Desci as escadas, pensando em tudo que aconteceu aquela noite. Minha mãe estava preparando o café da manhã, meu pai lia o jornal atentamente e meus irmãos Nick e Matt brigavam pelo controle da TV. Sentei do lado do meu pai tomei um copo de suco e me levantei.

_Não vai comer nada? – a voz do meu pai era grossa parecia de um monstro.

_Não, estou sem fome, vou pra escola se não vou me atrasar, tchau. – peguei minha mochila e sai da cozinha, todos ficaram me olhando até eu cruzar a porta da rua.

Estava andando devagar olhando cada canto da rua quando de repende alguém pulou nas minhas costas.

_Lavínia! – era Suzan minha melhor amiga desde o jardim da infância, era a única que não se afastou de mim desde o dia que me desliguei do mundo.

_ Você me machucou sua idiota! – eu ria e abraçava-a.

_Saiu cedo de casa hoje, por que o milagre? – sua voz era totalmente irônica

_nada só precisava pensar um pouco.

_Ah fala serio! Você vivi sozinha pelos cantos, tem muito tempo pra pensar. – sua voz era irritada.

_alguém já te mandou a merda hoje? - bati na cabeça dela.

_Não, você foi a primeira. – ela soltou uma gargalhada um pouco exagerada.

Continuamos andando, a escola não era longe da minha casa, mas estávamos andando mais devagar que uma tartaruga.

_ Escutei falar que tem dois alunos novos na escola. – a voz dela era indiferente

_ De que ano?

_ Do segundo eles são da nossa sala. São dois irmãos, só sei que o nome de um é Edward Salvatore. - eu gelei, minha cabeça rodava quando ela pronunciou esse nome “Salvatore”, será que eu to ficando maluca? Eu escutei mesmo isso.

_ Salvatore? – eu parei e parecia que minhas pernas tinham paralisado.

_ é Salvatore você ta surda? – ela olhou pra mim como se eu tivesse falado alguma coisa errada.

Não é possível eu só conhecia um Salvatore o meu vampiro ,ele tem um irmão? porque ele nunca me falou que tinha um irmão?as coisas ficaram confusas ,as poucos foi voltando a si.Segurei a Suzan pelo braço.

_ Qual o nome do outro irmão? – perguntei a ela como se tivesse fazendo uma pergunta a um criminoso.

_ Eu não sei! – ela me empurrou, seus braços estavam vermelhos com a marca da minha mãos.

_ Desculpa eu não queria te machucar.

_ Serio? Não queria? Não foi o que pareceu! – ah raiva invadiu o rosto dela, transbordava.

Ela apressou o passo me deixando pra trás, os passos dela eram pesados.

_ E por isso que ninguém quer sua companhia! – ela gritou.

_ Eu não preciso de ninguém! –minha voz saiu falsa, e claro que eu precisava da companhia de alguém, ainda mais dela que é minha melhor amiga ou era eu já nem sei mais. As lagrimas desceram do meu rosto, mais rapidamente as limpei já estava chegando ao colégio não queria que ninguém me visse chorando, não queria escutar comentários como “olha a menina além de estranha é chorona”.

Fui em direção onde a Suzan estava queria pedir desculpas a ela, mais algo tirou minha atenção.Um garoto , alto , com traços finos, cabelo curto loiro, olhos pretos, ele era lindo não tinha uma menina que não olhasse para ele.Suzan parou do meu lado.

_Você me deve desculpas. – ela estava brava, mais percebi que queria fazer as pazes.

_ Me desculpa eu não queria mesmo te machucar, mas aquele nome não me é estranho, mais não pode ser quem eu estou pensando.

_ Em quem você esta pensando? – ela estava visivelmente curiosa.

_ Em ninguém que você conheça. – minha voz saiu seca, eu não podia simplesmente chegar para ela e falar que eu estava pensando que esse Edward Salvatore era o irmão do vampiro que vem me visitar todas as noites.

_também não me importo. – ela deu os ombros pra mim como uma criança mimada.

_ Quem é aquele? – eu apontei para o menino lindo do cabelo loiro.

_ele e o pivô da nossa briga. – ela riu

_ quer dizer que ele e o Edward Salvatore?

_ Sim, ele e um gato. – seus olhos brilhavam. – mais o irmão dele é mais.

_e quem é o irmão dele? – as palavras quase não saíram da minha boca.

_Ele estava aqui antes de você chegar deve ter ido pra sala, assim como nos devíamos estar fazendo! – ela me puxou pelo braço e me arrastou pelo corredor até a sala,quando estava perto da sala senti um ombro se colidindo com o meu , eu ia cair mais senti mãos grandes me segurando empedindo me de cair. Olhei pra cima e meus olhos se depararam com uma visão maravilhosa.

_ Me desculpe! – ele era lindo, o que se pode dizer, ele é a perfeição em pessoa.

_ Eu... Eu... Estou bem. – gaguejei olhando diretamente nos olhos dele.

_ Tem certeza? Parece meio mau – sua voz era irônica e seu sorriso era delicado.

_ Tenho certeza estou bem! – afirmei tentando parecer o mais sincera possível. Ele me soltou delicadamente como quem segura algo frágil demais que podia se quebrar em mil pedaços. Ele se virou olhou para mim deu uma risada num tom maldoso e entrou na sala. Suzan estava com a cara mais abobalhada que eu já vi, ela olhava ele entrar na sala com um extremo brilho no olhar.

_nossa ele é tão lindo parece um príncipe encantado dos contos de fada. – seus olhos brilhavam intensamente. - Edward Salvatore e o homem mais lindo que já vi na minha vida. Não ele não e o mais lindo, o irmão dele e o mais lindo, ai estou confusa os dois são perfeito. – ela botou a mão na cabeça e riu.

Entrei na sala de cabeça baixa encarava seriamente o chão pensando como aquele menino tinha o mesmo sobrenome do meu vampiro. Será que eles eram parentes e eu não sabia?Por que o Damon nunca me contou nada?Eu estava confusa, afinal eram muitas perguntas até então sem resposta. Mais ai tudo mudou, Suzan me cutucou olhei para o lado e não acreditei no que vi, La estava ele sentando do lado do misterioso menino loiro, seus olhos azuis ainda mais claros quando visto a luz do dia ,eu estava paralisada não acreditava no que via.

_ O irmão do Edward e aquele da jaqueta preta. – seus olhos tinham malicia quando ela falava dele.

_ Não pode ser! – não conseguia para de encarar ele, esfreguei as mão no meu rosto, e olhei de novo e lá continuava ele sentando parado, mais agora olhava pra mim com um sorriso torto, sem graça. Comecei a andar em sua direção não controlava mais minhas pernas, parei na frente dele.

_ Damon! – essa foi a única palavra que saiu da minha boca.

_ Porque o espanto? – ele falou tão baixo, como se quisesse que só eu escutasse.

_ Mais o que diabos você ta fazendo aqui? – eu estava confusa, e ao mesmo tempo feliz.

_Eu te falei que ia te ver antes do sol se pôr. – sua voz era muito baixa, as palavras saíram como um sussurro.

O sinal tocou a professora entrou na sala, sentei em uma carteira atrás da dele encarando-o pelas suas costas. Ele me devia explicações, muitas explicações.