Eu não sabia mais descrever o que estava sentindo.

-Eu não podia te contar - Ariel falou - Acredite em mim, por favor.

Senti meu estomago revirar, eu estava tonta.

Ele veio até mim.

-Por quê?

-Lizzie, eu não queria te magoar, eu posso ter mentido sobre quem eu sou, mas meus sentimentos são verdadeiros. Nunca senti algo assim antes. - murmurou.

Era difícil acreditar nele.

-Como posso saber se está falando a verdade? - balancei a cabeça.

Havia dor em seus olhos e em sua voz.

-Eu amo você, tanto que chega a doer dentro de mim - sussurrou, algumas lagrimas escorreram por seu rosto.

E então, ele me beijou.

Confesso que ele me pegou de surpresa, mas ele estava tentando, lutando. Eu sabia, lá no fundo podia sentir, que ele estava falando a verdade.

-Saia daqui - ele pediu.

E foi o que eu fiz. Sem saber como, consegui mover meus pés para fora daquele lugar, entrei no meu carro e dirigi.

...

Os segundos pareciam demorar uma eternidade para passar, e a cada minuto que passava eu sangrava cada vez mais. E não havia forma de estancar esse sangramento, porque era dentro de mim.

E então, deixei que as lagrimas me levassem para onde elas queriam, sem lutar.

Eu apenas

chorei.

Chorei por cada mentira. Chorei por cada momento junto com ele. Chorei por sentir o que sentia.

E por ser quem eu era.

Desligando o mundo ao meu redor e aumentando o volume máximo do meu rádio. Eram só eu, minha dor e minha música.