Assim que entrei em casa pensei em tudo que perdi de dizer, tudo que perdi de fazer como sempre quem ouviria era Jaque mas não conseguia falar com ela, então liguei pra Josh :

- Hi.- ele disse sonolento era obvio que estava dormindo afinal sairiam 5:30 da manhã.

- Jo desculpa te acordar.

- Tudo bem Mi, e ai falou com ele?

- Não consegui Jo.

- Você gosta dele não gosta?! – pensei por um minuto e minha vontade era dizer não, mas ele saberia que estava mentindo.

-­ Sim, Jo, eu gosto.

- Então esteja pronta 4:20 a.m que passo ai te pegar para irmos ao aeroporto.

- Melhor não Jo... – eu continuaria mas Josh não deixou.

- 4:20. – falou e desligou o celular, e eu sabia que ele faria eu ir mesmo que de pijama.

Olhei no relógio e para minha infelicidade tinha apenas 40 minutos para dormir se quisesse me arrumar com calma. Subi para o quarto tirei meu vestido e deitei do mesmo jeito na cama. Logo meu celular tocou e não era o despertador e sim Josh.

“Levanta Bela Adormecida, já já passamos te pegar ;D”

Maravilha, eram 3:30, podia dormir mais um pouquinhos, mas se voltasse deitar não levantaria mais. Levantei, tomei meu banho, vesti uma roupa confortável e delicada (http://www.polyvore.com/cgi/set?id=51997734&.locale=pt-br) amarrei meus cabelos em rabo de cavalo bagunçado e desci para cozinha, comi uma fruta e sentei-me em frente a televisão.

Eu iria mas não sabia o que falar muito menos o que fazer. A ultima vez que me declarei a um menino não adiantou em nada.

O interfone tocou e era Josh me esperando, peguei minha bolsa e desci, minhas mãos estavam geladas, mas eu estava com calor apesar do vento, estava ansiosa. Entrei no elevador e por um súbito momento pedi pra que tudo desse certo.

- Bom Dia senhora paixonite!!! – Josh disse me abraçando.

- Muito engraçado. Bom dia Jo.

- Como foi sua noite?

- Por que pergunta? Ficou acordado até agora pouco comigo.

- Estressada?

- Apreensiva. – corrigi Josh e entramos na van onde estavam Dan e Sandy. – Bom dia. – disse assim que entrei.

Fomos o caminho inteiro nos irritando, brincando e Josh imitava os garotos cantando.

Chegamos no aeroporto e os cinco ainda não tinham chego. Minha aflição aumentava a cada minuto até eles chegarem.

- MIII – Louis gritou assim que me viu, o que fez Harry virar automaticamente para nosso lado e abrir aquele sorriso lindo que iluminava meu dia.

- Lou. Hazza.

- Zayn, Liam, Niall ­– Zayn disse depois de ter chamado apenas dois, todos foram me cumprimentar e Harry ficou por ultimo.

- Por que não disse que viria, eu iria te buscar?! – sussurrou ele em meio a um abraço forte, suave e aconchegante ao mesmo tempo eram incríveis as sensações que só ele me fazia sentir.

- Eu não sabia que vinha. Uhm podemos conversar em um lugar mais...particular? – eu me sentia cada vez mais nervosa e ainda não fazia ideia do que falar.

- Vamos ali no fundo. – falou me arrastando para um canto onde não houvesse ninguém.

- Harry, eu vim... – vamos Michele desembucha, fala logo de uma vez que você o ama e pronto, não fica assim calada, fala. – Eu te amo. – eu tinha que falar mas as palavras não vinham em minha boca eu estava gelada, mas sentia um imenso calor dentro de mim.

- Eu também te amo Mi. – não é pra ele falar sua trocha, fala você

- Harry você não entende...- quando eu achava que tinha encontrado as palavras Harry não me deixou terminar, selou nossos lábios com um calmo e doce beijo, fazendo meu coração ir a mil, e uma sensação estranha em meu estomago, acho que seriam as ditas borboletas.

Separamos nosso beijo já com o alto falante chamando-os para a sala de embargue. Ele me puxou pela cintura colou nossas testas e antes de partir disse olhando fixamente em meus olhos.

- Me espera, por favor?! – a tanto tempo eu esperava apenas conhecê-lo, mas isso, isso era muito melhor.

Antes que eu pudesse dizer algo todos os outros vieram correndo para nos despedirmos, Dani e Elea choravam abraçadas aos namorados. Depois de me despedir de todos Harry me abraçou.

- Se cuida. – me deu um selinho e saiu.

Três meses. Ficar longe de Jaque já estava sendo uma tortura, agora o Harry também. Uma imensa tristeza e saudade me apertou como se tudo eu tinha, toda a alegria fosse embora, e assim como as meninas comecei chorar. Depois de um tempo o avião decolou, estávamos no vidro vendo, nossos meninos, indo. Era bom ver que muitas Directioners poderiam realizar seus sonhos, conhecê-los, ir ao show, mas para nos doía. Eu era apenas amiga deles, mas antes disso uma grande Directioner.

(coloque o vídeo para carregar http://www.youtube.com/watch?v=5iDPw_qjhtM)

Fomos para meu apartamento, Eleanor e Danielle almoçariam conosco. Isa dormia como uma pedra, fizemos de tudo pra acorda-la o que nos divertiu muito e nos fez esquecer por um momento que eles demorariam a voltar. Pegamos panelas e colheres e subimos novamente até o quarto de Isa, começamos a bater freneticamente até ela pular da cama e gritar:

- NÃO SE PODE NEM DORMIR NESSA CASA.

Começamos a rir e fizemos ela levantar, fizemos o almoço as meninas lavaram a louça depois de comermos e fomos assistir filmes. Depois de assistir Se Beber Não Case, o que eu já sabia de cor, resolvemos cantar. Eu nunca cantei na frente das minhas amigas pois tinha muita vergonha, e sabia que minha voz não era tão boa, mesmo assim entrei na brincadeira. Cada uma escolhia a musica para a outra. Elea escolheu para mim e só pelo toque sabia que essa musica não me faria bem (aperte o play).

Justo essa musica, elas não sabiam, mesmo assim comecei cantar e sorria toda vez que lembrava de Jaque, depois do refrão as letras que eu já sabia de cor pareciam fugir de minha cabeça, e começaram ficar borradas na tela. Então desabei, não consegui mais cantar e as meninas ficaram assustadas por me ver naquele estado.

Era o nosso tema: Grudados Feito Cola, nos queríamos e prometíamos ficar assim, sempre juntas, mas não era isso que estava acontecendo. Nos estávamos separadas, não conseguíamos conversar, e eu sentia muita falta dela.

Depois de me consolarem cada uma foi para sua casa, as meninas deixariam Isa em casa. Tomei meu banho e deitei na cama. Dormir, a única coisa que me faria esquecer as saudades.