Romeu e Julieta escrita por Yuna Aikawa


Capítulo 26
Ato V - Ato Final


Notas iniciais do capítulo

Cena I



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Mais uma vez, o clima na cochia estava estavel, de um modo agradavel, todos ansiosos para o ato final, para poderem ir para casa, tomar um banho e descansar. Até a tensão de Sasuke desaparecera quando Tobi saiu correndo e bateu contra a parede – era mais fácil retirar a fita da boca.

- Eu estou muito orgulhosa de todos... O começo foi.. Bem.. Desastroso... Mas vocês não me decepcionaram nem por um segundo – Dizia Tsunade, sorrindo – Prontos para o grande final?
- Sim! – Responderam em unisom.

Os cinco minutos de pausa havia passado. Os cochichos da platéia já estavam altos, então, as cortinas se abriram, calando a todos. O cenário era uma rua de Mântua, onde entre Sasuke.

 

     Sasuke — Se eu tiver de dar crédito à verdade do sono aduladora, os sonhos dizem-me que está iminente alguma alegre nova. Sonhei que meu amor tinha chegado e me encontrara morto. Estranho sonho, que não destrói no morto o pensamento! E com beijos tal vida me insuflava que eu revivi e imperador me tornei. Quão doce deve ser o amor possuído, se assim tão venturoso é sua sombra!

Entra Itachi, recebendo vários assobios da platéia.

      Sasuke - Notícias de Verona! Que acontece, Baltasar? Frei Lourenço mandou carta? E meu pai, está bem? Minha Julieta, como está? Torno a perguntar-te, nada irá mal, se bem ela estiver.
     
Itachi — Então ela está bem; nada está mal. Seu corpo está dormindo no sepulcro dos Capuletos e a imortal essência vive agora entre os anjos. Vi quando ela foi deposta na tumba da família.
     
Sasuke — É assim? Então, estrelas, desafio-vos! Sabes bem onde eu moro; vai buscar-me papel e tinta e aluga-me uns cavalos. Partirei esta noite.
     
Itachi — Revesti-vos de paciência, senhor; tendes pálidas as feições e desvairadas, pressagiando desgraça.
     
Sasuke — Não; enganas-te. Vai logo e faze o que te disse há pouco. Não me mandou o monge alguma carta?
     
Itachi — Nenhuma, bom senhor.
     
Sasuke — Bem; não importa. Vai tratar logo de alugar cavalos; irei já para casa. - (Sai Itachi.) - Bem, Julieta; deitar-me-ei ao teu lado ainda esta noite. Procuremos os meios... Ó desgraça! Como rapidamente te intrometes nos pensamentos dos desesperados! Lembro-me de ter visto um boticário que mora aqui perto não faz muito tempo, maltrapilho, de cenho carregado, a separar suas ervas. Rosto esquálido, tinha-o roído até aos ossos a miséria, tinha a pele até azulada. Observei sua loja algumas vezes: montes de caixas velhas, ervas, peles secas de peixes e lagartos... Aposto que vende veneno também. Oh! Esse coitado vai vender-me a droga. Se não me engano, a casa é aqui defronte. Sendo feriado, a loja está fechada. Olá! oh!... Boticário!

Entra Kisame.
     

     Kisame — Isso é uma piada? O Zetsu deveria ser o Boticário! Ou o macumbeiro do Hidan! Que injusto!! Enfim... Quem me chama com tanta força?
                                      [Nota de Tsunade: Elogiei cedo demais -.-]
     
Sasuke — Vem aqui, amigo azulado. Vejo que és pobre; toma estes quarenta ducados*, mas arranja-me uma porção de veneno, mas droga tão violenta que tão veloz se espalhe pelas veias, que a pessoa cansada desta vida, bebendo-a, caia morta, e que do corpo o fôlego se aparte tão depressa como pólvora acesa, ao desprender-se do fatal ventre do canhão medonho.
     
Kisame — Tenho cara de Conde Cain*? ‘Tá... Possuo esse veneno perigoso; porém as leis de Mântua não me deixam o venderem. Pena de morte, sabe?
     
Sasuke — És tão nu e tão cheio de misérias, e a morte ainda receias? Tens a fome nas faces; as angústias e o infortúnio de fome em teu olhar estão morrendo; do dorso pendem-te a miséria e a ofensa. Se não te mostra amigo o mundo e, menos ainda, a lei do mundo. Em todo o mundo não há uma lei para deixar-te rico. Não sejas pobre, então; passa por cima da lei e toma isto.
     
Kisame — A minha pobreza aceita o que me dás, não a vontade.
     
Sasuke — Não a vontade, pago-te a pobreza.
     
Kisame — Ponde isto em qualquer líquido; tomando-o, embora a resistência possuirdes de vinte homens, caireis de pronto morto.
     
Sasuke — Eis teu ouro, veneno mais nocivo para as almas dos homens, que mais crimes tem cometido neste mundo sujo, do que essas pobres drogas misturadas que não podes vender. Dei-te veneno; não tu a mim. Adeus. Compra alimento e engorda um pouco mais. Ao sepulcro de Julieta, mostrar que és meu amigo veneno.

Saem. Kisame recebe um cascudo bem dado da coordenadora e todos riem da cena. Hinata puxa, como de costume, a manga do Uchiha, que lhe abre um sorriso meigo.

- Você estava muito bem lá no palco, Sasuke... Parabéns – A garota retribui o sorriso.
- Obrigado. Sabe... – Sasuke cora levemente – Estou ansioso para aquela cena...
- Erh... – A Hyuga cora violentamente – E..Eu.. Também...

Sai e Itachi chegam se apoiando nos ombros do casal, fazendo piadinhas como “Por que vocês estão vermelhinhos? Um tomate é mais branco que vocês! Ahh... Entendi... Sasuke, seu obsceno! Isso é só depois de casar!”  
     

*Imagino que seja alguma moeda de valiosa ._.
*Personagem perfeituoso de Kaori Yuki, é conhecido como o Príncipe dos Venenos. :3


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