- Recapitulando – disse Grissom, na sala de reuniões, com todos os criminalistas em volta da mesa – Monique estava dormindo quando Christian a chamou. Tudo leva à crer que ela foi pega fora de casa, primeiro porque não havia sinais de luta no quarto e segundo que se ela tivesse gritado, Mark ouviria.

- Depois que Monique desceu, provavelmente pela porta de entrada mesmo – Sara continuou – Christian a rendeu e a levou para um local que ainda não sabemos.

- E é aí que a nossa linha de raciocínio é interrompida – concluiu
Grissom.

E foi interrompida mesmo, por Hodges chegando na porta, com uma cara nada boa:

- Gente, não tinham nem digitais nem epiteliais no bilhete do
Christian. Esse moleque é esperto.

- E agora voltamos à estaca zero – Sara concluiu.

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Todos estavam na sala de convivência (que aliás, era o local mais
frequentado durante as investigações, devido à falta de pistas). Como Sara disse, tinham voltado à estaca zero. Nem a mãe de Christian e nem Henry sabiam de mais nada. Quando o menino começou a se envolver com drogas, ele se afastou totalmente, era como se vivesse em um mundo paralelo. E ninguém sabia o que se passava lá dentro.

De repente, Grissom entrou correndo na sala.

- Olha o que Christian me mandou – ele disse, mostrando um envelope com uma outra carta dentro.

- O que ta escrito? – perguntou Morgan, aflita.

“PROCURAVAM POR DIGITAIS? QUE PENINHA, EU TENHO LUVAS EM CASA, NÃO SOU IDIOTA. ESTÃO PERDIDOS? NÃO SABEM MAIS O QUE FAZER? ENTÃO VOLTEM AO MIRANTE E LÁ TERÃO UMA SURPRESA”.

- Quem esse moleque pensa que é pra ficar mandando bilhetes? Ele se acha O serial killer, né? – Nick disse, com muita raiva.

- Temos que entrar no jogo dele, Nick. Agora, temos que apenas
obedecer – Grissom finalizou.

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Já era de madrugada. Brass, Nick, Warrick e Greg estavam no mirante novamente. A equipe estava tentando poupar Morgan e Greg do caso, por causa do envolvimento emocional, mas dessa vez Greg insistiu em ir junto. No mesmo lugar aonde Nick havia achado o papel estava um envelope. Dentro do envelope, um pen drive.

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No laboratório, todos estavam aflitos, enquanto Grissom plugava o pen drive no computador. Lá, um arquivo de vídeo. Parecia que estavam voltando há alguns anos atrás. O sequestro de Nick voltou à mente de todos que estavam naquela sala, inclusive do próprio, que sentou-se no sofá e respirou fundo, tentando não lembrar dos momentos traumatizantes que viveu debaixo da terra. Catherine sentou ao seu lado e o abraçou.

Grissom abriu o arquivo e o vídeo começou a passar. Era um lugar
escuro e sombrio. Em primeiro plano, um menino com uma touca que cobria todo o seu rosto. E no segundo plano, Monique. Deitada em um colchão velho, amarrada e ensanguentada. O menino começou a falar:

- Acho que vocês já sabem quem eu sou. E sabem quem ela é - ele
apontou para Monique – Fiquem tranquilos, ela apenas bateu com a cabeça no chão e desmaiou. Mas para que ela fique apenas assim, eu quero um milhão de dólares naquele mirante, em uma hora. Senão, não vai ser só na cabeça que ela vai ter sangue – ele pegou uma arma e mostrou para a câmera.

O vídeo acabou e Morgan desatou de tanto chorar.

- Calma Morg, a gente vai salvar a Monique – disse Sara, abraçando a amiga.

- Acho que eu já sei o que fazer – disse Catherine, levantando-se e
pegando o celular.

- Cath, eu não sei como te agradecer – disse Greg.

- Vocês fariam o mesmo pelas minhas filhas – Cath sorriu, saindo da sala.