Ao entrar no meu quarto comecei a pensar em como teria sido se Niall tivesse me conhecido ao invés de Harry. Voltei ao primeiro dia, à festa. Minhas amigas insistiam para que eu fosse com elas e eu aceitei. Chegando lá bebíamos e riamos muito quando de repente ele aparece.

Ele me olhou com certa intensidade, parecia que já me conhecia e eu o mesmo. Aqueles olhos azuis já tinha visto em algum lugar. Ele era perfeito, tudo nele me chamava. Conversamos e rimos muito. Ele me chamou para dançar e fomos.

Cada movimento parecia único e eu estava louca para beijá-lo. Percebi sua aproximação e resolvi virar a cabeça, como se não tivesse notado. Seu olhar denunciava, ele queria aquilo mais do que eu. Ele me chamou para sair dali e topei.

Andamos pela cidade e então quando a lua estava no alto do céu ele se aproximou de mim. Podia sentir nossas respirações tornando-se uma só. Ele pegou minha mão, colocou sobre seu peito e sussurrou em meu ouvido com seu sotaque irlandês.

- Está sentindo? Você me deixa assim, desde o momento que te vi naquele bar.

Sorri e fixei meus olhos no dele. Tínhamos uma química intensa. Por um momento tudo em volta parecia girar e então ele passou seu braço em minha cintura e me beijou. O beijo era doce, seu cheiro era uma delicia, seu abraço parecia algodão doce. Ele existia?

Abri os olhos e estava na minha cama no hotel. Uau. Aquilo parecia tão real que já não sabia mais... Eu amava Harry, amei desde o primeiro olhar. Mas quando vi Niall senti algo também. Ele é o tipo de cara que você morre para ter, ele vale a pena qualquer coisa. Não consegui dormir a noite, por isso continuei imaginando como teria sido, dessa vez em sua casa.

Estávamos sozinhos, eu estava saindo do banho. Abri a porta e tinha rosas pelo corredor, segui-as e encontrei um quarto cheio de rosas. Em cima da cama um urso, em sua camisa dizia “Namora comigo?”.

Olhei em volta e ele estava na porta, mais lindo do que nunca. Usava uma blusa branca que marcava bem seu corpo e uma calça jeans. Sorri e fui em sua direção pulando em seu colo. Sussurrei um sim em seu ouvido e em seguida beijei-o. Ele me abraçava forte, me sentia segura.

Olhei meu celular e já era quase de manhã. Desisti de dormir e fui tomar banho. Algumas cenas vinham a minha cabeça. Vezes de quando Niall me beijou em sua casa e vezes eu e Harry juntos. Sai do banho, coloquei uma camiseta branca e um short e decidi correr um pouco.

Depois de alguns minutos sinto meu celular vibrando, parei um pouco e li a mensagem “Bom dia. Está onde? Acabei de passar pelo seu quarto e não me atendeu. xx Harry”. Decidi voltar para o hotel, já tinha refrescado a cabeça e colocado às ideias no lugar.

Chegando fui direto tomar café, estava morta de fome. Peguei algumas coisas na mesa e me sentei com Niall. Ficamos em silencio. E foi então que eu disse.

- Niall... Você já imaginou se tivesse me conhecido naquela noite, como seria?

- Imaginei isso todas as noites Rach. Mas cheguei à conclusão que sua amizade é a melhor coisa que eu podia ter. Independente do tempo sempre teremos um ao outro.

- É, mas... Se fosse algo mais sério? Você acha que teríamos dado certo? Diferente do que aconteceu com Harry?

- Talvez sim, talvez não. Quem vai saber? Você o ama, vejo o brilho no seu olhar ao vê-lo e é isso que importa.

- Você tem razão. Eu só queria que as coisas tivessem sido diferentes.

- Como o que?

- Ah, que eu e ele nunca tivéssemos terminado sabe?

- Relaxa. Vai dar tudo certo. Vocês vão se acertar. – ele segurou na minha mão – vai voltar hoje para casa?

- Vou sim. Queria saber se posso ir para sua casa. Lá me sinto protegida sabe? Mesmo com você longe. – sorri

- Claro que pode. Você tem as chaves ainda?

- Tenho sim. Obrigada Niall, por tudo.

- Que isso. Você é sempre bem vinda lá. Ainda mais que não estou em casa, pelo menos alguém cuida de lá. – ele riu

Ao acabar o café fui ao meu quarto, tomei outro banho e arrumei minha mala. Deitei um pouco e consegui dormir. Acordei com alguém batendo na porta. Levantei e olhei a hora, já estava quase na hora de irmos para o aeroporto. Peguei minhas malas e abri a porta.

- Oi Harry...

- Oi... Não te vi o dia todo... O que aconteceu?

- Ah nada. Eu sai para correr de manhã e depois voltei para o quarto para arrumar as coisas e acabei dormindo.

- Entendi. Vamos para o aeroporto? El esta te esperando lá embaixo.

- Vamos sim. – sorri e sai do quarto.

Fechei a porta e Harry levou minhas malas. Pegamos o elevador e chegando ao saguão El estava abraçada com Louis. Só os dois levariam a gente para o aeroporto. Me despedi de todos e me demorei um pouco com Niall.

Ia sentir saudades dele. Soltei-o por pura obrigação. Entramos no carro e fomos ao aeroporto. Chegando lá Eleanor e Louis ficaram de carinhos e amores. Foi então que Harry se aproximou de mim.

- Rach, vou sentir sua falta. Posso te pedir uma coisa?

- Também vou Hazz. Claro que pode.

- Me espera? Sei que eu não mereço, mas prometo fazer valer a pena tudo...

- Espero Hazz. Apesar de você ser um idiota eu te amo. Sei que fara valer. Só que não demore muito quando voltar, pode ser que eu acabe desistindo da gente e parta para outra.

- Não vou.

Ele se aproximou e me deu um beijo na bochecha. Eu sorri e logo eu e Eleanor estávamos dentro do avião voltando para casa. Chegando a Inglaterra nos despedimos temporariamente e cada uma foi para sua casa.

Chegando a casa do Niall tudo estava tão quieto. Assim que entrei no local pude sentir seu perfume no ar. Queria voltar nadando se fosse possível. Larguei minha mala na sala e subi para o quarto, abri o armário e peguei uma blusa dele. Deitei na cama e ela parecia extremamente fria.

Meu coração estava dividido. E eu tinha alguns meses para me decidir por qual dos dois eu realmente gostaria de passar o resto dos meus dias. Ao acordar no dia seguinte me sentia melhor, a duvida tinha passado e eu sabia quem realmente era. Na verdade eu sempre soube só não conseguia ver direito.

Os meses foram passando e cada vez mais tinha certeza de quem tinha meu coração. Faltava algumas horas para o voo deles pousar e eu estava tensa. Tinha conseguido sair da prova cedo e estava lá esperando por ele. Assim que eu o visse sairia correndo, igual nos filmes, e abraçá-lo-ia.