Treinada Para Matar, Não Para Amar escrita por Laryasano


Capítulo 3
02. Love I've Found In You


Notas iniciais do capítulo

oooi, tudo bem ? eu acabei deletando o capítulo, enquanto mexia no Nyah! desculpa ):



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“Jornal Principal

Ontem a noite, em um dos principais bailes da cidade, ouve um terrível ataque. Um dos assaltantes disfarçou-se de convidado e fez Carla Ghirardelli, esposa de Claus Ghirardelli, refém.

Testemunhas dizem que o assaltante estava bem vestido e se comportava bem. Ao ver uma diferente movimentação, um dos convidados avisou os seguranças que logo descobriram a armação.

Carla Ghirardelli tem sorte de ter um filho tão bondoso, como Alec. Quando soube que sua mãe era mantida como refém, reuniu seus amigos e eles logo a soltaram.

Mais uma vez, a família pode descançar em paz, sabendo que na sua casa, mora um herói.”

VOCÊ SÓ PODE ESTAR BRINCANDO! – gritei em pensamento, assim que vi a matéria da primeira página. A cada ano essa brincadeira se torna ainda mais ridícula, para que tudo isso? Apenas para mostrar o qual poderoso o Alec pode ser ?

Olhei para meu celular que vibrava, novamente atendi o meu querido “irmão”.

- O que devo a honra da sua ligação ? – perguntei com um humor melhor

- Matéria da primeira página.

- Nate (http://migre.me/9OuNM ) , para um especialista em tecnologia e multi-milionário, você é um pouco lerdo. JÁ DEVERIA SABER QUE EU LI ESSA MATÉRIA – gritei

- Kat...Kris – hesitou ao dizer meu nome – O que você não sabe é o quanto a família perfeita pagou ao jornal para essa matéria ser publicada – eu sabia que ele estava com um sorriso estampado em seu rosto. Eu o conhecia muito bem.

- Pode-se concluir que a grana foi alta, Nate – eu disse pacientimente

- Desiste dessa vingança – tentou me convencer mais uma vez – Você vai acabar ainda mais  machucada.

- Agradeço seu voto de confiança – o famoso gosto amargo de ironia

- Você sabe que te apoio, porém...

- Sempre um porém ...

- É mais perigoso do que parece – concluiu – Pode ter sido falso, mas se é aquilo que Alec consegue fazer aquilo com uma brincadeira, imagina o que ele fará quando descobrir sua mentira.

- Eu não sei – respondi sorrindo – Mas estou louca para saber.

- Só me prometa uma coisa – pediu – Tome muito cuidado.

- OK OK – repeti – Preciso desligar.

Desliguei sem esperar um resposta. Peguei a única carta que me restava e reli.

“Querida Kate,

Desde pequena eu sabia que podia contar com você. Eu adorava como seus olhinhos brilhavam assim que você percebia a nossa presença, como aquele sorriso banguela conseguiu conquistar o durão do seu pai.

Eu vi você crescer, mas se você está lendo esta carta, significa que nós nos fomos. Não sei ao certo quantos anos você tem, mas espero que não seja tão criança. Eu sempre quis ver você se formar e se tornar uma pessoa boa, o que eu sei que você será.

Você precisa saber de três coisas.

Primeiro: Quando você era pequena, briguei muito com seu pai, pois não queria que você soubesse como lutar. Você era a minha menina, minha princesa e não merecia os mesmos “cuidados” que seus primos tinham.

Segundo: Você era muito pequena quando seu irmão morreu, mas foi essa morte que atiçou a vontade de vingança da família e a necessidade de todos saberem se defender.

Terceiro: Não quero que você cresça uma pessoa vingativa, mas se esse for seu desejo, entre em contato com o Nate. Ele sabe tudo sobre nossa família e irá te ajudar em qualquer coisa.

Eu sei que disse que seriam apenas três coisas, mas acabei de me lembrar de uma coisa muito importante. Entre em contato com seu primo, Marcus, ele mora no Brazil e pode muito bem te ajudar.

Saiba que todos nessa família a amamos muito, você foi a primeira menina a nascer e foi aquela que trouxe luz em nossas vidas.

Tome muito cuidade e fique segura, se precisar de qualquer coisa você sabe onde encontrar ajuda.

Com muito amor,

Mamãe.”

Lágrimas já escorriam pelo meu rosto, desde que achei essa carta ao 15 anos, tentei achar esse meu primo, porém todas as minhas tentativas foram em vão. Apesar de tudo, eu não sei se ele seria de tanta ajuda.

Nate cresceu comigo, ele era meu melhor amigo e sempre treinou tudo minha família impôs. Quando ele escolheu seguir a “carreira” tecnologica parecia uma rebelião na minha casa, eu e ele contra todos.

Os treinos eram diários e envolviam muita energia, como éramos crianças achávamos tudo muito divertido e engraçado. Nossos pais ensinavam as técnicas e nossas mães nos ensinavam a como nos comportar em lugares públicos.

Mãe. De todas as pessoas é dela que eu sinto mais falta, da sua doce voz, do modo como ela penteava meu cabelo, como ela sorria sempre que eu ia bem na escola e de como ela se orgulhava de mim.

Quando meu irmão morreu eu  tinha apenas 1 ano, então todo o peso da responsabilidade caiu sobre mim. Eu lembro que o culpava por todos os arranhões espalhados pelo meu corpo e por ele não estar aqui. É meio contraditório, eu sei.

Ele morreu em uma briga de rua, o que fez minha mãe ficar com mais raiva ainda. As gangues eram a nossa família e novamente a rivalidade entre os Julis e os Ghirardelli’s cresceu, quando o primo do Alec, Johnnatan matou meu irmão mais velho, com dois tiros.

Eu preciso parar de ler essa carta, fico cada vez mais emotiva.

Hoje, eu vou sair com a Jaqueline, namorada do Nate. Aquela que eu preciso aguentar para deixar meu melhor amigo fiel.

- KRISTEN! – a patricinha gritou assim que me viu

- Jaqueline – disse, tentando parecer feliz

- Algum problema ? – eu disse que tentei parecer feliz

- Nenhum – sorri – Vamos as compras ?

- Pode apostar – respondeu alegremente, entrelaçando nossos braços.

Andamos por toda Champs-Élysées e compramos mais do que era permitido. Eu posso não gostar da Jaqueline, mas compras era meu passatempo preferido. Me ajudava a relaxar quando eu não podia. Entramos na loja da Chanel e ela logo foi procurar os esmaltes.

Fiquei namorando um vestido por um longo tempo, era muito caro, porém muito bonito.

- Você deveria levar – ouvi uma voz grave soar atrás de mim

- Achei que homens não costumavam entrar nessa loja – comentei rindo

- E não entram – respondeu indiferente, olhando para o vestido – Mas quando a ocasião pede, não podemos recusar.

- Não acho que essa loja combine com seu estilo – eu andei para o próximo vestido – Mas a Dior vai mais com a sua cara.

Sua cara se contorceu em uma expressão estranha, que me fez rir.

- Ótimo que a minha desgraça é a sua piada – a ironia anda pelo ar

- Ainda bem que gosta – eu sorri

- KRIS! OLHA QUE LINDO ESSE ESMALTE! – Jaque chegou mais perto, gritando.

Ela parou assim que seus olhos encontraram o corpo, do meu amado, Alec.

- Muito prazer – ele disse beijando sua mão – Alec.

- Eu ... Eu ... Jaqueline... – diante de uma cena dessas só me restava rir mesmo

- Vamos comprar esse esmalte, Jaque – eu disse a puxando em direção ao caixa.

Deixei Alec para trás, ele demonstrava estar se divertindo com essa situação, assim como eu. Parece que no fundo, ele sabe ser legal.


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