Refazendo O Passado. escrita por GRT, Juliana


Capítulo 11
O jogo e... Fire Wisk?




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*Lumus*

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Depois de dias seguidos de treinos onde Tiago, com um brilho de fanático amor pelo Quadribol, gritava com os jogadores:

- É O MEU ÚLTIMO ANO, SEI QUE GANHAMOS NOS OUTROS ANOS TAMBÉM, MAS EU REALMENTE QUERO DEIXAR A MINHA, E A NOSSA MARCA, NESSA ESCOLA E QUERO ENTREGAR A TAÇA PARA A PROFESSORA MCGONAGOAL ESSE ANO.

- É isso aí! – Exclamaram todos da primeira vez que Tiago disse isso, mas quando ele repetiu isso na terceira semana de treino, três treinos por semana, logo após ter dito várias táticas novas de jogo, Sirius disse:

- É sério, cara, você já disse isso umas dez vezes. – Reclamava enquanto tirava a cabeça do ombro da nova artilheira, Jessie Rocket, onde estivera durante toda a falação de Tiago.

- Verdade? – Perguntou ingenuamente Tiago.

- Uhum.

- Desculpem então. Certo, mas todos entenderam o que eu acabei de explicar? – Todos confirmaram com a cabeça, entediados, mas Tiago prosseguiu: - vou passar só uma última vez que é para penetrar.

Todos resmungaram e exclamaram coisas do tipo: “não precisa, já entendemos”, “é, é, se você continuar não vamos treinar”, “Vamos lá para fora, por favor, Tiago”. Mas mesmo assim ele voltou sua atenção aos quadros que havia feito e pôs o primeiro na frente dos outros quatro. Sirius, vendo que não adiantaria nada continuar a reclamar pôs sua cabeça de volta no ombro de Jessie, mas não sem antes cochichar para Remo, que estava ao seu lado:

- Me acorda quando ele acabar.

*****

Depois dessa mais quatro semanas de treino se seguiram, só que, nessas quatro semanas, três coisas deixaram Tiago tão estressado que ele foi mandado à enfermaria para tomar uma poção calmante, durante uma aula de Trato Das Criaturas Mágicas.

Jessie, a artilheira, foi encontrada no corredor do sétimo andar coberta por pelos e desmaiada, havia sido azarada. Descobriram, uma semana depois, quando os pelos foram finalmente retirados, graças a uma poção de madame Ponfrey, que sua pele estava muito vermelha, chegaram à conclusão de que ela não tinha sido azarada apenas por um feitiço, e sim por vários, conclusão: não poderia jogar. Tiago quase pulou no pescoço de madame Ponfrey, mas logo arrumaram um substituto, Mike, namorado de Jessie, não era tão bom quanto à própria, mas foi o melhor que acharam. 

Rony comeu muito em um jantar, ficou com uma intoxicação alimentar, e teve de faltar a dois treinos, na semana do jogo, pois estava se curando na enfermaria.

Tiago descobriu que o jogo seria um dia depois do final do ciclo da lua cheia Lua Cheia, ou seja, ou Remo, ele e Sirius jogavam extremamente cansados ou não jogavam. Remo decidiu-se por jogar, mesmo estando muito cansado, e tentou convencer Sirius e Tiago a não irem a nenhuma das luas cheias do mês e, depois de muita discussão, Sirius disse por fim:

- Faremos o seguinte, vamos todos nós, quatro, nos seis primeiros dias da Lua Cheia e no sétimo vai só você e Pedro, pode ser?

Tiago e Remo não vendo uma saída melhor concordaram, embora Remo tenha ficado um tanto relutante no início.

Então depois de muitos, e muitos, erros de percurso, estresse, por parte de Tiago e todos os outros jogadores, e depois de muitas conversas onde Lílian tentava acalmar Tiago e Gina e Harry “escondiam-se” em canto do salão discutindo sobre os problemas pelos quais o time estava passando e Harry dizia que iria tentar pegar o pomo o mais rápido possível para Grifinória não ser muito massacrada.

- Pessimista, como sempre. – Resmungou Gina na ocasião em que ele disse isto.

Então, depois de todo esse... Sofrimento o dia do jogo, finalmente, chegou e junto com ele mais insegurança.

- Oh, Merlin, por quê? Por que isto está acontecendo logo este ano? – Rezava Tiago, baixinho para que ninguém ouvisse, a mesa do café da manhã. Mas sua tentativa foi... Altamente frustrante.

- Ora, Tiago Potter! Pare com esses resmungos, por Deus, quanta insegurança. – Lílian o repreendeu com a voz cansada, por mais que não gostasse de admitir, e geralmente dissesse que Quadribol era um esporte sem segurança e agressivo, gostava do esporte e também não queria que Sonserina vencesse por isso pelo menos Tiago tinha que ter alguma esperança, se não como ela mesma o teria.

- Não sou inseguro, Lil’s. – Respondeu ele carinhosamente, mesmo que não conseguisse esconder o tom nervoso e chateado na voz.

- Pois não é o que está parecendo, - Tiago a olhou decepcionado, como ela poderia dizer isto? – Tiago Charlus Potter, me escute, se você ficar aí reclamando e dizendo que não irá conseguir, não vai conseguir mesmo, pelo menos tente, e... E nem é a final ainda, então... – De repente o tom de voz de Lílian mudou para um carinhoso. – Eu vou estar lá na torcida, torcendo por você. Você vai conseguir. Sei que vai.    

Aquilo pareceu ter afetado Tiago mais do que qualquer outra coisa que poderiam ter dito a ele, mesmo ainda estando nervoso, aquilo pareceu fazer um melhor efeito do que todas as frases de “auto-ajuda” que vários grifinórios, lufos e corvinais tinham lhe dito. Ele se levantou e perguntou ao resto do time:

- Time! Todos já terminaram de tomar o café da manhã?

Como nenhum integrante do time tinham sequer tocado em algo, nem mesmo Gina, todos disseram que estavam prontos, ansiosos para chegarem logo ao campo. Todos se levantaram e, já vestidos com seus uniformes, e com as vassouras no ombro marcharam em direção ao vestiário.

- Ah, bom... Quer dizer... Acho que podemos ganhar se... Bem... – Dizia o capitão, Tiago, meia hora depois que o café, para os jogadores, tinha acabado.

Ele andava de um lado para o outro em frente, aos já nervosos, jogadores que se encontravam sentados vendo seu capitão tentar cavar um buraco no chão com os pés. Parecia-lhes que toda a confiança de Tiago tinha se esvaído no momento em que eles terminaram de repassar as jogadas, e os urros, vaias e gritos da torcida não ajudavam em absolutamente nada na concentração do time.

- Potter? – Perguntou Mike inseguro quanto à reação do próprio se alguém o tirasse de seu tão interessante caminho, ida e volta do vestiário, mas pareceu tomar um pouco mais de coragem quando Tiago parou para olhá-lo interrogativamente, mesmo que esse olhar fosse um tanto sombrio. – Você não... Hum, acha melhor... Irmos para o campo.

- Certo, certo! Sim, melhor... É melhor... É melhor, fazermos o que mesmo? Ah, claro irmos para o campo. – Respondeu balançando freneticamente com a cabeça em sinal positivo, como se qualquer alternativa fosse melhor que ficar ali pensando em... Qualquer coisa que envolva Grifinória e perda.

Todos saíram do vestiário, em direção ao gramado do campo, Tiago à frente. O coração de todos do time descompassou por um momento, ao verem os jogadores da Sonserina, todos do sétimo ano, na sua maioria muito mais músculos, Harry pensou que se não fossem sonserinos e conhecessem alguns métodos trouxas teriam tomado “bomba” para ficar daquele jeito, mal-encarados e feios, o menor de todos era o apanhador, que mesmo sendo o menor, era sem dúvida, muito mais pesado que Harry, o que era uma vantagem para o time da Grifinória.

- Apertem as mãos! – A voz de madame Hooch tirou todos de seus devaneios, sobrepondo aos gritos, uivos e vaias da torcida, que ninguém percebera.

Os capitães apertaram-se as mãos, com um pouco mais de força do que o realmente necessário, mas nenhum dos dois pareceu dar atenção ao fato, já que continuaram se encarando duramente.

- Montem as vassouras! – Ordenou a mulher. - Quando eu apitar, um... Dois... Três... – E o apito soou.

Harry voou mais alto e mais afastado que todos, o apanhador da Sonserina o seguia, parecia que esta era a sua tática, impedir Harry de apanhar o pomo ou, quando este o tivesse enxergado dar um jeito de chega até o pomo primeiro, o que não seria difícil já que ele voava numa vassoura “de marca” e Harry numa velha vassoura da escola.  Depois de vinte minutos percorrendo o campo começou a prestar atenção na narração do jogo:

- Pucey passa a Goles para Conner, sonserino idiota, - Harry percebeu que quem narrava o jogo era um grifinório e quase pode ouvir um professor, provavelmente Minerva, ralhando com ele. – PONTO PRA SONSERINA, cinquenta a zero, parece que a Grifinória não está em um dia muito bom hoje principalmente o Weasley, - Harry quase pode ver as orelhas de Rony queimando quando a voz da pessoa que narrava chamou sua atenção novamente. – Weasley pega a bola, você fica muito bonita voando, Weasley, que passa para Potter, ah Potter esta barrado, passa para Wander, para quem não sabe Mike Wander é o novo artilheiro, Wander deixa a bola cair, PELO AMOR DE DEUS, WANDER, mas Weasley consegue pegar a bola, Avery esta indo em direção a ela, não, não, e Avery se choca com Weasley, FALTA, JUIZA, ISSO É FALTA. – Dessa vez Harry pôde ouvir a voz da professora perto do bocal do megafone.

- Se você não sabe narrar uma partida sem julgá-la terei que achar um substituto.

- Desculpe professora, mas a senhora não pode negar que foi falta.

 Mas quem quer que seja que estivesse narrando não precisava ficar repetindo esse fato já que madame Hooch havia parado o jogo e estava ralhando com Avery e logo depois, ampliando a voz com magia, disse:

- Pênalti a favor da Grifinória!

*****

Gina posicionou-se para cobrar o pênalti quando ouviu a voz de Tiago próxima a ela:

- Posso? – O tom dele era educado e contido, mas Gina pôde ver em seus olhos que ele daria tudo para cobrar a falta. Com um sorriso passou a bola para as mãos dele e pôde ouvir o narrador:

- Mas o que é isso? Potter vai cobrar? Nunca tinha visto isso antes, mas eu acho que pode, não é? Bem, madame Hooch ainda não fez nada para impedir, então... Potter se posiciona para cobrar, força, Potter ele está indo... E... PONTO PARA A GRIFINÓRIA, Potter quase furou a barriga do goleiro, acho que ele está passando mal. – Tiago arremessou a bola com tanta força que ela bateu no goleiro e o levou para dentro do arco junto, agora o goleiro parecia estar com falta de ar. – Cinquenta a dez para a Sonserina.

Depois disso o jogo começou a ficar feio, Sonserina não parecia nada feliz, tanto que o goleiro pegou o bastão de um dos batedores e jogou contra as costas de Tiago enquanto ela comemorava o terceiro ponto que havia feito, o jogo estava cem a sessenta nesse momento para a Sonserina, Sirius se irritou tanto com essa atitude que jogou o próprio bastão contra o goleiro, fazendo com que a Sonserina ganhasse mais dez pontos ao cobrar o pênalti, mas Tiago também marcou dez pontos ao cobrar o próprio pênalti.

- É acho que o jogo não está muito limpo hoje, hein?

 Irradiou o narrador enquanto todo o time da Grifinória discutia com madame Hooch após um batedor de a Sonserina ter acertado com o bastão na cabeça de Gina e Harry e Rony terem partido para cima dele, dando-lhe socos, mas o problema era que a juíza queria expulsar os dois e nem ao menos dar um pênalti a favor da Grifinória.

- Está certo, está certo, eu não expulso nenhum dos dois, mas só mais um dedinho fora da linha e ambas as equipes serão desclassificadas.

- Madame, será que a senhora poderia nos dar tempo? Preciso falar com o time.

- É bom que fale algo que baixe a bola deles, Potter.

Ambos os times desceram para o gramado, logo que pousaram Tiago começou a falar:

- Não ‘tá dando, já está anoitecendo, e ainda estamos perdendo está, trezentos a cento e cinquenta para a Sonserina mesmo se apanhasse o pomo agora empataríamos. A propósito, Harry, algum sinal do pomo?

- Não! Ele sumiu, eu o avistei uma vez, mas o idiota do apanhador da Sonserina bloqueou minha visão quando ia em direção a ele.

- Remo? – Perguntou Tiago ao amigo. – Você está se sentindo bem? Quer parar?

- Não, não, acho que ainda posso fazer alguma coisa.

- Mike, - continuou Tiago virando-se para o artilheiro. – Sei que é meio difícil para você, mas, por favor, tente de novo, sei que pode fazer melhor.

- É que fico pensando como Jessie se sentiria agora, sabe, seria o primeiro jogo oficial dela, mas vou tentar melhorar.

- Certo. – Tiago soltou um suspiro pesaroso e virou-se para Rony que se encontrava com as orelhas vermelhas esperando a sua vez. – Rony, cara, por que você fica tão nervoso? É isso que faz você perder tantos pontos. Confie em você, por favor, nós confiamos em você, nós confiamos em você. Se você não fizer isso por você, faça pelo time, - com um aceno Tiago disse para madame Hooch que já tinha terminado e mandou todos subirem a vassoura, mas antes que Rony levanta-se voou, murmurou, - faça por Hermione. – E subiu.

*****

Harry subiu o mais rápido e mais alto que pôde depois que madame Hooch apitou, e então começou a dar voltas e voltas ao redor do campo, de um aro ao outro, o apanhador sonserino o seguindo, então ele o viu: o pomo, batendo as asinhas perto do pé de Sirius, olhou o placar, ainda era trezentos a cento e cinquenta, não poderia apanhá-lo agora, senão empatariam e isso diminuiria a chance de Grifinória ganhar a taça de Quadribol, dirigiu, então, a vassoura para o lado contrário do pomo, funcionou, o apanhador da Sonserina o seguiu. Começou a prestar atenção a narração do jogo:

-... Parece que Grifinória está tentando se recuperar, sem muito sucesso, devo admitir, Pucey vai em direção aos aros, alguém faça alguma coisa, Weasley parece não estar muito seguro, - de fato Rony, de longe parecia estar tremendo feito vara verde. - Ele está chegando lá e... Graças a Merlin, um ótimo balaço rebatido por Lupin, mas espere aí, parece que a bola, foi direto para as mãos de Conner, artilheiro da Sonserina, ele vai em direção... Vai marcar... E... ÓTIMA DEFESA DE WEASLEY, pelas calças de Merlin eu realmente achei que ele não conseguiria, parabéns, Weasley, foi re...

- Pare de ficar parabenizando o senhor Weasley e volte a irradiar o jogo. – Ouviu-se a voz da professora de Transfiguração.

- Certo. A goles vai para Potter, que passa para Weasley, que passa para Potter novamente que... Ah entendi a jogada, eles estão se aproximando cada vez mais dos aros. – O narrador riu. – Oh, não, acho que os sonserinos entenderam também, metade do time foi para cima de Potter, que está com a posse da bola, e a outra metade para cima da Weasley, só Wonder está livre, eu acho que não seria uma boa idéia passar para ele, mas... É a única chance e... Potter passa para Wonder, uma jogada arriscada, já que, já percebemos que Wonder não tem a mesma habilidade que sua namorada, Jessie Rocket, no Quadribol, Wonder pega e... FICA PARADO?! Faça alguma coisa, seu animal! - O narrador fez uma pausa e Harry teve certeza que a professora o estava recriminando. No máximo trinta segundos depois, ele voltou a narrar: - Certo. O time da Sonserina está indo em peso em direção a Wonder, saia daí e... Wonder vai em direção aos aros, será que ele consegue escapar dos brutamontes idi... Dos Sonserinos, e ele vai, a vassoura dele é bem rápida, não? Vamos, vamos... Ele está rápido, o goleiro se aproxima, oh não, foi atingido por um balaço. – O balaço atingiu o braço esquerdo de Mike em cheio, mas, provavelmente tomado pelas palavras de Tiago, ele foi em direção a goles novamente e conseguiu pegá-la com a mão direita. A torcida gritou e aplaudiu fervorosamente. – Wonder pega a bola novamente, nunca pensei que diria isso, mas... Foi uma ótima jogada, Mike, ele vai em direção aos aros novamente o goleiro se aproxima ele, não vai conseguir, não vai, acho que não hein?... MIKE WONDER MARCA PELA PRIMEIRA VEZ NO JOGO, PELAS CALÇAS DE MERLIN AGORA É SÓ POTTER APANHAR O POMO E A GRIFINÓRIA VENCE, É DISSO QUE EU ESTOU FALANDO, VAI, VAI, GRIFINÓRIA. Vai, vai Grifinória. Vai, va...

- Por Deus, você tem que ser imparcial, IMPARCIAL. – Ouviu-se a voz, novamente, da professora.

 Mas já não adiantava mais três quartos da torcida já pegara o hino e agora entoava: “vai, vai Grifinória, vai, vai, Grifinória...”.

E, tomado pela animação da torcida, Harry voltou a procurar pelo pequeno pomo dourado. Passadas meia hora, em que Harry só sabia que o placar continuava o mesmo, trezentos a cento e sessenta, e mais nada e nenhum sinal do pomo, até que... Lá estava ele, batendo suas asinhas douradas a dois metros, no máximo, do chão. Olhou para os lados, o apanhador da Sonserina, milagrosamente, estava a uns vinte metros dele, Harry. Olhou para o pomo novamente ele pareceu ter decido mais meio metro, agora estava a mais ou menos um metro e meio do chão, Harry ponderou as vantagens e desvantagens de ir logo apanhar o pomo, talvez com um pouco de sorte o outro apanhador demorasse alguns segundos, segundos cruciais, para perceber que Harry fora atrás do pomo, a vassoura do outro apanhador era mais rápida, porém, Harry era mais leve, e bom, aquela era a sua chance tinha que fazer isso, tinha, tinha...

Harry voou colado junto ao cabo da vassoura, em direção ao solo, olhou rapidamente para trás, o Sonserino estava em seu encalço, sussurrou, como se fizesse alguma diferença, para a vassoura:

-Mais rápido, mais rápido, por favor...

Tentou ir mais para a frente da vassoura, esticou a mão... Ia bater... Ia bater no chão, ele estava quase batendo, poderia voltar para cima se quisesse, mas ele tinha que apanhar o pomo, se não eles perderiam, tinha que apanhar. E com esse pensamento voltou seus olhos fixamente para a pequena bolinha dourada, só mais dois centímetros... Sentiu seus dedos envolvendo o pequeno objeto e impulsionou a vassoura para cima novamente, sentindo os dedos dos pés raspando na grama. Uma euforia e alegria, dentro de si, contagiante.

*****

Cerca de meia hora depois quase todos os alunos da Grifinória festejavam a vitória da casa, faltava apenas Gina que ainda estava no banho, mas na rodinha do time Sirius parecia bastante interessado em conversar com Harry:

- Já bebeu Fire Wisk?

- O quê? – Perguntou Harry surpreso pela repentina mudança de assunto, mas logo se acostumou por que, Sirius sempre teve essa estranha mania mudar assuntos, que não lhe interessavam mais, na hora que bem entendesse.

- Fire Wisk. Eu e Tiago estávamos pensando em contrabandear algumas garrafas pra torre.

- Hum...  – Respondeu.

- Então, já bebeu?

- Não.

- Essa será uma ótima oportunidade, não é mesmo?

- Eu... Sabe não sei se quero fazer isso, por que...

- Tem um efeito, - continuou Sirius como se não tivesse sido interrompido, - Que eu gosto muito, o Fire nos dá uma espécie de confiança, e eu e você sabemos que você precisa de um pouco mais de confiança. – Sirius fez um gesto mínimo com a cabeça, em direção as escadas do dormitório feminino.

Harry acompanhou seu olhar e deparou-se com Gina descendo as escadas, por um momento seus olhares se encontraram e ela sorriu um sorriso inexplicável, mas que definiu tudo o que Harry estava sentindo. Voltando seu olhar para Sirius, Harry o viu dar uma piscadela marota antes de dar-lhe as costas e ir em direção a Tiago. Por algum motivo Harry sabia que aquilo não acabaria bem.  

Uma hora depois os dois, Tiago e Sirius, entraram pelo retrato na parede com várias sacas que Harry teve certeza, eram de bebidas e, com mais certeza ainda, na sua maioria bebidas alcoólicas. Foram em direção a mesa que continha uma variedade de petiscos, que Pedro e alguns alunos haviam conseguido na cozinha, com um gesto da varinha Remo, que havia vindo ajudar os dois amigos, fez a mesa alongar-se e os três marotos começaram a pôr as garrafas em cima da mesa. Harry surpreendeu-se ao ver que das oito grandes sacolas apenas delas eram de Cerveja Amanteigada, cinco de Fire Wisk e a outra de bebidas menos populares como Água de Gily e Hidromel. Viu Tiago e Sirius virem em seu encontro e o levarem para perto da mesa, Pontas abriu a garrafa de Fire Wisk e a estendeu para Harry.

- Certo. – Ele pegou o copo e bebeu o conteúdo, uma terrível queimação passou por sua garganta, mas era como se queimasse tudo, absolutamente tudo de ruim, engoliu o resto que ainda sobrara e tomado de uma confiança surpreendente ele pegou a garrafa de Wisk, serviu-se e estendeu-a para os outros. – Não vão tomar?

- Hum... Você vai beber mais? Nós achamos que você não aguentaria o primeiro copo. – Respondeu Sirius surpreso.

- Acharam, é? – Perguntou com um sorriso de desafio, enquanto esvaziava outro copo. Agora que bebera o primeiro copo sentia vontade de beber mais e também vontade de brincar e se divertir sem se preocupar com as consequências.

A única coisa que se lembrava depois disso é de beber o terceiro copo, o quarto, quinto, sexto... Lembrava-se também, vagamente, de pegar uma garrafa cheia e sair a “desfilar” pelo salão.

*****

- Eu acho melhor ele parar com isso. – Comentou Lílian preocupada, para Remo no outro canto do salão, observando Harry beber o quinto copo de Fire Wisk.

- Que belos amigos esses que eu fui arrumar que acham engraçado o simples fato de Harry, ou qualquer um que seja ficar bêbado. – Respondeu Remo quando Harry errou a garrafa para encher o sexto copo.

- É e... – Lílian começou a gargalhar.

Sirius dissera alguma coisa para ele, provavelmente que seria melhor ele parar de beber, e Harry atirara seu copo cheio de Wisk na cara dele, pegara outra garrafa, totalmente fechada e começou a andar em direção a Gina.

Harry andou em direção a Gina, queria falar com ela, e, embora bêbado, sabia o que falaria, mas só para tomar um pouquinho mais de coragem abriu a garrafa de Fire Wisk, encheu o copo novamente e bebeu-o. Porém quando olhou novamente para Gina percebeu que tinha outra pessoa falando com ela, um garoto, era alto, loiro, olhos castanho, e magro. Estavam próximos, próximos demais na opinião de Harry, ouviu-o dizer, displicentemente:

- Você joga muito bem, sabia? Voa muito bem também, na verdade fica linda voando.

- Muito obrigada. – Respondeu corando. – Mas...

Mas Harry não queria mais ouvir, jogou o copo de lado e bebeu três grandes goles de Wisk, suas grandes goladas provavelmente equivaleram a mais três copos com esses já eram nove, ou dez? Talvez fosse o décimo nono, ou ainda era o segundo? Ele realmente não sabia.

 Isso significava que a bebida começara a fazer o efeito que queria estava tonto, esquecido e os últimos vestígios de sua sanidade mental se esvaíram, Gina agora não era só uma, era (eram) duas, três e o garoto, Sem-Nome, também já fora duplicado.

 Virou-se com velocidade, velocidade que o fez bambear para o lado esquerdo, ou aquele era o direito? Riu, riu, riu e riu, direito e esquerdo como aquilo era engraçado. Quando finalmente parou de rir, olhou ao redor, tinha várias garotas, bonitas, e estranhamente todas eram ruivas e com os cabelos pela cintura, havia uma particularmente bonita por inteiro e realmente parecia uma sirigaita com a saia do uniforme dez centímetros acima do normal e com os botões da blusa abertos o suficiente para mostrar o sutiã preto.

 Tentou fixar os olhos em seu rosto sem ficar tonto, não conseguiu, quando conseguia dividia a visão entre Gina e a garota com sutiã aparecendo, mas pelo que foi possível ver ela estava o olhando, ele tentou sorrir, pelo jeito deu certo já que ela lançou-lhe um sorriso malicioso de volta, foi em sua direção, meio cambaleante e, quando estava próximo o suficiente puxou-a pelo pulso e, sem falar mais nada, a beijou.

*****

- Merlim, o que Harry está fazendo? – Perguntou Hermione, estavam todos, Rony, Hermione, (sentados de mãos dadas já que desde a missão eles estavam namorando) Alice, Remo, Tiago, Sirius, Lílian e Maria, o observando beber três goles, direto da garrafa.

- Acho que ele não gostou muito daquilo lá. – Disse Rony e apontou para Gina e para o Sem-Nome no momento em que ela o empurrou para longe e acenou como se dissesse “tchau pra você, estou interessada em outro”.

- Mas, ela acabou de empurrá-lo. – Intrometeu-se Maria.

- E ele não viu isso. – Ponderou Rony no momento em que Harry se virou e caiu na gargalhada, tiveram que fazer força para não rir dele também.

- Isso... É tudo... Culpa... Sua! – Acusou Lílian batendo em Tiago a cada palavra.

- Aí... Lily, sua mão é pesada... Aí... Pára! – Sirius gargalhava, mas parou no momento em que Evans parou de bater em Tiago e volto-se para ele.

- E... Sua também... Seu... Idiota!

- Olhem aquilo, eu acho que o Harry ‘tá meio... Hum... Tonto?

- Ele está... Está sorrindo? – Perguntou Alice.

- É, mas é um sorriso diferente, ele geralmente não sorri assim, ele sorri envergonhado, bondoso, mas... Pra onde ele está olhando? Onde ele está indo? – Hermione falou rapidamente.

- Marcie Millar. – Sibilaram as garotas do passado, sem disfarçar o desgosto em relação à garota. (N/A: Quem já leu Sussurro da série Hush Hush vai entender o significado do nome.).

- Mar... O quê?! – Perguntaram Hermione e Rony juntos.

Alice fez um aceno mínimo de cabeça em direção a tal de Marcie Sky, estava com a saia do uniforme dez centímetros acima do normal, seu cabelo, negro, estava preso em um rabo-de-cavalo, mas antes que Hermione ou Rony pudessem ver mais, alguma coisa a puxou levemente para frente, eles olharam o que era e viram alguém com um porte atlético e cabelos negros despenteados beijando-a de tal forma que ficava difícil distinguir quem era um quem era outro. Hermione olhou rapidamente para o lado para ter certeza de que não era Tiago e então exclamou/perguntou:

- Harry!?!

-Oh! – Exclamaram todos.

- Alguém tem que impedi-lo de fazer isso.

- Por que, Hermione? Ele faz o que ele quiser.

- Aí é que está ele, com certeza, não quer fazer isso só está fazendo por que está bêbado e está deixando a bebida e o ciúme levarem a melhor.

- Mas, amor, - interveio Rony. – Ele bebeu por que quis... – Mas a gargalhada de Maria o interrompeu.

- Olhem, só para aquilo.

Eles acompanharam seu olhar e se depararam com uma Gina Weasley de braços cruzados, o pé direito um pouco mais a frente que o esquerdo batendo no chão, o maxilar contraído e uma expressão furiosa olhando para a cena, Harry e Marcie Alguma-Coisa se engolindo. Então de repente, como se nada estivesse acontecendo, ela retomou a postura, sorriu, falsamente mesmo que quase ninguém pudesse dizer isso, e caminhou descontraidamente em direção aos amigos.

- Então, - Começou enquanto se sentava em frente a Rony e Hermione. – Gostaram do jogo? – Serviu-se da Cerveja Amanteigada que estava aos pés da poltrona de Lílian.

- Aham...

- É, é foi...

- Um ótimo jogo.

- Ótimo jogo.

Todos falaram coisas como essas, juntos e nervosos estavam com medo que a Ruiva viesse a explodir, mas pelo contrário ela deu um sorriso, falso, e perguntou calmamente:

- O que foi? Aconteceu alguma coisa? Vocês parecem tão nervosos.

Depois de um longo momento de silêncio Hermione finalmente toma coragem e fala:

- Gina, - seu tom era carinhoso. – Você não precisa fingir ser forte para a gente.

- Forte Hermione? Por que eu precisaria ser forte? Eu não vejo motivo nenhum para isso. Vocês viram algo que me deixe, fraca? Por que eu não vi nada. – Ela olhou para os lados fingindo procurar algo, e os amigos prenderam a respiração por que nesse momento Harry acabara de dispensar Marcie e estava indo em direção a outra garota, Gina fingiu não perceber.

- É que, Gina... – Hermione começou, mas Remo interrompeu:

- Quer saber? Hermione está ficando louca, é isso, exatamente isso. Mais cerveja?

- Ah, claro, Remo.

Dez minutos depois eles estavam divididos em conversas paralelas em lugares paralelos, no mesmo lugar de origem estava, Gina, Maria e Alice em um canto estavam Rony e Hermione se agarrando, Tiago, Lílian e Remo conversando perto da mesa de petiscos, Sirius havia saído “á caça” como ele mesmo dizia e completava “se Harry tiver deixado alguma para mim”, Pedro, eles presumiam, estava na cozinha e Harry, bem, Harry estava praticando seus novos esportes preferidos, beber e beijar.

- O-Oi! – Exclamou, com a boca frouxa e inchada, ao ver uma garota loira, mas em sua visão ruiva com varias sardas, parada encostada na parede, como um copo de Fire Wisk na mão. – Do-doeu?

- Cuma? – A menina perceptivelmente também estava bêbada.

- Quando você caiu... Ic... Do céu, anjo. - E caiu na gargalhada e a garota loira também. 

- Você é... Ic... Pa-patético. Acho que... Ic... É a primeira... Ic... Vez que alguém me joga essa... Ic... Cantada ridícula. – E começou a chorar arrancando a garrafa, que já era segunda, da mão de Harry e a bebendo também.

- Por que você está cho-chorando?

- Por que ninguém... Ic... Nunca me joga cantada alguma.

- N-Não chora... Ic.

- P-Por que-e?

- Por que eu... Ic... Tinha uma namorada... Ic... Que... Ic... Não parava de chorar.

- S-Sério? - Perguntou agora risonha.

- Aham.

- Ela tava, tipo... Ic... Sempre chorando?

- Sempre... Ic... Se dizia “não”... Ic... Ela chorava de tristeza... Ic.... Se dizia “sim”... Ic... Ela chorava de alegria era... Ic... Impossível com... Com... Com...

- Compreender? Ic.

- É.

 E começaram a rir novamente, Feito dois loucos.

- Ei! – Gritou Harry de repente. – Você pegou a minha garrafa. – Ele parecia tão aborrecido que até os efeitos da bebida pareciam ter passado temporariamente.

- P-Peguei.

- Não era pra pegar. – Agora parecia uma criança, fazendo biquinho, que não queria dividir o brinquedo.

- Por que-que-que? – Ela parecia prestes a chorar novamente.

- Por que agora... Ic... Eu vou ter que beber Wisk... Ic... Com a sua saliva dentro.

- S-Só p-por i-isso?  Como se... Ic... Você tivesse... Ic... Vindo aqui só... Ic... Para me jogar cantadas... Ic... Baratas. Você ia... Ic... Acabar com a minha... Ic... Saliva dentro da sua boca de qualquer jeito.

- Q-Que nojo.

- E o que... Ic... Acontece quando se beija, então?

- Acho que... Ic... Você... Ic... Tem razão.

E ele a beijou sentindo o gosto de Fire Wisk na boca dela. Do outro lado da sala Tiago, Lilian e Remo observavam a cena.

- Acho que Harry finalmente achou o seu par ideal. – Comentou Remo enquanto via ele e uma menina loira se beijarem, cambaleantes.

- O par ideal para ele é Gina. – Cortou-o Lílian.

- Acho que concordo com você, Lil’s, eles são completamente apaixonados um pelo outro, mas não temos que nos meter.

- Pois é. – Viu Harry se soltando da garota e indo embora, o que ela achou um milagre já que ele geralmente as ficava beijando durante vários minutos, e não dando um único beijo na garota e indo embora.

- Ele está vindo para cá. – Disse Tiago alarmado a tirando de seus devaneios.

- E daí?

- E daí, que você não quer ser a próxima. Quer?

- Ah, não ele não faria isso, acho que não...

- Oie! Gente... Ic. – Harry chegara.

- Harry você não acha que está na hora de parar de beber, não? – Perguntou Tiago.

- Sim, senhor... Ic... Papai.

- Papai? – Perguntou Lílian.

- Ele está bêbado, Lily, não sabe o que fala. – Remendou Remo.

- Cala a boca... Ic... Professor Lupin. E... Ic... Aliás, Lílian... Ic... Você é minha... – Mas Remo deu-lhe, sem ninguém perceber, um chute forte na perna que o fez gritar de dor e cair no chão.

- Harry! – Gritou Lily e se ajoelhou para ajudá-lo.

- O que aconteceu, cara? – Perguntou Tiago tentando o ajudar a levantar.

- Acho melhor levá-lo para cima. – Opinou Remo e, se ajoelhando e encostando a boca em seu ouvido cochichou: - Desculpa Harry. Vamos, Tiago, Você pega das pernas e eu dos braços.

Mas antes que qualquer um dos dois pudesse fazer algo Harry virou-se de bruços e começou a vomitar.

- Argh!

E, como Harry previra, aquilo, definitivamente, não acabou nada bem.

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*Nox*


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Notas finais do capítulo

N/A: Olá pessoal, tudo beleza? Espero que sim. Então, venho até aqui hoje para, além de agradecer aos coments, lançar uma enquete, sobre o que? Vocês perguntam e eu respondo que, é para saber a opinião dos meus amados leitores sobre o Pontas e a Lily descobrirem que o Harry é filho deles, então aí vai, as opções:
Opção:
A)Não, eles não descobrem nunca.
B)Sim, eles descobrem, mas pela boca de Dumbledore depois que os viajantes forem embora. (Como eu planejei desde o inicio)
C)Sim, eles descobrem, sozinhos.
D)Sim, o Harry conta para eles.
Quero saber a opinião de todos vocês. Beijos.
N/A (2): oláááááááá´, e ai gente ? Estavam ansiosos para mais capitulo ? particularmente adorei esse capi. Achei bem engraçado... Esperando ansiosamente que gostem, BjoO... Até a próxima! :D
Gente só tenho esses prontos, então... Até eu conseguir escrever o próximo. Beijos!!



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