Wunsch escrita por Tsuki no Taiga, Alexia Jo


Capítulo 12
Descoberta Fatal




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No dia seguinte novamente os G’s estavam no quarto dos gêmeos.

- Vá lá Tom! Deixa de ser chato! – disse Georg.

- É, queremos conhecer a garota que colocou Tom Kaulitz na linha – disse Gustav.

- Gente, já disse que ela está trabalhando. Se eu aparecer lá agora é capaz que ela beba o meu sangue. – disse o guitarrista com uma gota. Brincando, brincando, sabia que era verdade.

- Não exagera! Vai, só pra gente ver se ela existe – insistiu Georg comprimindo uma risada.

- Na verdade Tom – Bill pronunciou-se – Acho que não há problema, Alexia não ficará irritada se não tomarmos muito o tempo dela.

- Ta vendo? Até o Bill concorda! – disse Gustav.

- Ta bom! – o loiro entregou os pontos – Mas se ela ficar brava é pernas pra que te quero! Anda, vamos logo.

- Tom, aja como um namorado – Bill cochichou com ele assim que estavam a uma distância segura para que os outros não ouvissem.

 

Alexia encontrava-se completamente submersa num mar de processos prontos a serem facilmente resolvidos, mas logo os despacharia para poder dedicar todo o seu tempo ao caso Kaulitz, seu suposto namorado.

Estava ansiosa para que os três meses passassem logo. Odiava farsas e odiava manter vivas as pessoas que sabiam a sua verdadeira natureza.

O aparecimento do Puro não a agradava. Sabia as consequências que poderia trazer caso Bill desse com a língua nos dentes. Era grave… Muito grave. Mas teria que se habituar, não podia perder a amizade de Selene e faria de tudo para não quebrar a aliança que tinham. Nem que tivesse que conviver com alguém que tivesse boas capacidades de aniquilá-la.

Deixou um suspiro escapar enquanto se recostava na grande cadeira de couro preto.

Gostaria de caçar, estava ficando com sede e naquele momento, nada lhe daria tanto prazer.

Leon ainda não a tinha perdoado pela polêmica com Tom e aumentou seu trabalho com a intenção de diminuir o seu tempo livre. Como resposta, Alexia finalmente começou a oferecer alguma dedicação à sua profissão, terminando mais depressa os seus casos e com o mesmo sucesso.

Pensava que assim, o seu chefe a perdoaria, mas as suas expectativas foram destruídas por mais quatro pastas que Claire deixou sobre sua mesa com um papel com as seguintes palavras:
“Cumprimentos, Leon”.

Foi preciso muito autocontrole para Alexia não mostrar as suas presas ao seu chefe. Mas limitou-se a isolar-se no seu escritório e começar logo.

Os seus pensamentos foram interrompidos pelo aroma que o seu nariz captava. Serrou os punhos preparando-se para a tortura que teria que superar. Ouviu-se leves batidas na porta.

- Entre! – pediu recompondo-se de imediato e olhando para a porta. Imediatamente, a cabeça de Claire surgiu na porta entreaberta com um sorriso radiante nos lábios.

- Dra. Alexia! Tem aqui uma surpresa para você. – Avisou com uma voz embriagada de entusiasmo. Logo de seguida fez sinal para entrar.

- Tom… - disse Alexia sem qualquer emoção na voz - O que faz aqui?
- Queria-te apresentar a algumas pessoas… E não me olhe assim, eles me pressionaram

Mal o guitarrista terminou de falar, Georg e Gustav entraram no cômodo seguidos por Bill.

- Vou deixar vocês a sós - disse Claire abandonando o escritório e fechando a porta.

- Tom, eu estou trabalhando! – Avisou a ruiva irritada.

- Eu disse que ela ia se irritar – Tom disse.

- Não queríamos incomodar… - disse Gustav atrapalhado.

- Nós só queríamos conhecer a…

- Ver se existia… - corrigiu Gustav

- Isso! – disse Georg.

Bill pigarreou meio baixo e deu uma cotovelada no irmão, fazendo-o lembrar do que havia dito anteriormente.

- Mas... – o guitarrista continuou indo até ela – Não vamos nos demorar amorzinho, só que eles não estavam me dando sossego – completou dando um selinho nela.

A ruiva tinha prendido a respiração para não fazer besteira, pois estava sedenta, mas quando sentiu os lábios quentes do loiro contra o seus frios pôde sentir o sangue dele pulsando, convidativo, irresistível. Foi heróico seu esforço para não puxá-lo mais para si e sugar todo seu sangue.

Quem observasse não notaria nada de anormal, apenas uma cena comum de carinho entre namorados, mas quem tivesse uma consciência mesmo que superficial da natureza da ruiva saberia que um dos “felizes namorados” poderia morrer facilmente.

Quando se separaram, Alexia limitou-se a ficar em silêncio. Se a memória não lhe falhava, Georg e Gustav eram grandes amigos de Tom e Bill. Será que não lhes contaram o que realmente se passava? O melhor era entrar no jogo e representar o seu papel convenientemente.

- Bem… - ela sorriu. - Como veem eu existo. O meu nome é Alexia, prazer.

- Prazer. – Responderam os G’s em uníssono perplexos com a mudança de humor.

- Bem. Desculpem não poder falar muito, mas é que… Estou cheia de trabalho.

- Sim. – Concordou Tom. – Além disso, também temos que tratar do meu caso. A Alexia é minha advogada e vai me ajudar a resolver esta confusão em que a Jeanne me colocou.

A vampira assentiu. Os seus lábios desenhavam um simpático sorriso, mas por dentro apesar de controlar o desejo pelo sangue do guitarrista, também tentava controlar o desejo de apertar-lhe o pescoço.

- Bem… Meu expediente termina às 20:00, mas agora tenho que…

- Ótima ideia! – exclamou Georg. – Depois combinamos qualquer coisa.

- Não é boa ideia. – avisou Alexia. - Estou cheia de trabalho e ainda nem consegui dar uma olhada no caso do Tom. Devo sair daqui cansadíssima.

- É uma pena. – disse Tom. – Combinamos para outro dia.

- Pois é! – Concordou Bill trocando um olhar de alivio com o seu irmão. Ambos sabiam o perigo que Alexia representava e o quanto ela lutava contra o seu desejo.

O mais novo só sentia-se seguro quando Selene estava por perto. Era a única que podia acalmar a vampira, mas não sabia o que aconteceria quando as duas perdessem o controle. Não podia usar seu poder conscientemente e isso era um grande problema que poderia lhe custar a vida.

- Bem, agora se me dão licença… - começou a ruiva pegando em um dossiê e colocando sobre a prateleira. - …. Tenho muito que fazer.

- Ok! Depois te ligo. – Avisou Tom precipitando-se para a porta, mas sentiu-se puxado para trás quando Georg segurou sua camisa.

- É assim que se despede? – Perguntou ele com um ar desconfiado.

- Nem parece você. Despeça-se da sua namorada…- Gustav apoiou o baixista, salientando a palavra - … Como deve de ser.

Tom e Alexia olharam-se aterrorizados ao lembrarem-se da ultima vez que se beijaram. Ambos concordavam que isso não podia voltar a acontecer, ou melhor, os três, já que o olhar alarmado de Bill também se fez presente.

- Não podemos! – Respondeu atrapalhadamente o guitarrista.

- Não podem! – ajudou Bill.

Georg e Gustav trocaram olhares interrogativos.

- Por quê? – perguntou o baterista.

O escritório foi invadido por um silêncio mórbido. Os três tentavam arranjar alguma desculpa mas nada lhes vinha à cabeça, até que a vampira se pronunciou.

- Bem…é um pouco complicado.

- Complicado até que ponto? – Questionou Georg.

- Vou falar a verdade. – disse ela, sendo logo atacada por olhares arregalados dos gêmeos. – Ah! Não há problema. Somos todos amigos! – respondeu sorrindo. – Acontece que quando eu e o Tom nos beijamos… Como é que eu vou dizer isto? Que vergonha! – colocou uma mecha de cabelo para trás da orelha. – Bem… a situação fica um pouco descontrolada, se é que me entende? Não nos conseguimos controlar.

- AAAAAAAAAAAAAAH! – exclamaram Gustav e Georg sorrindo de esguelha para Tom e de seguida para Alexia que se tentava fazer ao máximo de mocinha envergonhada.

- E bom... Estamos no meu local de trabalho então… Não seria muito bom que isso acontecesse.

- Definitivamente! – concordou Tom entrando no jogo criado recentemente pela advogada.

- Por que para evitar que isso aconteça, não nos vamos embora? – continuou Bill. – Acreditem, é melhor. – Para alivio de todos os G’s concordaram trocando mais algumas palavras e retirando-se.

Tom foi o último a sair, que quando se viu sozinho no escritório, desfez a sua mascara.

- A situação fica um pouco descontrolada? Não podia inventar outra coisa? – questionou seriamente.

- Eu preferi dizer a verdade. – ela respondeu com um tom de desprezo.

- Simpática! – ironizou o guitarrista. -  Caso não tenha reparado, eles pensam que isso da “situação fora de controle” é outra coisa.

- Coitados, que ignorantes que eles são! – exclamou ela fazendo-se de inocente. – Agora sai! – ordenou, mas o guitarrista se deteve. Então ela retirou os óculos sem graduação, que utilizava apenas para lhe dar um ar intelectual, e continuou – Acredite, é melhor. Faz muito tempo eu não me alimento.

- Não tenho medo de você nem das suas ameaças. – disse o loiro, mas logo retirou-se apressadamente antes que ela decidisse verificar se o que ele dizia era verdade.

Rapidamente se juntou ao seu irmão e aos outros recebendo olhares maliciosos por parte dos G’s, tentou ignorá-los dando atenção a Bill.

- Vamos agora aonde?

- Estou com um pouco de sede... Será que aqui não há nenhum bebedouro? – perguntou o vocalista.

- Passamos por um ainda a pouco! – disse Gustav.

- Vou ali, já volto – disse o moreno.

Caminhou despreocupadamente até o objeto de alumínio, pegou um copinho plástico e o encheu de água. Levantou a cabeça para beber e viu um homem moreno de olhos azuis que parecia insistir algo com a secretária de Alexia.

Então Bill sentiu um desconforto... O mesmo que tinha sentido quando via Selene e Alexia. Suas dúvidas foram abaixo quando o homem levantou o rosto e seus olhares se cruzaram.

O corpo do vocalista travou-se por inteiro e seu coração passou a bater mais devagar. De fato, era um vampiro ali, e com certeza esse vampiro tinha percebido que ele era um Puro.

Jogou o copinho no lixo e correu para junto de seu irmão e amigos, porém não demorou para que o mesmo homem os interceptasse num corredor.

- Olá – ele os cumprimentou amavelmente – Eu sou Klaus O’Connel, o melhor advogado dessa agência.

- Pensei que a melhor advogada fosse a Alexia – disse Tom sem se importar em parecer simpático. Não tinha gostado do sujeito.

- Oh claro! Mas depois do escândalo na revista eu duvido que ela permaneça por muito mais tempo trabalhando aqui. Aliás, Tom Kaulitz, não? – perguntou olhando para o loiro de dreads – Eu estou no seu caso, sou advogado de Jeanne Du Pont.

- Boa sorte então – disse o guitarrista desafiadoramente – Vai precisar.

- Sorte é algo que eu não preciso, meu caro. O que eu quero eu consigo – respondeu o advogado.

- Mas que bela coincidência – disse uma nova voz. Todos viraram-se na direção dela e viram a bela ruiva – Pois eu também consigo o que quero e pode ter certeza de que não será você que quebrará minha invictibilidade – disse Alexia fitando o companheiro de trabalho de maneira ameaçadora – Jamais perdi um caso, e não será para você que perderei..

- Veremos – finalizou o moreno retirando-se.

Alexia bufou indignada.

- Tomem cuidado com ele – ela avisou olhando para os artistas – Klaus é muito venenoso.

Eles assentiram e continuaram o caminho para fora da empresa, porém Bill ficou parado.

- Alexia... - Ele começou baixando o tom de voz – É pra eu ter medo dele?

- Medo? Não, não é pra tanto, ele não vai ganhar esse caso, eu...

- Não, não é a isso que me refiro. É pra eu ter medo dele como.... Vampiro?

- Como? – ela piscou confusa – Ta me dizendo que ele é um... Mas como eu não percebi nada disso antes??? Tem certeza Bill?

- Creio que sim... Quando olhei pra ele, senti a mesma coisa que quando eu olhei pra você e pra Selene... E ele pareceu me reconhecer.

- Eu... Não faça nada por hora. Preciso falar com uma pessoa e se der certo daqui a pouco a Sel te liga.

 

 

Continua...


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Notas finais do capítulo

OIIIIIIIIIIIIII. . . Atrasei-me um pouco a postar, sory. As provas aqui em portugal começaram e agora é estudar ate terminar ( boring!!!)
No entanto capitulo 12 online. . . Boa leitura... Já sabem, comentem, nem que seja para dizer k n gostaram. . . xaaaaaau