E Se A Dama Se Apaixona Pelo Vagabundo? escrita por RonLovesHermione


Capítulo 17
Capítulo 17 - Gosta ou não gosta?


Notas iniciais do capítulo

Desculpa a demora pra postar esse capítulo, pessoal! Eu viajei esse fim de semana, por isso não deu!!! Mas agora está aí e espero que vocês gostem :)



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Hermione estava no carro com Cormac, voltando da casa de Ronald. Não conseguia esconder sua felicidade, não parou de sorrir um minuto e logo Cormac percebeu isso.

- Nossa, o que aconteceu que te deixou tão alegrinha assim? – quis saber Cormac.

- Nada, ué... – respondeu Hermione.

- Esse Ronald te faz tão feliz assim? – perguntou Cormac, enrugando a testa.

- Faz. Por quê?

- Sei lá... Eu ainda não acho que ele seja o cara certo pra você.

- Por favor, não vamos começar com isso outra vez, né? Você concordou em me ajudar.

- Eu sei. E eu vou continuar te ajudando, mas eu não concordo com isso.

Hermione não respondeu. Não queria começar a mesma discussão de sempre, ainda mais agora que tinha feito as pazes com Ronald e estava tão feliz.

Nas semanas seguintes, Hermione parecia estar vivendo um conto de fadas: seu namoro com Ronald estava ficando cada vez melhor, os dois se encontravam com maior frequência, ele a buscava na escola e os dois passavam as tardes andando de moto, nadando na cachoeira. Várias vezes Hermione acompanhou Ronald na oficina e enquanto ele trabalhava, ela sentava em um canto para fazer sua lição de casa.

Na mansão as coisas estavam tranquilas também. A Sra. Granger parou de implicar com Hermione, achando que ela estava sempre com Cormac que encobria as saídas da garota como tinha prometido. Um dos motivos da felicidade de Hermione é que ela estava conseguindo enterrar os sentimentos que tinha por Cormac. Tentava o máximo que podia não pensar nele e muitas vezes conseguia.

Hermione acabou de se arrumar para ir à escola e desceu para tomar o café da manhã. Seu pai estava sentado à mesa lendo o jornal como sempre, enquanto seus irmãos mexiam nos celulares sem prestar atenção em mais nada. Hermione sentou-se a mesa e perguntou:

- Cadê a mamãe?

- Não sei, estava aqui agora mesmo... – respondeu seu pai distraído, mal tirando os olhos do jornal.

Depois de comer, Hermione foi até o quarto de Cormac, porque queria pedir que ele a acobertasse quando fosse sair com Ronald naquela tarde. A porta estava entreaberta, e de dentro do quarto saiam vozes, mas Hermione não conseguiu ouvir o que estavam dizendo. Entrou no quarto e viu que sua mãe estava lá dentro.

- Ah, oi Hermione. Já tomou café? – e sem esperar resposta, continuou – vou deixar vocês a sós. – e saiu do quarto, apressada.

- Que que ela tem? – perguntou Hermione.

- Não sei. – respondeu Cormac. Ele parecia muito desanimado.

- O que aconteceu, Cormac? Minha mãe estava brigando com você? – perguntou ela, sentando na cama.

- Não, claro que não! Mas então, o que você quer?

- É que hoje eu vou sair com o Ronald depois da escola, e eu queria pedir pra você...- começou Hermione, mas foi interrompida por Cormac.

- Me desculpa, Mione, mas não vai dar. – ele olhava para baixo.

- O que? Por quê?

- Não vai dar. Não posso mais fazer isso, me desculpa.

- Como assim não pode? Minha mãe descobriu o que você estava fazendo, foi isso? – perguntou Hermione apavorada.

- Sua mãe não sabe de nada e, no que depender de mim, continuará sem saber. Mas eu simplesmente não posso mais continuar com isso.

- Mas... por que? – Hermione ficava cada vez mais confusa.

- Por que eu gosto de você, Hermione! E pra mim é difícil ter que te entregar nas mãos de outro desse jeito! Não aguento mais isso! – Cormac se levantou e ficou de costas para Hermione, encarando a parede com as mãos na cintura.

Hermione continuou onde estava, com a boca ligeiramente aberta.

- Você não pode estar falando sério! – disse ela, finalmente – Todos esses anos eu fiquei me jogando pra cima de você e você só me rejeitava, dizia que eu era sua irmã! E você concordou em me ajudar, disse que queria me ver feliz!

- E eu quero mesmo te ver feliz! Mas eu não consigo mais ver você com aquele cara e pensar que podia ser eu no lugar dele!

- Cormac...

- Me deixa sozinho, Mione! Por favor! – pediu Cormac.

Hermione olhou para ele ainda de costas e saiu do quarto. Não conseguiu prestar atenção em nenhuma aula aquele dia. Na hora do intervalo ligou para Ronald dizendo que não podia sair com ele porque ia fazer compras com a mãe. Não quis dizer que Cormac não ia mais ajudar, pois sabia que Ronald não gostava nem de ouvir o nome dele. Chegou em casa e foi direto perguntar à empregada onde estava Cormac.

- Ainda está na empresa, senhorita. – foi a resposta.

Dando graças a Deus, Hermione subiu para o quarto e ficou trancada lá a tarde toda. Será que ele estava gostando mesmo dela? E o que ele e a Sra. Granger estavam conversando? Hermione sentia um aperto no coração. Foi até a sacada para respirar melhor e viu Bichento abrindo um buraco no jardim. Sabia como sua mãe ficava brava quando ele fazia isso e depois entrava em casa sujando tudo. Foi até lá para pegar o gato, o céu já estava escurecendo.

Tentava puxar Bichento que se agarrara com força ao tronco de uma árvore, quando ouviu uma voz atrás dela.

- Mione. – era Cormac. Hermione soltou Bichento que aproveitou e subiu mais alto na árvore, desaparecendo entre as folhas.

- Oi. – respondeu Hermione timidamente.

-Eu queria conversar com você... – disse Cormac.

- Pode falar.

- Eu só quero que você entenda que eu não estou fazendo isso pra prejudicar você, mas eu não posso mais continuar te levando na casa dele e...

- Você gosta mesmo de mim, Cormac? – Hermione perguntou, sem conseguir se segurar.

- É... gosto, claro que gosto. – respondeu Cormac, um pouco surpreso.

- Porque isso é muito estranho, sabe. Você nunca quis nada comigo, e de repente você vem com essa história de que gosta de mim...

- Você não acredita em mim, Mione? – perguntou Cormac, encarando Hermione nos olhos.

- Não, é que... eu... você nunca... – Hermione desviou o olhar.

- Você acha que eu ia falar que gosto de você se eu não gostasse? Você acha que eu seria capaz de brincar com os seus sentimentos? Você me conhece a vida toda, Mione! Seu eu estou falando que gosto de você, é porque eu gosto mesmo! Eu sempre gostei de você, mas nunca quis admitir porque eu achava que era errado. Eu fui praticamente criado pelos seus pais, mas eu ainda sou e sempre vou ser o filho da empregada e você a filha do patrão. Mas quando você começou a namorar com esse cara, eu não sei... Eu só sei que não consigo mais esconder o que eu sinto por você.

Hermione continuou parada no mesmo lugar, sem mexer um músculo, quase sem respirar. Cormac chegou mais perto dela e segurou suas mãos.

- Você gosta de mim também, não gosta? – ele estava sussurrando. Estava muito perto dela, ela podia sentir seu hálito fresco. Não conseguia mais pensar em nada, não conseguia reagir. Continuou parada, olhando para a boca dele que estava muito perto dela.

- Não gosta, Mione? – Cormac repetiu e a beijou. Hermione correspondeu na mesma hora, não conseguia resistir a ele, parecia que todos aqueles anos de um amor não correspondido, acumulado e reprimido estavam finalmente se libertando e ela não pensava em mais nada e em mais ninguém, só queria continuar ali, nos braços de Cormac até o fim.


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Notas finais do capítulo

E aí? Quem quer matar o Cormac? Quem quer matar a Mione? hahahaha