-Parabéns! – minha mãe gritou, ao lado do meu pai e dos meninos.

Meu aniversário de 16 anos, eles lembraram! Meus avós tinham em dado os presentes e minha vó fez uns bolos durante a semana, mas não disse pras meninas e contei com o fato da Sam esquecer até meu sobrenome. Tinha dado certo. Eu não queria festa, auê ou coisa assim. Queria ir comer pizza e depois ver um filme, seria ótimo.

-É seu aniversário, satã?! E você não me disse?! – Gabi me disse. – Okay, o bonitinho do Starbucks foi um belo presente, né?

-É… –eu ri enquanto lembrava dele.

-Eu esqueci! – Sam gritou

-Ah, vá, Samantha! – eu ri.

Liam, Louis, Niall e Harry estavam lá, com um cartaz feito à mão (que lindinhos!) escrito “Parabéns, Lilly!” e coisas em volta do tipo “Te amo”, “Sua touca é linda” (sério, Hazza?) , “Seus bolinhos são ótimos” e muito mais. Tinha frases escritas em espanhol e em francês, provavelmente pros meus pais não lerem ,e eu ri com a ideia do que podia estar escrito. Niall segurava uns balões coloridos, e parecia uma criancinha; Louis estava com um bolo de chocolate pequeno na mão; Harry e Liam seguravam o cartaz enquanto meus pais vinham me abraçar e me ajudar com as malas.

-Mãe, eu disse que não queria nada!

-Ah, filhinha… É seu aniversário de 16 anos, merecia uma surpresa, não? – o sorriso da minha mãe era tão lindo.

Eu assoprei a velinha em cima do bolo e comi (era bem pequeno). Eu fiquei alguns minutos olhando para a cara do Harry de olhos na Gabi. Ele estava hipnotizado e me dava medo. Ouis lhe deu um tapa na cabeça e ele despertou.

Fomos para os carros e Payne gritou, do carro dele:

-Cutterson, vai pra minha casa à noite! O pessoal quer comemorar seu aniversário como na primeira noite que passamos lá!

-Okay! – disse, sorrindo. Então me lembrei de tudo o que aconteceu na primeira noite que eu passei lá e queria gritar que não, que não queria tudo de novo. Mas só sorri, na esperança que aquela noite seria normal e divertida.

Eu acreditei mesmo nisso?

O dia do meu aniversário foi maravilhoso. Fui pra casa e minha mãe me deixou ir mostrar a cidade à Gabi. Fomos à London Eye, ao Big Bem, aos barezinhos que eu e Sam conhecíamos. Passamos por todos os melhores lugares: os que estavam nos cartões-postais e os que só quem morasse em Londres saberia mostrar.

Chegamos em casa no fim da tarde, e tinha um cheiro de chá delicioso. Comemos, assistimos a um filme qualquer e ficamos conversando: Gabi, eu e Sam. Elas resolveram arrumar as coisas na casa da Sam, já que a Gabi ia ficar lá porque era maior. Elas se foram enquanto eu arrumava as minhas coisas.

Logo às 21h, recebi ligação do Payne.

-Hey, Payne!

-Cutterson, cadê você?

-Tô em casa, menino!

-Vem pra cá logo!

-E a Gabi? A Sam?

-A Sra. Horan está aqui já com a gatinha de New York.

-HAHHAHAHHAHA, SRA HORAN? GATINHA DE NY?

-Apelidos, apelidos…

-Espera, Sra. Horan?

-Não oficialmente! Não estou na frente deles, se estivesse seria mais comportado!

-Okay, rebeldezinho… Estou indo. Guenta aí!

Peguei o metrô e fui em direção ao apê do Liam. Eu mal sabia que eles estavam no outro lado da cidade, na mansão Malik. E que meu aniversário ia ser inesquecível.

-Toc toooooooooooooooooc – falei, entrando no apartamento aberto.

-Oi… – ouvi a voz dele.

-O que?… Mas que?

O apartamento estava limpo, uma luz fraca acesa, a televisão ligada no meu seriado favorito: Friends. Um engradado de garrafas de coca na mesa do centro, junto com salgadinhos e pipoca.

-Feliz Aniversário, Lil. – o sorriso dele, MEU DEUS!

-O que você tá fazendo aqui? Cadê todo mundo?

-No momento, na mansão que eu comprei, do outro lado da cidade. Provavelmente na piscina, mas isso não importa…

-Importa sim! Eu quero a piscina! – tinha me esquecido de como era bom rir ao lado dele. Eu já tinha entrado, e ele estava no sofá. Ele deu uma gargalhada gostosa e me mandou sentar.

-Eu não devia estar aqui, sabe…

-Por causa da Perrie, né? Tudo bem, eu já sei.

-Sabe o que? Tu não sabe de nada.

-Haha, sei que ela te ameaçou se você ficar perto de mim. Ela mesma acabou confessando. Só que eu não gosto que mandem na minha vida, nem nas pessoas que eu amo.

-Me ama? Não me conhece faz uma semana.

-Mesmo assim te amo. É minha amiga, Lil… E essas coisas não precisam de muito tempo, só de muito sentimento. – ele sorriu.

-Okay, okay… Me conte sobre a Perrie.

E ficamos ali, conversando por horas. Ele disse que depois que ela falou pra ele, sobre a conversa, brigaram e ele terminou com ela. Eu estava em New York, ele queria me ligar, mas sabia que eu não ia atender. Também me falou que a twitcam foi maravilhosa, 90% das directioners estavam me adorando e me dizendo pra “cuidar bem dos nossos meninos”. Me perguntou sobre NY, com quem eu fiquei, em que bares e baladas eu fui…

Nós bebemos cocas, comemos muito, vimos seriados e filmes que eu gosto. No meio da noite, quando ele estava quase dormindo no meu colo, falou sussurrando:

-Lil?

-Fala, DJ. Tô te ouvindo…

-Me promete uma coisa?

-Fala, menino…

-Promete que vai ser sempre minha melhor amiga?

-Vou, te prometo.

-Promete de verdade?

-Juro, sério mesmo.

-Que bom…

Eu dei umas risadinhas.

-Te amo, tá?

-E eu te odeio.

Ele me mostrou a língua e dormiu.

Eu fiquei lá, mexendo no cabelo do Zayn e assistindo Two Broke Girls. E eu nem prestei atenção em que número a Max estava de palavrões (nós contamos nos rês primeiros episódios). Eu só conseguia pensar na minha sorte de ter um amigo como ele e como os outros meninos, e que eu nunca deveria perder pessoas assim na minha vida.

O telefone tocou, eu estava quase dormindo também.

-Alô – falei meio sonolenta.

-Lilly, menina!

-Sam?

-Abre a porta pra gente, ow!

-O quê?

-Achou mesmo que ia passar a noite sozinha com o Zayn, minha filha? AHAHAHHAHA

-Sam, como assim?

-A gente só tava dando um tempo na mansão Malik… Sua festa ainda vai rolar, minha filha! Abre a porta!

Eu não tive opção, abri a porta.