Memórias De Uma Groupie escrita por Ana


Capítulo 12
Capitulo XII


Notas iniciais do capítulo

Voltei rapidinho! Mas me deixaram só um reviewzinho no ultimo capitulo.
Status: escrevendo o proximo capitulo.
Boa leitura!



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Capitulo XII – Nada como estar de volta

Aquele final de 88 estava sendo horrível. Bem primeiro eu tinha partido meu coração, segundo eu tinha fugido de casa e agora enfrentaria as consequências e terceiro é que eu continuava não sabendo o que ia fazer da minha vida.

Quando eu voltei ate minha casa, Harris não estabeleceu contato comigo a principio. Fingiu que estava alegre e continuou a distancia. Eu tinha medo disso, uma coisa era ser ameaçada frente a frente, outra coisa era saber que estavam tramando para te ferrar.

De inicio eu não quis dizer nada do que tinha ocorrido a minha mãe, mas aí eu pensei no futuro. Bom se é que existia um futuro para mim. Primeiro eu disse que tinha conhecido um cara, me apaixonado e fugido com ele. Ela não reagiu apenas me abraçou.

Mais tarde ela quis saber onde eu tinha conhecido este cara. Tive que mentir para o meu bem e daquele porco. Acho que eu disse que tinha o conhecido aos arredores da escola. Aos poucos ela foi me tirando informação e eu claro tinha que mentir.

“Ele é muito mais velho que você?” ‘Apenas cinco anos’ eu disse quando na verdade ele era quinze anos mais velhos. “Como conseguiu fugir?” ‘Ele me bancou’ mentira eu apenas tinha depenado minhas economias e roubado um pouco do porcão.

Harris andava muito misterioso. Passava noites fora, me olhava como se fosse um objeto. E bang! Ele estava tramando uma para mim. com certeza. Eu podia sentir aquilo na minha carne.

Não demorou muito para ele me reintegrar no bar. Foi só minha mãe dar uma abandonada em mim e ele se ofereceu para me amparar. Ele era tão desgraçado. De inicio imaginei que ele fosse repetir os atos abomináveis da minha puberdade comigo, mas ele apenas sorriu.

...

- Valentina. Desde que eu te peguei de jeito há alguns anos, eu sabia que você tinha vocação para vadia. – O escroto pegou um dia que eu já estava trabalhando no bar e o movimento estava fraco. Eu não respondi nada. - Então a vadiazinha fugiu com um musico de merda e deu para banda toda. – Eu não podia imaginar onde ele tinha conseguido essa informação.

- Dei e por vontade própria. – Eu não sabia se minha atitude foi coragem ou burrice. – E quer saber eu dou para qualquer um menos você. – Burrice de fato. O porcalhão não dizia nada apenas sorria. Eu tinha medo disso. Quando você ofende alguém ela nunca deve sorrir e sim se sentir ofendida.

- Bom saber, isso vai me ajudar nos negócios futuros. - E foi assim que ele me deixou na sala. Olhando o nada, fitando o horizonte e sentindo o peso de suas palavras.

...

Era engraçado olhar minha desgraça. Hum, ‘desgraça’. Bom se antes Harris me punha para flertar com alguns projetos de perucas, agora eu tipo uma bonequinha de luxo. Oh! Não sem sexo. Eu era um enfeite bonitinho de servir bebidas e ouvir cantadas.

As regras de Harris eram claras, não tocar, não fornicar, não cobiçar e nem ofender. De fato tudo muito ridículo para minha condição. O filho da puta tinha mandado ate escrever groupie no meu uniforme novo.

Meu uniforme variava de calças e saias de couros. Sandálias de saltos astronômicos. Muito brilho, muita estampa e meus mais novos aliados da maquiagem delineadores pretos e batom vermelho tomate.

Eu nunca tive muito respeito e amor próprio, vergonha então nem se fala. Tudo era questão de costume. Falar como puta era costume, vestir-se como puta costume, fingir que estava tudo bem meu maior talento e costume.

Por meus copos de bebida naquele final de 88, passaram Deep Purple, Van Halen, Pantera, Motley Crue, Warrant, Judas Priest, Skid Row, Aerosmith, Scorpions entre muitos outros que manterei sigilo. O bar do porcalhão fazia um gêneros de somente os cults do rock frequenta – lós. Logo era notório os que queriam fazer sucesso aparecerem por lá, como também os que já faziam sucesso passarem lá também.

Levei cantadas de Vince Neil, um tapa na bunda Rachel Bolan, um convite atrevido de Steven Tyler. Bom um vocalista de uma cobra branca* chegou a me fazer uma proposta de uma noite incrível, mas assim que descobriu que eu era menor de idade pediu que o procurasse daqui a alguns anos. Um dia eu ainda procuro.


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Notas finais do capítulo

*Cobra Branca, esta subentendido que é a banda Whitesnake (muiiiiito boa gente, recomendo).
Fornicar= fazer sexo antes do casamento. Qualquer outra palavraa nova aí para voces é só perguntar por review que eu respondo (;
Ptz eu gostei do ultimo paragrafo vou servir bebida lá tambem viu.
Gostaram?
;*