When A Heart Breaks escrita por Beez


Capítulo 3
It's my life.


Notas iniciais do capítulo

Me encontre nas notas finais, boa leitura :3



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Me acordei cedo, bem cedo. Eu nunca me imaginei acordando esse horário. Sabe, eu me acordo 5:20 am. quando tinha alguma apresentação de dança, quando eu era criança mais bem, isso mudou. Nove horas da manhã pra mim é hora de se acordar, mais são só 4:45 am. e aqui estou eu. - Sorri, olhei para meu lado e lá estava meu anjo em forma de gente. Eu odeio esse garoto.Pensei, e bati com a almofada mais próxima de mim, nele. O fazendo acordar. 

- Vambora Bela-Adormecida acorda! - Gritei, sumi em cima da cama e comecei a pular. 

-Eu. Vou. Te. Matar! - Disse Justin, ainda sonolento, ao olhar para o relógio da mesa de cabeceira.  

Foi tudo tão rápido que eu nem pensei direito. Justin me puxou pelo calcanhar  me fazendo cair sentada por cima dele. Tentei me ajeitar e me levantar para sair mais ele me segurou, me fazendo ficar sentada com ele entre minhas pernas. Ficar sentada assim em cima dele era muito tenso porque eu estava em cima de... Ahn... Deixa eu ver uma forma menos constrangedora de descrever isso... Eu estava em cima do... Amigo-de-Justin. Justin mordeu os lábios. 

-Nossa, como você é safado. - Disse tentei me levantar de novo, mais ele me segurou.

- Agora rebola. - Ele disse. Procurei por algum sinal de brincadeira no rosto de Justin, mais ele estava sério. Super-sério.  

Eu comecei a bater nele, e ele ria. É claro, o que minhas "tapas" são em um cara como Justin? Ele é o Hulk perto de mim.

- Safado, me respeita. - Dizia entre tapas. - Me deixa sair. 

Sai do colo dele e bufei, por que ele ainda ria. 

- Estava brincando, Ann. - Ele se levanta e vai para o banheiro.

Tudo bem, eu percebi uma coisa diferente no andar de Justin. Fui até a porta do banheiro e bati na porta. Agora eu vou provocar.

- Oi? - Justin disse de dentro do banheiro, sua voz soou abafada.

- Ficou animadinho, Jus? - Perguntei.

- É... Um pouco. - Ele disse, receoso. - Se você fosse homem entenderia sabe? Dormi do lado de uma garota só de blusa e calcinha e não fazer nada não é fácil. - Ele riu.

Olhei para a roupa que vestia e é, eu estava realmente com uma blusa grande dos Lakers e uma calcinha azul clara. E eu nem me lembro de trocar de roupa, mais eu nunca lembro mesmo.

- Quer que eu vá acalmar os seus ânimos, Jus?

Justin abriu uma brexa da porta e me olhou, eu sorria com um olhar diabólico e um sorriso sexy. 

- Esta zoando da minha cara? - Ele perguntou, e sorriu.

- Sim. - Disse e desmanchei em risos. - Vou fazer nosso café.

Sai praticamente rebolando do quarto. Eu me divertia em provocá-lo. É meio que uma brincadeira nossa, que não brincávamos a muito tempo. Um provoca o outro, mais sem toques, ou coisa do tipo. É só provocação. Brincadeira. 

Escovei meus dentes e meus cabelos no banheiro do andar de baixo da minha casa. Fui para a cozinha e fiz uns ovos com bacon para o Justin, café e toradas para mim e deixei leite e cereal na mesa. Antes de tomar o meu café, eu sumi. Justin estava sentado na cama, olhando para o teto. 

- Vai tomar café, pequeno. - Disse. Ele levantou e saiu pela porta a fechando atrás de si. 

Fui tomar um banho. Um longo, gostoso e quente banho. Enquanto tomava banho, decidi que queria ir no cinema. É, isso aí, eu decidi. Ei, ser menina não é fácil né? Lavar os cabelos, passar hidratantes corporal, maquiagem, escolher a roupa certa. Cólicas, ter que ser dez, duas e ainda assim ser uma. Trabalhar, ter que agüentar homens folgados e ainda assim ter um lindo sorriso no rosto. Ri do meu pensamento. As vezes penso coisas idiotas, e boba. Mais essas coisas são inteligentes, não? 

Na escolha da minha roupa foi um simples vestido florido, estava um sol tão lindo lá fora. Peguei a primeira sandália que vi no sapateiro do meu closet. Escovei meus cabelos novamente, os deixando soltos e desci as escadas correndo, Justin estava vendo algum show na TV. 

- O que vê? 

- Tá passando especial do Paul McCartney. - Ele disse. 

- Nossa, aumenta o som. - Sorri.

Eu vou explicar pra você: Eu definitivamente amo Beatles, e também amo Guns N' Roses, Oasis, Metálica, Scorpions e outros. Eu cantava e dançava as musicas na cozinha enquanto guardava as coisas do café. - Eu perdi a fome, nem comi nada. 

(..)

- Tô com fome. - Disse para o Justin. 

- Porque não tomou café? Ainda são nove da manhã. 

- Vamos no cinema comigo? Quero ver o filme novo com o Johnny Depp.

Justin bufou e se afundou no sofá. 

- Que foi? Não quer ir? Se não quiser... Tudo bem... - comecei. 

- Não é isso... É só que... - Ele começou. - Minha mãe me ligou... - Ele disse. - A gente ia viajar no natal, pra visitar os meus irmãos mais ela brigou de novo com meu pai e... Eu queria ir pra lá. Tenho saudades dos meus irmãos, não os vejo faz dois anos e meio.

- Sinto muito J. - Passei a mão nos meus cabelos, o olhando.

- Onde você vai passar o natal esse ano, Ann? 

- Vou passar o natal em casa, sabe, você sabe  o que eu penso a respeito do Natal. 

- Eu sei... - ele começou. 

O natal pra mim é só mais uma data comum. Eu só reso a Deus as meia-noite e volto a dormi, não faço como todo mundo faz de fazer ceia ou ir para uma, porque isso é só mais uma desculpa para beber que as pessoas tem. E não é porque a sociedade faz tanto fuzuê com o natal que eu vou fazer também. Afinal, eu não tenho família para me encher o saco para ir em uma ceia de natal, e nem para comprar uma arvore e bonecos de jardim do papai Noel, e nem pisca-piscas. Por isso eu fico em casa no natal. 

- ... Você podia ir comigo pra casa do meu pai, Annabel. 

Eu sorri olhando minhas unhas. - É claro que não podia. 

- A gente viria no dia seguinte, na manhã de natal, sabe? Ia para a casa dos meus avós com a minha mãe... Sabe, ela gosta muito de você, ela ia gostar de passar o natal ao seu lado também. 

- Eu gosto muito da dona Pattie também. - sorri.

- Eu sei... Então? - Ele perguntou, levantando meu queixo com o dedo indicador da mão direita, me fazendo olhar para ele. -Porfavorzinho

- Tá J... - Falei. - Agora vamos no cinema comigo que eu tô com fome de pipoca!

Me levantei pegando meu celular e indo em direção a porta, Justin veio logo em seguida brincando com a chave do carro em suas mãos. Ele destravou e entramos no carro, eu liguei o rádio enquanto ele dirigia. Fomos cantando no meio do caminho.

This ain't a song for the broken-hearted 

(Esta não é uma canção para os que estão com os corações partidos)

Nor silent prayer for faith-departed

(Nem uma oração silenciosa para os que perderam a fé)

I ain't gonna be just a face in the crowd

(Eu não serei apenas um rosto na multidão)

You're gonna hear my voice When I shout it out loud

(Vocês vão ouvir minha voz quando eu gritar isso bem alto)

Cantamos o refrão de It's my life como malucos no meio da estrada movimentada. Pessoas olhavam para o carro de Justin, ignorávamos os olhares curiosos e suas perguntas mentais. A respostas para elas seriam: Sim, somos loucos. 

20 de dezembro, 8:45 am.

Acordei com alguém beijando forte o meu rosto. Abri meus olhos com dificuldade pela luz que entrava pela janela. Firmei minha vista, encontrando Justin na minha frente. Olhei para ele com um olhar matador. 

- E aí bela-acormecida

- Não me chama de bela adormecida, só eu posso te chamar assim. 

- Tava com saudades. - Ele sorriu. 

- Ah, lembrou que eu existo depois de um mês? Tua memória é ótima. - Sorri irônica. 

Eu e Justin não nos víamos desde a ultima vez que fomos ao cinema. Naquele dia ele me deixou em casa depois de receber uma ligação de Ryan dizendo que Chaz fugiu com o traveco que ele tinha pegado na noite anterior. Acredita nisso? Não acredite, eu estou brincando. - Chaz ficou com trauma de pegar qualquer menina alta desde aquele dia - O Justin recebeu uma ligação de Ryan o chamando para outra balada. Justin desde esse dia não parou mais, e me ligava toda sexta, - não sei porque- para me chamar para uma balada, mais eu sempre dou aulas de dança no sábado, então não saio nas sextas, e ele sabe disso. Justin mudou de menino caseiro, para festeiro. Tudo bem, ele tem 22 anos, e ainda tem idade de festas mais poxa, eu também tenho e fico em casa. Enfim, ele tá me irritando desde então, pela nova reputação que ele ganhou; o garanhão

- Eu andei meio ocupado. - Ele ri. 

- Pegando qualquer vadia que quisesse dar para você né. 

- É. - Ele falou e começou a rir.

Foi aí que eu cheguei bem perto dele e senti. Ou Justin tinha confundido e passado vodca no lugar de perfume ou ele bebeu até amanhecer mesmo.

- Onde você estava, Justin Drew Bieber?

- Numa balada muito firme, Ann! Você tinha que ver! Tinha um monte de gostosas lá e cara, tinha umas bebidas coloridas. - Ele ri. - Chaz não pegou ninguém denovo com medo de ser um homem-mulher.

Homem-mulher? Deu vontade de rir, mais eu fiquei séria. 

- Você dormiu, J? 

- Não... - Ele se jogou na minha cama. - Vai tomar banho... Temos que pegar estrada para ir pra casa do meu pai. - Ele disse, quase fechando os olhos. 

- Você vai tomar banho primeiro, esta bêbado. E não vai dirigir assim, tá ouvindo? Vamos para casa do seu pai quando você estiver melhor. - Disse. 

O puxei para o banheiro, ele apenas me olhava sério. Via que ele não ia tirar a roupa para tomar banho então eu mesmo fui tirar a calça e a blusa que ele vestia. 

- Você... - ele começou a rir. - vai me estrupar? 

Eu sorri de lado, esse menino é um idiota. Para me vingar, joguei ele de baixo do chuveiro e liguei na aguá fria, ou como eu custumo chamar: amostra grátis da água do polo-norte. 

- Tá gelado. - Ele batia os dentes. 

- Tô bem aí. 

Eu sai do banheiro, o deixando lá. Desci as escadas para fazer um café bem forte. Aquilo tava parecendo uma tinta de tão forte. 

Quando subi no meu quarto, Justin estava vestido só com uma cueca dele que havia no meu closet. 

- Dá pra vesti um shorts também? 

- Não encontro nenhum. 

Ele disse, e passou as mãos nos olhos. 

- Toma, bebe. - Dei a xícara de café para ele. 

Ele reclamou ao tomar o primeiro gole. 

- Bebe tudo. 

- Isso tá horrível. 

- Eu sei. - Disse. - Justin, precisamos conversar. 

- O que é? - Ele sentou na minha cama, de frente pra mim. 

- J. é que... - Comecei, mais ele me interrompeu.

- Eu sei o que você vai dizer... - Ele disse. 

- Será que sabe mesmo? 

- É, eu sei que você vai fizer que não quer que eu fique bebendo e blá-blá-blá. 

- Olha Justin, eu não tinha nada haver com sua vida, por que ela não afetava a minha, mais aí nós nos tornamos amigos. Melhor, melhores amigos. E aí, tudo que aconteceu com você, passou a me afetar. Um coração partido, sofrimento, lágrimas. Eu senti tudo isso junto com você. E você farreando, e pegando qualquer uma por aí, me afeta, primeiro, por que: Você chega doidão e vem pra minha casa. Cara, sou eu quem cuida de você, e cara, não é de mal grado que eu faço e falo isso agora mais você tem que parar com isso, por que você tá destruindo com a tua vida. - Ele bufou. Eu continuei a falar: - Soube pelo Chaz que você foi despedido do seu emprego. 

- Eu consigo outro melhor. 

- Eu sei que consegue mais não é isso Jus. O ponto é que você tem que voltar a raciocinar direito e ver que a vida não é só festa. Não vou pedir para que volte a ser o menino sereno que era antes, por que as vezes, mudanças são precisas na nossa vida mais pelo menos modera. Eu não quero perder você, mais sinto que estou perdendo, mesmo sem fazer nada para que isso aconteça... Eu só tô perdendo. - Olhei para minhas mãos, tentando descrever o que eu sentia e em palavras disse: - É como se você fosse areia, que escapa sempre entre meus dedos.

- Desculpa Annabel mais... Essa é minha vida e...

- Eu sei você faz o que quiser dela mais...

- Não... Não é isso... É que eu pensei que tava fazendo alguma coisa certa, sabe? Eu tava tentando só ocupar minha mente, e... Agora eu percebi que só estou magoando as pessoas. - Ele disse me olhando. - Nada comparado ao que fizeram comigo, é claro. - Ele sorri sem jeito. - Destruíram meu coração, e você me ajudou. - Ele pegou minha mão, eu sorri pra ele. - Mais eu ainda não estou bem. - Ele continuou. - Quer dizer, estou... Por estar perto de você. Você me faz bem. - Ele disse. 

- Você também me faz bem, mais me irrita. - Disse, e ele riu. 

 A risada dele parece musica em meio a tanto barulho que meus pensamentos causam em minha mente. Ele me acalma, ele é o meu abandono do mundo. Ao senti os braços dele me envolver, esqueci que estava chateada a minutos atrás por ele ter chegado muito doido na minha casa. Eu esqueço de tudo ao lado dele. E isso faz mal para mim, eu não deveria me sentir assim em relação ao idiota do meu melhor amigo. 

- Ann, posso fazer uma pergunta? - Ele perguntou. 

Estávamos deitado na minha cama vendo qualquer coisa que passava na TV, ele já tinha descansado um pouco e bebido muita coca-cola, pela leve ressaca que ele tava. Idiota.

- Acabou de fazer. - Brinquei.

- Não, outra sua chata. - Ele riu. 

- Claro que pode, Jus. - Sorri.

- Ainda vai comigo para a casa do meu pai? Queria muito que fosse comigo. - Ele sorria, tentando arrancar de mim um "sim".

- Ainda quer ir? - franzi a testa. - Nossa, eu estou morrendo de preguiça de sair de casa. E além do mais. - Olhei no relógio, o fazendo olhar também.

- Caralho, a gente ia chegar lá as 4h da manhã de natal se não tivesse transito ou coisas do tipo.

- Sinto muito Jus, mais quem mandou você beber? - Falei. 

- Eu não devia ter bebido mesmo... - Ele sentou na cama. 

- Mais você pode passar o natal em outro lugar. 

- Claro que posso! Vou passá-lo aqui com você. - Ele disse. 

- Não vai passar com sua mãe na casa da sua vovózinha? 

- Eu estou precisando demais de você pra sair do seu abraço. 

Ele disse vindo para perto de mim e me abraçando pela cintura, sorri. Só não se deixe levar pela ilusão dele ser seu algum dia. Gritou a razão.


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Notas finais do capítulo

Eu passei o dia escrevendo esse Cap --' Tá meio grandão né?
Coloquei o nome de algumas bandas no Cap. E sou eu que amo Beatles e Oasis. Já ouviram falar que a escritora sempre coloca um pouco dela em seus personagens? Nem teve muita ação nesse cap, mais ele é meio que essencial pra historia.
Reviews? mereço né? ):



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