O Preço Do Amor escrita por DarkAngel


Capítulo 4
Capítulo 3 - A primeira dor


Notas iniciais do capítulo

Tenho 10 leitores, eba! Gostaria muuito que vocês comentassem, nem que seja um ''oi'', por favor comentem!! Os comentarios ajudam muito ;)
Já vou adiantando que esse capitulo é triste ;/
Enjoy



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POV Bella

A única coisa que eu consegui fazer foi virar meu rosto e esperar pela pancada, mas não foi exatamente isso que aconteceu. Senti meu corpo ser empurrado com força para longe. E então eu cai no chão.

- Bella? – Alguém gritou no fim do corredor. Reconheci a voz rapidamente, e logo fui abraçada pelos braços finos de Alice.

- Como ele está? – Jasper perguntou.

- Bella?! – Alice chamou.

Eu não estava reagindo as palavras dele. Ainda estava em choque, sem palavras, e com um dor profundamente enorme em meu peito. Minhas lágrimas queimavam a minha face.

- Vocês são os acompanhantes de Edward Cullen? – Um médico perguntou, e foi só com a fala dele que eu consegui ter uma reação.

- Eu sou a namorada dele – Respondi.

- Bom, eu sinto muito em ter que dar essa noticia. Mas não conseguimos...

- NÃO – Eu gritei sabendo o fim do frase.

Não sei se foi propositalmente, ou impensado, mas eu senti a minha respiração faltar. Eu queria dizer alguma coisa, mas não conseguia. A única coisa que fiz foi deixar que o choro aumentasse.

Se não tivesse sido abraçada provavelmente teria caído ao chão, e me contorceria em uma bola para poder ficar comigo mesma.

- Eu sinto muito – O médico sussurrou – Eu sei que não é a hora mais perfeita para isso, mas como há outros feridos por causa do acidente, eu peço que venha comigo, para reconhecer o corpo.

- Ela não está em condições para isso – Alice falou – Eu não poderia fazer isso?

- Não, eu vou – Falei – Ele não está morto, e eu provar isso com meus próprios olhos.

- Bella... – Jasper falou como reprovação e então descobri que eram seus braços que estavam me envolvendo naquele momento.

- Eu quero ir – Falei entre soluços.

- Bella, é melhor não – Alice me falou olhando fixamente em meus olhos.

- Por favor – Pedi mantendo o olhar.

- Eu poço ir com ela? – Alice pediu se referindo ao médico.

- Claro – Ele respondeu.

- Eu espero aqui – Jasper falou. Ele apertou delicadamente a minha mão.

Seguimos por alguns corredores, o medico sempre a minha frente. E Alice se mantinha ao meu lado, me abraçando com um de seus braços.

Sentia-me como se estivesse indo para o pior lugar do mundo. Doía só de imaginar a imagem que eu estava indo encontrar. Meu coração batia aceleradamente em um compasso de desespero. E eu podia jurar que cada partícula do meu corpo estava a tremer.

Quando chegamos em uma área mais fria, e totalmente sem vida no hospital, senti vontade de sair correndo dali. Mas continuei andando ate parar frente a uma porta com o nome Necrotério, gravado em uma placa de metal.

- Você não precisa fazer isso Bella – Alice murmurou no meu ouvido enquanto o médico abria a porta.

A falta de uma resposta da minha parte a fez me deixar seguir o médico, sem mais nada para me impedir.

A sala era escura, em duas paredes tinham gavetas embutidas que iam do chão ao teto.
No centro havia quatro mesas com corpos deitados nelas. Todos cobertos por um pano branco, deixando apenas os pés para fora, onde no dedão de cada um tinha um etiqueta.

Meu estomago se revirou, e eu fiquei desesperada. Edward era um deles.

Abaixei a minha cabeça tentando conter os gritos que queriam soar de minha garganta.

Observei o médico se direcionar ao mais distante de mim, e ler o que estava na etiqueta. Pela feição que seu rosto assumiu, conclui que era ele.

Meus passos nunca foram tão lentos, quando cheguei ao lado do corpo, tive que acenar para que ele tirasse o pano do rosto daquele corpo.

Enquanto ele fazia aquilo, fechei meus olhos, fazendo comigo uma imploradora oração para que aquele não fosse o meu Edward.

Prendi a minha respiração, e abri lentamente meus olhos, e vendo aquele corpo morto em minha frente.

A dor que me tomou foi quase insuportável. Senti que estava sendo arrancando algo muito importante de meu corpo. Meu corpo caio sobre o dele, e eu o abracei, envolvendo e prendendo-o contra mim.

- Edwaaaardd nãããão – Eu chorava entre soluços – Acorda Edward.

- Bella, acalme-se – Alice falava sem muita coragem, mas eu podia ouvir que ela estava se controlando para não chorar também.

- Não me toca, sai daqui, para com isso – Eu falei sem pensar exatamente com quem eu falava – Edward não faz isso comigo, por favor para com essa brincadeira.

Prendi seu rosto entre minhas mãos, implorando para que seus olhos se abrissem eu pudesse ver novamente o brilho de suas esmeraldas.

- Por favor acorda, não me deixa aqui,você prometeu que não iria embora. Droga Edward, isso não tem graça, acorda por mim, não faz isso – Eu estava desesperada, chorando descontroladamente, sentindo que a platéia ali queria fazer algo.

- Edward, você prometeu que não me deixaria – Eu sussurrei deitando sobre ele – Por favor.

- Bella – Alguém que não deveria está ali falou – Acalme-se, por favor.

Quando virei para fitar a pessoa que havia falado aquilo, acabei o encontrado bem mais perto que eu esperava.

Carlisle Cullen estava logo ali. Seus cabelos loiros perfeitamente arrumados e jogados para trás. Mas não foi aquilo que me chamou a atenção.

Ele era um homem jovem, mal podia-se dizer que era pai de Edward. Seus olhos verdes estavam inchados e avermelhados. Uma de suas mãos estava estendida para mim, como se esperasse que eu o tocasse. 

Eu estava tomada por duas coisas horrivelmente estranhas. Chocada por aquele ato que parecia tão caloroso vindo de Carlisle, alguém que eu pensei que me odiasse. E desespero que se misturava com tantas outras coisas como a solidão.

Vendo que eu não reagiria, Carlisle me puxou pela mão e me abraçou apertando-me a ele.

- Me perdoa – Eu sussurrei.

- A culpa não foi sua – Ele respondeu.

- A culpa foi minha – Eu falei – E que deveria está morta, não ele. Não pode, ele é perfeito demais para ir embora dessa maneira.

- Ele está morto – Afirmou Carlisle – Mas posso apostar que tudo que ele queria era está com você Bella.

Eu não entendia o que se passava ali, repentinamente Carlisle Cullen estava me aceitando? Mas era tão tarde para aquilo.

- Ele não está morto, prefiro acreditar que isso é um pesadelo – Respondi.

- Essa é a realidade minha filha – Carlisle falou.

Me afastei de seu corpo, e sai daquela sala, rumando para algum lugar onde eu poderia ficar sozinha.

-

Eu corri pelos corredores procurando por algum lugar onde eu encontrasse ar, pois eu não estava conseguindo mais respirar.

Encontrei, no ultimo andar, um lugar parecido com um terraço. Estava incrivelmente frio ali fora, e o vento parecia bem mais forte. 

Corri ate uma parte da sacada e pude ver uma grande parte da cidade, carros indo e vindo, pessoas andando sem preocupação, mas eu pouco me importava com a paisagem. 
Eu podia ver seu olhar me fitando, podia ver seu rosto esboçar um sorriso contagiante.

Fui sentando aos poucos no chão frio, chorando e soluçando. Apertei-me forte, tentando evitar que as coisas dele fossem embora. Mas parecia uma missão impossível.

Doía tanto, mais que qualquer coisa que eu já havia sentindo. Por que aquilo estava a acontecer? O que seria de mim agora? Por que?

Perguntas como essas se misturavam com tantas outras, mas nenhuma resposta vinha. Por que ele não tinha se salvado, ele me salvou, por que não evitou a própria morte.

A neve começou a cair, mas o frio não era nada comparado aquilo que se travava dentro de mim. 

- Por que? – Sussurrei – Por que? Você não podia fazer isso, nãão tiinha esse direreito. 
Não popoodiaa.Mas você não vai se livrar de mim tão fácil.

Os poucos flocos de neve começaram a cair em maior quantidade, e o frio passou a ser quase perceptível. Se eu ficasse mais tempo ali acabaria por congelar. O que parecia uma boa idéia.

Fiquei ali, olhando em minha memória cada detalhe de nosso momentos, revivendo nós dois.

- Eu não quero mais viver, não sem você. Não dá. Edward, você prometeu que não me faria mais sofrer, você não está cumprindo sua promessa. Por favor, volta para mim, eu prometo que não vou te deixar partir novamente. E nem brigar, só por favor volta. Eu não suporto mais.

Eu quase pude sentir a sua mão passar pelo meu rosto limpando as minhas lágrimas, quando um brisa bateu contra minha face. Fechei meus olhos, pensando, imaginando e implorando para que quando eu os abrisse o pudesse ver.

Mas não foi isso que eu vi. Não era ele ali.

No entanto, um homem que usava um jaleco, entrou timidamente, caminhando em minha direção. 

Ele sentou ao meu lado e tirou do bolso uma barra de chocolate. 

A principio não dei atenção a ele, mas quando senti-me observada, resolvi que estava na hora de saber o que ele queria.

- Vai acabar congelando – Comentou.

- Esse é o propósito – Respondi tentando não soluçar.

- A morte nem sempre é o melhor caminho – Sussurrou dando de ombros – O que ela era para você?

- O que?

- A pessoa que morreu.

- Como sabe...

- Eu trabalho aqui há alguns anos, aqui é um ponto de refugio para aqueles que perdem alguém.

- Eu não perdi alguém, perdi a melhor parte de mim. Ele era meu noivo.

- Eu sinto muito – Respondeu – Acredito que ele era Edward Cullen.

Não respondi, apenas baixei minha cabeça e suspirei.

- Fiquei sabendo que ele salvou alguém, acho que você, mas não conseguiu se desviar.

- Está tentando me fazer sentir pior que já estou?

- Não, pelo contrario. Se ele te salvou foi porque queria que você ficasse bem. Não acha que seria muito injusto deixar-se morrer congelada?

- E por que eu viveria?

- Porque ainda está viva.

- Sem a melhor parte de mim, apenas meu corpo está presente. Sem ele não sou nada além de matéria.

- Uma bela declaração. Mas por que não tenta viver por vocês dois agora?

- Você nunca amou? Nunca perdeu ninguém? Você tem noção do quão enorme é a dor que me toma agora?

- Infelizmente eu sei, e passei por ela em um momento horrível da minha vida. E agora eu vivo por nós dois. Não adianta querer morrer, você só tem que aceitar, e aprender a...

- Eu não quero aceitar, porque não tem nada para ser aceito. Com licença.

Levante-me dali e fui para algum lugar onde pudesse ficar sozinha.



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Notas finais do capítulo

Eu sei, é triste
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