Wunsch escrita por Tsuki no Taiga, Alexia Jo


Capítulo 11
Jeanne Du Pont


Notas iniciais do capítulo

Atenção amores!! A partir de agora as postagens voltam a ser só aos sábados. É que vai começar a parte da trama e vai dar um pouco mais de trabalho.

Beijos!



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Capítulo 11

Jeanne Du Pont

 

Depois do almoço, Alexia voltou para a empresa.

Percorria os corredores que a levariam ao seu escritório, pronta para enfrentar o restava de seu trabalho naquele dia.

Com um sinal de Claire, sua secretária, não demorou muito até perceber que problemas estavam por vir e foi quando ia a sair do elevador que percebeu o porquê.

A longos passos de distancia, encontrava-se Leon Pietcovisch, que ao avistá-la lançou-lhe um olhar furioso.

- Ravenshelter! – Chamou. Sem demoras a advogada encarou-o com o seu porte altivo e orgulhoso.

- Sim, Sr. Pietcovisch?

- Ainda temos a nossa conversa pendente, ou já se esqueceu? Daqui a cinco minutos no meu escritório. – Disse rispidamente.

- Estarei lá. – ela respondeu suavemente.

- Não mereço. – Desabafou assim que viu que seu chefe estava longe.

Continuou seu caminho e a onda de azar também continuou. Em frente à porta de seu escritório estava seu “querido” cliente James Leanf com uma expressão que demonstrava rancor e ódio.

Respirando fundo e com um sorriso nos lábios, suficientemente bom para passar por verdadeiro, Alexia começou a sua atuação.

- Sr. Leanf! – Exclamou. – Quer dizer, James. O que o trás aqui?

- Dra. Alexia, isto é um ultraje! – Ele respondeu com uma voz elevada.

- Mas o que aconteceu desta vez? – Ela perguntou inocentemente.

- A revista, esta notícia! Como pôde fazer isto? – Perguntou furioso apresentando-lhe a mesma revista que o seu chefe lhe mostrara anteriormente.

- Que mal tem James? – perguntou com a voz suave, vendo a expressão do seu cliente que ainda era de profunda indignação. – Eu também me divirto, não sou apenas Alexia Ravenshelter, a advogada.

- Mas isto é…

- Uma foto minha e do meu namorado. – disse com uma simplicidade exagerada abrindo a porta do seu escritório. – Entre. – Pediu permitindo a passagem de James.

- Do seu namorado? Pensei a que a menina era solteira! – Exclamou com os olhos arregalados.

Por dentro Alexia sorria com uma satisfação infinita por poder provocar maldosamente o homem que estava prestes a ter um ataque de coração.

- Bem… ainda sou solteira. Mas… - baixou o tom de voz como se fosse lhe confiar um segredo - Estamos pensando em dar o próximo passo. – Riu tal como muitas mulheres faziam perante uma situação destas, terminando com um suspiro audível. O rosto do velho contorcia-se de horror. – Está bem James? Parece que está passando mal!

- Isto é uma traição! – gritou.

- Mas por quê? – Ela perguntou com uma voz doce e um olhar aflito.

- A menina em vez de perder tempo com namoricos devia pensar em resolver imediatamente o meu caso.

- O seu caso vai muito bem e não demorará a ser concluído com sucesso. Não precisa se preocupar, acredite. Agora penso imensas desculpas, mas o meu chefe aguarda-me... Ele também não ficou muito contente com essa foto.

- E ele tem toda a razão! Olhe para esse rapaz, parece um delinquente.

- Eu acho que parece mais um gangster. – Gracejou a advogada.

- Ele não a merece…

- Isso é problema meu. – ela avisou. – Peço desculpas, mas agora terá que se retirar. Para a próxima terá que marcar hora.

Ainda mais furioso do que já estava James Leanf retirou-se do escritório com uma revolta quase incontrolável.

- Impressionante. – Sussurrou Alexia sorrindo vitoriosamente tirando o casaco e pegando alguns documentos para tirar xerox. – Agora… A fera!

Sem mais demoras, dirigiu-se ao escritório de Leon Pietcovisch. A sua chegada foi anunciada pelo interfone que a sua  secretária possuía perto do seu computador, e de imediato, Alexia entrou.

- A que se deveu a demora? – ele perguntou severamente.

- James Leanf. – e Leon olhou por cima dos óculos. – Veio pedir justificações da maldita foto.

- Sabe que é por isso que está aqui, certo?

- Claro. Sabe que eu tenho as explicações, certo?

- E quais são? – a sua voz saia mais severa do que nunca, tentando atingir a advogada sem dó nem piedade. Porém, esta não demonstrou qualquer perturbação. – Para além de ser a sua incrível irresponsabilidade e desrespeito para com o contrato que assinou para esta agência.

- A fotografia em que eu e o Tom aparecemos, é uma fotografia de dois simples namorados partilhando o seu afeto um pelo outro. O que tem de mais nisso?

- O quê? Você e esta criatura…

- Ao contrário do que se diz na revista, nós temos um relacionamento sério. Esta história será devidamente justificada.

- Ninguém irá acreditar. Alexia seja razoável. – Pediu apelando ao bom senso dela. – Olhe para o aspecto deste rapaz. Dá pra perceber que ele não tem nenhum pingo de respeito por você.

- Desculpe? – Perguntou Alexia tentando soar incrédula. – Mas não é da sua conta julgar as pessoas com quem eu me relaciono fora do meu horário de trabalho.

- Olhe para o aspecto, sim? Que deplorável! E se tivesse respeito por você não a beijava desse jeito em plena praça pública!

A advogada permaneceu em silêncio ponderando nas palavras que diria a seguir. Responder que fora ela quem tomara a iniciativa estava fora de questão. Mas então o que poderia dizer? Decidiu não ter nenhuma reação precipitada.

- Sr. Pietcovisch, não se preocupe. O meu relacionamento com ele não afetará a empresa. Iremos desmentir o que Alicia escreveu o mais rápido possível. A agência não terá a sua reputação arruinada nem o número de clientes diminuído. Acredite.

- Espero bem que tenha razão, caso contrário poderá contar os seus últimos dias neste estabelecimento. – Engolindo em seco devido a tal ameaça repugnante Alexia acenou com a cabeça ao seu chefe.

- Com sua licença terei que me retirar. Tenho um monte de papelada para assinar, processos para analisar e documentos para xerocar. -  Dito isto dirigiu-se à porta.

- Alexia! – Chamou. – Antes que me esqueça, temos outro caso sobre mãos. – a ruiva virou-se para o seu chefe erguendo uma sobrancelha.

-  Tem o… -  Com a frase ainda inacabada, Leon lhe entregou uma pasta cheia de documentos relacionados com o cliente. Alexia mal os leu, assim que viu o nome da pessoa, entregou de volta a Leon. – Não posso encarregar-me deste caso.

- E por quê? Ah é! Esqueci. É contra Tom Kaulitz.

- Sim. É contra ele.

- Já está prejudicando o seu trabalho.

- Não vou aceitar o caso, ele já me contatou para agir em prol dele.

- Nunca pensei que fosse tão fácil de te enganar. Perceba: ele apenas está te usando.

- Ele não precisa descer tão baixo e além do mais, quer esteja ou não… Irá pagar muito mais do que esta Jeanne Du Pont. – Declarou ela. – Não acha que a minha decisão é a mais correta Sr. Pietcovisch?

- Tem a noção que tem poucas probabilidades de ganhar?

- Tem a noção que desde o primeiro dia que eu comecei a trabalhar aqui venci todas essas poucas probabilidades. Não duvide das minhas capacidades.

- Nunca faria tal coisa.

- Então é melhor alguém apressar-se a dizer para a Mademoiselle Du Pont que eu não estou disposta a mexer um fio de cabelo para ajudá-la e sim para fazer o contrário. Com a sua licença chefe… - e retirou-se da sala.

 

- Sel, me faz um favor? – Alexia disse no celular assim que chegou na sua sala.

- Claro! Pode falar.

- Faz uma pesquisa pra mim. O nome é Jeanne Du Pont. Tudo que você encontrar será útil, quero saber até a tinta de cabelo que ela usa! E dê atenção especial às sujeiras.

- Vou procurar aqui, assim que conseguir eu te ligo... Ou assim que você chegar.

- Quando eu chegar. Obrigada.

- Disponha.

 

- E ae gente! – Georg abriu a porta do quarto dos gêmeos sem nenhuma cerimônia. – O que ta rolando?

O baixista foi entrando no quarto como se fosse dele, logo atrás vinha Gustav.

- E antes que alguém queira me lixar – adiantou-se o baterista – a ideia foi do Georg.

Porém, se a idéia de Georg era pegar os gêmeos desprevenidos fazendo algo que não deviam, falhou miseravelmente.

Bill estava estirado na cama, completamente alheio à realidade e lendo um livro que os recém-chegados julgaram ser o da tal autora misteriosa. Tom estava divido entre ouvir música no seu celular (com fones de ouvido), assistir um filme qualquer que passava àquele horário e comer pipoca.

Agiam normalmente, como se nada de extraordinário tivesse acontecido horas antes.

- Não tem problema – disse Tom tirando os fones – Não conseguem aguentar nem três dias longe da gente é?

- Nem... Jost nos deu duas semanas de folga... Não pergunte “por que”, também não faço ideia – disse o baixista – Oi né Bill? Bill...?

O vocalista, no entanto permaneceu calado.

- Nem adianta Georg – o Kaulitz de dreads avisou – Esse aí quando começa a ler ou a compor esquece da vida. O mundo pode acabar que ele não vai nem perceber... Querem pipoca? – Ofereceu.

- Não, obrigado – Georg disse – Mas aceito refrigerante.

- Me e ae? O que aconteceu de interessante enquanto estivemos longe? – Gustav perguntou enquanto pegava um pouco de pipoca e sentava-se numa poltrona, sendo seu gesto imitado pelo baixista.

- Ah nada demais – disse Tom levando mais pipoca pra boca – Conhecemos umas garotas e... Bom, comecei a namorar.

A reação foi cômica. Georg, que tinha acabado de tomar um gole de refrigerante, cuspiu tudo e Gustav engasgou com a pipoca, começando a tossir compulsivamente.

- Cof Cof! Vo... Você??? – o baterista perguntou com os olhos arregalados – Tom Kaulitz namorando? Oh mein Gott! Nunca pensei que ia viver o suficiente pra ver isso!

Passaram o dia todo falando bobagens e comendo porcarias, Bill finalmente despertou de seu transe e começou a conversar também. Já ia anoitecendo quando os G’s foram para seus próprios quartos deixando os gêmeos sozinhos.

- Por que mentiu? – Bill perguntou assim que teve certeza de que não ouviriam.

- Sobre o que? – perguntou o loiro.

- Sobre você ter namorada.

- Ah! Então você estava consciente!?

- “Consciente” é um termo forte demais. Um pouco lúcido, eu diria – disse o cantor com um sorriso inocente.

- É simples meu querido e fofo irmão. Se eu quero que os outros acreditem mesmo que eu estou namorando, tenho que começar por quem está perto de mim. Preciso conseguir enganar meus amigos para enganar meus inimigos. – disse Tom com a uma posse de “eu sei de tudo”.

- Estratégia de guerra um pouco desleal meu querido e fofo irmão – Bill rebateu a frase com um sorriso – Mas pode funcionar.

- Claro que vai funcionar.

 

Nos corredores, os G’s conversavam.

- Acreditou naquela história do Tom de que ele tem namorada? – Georg perguntou.

- Tom Kaulitz? – Gustav rolou os olhos - Nunca.

- Pois é, ele não sabe mentir.

 

No fim do dia, novidades aguardavam a vampira ruiva. Assim que chegou em casa, Selene foi ao seu encontro.

- Ora! Parece feliz – Sel reparou.

- É que eu dei um “chega pra lá” no Leanf – os olhos de Alexia brilhavam como os de uma criança que tinha acabado de fazer uma travessura – Se essa história de namoro vai funcionar eu não faço idéia, mas que está vindo a calhar, ah isso está!

- Está se divertindo mais do que devia minha amiga – disse a escritora sorrindo.

- Ah Sel! Deixa eu ser feliz vai! Mas então, descobriu algo sobre a Jeanne?

- Senta para não cair pra trás – a morena avisou enquanto sentava-se em frente á amiga. – Aqui está o levantamento da vida da modelo – mostrou uns papéis que estavam em suas mãos.

- E então?

- O nome verdadeiro é Dolores Spinoza, é venezuelana. Aos 15 anos já era modelo fotográfica, mas tinha um tombo por famosos e sempre que conseguia fazia questão de ir pra cama com um. E então aos 18 anos ela veio para a Europa e mudou o nome para Jeanne Du Pont. Oficialmente ela veio para seguir carreira de modelo e não oficialmente a de...

- Groupie – Alexia completou.

- Sim. Pela ficha dela já passaram Enrique Iglesias, Antonio Banderas, Mick Jagger, A.J McLean, etc... E entre eles seu querido namorado.

- Antonio Banderas... A garota não é fraca não. Pelo visto ela é bonita.

Selene nada disse, apenas estendeu uma foto.

A bela loira sorria pra câmera. Trajada um biquíni roxo e azul todo bordado e cheio de frescuras. Tinha olhos azuis, seios fartos e ao que parecia a pele macia. Realmente era muito bonita, não era de se admirar que tenha conseguido tanto.

- Quanto ás sujeiras... – a escritora continuou – Acusada uma vez de agredir uma companheira de trabalho, presa uma vez por posse ilegal de armas e posse de drogas, e o próximo vai te interessar: Acusada duas vezes por calúnia, uma vez por difamação, uma vez por falsificação. Inocentada de calúnia e difamação por falta de provas. Falsificação e agressão deveriam ter lhe rendido no mínimo 8 meses de prisão. Mas ficou só 2 meses, pois pagou a fiança.

- Nomes?

- Annete Von Klendre, a difamada está atualmente em Amsterdã e é uma modelo fotográfica. Kamila de Boccleuch e Linda Gallagher, as caluniadas são Angels da Victoria Secret’s, ambas vivem em Paris. E a agredida é  Dayana Mendonza, vive em Caracas e é a...

- Miss Universo – Alexia tinha os olhos arregalados.

- Tipo, ela estava concorrendo para Miss Venezuela também, e é aí que entra a falsificação. Jeanne estava com o nome de Maritza Sayalero. Quando ela encontrou a sua concorrente em um dos corredores e saíram faíscas. Inveja pura e simples. Jeanne foi desclassificada e logo depois descobriram a identidade falsa.

- Que garota burra. Voltar para Venezuela só para concorrer a Miss? Fala sério ¬¬. – disse a ruiva encostando-se na poltrona – Hei Sel, como conseguiu tudo isso? Não são coisas que se encontra pesquisando no Google.

- Eu tenho meus métodos. – disse a morena levantando-se – E é melhor que você não saiba, pois protege a mim e a você. Se quase surtaram por você ter saído em uma revista de fofocas beijando Tom Kaulitz, quem dirá se descobrirem que você vive com uma hacker.

- Não importa. Consegue contato com essas pessoas?

- Hum... Não sei, aí já é mais difícil, mas vou ver o que posso fazer.

- Ok, obrigada.

 

Continua...


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Notas finais do capítulo

Capítulo chatinho, mas é necessário, prometo que a partir do próximo vai ser melhor.

Mandem reviews! Lembre-se: Dedinhos felizes digitam mais rápido!

Beijos!