Os Seus, Os Meus (os Deles) E Os Nossos escrita por WaalPomps


Capítulo 40
Cap. 37 - Paz


Notas iniciais do capítulo

Boooom gente, último capítulo /chora
Agora teremos 5 ou 6 capítulos, vai depender do número de reviews de vocês né? Então se querem um capítulo-epílogo a mais, comeeeeentem.
O primeiro epílogo será Finchel ok?
Espero que gostem.



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Shelby P.O.V

_ Vai mamãe, você consegue. – incentivava Rachel.

_ Se você conseguiu com três, com certeza consegue com dois. – dizia Santana.

_ Foi assim que a da Quinn ficou? – horrorizou-se Noah, olhando por entre minhas pernas.

Oh sim, lá estava eu, 18 anos depois, novamente sendo rasgada por dentro. Mas ainda estava no lucro, dessa vez eram apenas dois. Matt e Leo. Dois meninos para alegria de Dave.

Falando no desgraçado, ele ainda não havia chegado. Ele estava na casa dos pais, quase oito horas de viagem dali. Eu não fui junto pelo estado avançado da gestação, mas minha sogra estava meio acamada, então ele teve de ir. Mas ele podia ter atendido o celular mais cedo.

_ Muito bem sra. Martinez, o primeiro bebê já coroou. – felicitou o médico – Mais alguns empurrões e está feito.

_ Eu queria que o Dave chegasse logo. – choraminguei e como que atendendo minhas preces, meu marido entrou afobado pela porta.

_ Eu to aqui, eu to aqui. – disse ele, se aproximando e ignorando a enfermeira que queria que ele fosse se trocar – Dá um tempo minha tia, meus filhos vão nascer.

_ Você ta andando demais com o Noah. – disse Rachel enquanto ambos reviravam os olhos. Dave sentou ao meu lado, fazendo Santana se deslocar alguns centímetros – Muito bem mamãe, todos presentes. Hora de por esses garotinhos para fora.

Fácil falar. Matt nasceu três empurrões depois. Leo, seis minutos e vários empurrões mais tarde. Antes que eu me desse conta, tinha meus filhos mais velhos ao meu lado, sorrindo bobamente, meu marido com os braços em torno de mim e meus dois pequeninos no colo.

_ Eles parecem com o Noah. – observou Dave – Mas tem algo neles que lembra a Santana. E talvez um pouco a mim.

Nós rimos da salada mista feita por ele. Logo, a porta se abriu e entraram minhas noras e meu genro junto de meus dois netos. Ok, isso sim é uma salada.

_ Olha crianças, esses são os tios de vocês. – apresentou Quinn, segurando Beth e LeRoy, agora com um ano, de pé sobre a cama.

_ Neném. – apontou a pequena, rindo – Vovó, neném.

_ É princesa. Os bebês são da vovó. – confirmou Rachel – Coitada, vai ter uma salada na cabeça.

Todos nós rimos, fazendo os bebês abrirem os olhos, se agitando pela bagunça.

_ MANHÊ, O LEROY NÃO QUER ME EMPRESTAR O ROBÔ DELE! – gritou Matt, descendo chorosa.

_ Eu to brincando com o robô vovó, não vou dar para ele agora. – retrucou LeRoy, emburrado. Matt e Leo eram na verdade muito parecidos com Noah. A pele era bronzeada, os olhos escuros e os cabelos castanhos num tom médio. Pareciam mais irmãos do que tios e sobrinho.

_ Matt, seu primo está brincando com o robô, deixe-o quieto. – pedi revirando os olhos. Era mais fácil chamá-los de primos, porque na cabeça de crianças de 6 e 5 anos, isso é definitivamente confuso.

_ O Puck podia vir buscar eles logo. – reclamou meu filho, sentando-se emburrado.

_ Seu irmão e a Quinn estão num jantar do trabalho dela, vão pegar as crianças só amanhã. – revirei os olhos – E pare de reclamar ou vai mais cedo para cama. Cadê Leo e Beth?

_ Brincando de Barbie. – resmungou LeRoy – Eles só brincam disso. Barbie é de menina.

_ E carrinho é de menino, mas mesmo assim Beth brinca com vocês. – conciliou Dave, entrando na sala – Não reclame campeão, temos que abrir exceções por ela ser a única menina.

_ Eu tenho uma ideia. – propus, sussurrando para Dave que aprovou – Beth, Leo, desçam... Vamos assistir Madagascar?

Nem precisei chamar de novo.

Carole P.O.V

_ Porque o LeRoy e a Beth ficaram com a Shelby? – reclamou Burt, pela 13563556ª vez – Nós passamos a semana em Washington e quando a gente vem pra cá, eles ficam com a outra avó.

_ Burt, estamos na casa de Kurt. – lembrei a ele – Foi nossa escolha a mudança para Washington e deixar a casa para Shelby e Dave. Mas nós vamos vê-los amanhã, passar o dia com eles, fique tranqüilo.

Um ano e meio após nos casarmos, a primeira leva deixou o ninho. Dois dias após se formarem, Quinn e Puck encheram o caminhão e foram para a casa onde ele havia crescido com as irmãs. Ambos estudariam aqui em Ohio, ela jornalismo, ele mecânica.

Duas semanas mais, Finn e Rachel tomaram seu trem rumo a Nova York, onde ela frequentaria NYADA e ele treinaria para ser policial. Logo depois Santana e Brittany partiram rumo a Louisville, onde tinham bolsa de líderes de torcida.

No ano seguinte, Blaine foi se juntar ao irmão mais velho em Nova York, e Kurt foi junto, ser calouro de NYADA, enquanto meu filho caçula começava a estudar direito para ser advogado da vara familiar.

Sam e Mercedes demoraram apenas mais seis meses, mas quando partiram, foram para longe. Ela conseguiu um emprego como cantora noturna num hotel no Havai e ele se tornou professor de natação. Eles vêm nos visitar uma vez por ano.

Poucos dias depois, dois fatores nos levaram a uma decisão importante. O primeiro foi Quinn arranjar um emprego em um grande jornal de Miami e Puck decidir abrir uma oficina mecânica por lá. O segundo foi uma visita de Michael, o ex-congressista de Ohio.

_ Eu não vou me recandidatar. – contou ele durante o jantar enquanto seus dois filhos brincavam com Matt e Leo, ainda pequenos na época – Mas quero apoiar um candidato. E quer que seja você Burt.

_ Eu? – engasgou-se meu marido.

_ Sim, você. – afirmou Michael rindo – Quem melhor?

E foi feito. Poucos meses depois, meu marido e eu nos mudávamos para Washington, deixando a casa na beira da represa para Dave, Shelby e os gêmeos. Quinn e Puck mantiveram a casa, mais pelo valor sentimental. E Kurt e Mercedes mesmo morando fora compraram as casas nas quais haviam nascido.

Seis meses após Quinn e Puck se estabelecerem em Miami, Brittany e Santana foram se juntar a eles. Uma professora da universidade tinha um estúdio de dança na cidade e ofereceu emprego a Brittany, enquanto Santana daria aula de espanhol em um colégio local.

_ Quando Kurt e Blaine chegam? – perguntou ele e eu olhei o relógio.

_ Blaine chegará em dez minutos. Kurt vai ficar com Rachel, já que só quer ver Blaine no altar. – enumerei – Mas Finn e os meninos vêm em duas horas buscar meu filho para a despedida de solteiro.

_ Não acredito que os garotos vão se casar. – resmungou ele – Eles só têm 22 anos.

_ Burt, Puck e Quinn se casaram com 17 anos. Finn e Rachel com 20. Britt e Santana com 21 e na mesma noite, Sam e Mercedes.  Podemos considerar que eles até esperaram bastante. – retruquei sorrindo e ele fez bico – Vamos lá meu bem, se alegre. Eles estão felizes, então devemos estar também.

_ Você acha que eles vão ficar felizes quando eu anunciar que não vou me recandidatar? – questionou ele e eu assenti.

_ Há anos estamos prometendo a Sam e Mercedes que passaremos uma semana com eles e ainda não fomos. Kurt e Rachel vão estrelar sua primeira produção em alguns meses e estou louca para tirar alguns dias em Miami com nossos netos. – sonhei – E com você em Washington tudo isso não seria possível.

Ele sorriu e ouvimos um carro na garagem. Logo Blaine entrou, extremamente nervoso, carregando seu terno. Eu dei um sorriso a meu marido, antes de subir com meu filho para começarmos a arrumação para amanhã.

Burt P.O.V

O jardim da casa estava mais uma vez arrumado para mais uma cerimônia. O casamento de meu filho, meu não mais tão pequeno, Kurt.

Ele estava em um dos quartos se arrumando, enquanto Blaine era arrumado no outro. As meninas gravitavam de um para outro, deixando os maridos impacientes. As quatro crianças estavam sentadas na sala, emburrados por não poder correr pelos jardins.

_ Vovô, eu quero brincar. – reclamou LeRoy, sentado emburrado ao lado de Beth, ambos já em seus trajes. Matt e Leo estavam ao lado e eu juro que se eles não fossem menores que meu neto, eu dificilmente poderia dizer quem era quem.

_ Depois campeão. – prometi a eles – Agora fiquem quietinhos ai, está bem?

Eles assentiram resmungando e eu me afastei, indo para a cozinha, onde apenas Finn estava. Ele me cumprimentou e voltou a encarar a janela, pensativo.

_ Algo errado? – perguntei e ele me encarou, suspirando.

_ Ontem quando Blaine estava bêbado, ele disse algumas coisas. – admitiu ele – Entre elas, que ele queria que o Russell estivesse aqui.

_ É compreensível Finn. – expliquei calmamente – É o pai deles, não importa o que ele tenha feito. Você acha que Quinn ou Brittany não prefeririam ter sido levadas ao altar por ele, ou que Sam não gostaria que ele estivesse lá, assim como você queria que seu pai tivesse estado em seu casamento Finn?

_ Eu sei que você está certo. – confirmou ele, dando outro suspiro – O que eu fico pensando é, será que nesses quase sete anos ele não sentiu falta dos filhos? Ou quis conhecer as crianças? Ele nunca mais deu as caras.

Eu olhei para os lados, confirmando se estávamos sozinhos, antes de acenar para ele me seguir até a varanda. Ele foi desconfiado e chegando lá, peguei o celular e puxei um arquivo, lhe entregando.

_ Quando eu assumi o mandato, minha primeira providência foi contratar um detetive para procurar por ele. Russell sempre foi cobiçoso, e eu tinha medo que ele fizesse alguma coisa para tentar se usufruir de minha posição.

“Cerca de duas semanas depois, recebi uma ligação do detetive, avisando que o havia encontrado num hospital na Carolina do Norte.”

_ Carolina do Norte? – chocou-se Finn – Como ele foi parar lá?

_ Ninguém sabe. Ele foi encontrado desacordado em um lixão, com roupas rasgadas e sem qualquer documento. Quando acordou semanas mais tarde, não se lembrava quem era e até hoje, cinco anos depois, ele não lembra nada. Não me reconheceu quando fui lá.

_ E você não contou a ninguém? – espantou-se ele.

_ Quis evitar problemas. – admiti envergonhado – Honestamente acho que quem deveria decidir o que fazer são vocês, os conjugues. Eu conversaria com Kurt, Cedes, Sant e Noah e veria o que eles acham, porque vou ser honesto, ele não duro muito mais.

_ Pensarei nisso depois da cerimônia. – prometeu ele, me dando a mão – Agora vamos que está na hora de você conduzir o noivo.

Eu ri e concordei, enquanto ele entrava na casa. Parei e virei para o lado de fora, vendo os diversos convidados se movimentando. Tantas pessoas estavam ali, mas as principais, as responsáveis pelos maiores presentes que recebemos na vida, estavam faltando.

Elizabeth, Mary, Doug, LeRoy, Hiram, Judy, Charlie, haviam partido tão cedo, mas deixaram um maravilhoso presente, uma fórmula mágica para nos ajudar a encontrar a felicidade. Eu, Carole e Shelby.

Eles nos deixaram dez anjos, dez protetores, dez presentes... E como costumava dizer Carole “os seus, os meus, os deles e os nossos”.


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Notas finais do capítulo

Não foi meu capítulo mais inspirado, mas eu tive uma matéria muuuito importante (que nada, só considero importante porque foi a primeira que eu escrevi) e não tive tempo algum.
Comeeeeentem e se quiserem recomendar, ligo não viu? HUAHUAUHAUHAUHAUH[
Beeeeijinhos ;@