Zeus entrou no templo vestindo um enorme e ridícula tonga, azul fluorescente, trazia uma enorme barba postiça até meio do peito que combinava com a peruca branca, também ela comprida. Numa das mãos trazia um tridente, de plástico, nada parecido com o original. Por outro lado, Poseidon trazia vestido a semelhança do irmão uma pesada tonga branca com alguns efeitos nas pontas, por cima trazia ainda uma espécie de pano de veludo vermelho que prendia a cintura com um cinto dourado. Trazia como o irmão uma peruca de cabelo branco que ligava a uma barba falsa, toda é demasiado branca. Numa das mãos trazia um objeto luminoso, que aos olhos de Hera, a fazia lembrar qualquer coisa que ela não conseguia precisar.
- A minha ideia é genial! – Disse Hades congratulando-se.
Os dois deuses entraram, ainda olhando de um lado para o outro e olhando para o outro com uma “cara de pravo” segundo Hades.
- Desculpe senhor Zeus? – Percy aproximou-se de Zeus – De que é que o senhor está mascarado?
Zeus olhou-o relutante, ia preparar-se para gritar, ai sim, Hera podia saber isso, mas um simples olhar austero dela o fez parar e perguntar ao semideus entre dentes. – De que é que achas Jackson?
- De pai natal azul. É que está perfeito, só não entendo que é isso na sua mão? – Disse ele esperançoso – Adorava que o pai natal fosse azul.
- O PAI NATAL NÃO EXISTE! – Disse Zeus mas os olhos dos filhos dele imediatamente se encheram de lágrimas pesadas. – Existe meus bebés, só não existe para o Jackson! – Disse ele olhando para o semideus – Eu estou vestido do teu pai, Jackson! Não vês o ridículo do Tridente!
- Estás a chamar ridícula a minha arma! – Disse Poseidon verdadeiramente indignado – Eu sou um dos três grandes!
- Também eu! – Disse ele – E de que é que estás vestido cabeça flutuante!?
Poseidon riu, já antecipando a cara de idiota do irmão. – De ti, pára-raios! Admira o meu raio mestre – Ele ergueu o raio de plástico branco e carregou num pequeno botão, imediatamente do raio veio uma voz chinesa afeminada “Vais para o Tártaro! Vais para o Tártaro” como se trata-se de brinquedo reles de crianças. Ainda do raio, começaram a brilhar intensas luzes néon, relembrando uma pirosa árvore de natal luminosa de berma de estrada.
Todos gargalhavam inquietos, até mesmo Hera, aquilo realmente era fantástico! Como!? Que ultraje! Zeus pensava, mas ele ainda tinha um truque. Também ele carrega num botão do tridente de onde vem num voz de criança irritante “Sou o Poseidon, vem brincar comigo aos golfinhos e as conchinhas! Sou o Poseidon, o deus das ondinhas!” Hades já estava deitado no chão a rebolar a rir, aquilo ficara melhor do que ele podia imaginar, até Hera se sentou porque não aguentava de rir. Thalia apoiava-se em Percy, que riam os dois a bandeiras despregadas feitos idiotas.
- AINDA FICOU MELHOR DO QUE EU IMAGINAVA! – Disse Hades rindo cada vez mais, Zeus e Poseidon olhavam irritados um para o outro, Poseidon ia dizer algo ao irmão mas uma voz de criança atravessou o lugar onde eles estavam, Apolo foi para ao pé do pai e do tio e começou a cantar “Sou o Poseidon, vem brincar comigo aos golfinhos e ás conchinhas! Sou o Poseidon, o deus das ondinhas!”
Hera riu ainda mas pegou em Apolo ao colo e sentou-o no seu colo, a mãe sussurrou-lhe algo que fez o pequeno menino sorrir e em seguida calar-se.
- Espera que isto tem mais? – Disse Poseidon carregando novamente no botão, pode ouvir-se “Eu sou o Zeus e queimei o meu monumental cú com o raio… au au au…”
Zeus ficou vermelho de raiva, carregou no botão e pode ouvir-se a sair do suposto tridente de plástico “Oh sou o Poseidonnnnnn e sou tão gay que nado com os golfinhos ao pôr-do-sol cor-de-rosa… oh queridinhos golfinhos”
Hades gargalhava tanto que Hera teve de fazer aparecer um copo de água para o irmão mais velho.
- Foi eu que fiz aquelas duas frases. Divinal! – Disse ele.
Poseidon voltou a pressionar o botão do raio e pode-se ouvir “Eu sou o Zeus e ssssoooouuuuu um galinha… galinha… galinha” (3 minutos depois…)E enfim, o raio plástico ficou sem som, falta de pilha…
- O papá poe ovos mamã? – Perguntou Hebe.
Hera desatou-se a rir – Antes fosse querida – Disse ela – Já chega, vocês os dois. – Disse ela – Vá lá façam as pazes! Não se vão chatear na festa de anos da minha filha.
- Nem pensar! – Disse Zeus – Não falo com cabeças de alforreca!
- Não falo com para-raios idiotas!
- NÃO ME IRRITEM E FAÇAM AS PAZES! – Disse Hera – Não me tires do sério Zeus!
Eles olharam para ela assustados, mas fizeram as pazes. Foi só nessa altura que Zeus reparou no que a mulher trazia vestido. Um minúsculo vestido azul celeste que não dava mais que dois palmos acima da cintura, trazia uma sandálias douradas de salto alto que subiu elegantemente em fios de ouro pelas suas longas pernas até ao joelho. Nos braços trazia duas pulseiras de ouro e uma elegante tiara ao estilo egípcio, o seu cabelo avelã estava totalmente esticado dando-lhe pela cintura, ela sem dúvida estava bela, até demais para os olhos de todos os outros homens da festa, que Zeus queria arrancar os olhos!
- Gostas da mascara da Hera, Zeus? – Disse Hades rindo ao ver a expressão na cara de Zeus – Porque eu gosto muito!
A cara de Zeus ficou novamente vermelha – OLHA PARA O QUE É TEU!
- É exatamente isso que eu estou a fazer – Disse Hades com um sorriso sádico no rosto, tão característico dele – Estou a olhar para as pernas da minha irmã. Caramba parece que nunca mais acabam!
- CALA-TE!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! – As parede do templo tremeram e todas as crianças mais pequenas assustaram-se.
Eles não trocaram mais nenhuma palavra e a festa recomeçou de novo. Algum tempo depois, Hera procurava o marido que havia desaparecido depois do comentário de Hades. Zeus sempre fora muito ciumento mesmo sem ter razão nenhuma para isso. Hera encontrou o marido ao pé da mesa das bebidas, ele olhava para a bebida que tinha na mão, Hades havia ido longe demais. Hera sentou-se ao colo do marido e tirou-lhe a peruca que ele tinha na cara, Zeus olhou para ela, e ela beijo-o.
-O que fazes aqui?- Preguntou ela tirando a bebida da mão do marido, Zeus abraçou a mulher e esta encostou a cabeça no pescoço dele. Ele não disse nada e voltou a beija-la.
-Zeus, não precisas de ter ciúmes, o Hades só disse aquilo para te chatear.
Zeus resmungou algo e Hera riu.
-Não gosto que olhem para aquilo que é meu!- Disse ele chateado, a mulher não disse nada e voltou a beija-lo. Ele sorriu safadamente e disse.
-Estás linda… E numa coisa concordo com Hades… Gosto muito do teu vestido…
Ela sorriu para o marido e pouco tempo depois Hebe apareceu ao pé dos pais. A pequena sentou-se ao colo da mãe e preguntou ao pai.
-Papá, posso ficar com o teu tridente? Para brincar?
Zeus sorriu para a filha e disse.
-Claro meu amor, podes!- Disse ele dando o tridente para a menina que pressionou o botão e “a música do Poseidon” como Zeus lhe chama começou a dar. Hebe começou a cantar “Sou o Poseidon, vem brincar comigo aos golfinhos e as conchinhas! Sou o Poseidon, o deus das ondinhas!” e foi em direção ao tio que olhava furioso o tridente. Zeus riu juntamente com Hera e com os demais. Algum tempo depois Hades chegou perto de Zeus e disse.
Continua… (muahahaha, sou tão má! Vão ter de esperar pelo próximo capítulo para ver o que o Hades disse!)