vida real, neste caso, na sua.

- Este caso será tão fácil de vencer. – disse o de dreads confiante.

- Cuidado, Tom. – alertou. – Não tenha o sucesso garantido com tanta facilidade.

- Alexia, olha para isto tudo. Essas fotos são a nossa vitória. Por que diz isso?

Hesitou. Não queria assustá-lo, mas era necessário alertar do que estava a acontecer realmente.

- Kirian… - passou a mão pela testa, um movimento involuntário que fazia quando estava com muitas coisas na cabeça. – Kirian não estava investigando Jeanne Du Pont. – apertou as fotos na mão. – Ele estava a investigando Markus.

- Markus?

- Markus Dracul... – confirmou. – Sim, descendente do conde Drácula. Ele é um vampiro importante, com alguns privilégios que muitos daqui não têm. É um membro secundário do Conselho, e essa qualificação quer queira quer não lhe dá um certo prestigio. – baixou o tom de voz apenas suficiente alto para Tom ouvir. -  Não sei bem porque, mas… Parece que Jeanne tem alguma ligação com ele.

- A Jeanne? – ele repetiu, e Alexia concordou.

- Acho que ela já sabe da existência dos vampiros, mas o que mais me assusta é a ligação que ela tem com Markus.

- Isso é o que te assusta? Alexia, ela sabe da existência da sua raça. Isso sim é que é preocupante.

- Tom, Markus quase que odeia todos os humanos à face da terra. Só lida com eles quando têm alguma coisa a oferecer.

- Pode ser apenas coincidência.

- Como também pode não ser. – sentou-se sobre a mesa começando a enumerar os fatos com os dedos. – Ela tem uma ligação com Markus, tem Klaus como advogado e…

- Ela ia te escolher, lembra? – Alexia acenou com a cabeça.

- E olha o que eu sou? Sou uma vampira, tal como Klaus, e completamente competente no meu trabalho, tal como Klaus. – abanou a cabeça tentando afastar a frustração que sentia. – Tom, algo me diz que pisamos em terreno perigoso, não me sinto confiante. – nesse momento, seu celular tocou.

- Alô?

- Alexia, é Selene. Você não vai acreditar! – a voz da amiga soava incrédula.

- O que é? – Alexia preocupou-se.

- Van Helsing – aquele nome fez todos os seus músculos retesarem-se.

 

Cluj Napoca, Transilvânia...

- Van Helsing... – Selene acabara de dizer, e nesse momento a porta do quarto foi arrombada, assustando a ambos.

Imediatamente vários vampiros começaram a entrar no quarto e dominaram Kirian e Selene. Foram tão violentos que seu celular voou longe.

- Ora, o que temos aqui? – Markus entrou no quarto – Eu sabia que vocês não iam demorar para chegar. Não sabe o quanto fico feliz em vê-los aqui... Kirian, o produto a quem Amélia chama de “parceiro” e a bela Elena, a quem Emmus não soube ensinar como agir!

A vampira tentou reagir, diante daquelas palavras ferinas, mas o vampiro forte que a segurava aumentou a pressão, fazendo-a não conseguir mover-se.

- Agora vocês ficarão presos até que o Puro seja meu – o vampiro continuou – Mas vocês sobreviverão para me ver no poder supremo do Conselho!

- Está pensando alto demais, Markus – Kirian disse ironicamente – Você nunca porá suas mãos no Puro.

- Isso é o que veremos!

Enquanto eram conduzidos para a prisão, puderam ver o corpo de Andrew caído e ensaguentado. Sentiram pelo humano.

 

Continua...


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Notas finais do capítulo

Bem, Carol e eu adorámos esse capitulo, acho que fizemos um optimo trabalho... espero k gostem, não, gostar não, que ADOREm este capitulo.
Tem muita emoção e descobertas que até supreenderam as próprias escritoras, pelo menos foi o meu caso.
Bem... digam o que acharam, comentem por favor, não dá trabalho nenhum responder ás vossas duvidas e opiniões portanto não ivitem.
Bem, pessoal, até sábado
bjs para todos



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